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MÓDULO 1 PEDIATRIA

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PRÉ-NATAL 
• O pré-natal é uma oportunidade crucial para os provedores de saúde oferecerem cuidado, apoio e informação para a gestante. Isso 
inclui a promoção de um estilo de vida saudável, a detecção e prevenção de doenças, aconselhamento sobre planejamento familiar e 
apoio às mulheres que podem estar sofrendo violência de seus parceiros. 
• Segundo o Ministério da Saúde, o pré-natal deverá ser composto de, no mínimo, 6 consultas sendo, preferencialmente, uma no 
primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre da gestação. 
 A primeira consulta deverá ser realizada até o 4º mês de gestação. O intervalo entre as consultas seguintes deve ser de quatro 
semanas. Após a 36° semana, a gestante deverá ser acompanhada a cada 15 dias, visando à avaliação da pressão arterial, da 
presença de edemas, da altura uterina, dos movimentos do feto e dos batimentos cardiofetais. 
 Frente a qualquer alteração, ou se o parto não ocorrer até sete dias após a data provável, a gestante deverá ter consulta 
médica assegurada, ou ser referida para serviço de maior complexidade. 
 Também é preconizado a realização de 01 consulta no puerpério, até 42 dias após o nascimento. 
• A conduta adotada no Hospital das Clínicas da UFMG é de uma consulta mensal até a 34 semanas e, a partir daí, intervalo quinzenal 
até a 40º semana e semanal até a 41º semana. 
 A maior frequência de visita no final da gestação visa à avaliação do risco perinatal e das intcrcorrência clínico-obstétricas mais 
comun nesse período, como trabalho de parto pré-termo, pré-eclámpsia e eclâmpsia, rotura prematura de membrana e óbito 
fetal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 classificação do risco gestacional 
• A gestação de alto risco é aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de 
serem atingidas que as da média da população considerada. 
 É importante alertar que uma gestação que está transcorrendo bem pode se tornar de risco a qualquer momento, durante a 
evolução da gestação ou durante o trabalho de parto. Portanto, há necessidade de reclassificar o risco a cada consulta pré-
natal e durante o trabalho de parto. 
 Na maioria dos casos a presença de um ou mais desses fatores não significa a necessidade imediata de recursos propedêuticos 
com tecnologia mais avançada do que os comumente oferecidos na assistência pré-natal de baixo risco, embora indiquem uma 
maior atenção da equipe de saúde a essas gestantes. Pode significar apenas uma frequência maior de consultas e visitas 
 
 DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ 
• Para ampliar a captação precoce das gestantes, o Ministério da Saúde, incluiu o teste rápido de gravidez nos exames de rotina do 
pré-natal, o que acelera o processo necessário para a confirmação da gravidez e o início do pré-natal. Alguns testes urinários têm 
baixa taxa de resultados falsos positivos, mas elevada taxa de resultados falsos negativos, o que pode atrasar o início do pré-natal. 
• Sinais de presunção de gravidez: 
 Atraso menstrual e manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da 
frequência urinária e sonolência). 
 Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída 
de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal). 
• Sinais de probabilidade: 
 Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume. 
 Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de 
sacos laterais). 
 Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. 
• Sinais de certeza: 
 Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas. 
 Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas). 
 Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a 
atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problema 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EXAMES PRECONIZADOS PELO SUS 
• O Sistema Único de Saúde garante a realização dos seguintes exames de rotina: 
 Para todas as gestantes: São feitos hemograma, tipagem sanguínea e fator Rh, sorologia para sífilis (VDRL), glicemia em 
jejum, exame de urina e urocultura, teste anti-HIV, toxoplasmose IgM e IgG, sorologia para hepatite B (HbsAg). 
 Em casos de necessidade ou suspeita: São realizados exame parasitológico de fezes, papanicolau, bacterioscopia do 
conteúdo vaginal, ultrassonografia obstétrica (não é obrigatório), eletroforese de hemoglobina e teste de tolerância à 
glicose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Alguns sinais e sintomas podem anunciar complicação da gravidez e exigem assistência médica imediata. São os chamados sinais 
de alerta, que incluem: sangramcnto vaginal, perda de líquido pelos genitais externos, endurecimento abdominal 
acompanhado de cólica, cefaleia persistente e grave (sem melhora com analgésicos comuns), escotomas visuais, borramento 
da visão, febre, redução acentuada dos movimentos fetais e edema persitente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 vacinas preconizadas pelo sus 
MANUTENÇÃO DO ATENDIMENTO NA UBS REFERÊNCIA PARA MÉDICOS ESPECIALIZADOS 
domiciliares, sendo o intervalo definido de acordo com o fator de risco identificado e a condição da gestante no momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Vacina dT: Caso a gestante não seja vacinada, deve-se iniciar a vacinação o mais precocemente possível. (contra tetn. e dfit.) 
• Vacina dTpa: Protege a gestante e o feto contra tétano, difteria e coqueluche e deverá ser tomada entre a 27ª e a 36ª semana de 
gestação. 
• Vacina contra a hepatite B: Caso a gestante não seja vacinada, deve tomar três doses para ficar protegida. 
• Vacina contra gripe (influenza): Recomenda-se para toda gestante e mulher após o parto, durante a campanha de vacinação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 orientações médicas para a gestante 
 sigilo médico 
• Cabe ao médico, com base nos artigos abaixo, avaliar se a saúde da gestante menor de idade está em risco ou se ela foi alvo de 
qualquer forma de agressão, incluindo estupro. Assim, sugere-se, inicialmente que ele tente convencer a paciente menor de idade 
da necessidade e inevitabilidade da consciência dos pais acerca da sua gravidez, caso isso não aconteça e a paciente estiver em risco, 
o médico pode quebrar o sigilo, porém, indica-se que ele recorra inicialmente ao conselho tutelar. 
 Art. 74. do Código de Ética Médica: É vedado ao médico revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, 
inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não 
revelação possa acarretar dano ao paciente. 
 Art. 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente: É vedado deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento 
de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha 
conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contracriança ou adolescente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Dieta: Sugere-se um aumento na ingestão de fibras, verduras, frutas, legumes, carnes, ovos e leite. É recomendado que a gestante 
evite carnes malcozidas ou cruas, crustáceos, fígado, alimentos ricos em gordura, crustáceos e peixes com alto teor de mercúrio 
e consuma moderadamente cafeína e carboidratos. 
• Ácido fólico: A suplementação de ácido fólico pré-concepcional tem efeito protetor contra defeitos do tubo neural. A dose 
preconizada é de 5mg/ dia. O ideal é que a paciente inicie o uso de ácido fólico pelo menos três meses antes da gestação, a 
suplementação deve ser mantida até a 12ª semana de gestação. 
• Ferro: Deve-se prescrever suplementação de sulfato ferroso (40mg de ferro elementar/dia) para profilaxia da anemia a partir da 
20ª semana de gestação e até o 3º mês pós-parto. 
• Trabalho: A gestante deve evitar a exposição a fatores de risco profissional, como os agente químicos e físicos potencialmente 
teratogênicos. 
• Atividades Físicas: Deve-se estimular a prática de atividades físicas aeróbicas leves como caminhadas, natação e pilates se não 
houver nenhuma contraindicação. 
• Viagens: São permitidas desde que ofereçam ambientes confortáveis a gestante e que não haja contraindicações. As viagens aéreas 
são permitidas até a 36º semana. 
• Atividade sexual: Existem evidências de que a relação sexual em qualquer fase da gestação não se associa a eventos adversos 
maternos e fetais. Em algumas intcrcorrências gestacionais (sangramentos, risco de parto pré-termo) parece prudente a 
orientação para evitar atividade sexual. É sugerido que a mulher evite posições sexuais que a causam desconforto. 
• Cosmiatria: Sugere-se que a gestante evite tinturas de cabelo no primeiro trimestre. É contraindicado o uso de hidratantes 
contendo ácido glicólico e retinoico, maquiagens que contêm chumbo e Roacutan. É estimulado o uso de protetores solar. 
• Higiene: Não há necessidade de cuidados especiais. As duchas vaginais estão contraindicadas. A exposição ao calor na forma de 
banhos quentes e de imersão no primeiro trimestre da gestação associa-se a risco aumentado de defeitos do tubo neural e 
abortamento. 
• Substâncias teratogênicas: Evitar etilismo, tabagismo, suplementação de vitamina A e uso de outras drogas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. Noções Práticas de Obstetrícia 14ºED- Mario Côrrea. 
2. Site da OMS. 
3. Portaria Nº 570 do Ministério da Saúde. 
4. Manual Técnico da Assistência Pré Natal. 
5. Manual Técnico da Gestação de Alto Risco. 
6. Estatuto da Criança e do Adolescente. 
7. Código de Ética Médica. 
8. Caderneta da Gestante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 cálculo da data provável de parto e idade gestacional a partir da dum 
Problema 02 
 
• A forma mais prática para estipular a DDP é pela técnica de Naëgele, que consiste em somar 9 meses e 7 dias à DUM. 
 Se a DUM ocorreu nos meses posteriores a março, pode-se acrescentar 7 dias, subtrair 3 meses e acrescentar 1 ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A idade embriológica da gestação é contada a partir da fecundação do óvulo, momento em que a gravidez se inicia. Salvo raras 
exceções, é impossfvel determinar a data correta da ovulação. Portanto, a idade da gestação é definida como o tempo 
transcorrido entre a DUM e a data atual, medido em dias, semanas ou meses completos. 
 OBS1: A OMS, preconiza a mensuração em semanas completas. Para isso, basta dividir o número de dias decorridos entre 
a DUM e o dia total por 7, use o resultado em semanas completas (deixe as sobras de lado). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo de ddp 
DUM: 15 de janeiro de 1997 - DPP: 22 (15 + 7) de outubro (1 + 9) de 1997. DUM: 06 de abril de 2008 - DPP: 13 (6 + 7) de janeiro ( 4 - 3) de 2009 (2008 + 1) 
Cálculo de ig 
 feto 
Estruturas ósseas 
• No polo cefálico, de acordo com a obstetrícia, deve-se identificar os dois ossos frontais, os dois parietais e o occipital. Também 
sugere-se reconhecer as suturas interfrontal, sagital, coronal e lambdoide. 
• Na condução do parto, é fundamental a identificação das fontanelas, depressões caracterizadas pela ausência de tecido ósseo. 
Dentre elas, são importantes a bregmática e a occipital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
diâmetros 
• Ainda devem ser reconhecidos os diâmetros occipito-frontal (distância entre o osso frontal e o occipital, média de 11 cm), occipito-
mentoniano (entre o occipital e o mento, 13,5 cm) e suboccipito-bregmático (entre a região inferior do occipital e fontanela 
bregmática, 9,5 cm). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circunferência craniana 
• A grande circunferência craniana, localizada entre 3,5 e 4,0 cm do vértice, passa pela região das bossas parietais direita e 
esquerda. A partir disso, é possível determinar a altura da grande circunferência na bacia óssea materna. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 bacia óssea materna 
• A compreensão da anatomia da bacia óssea materna, contribui para o diagnóstico da proporção feto-pélvica e, portanto, para a 
determinação correta da via de parto. Na avaliação da bacia é necessário que se conheçam e se identifiquem seus três estreitos 
(superior, médio e inferior) e alguns de seus diâmetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estreito superior 
• É a entrada da pequena bacia. Formada posteriormente pela união da 5ª vértebra lombar com a 1ª sacra (forma o promontório), 
lateralmente pela união das asas do sacro e das articulações sacroilíacas e anteriormente, é delimitado pela sínfise púbica. 
• Nele, três diâmetros são importantes: o ântero-posterior (A), o transverso (B) e os oblíquos direito (C1) e esquerdo (C2). 
 O diâmetro ântero-posterior representa a distância entre o promontório e a sínfise púbica e se subdivide em: 
 Diâmetro promontopúbico supenor ou Conjugata vera: Compreende a distância entre o promontório e a borda 
superior da sínfise púbica, medindo em torno de 11 cm. 
 Diâmetro promontopúbico menor ou Conjugata obstétrica: É a distância entre o promontório e a região média da 
sínfise púbica em uma saliência óssea aí presente. Seu comprimento é de aproximadamente 10,5 cm. 
 Diâmetro promonto-subpúbico ou Conjugata diagonalis: É a distância entre o promontório e a borda inferior da 
sínfise púbica (nas bacias ginecoides), ele mede por volta de 12 cm. 
 O diâmetro transverso é delimitado pela linha arqueada e mede cerca de 13 cm. 
 Os diâmetros oblíquos são determinados pela distância entre as eminências ileopectíneas e as articulações sacroilíacas 
opostas. Cada um mede aproximadamente 12,5 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estreito médio 
• Estácompreendido entre as espinhas ciáticas e mede cerca de 10 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estreito inferior 
• O estreito inferior é a saída da bacia. No sentido longitudinal, estende-se da extremidade do cóccix até a borda inferior da 
sínfise púbica, medindo aproximadamente 9,5 cm. No sentido transversal, a distância mede por volta de 10 cm e vai da 
tuberosidade isquiática de um lado até a do outro lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da bacia óssea 
• É realizada com base na avaliação clínica, em que se procura determinar as dimensões da bacia, recorrendo-se à pelvimetria interna. 
Ela consiste em determinar alguns estreitos da bacia com o auxílio dos dedos utilizados no exame pélvico. 
 No estreito superior, o que mais interessa ao obstetra é a determinação da conjugata obstétrica, que se faz indiretamente a 
partir da conjugata diagonalis. A avaliação desta se dá pelo toque vaginal, em que mede-se com os dedos distância entre a 
borda inferior da sínfise púbica e o promontório. O resultado, medida da conjugata diagonalis, é então subtraido por l,5 cm 
e, assim, se encontra o valor da conjugata obstétrica. 
 A determinação do estreito médio pela pelvimetria clínica é mais difícil. Consiste em se identificar, com os dedos utilizados no 
exame pélvico, a localização das espinhas ciáticas na cavidade vaginal e a distância entre elas. Nas bacias normais, as 
espinhas ciáticas têm pouca saliência na cavidade vaginal e jamais se consegue tocar as duas ao mesmo tempo. 
 No estreito inferior, o que chama a atenção é a abertura do arco púbico. Quando normal, o arco púbico é bem aberto e não 
dificulta o toque. Nos anormais, ele é fechado e a sínfise púbica bem baixa. 
 
 
 
 
 
 estática fetal 
• É a maneira como o feto se posiciona dentro da cavidade uterina. Compreende a situação, a posição, a apresentação, a variedade 
de apresentação e a variedade de posição. 
• Nos dois primeiros trimestres da gravidez, a determinação da estática fetal é menos importante uma vez que o feto pode alterá-
la frequentemente. Já no terceiro trimestre, quando modificações são pouco frequentes, sua determinação adquire significativa 
importância, porque, se houver alguma anormalidade na estática fetal, pode-se corrigi-la por meio de manobras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
situação 
• É a relação entre o maior eixo do corpo fetal (cabeça-nádegas) com o maior eixo do útero (canal cervical). Pode ser longitudinal 
(coincidência entre os maiores eixos fetais e uterinos), transversal (cruzamento entre maior eixo fetal e o maior eixo uterino) 
ou oblíqua (o maior eixo fetal segue em sentido oblíquo ao grande eixo uterino). 
 OBS1: O parto transpélvico só é possível quando o feto se encontra na situação longitudinal. Nas outras duas, ou se corrige 
a situação por meio de manobras ou o parto será pela via transabdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
posição 
• É a relação entre os pontos de referência no feto (dorso, coluna) e pontos de referência no abdome materno (lado direito, 
esquerdo e região superior ou inferior). 
 Na situação longitudinal, as posições possíveis são direita, dorso fetal voltado para o lado direito do abdome, e esquerda, 
dorso fetal no lado esquerdo do abdome materno. 
 Na situação transversal, as posições possíveis são anterior, dorso fetal voltado para a região superior do abdome materno, 
e inferior, dorso voltado para a região do púbis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• É a relação entre o polo cefálico, polo pélvico ou ombro do feto e o estreito superior da bacia óssea materna. 
 Nas situações longitudinal ou oblíqua, as apresentações possíveis são cefálica, a cabeça está junto ou próximo do estreito 
superior da bacia e pélvica, se é o polo pélvico (nádegas) que se posiciona. 
 Na situação transversal, é o ombro do feto (acrômio) que se posiciona junto da estrutura superior da bacia e recebe o 
nome de apresentação de acrômio ou córmica. 
• OBS2: O diagnóstico de apresentação fetal é decisivo na escolha da via de parto. O parto transpélvico é mais fácil na 
apresentação cefálica, mais difícil na pélvica e não acontece na córmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
apresentação 
• Na cefálica, as variedades de apresentação possíveis são as de vértice, bregma, naso e mento. 
 Na de vértice (A), o polo cefálico está fletido e o mento, próximo do tórax. No exame pélvico, pode-se sentir o vértice. 
 Na de bregma (B), o polo cefálico está levemente defletido (deflexão de 1º grau) e a referência é a fontanela bregmática. 
 Na de naso (C), a deflexão é mais acentuada (deflexão do 2° grau) e o ponto de referência é o naso (nariz). 
 Na de mento (D), a deflexão é total (deflexão do 3° grau) e a referência é o mento (queixo). 
 OBS3: Faz-se o diagnóstico clínico da variedade de apresentação realizando-se o exame pélvico e, durante o toque, 
identificam-se os pontos de referência no polo cefálico fetal. Esse diagnóstico é importante porque o parto transpélvico 
espontâneo só acontece na variedade de apresentação de vértice. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variedade de apresentação 
• Na pélvica, as variedades de apresentação podem ser completa, coxas e pernas fletidas, e incompleta, pernas estendidas sobre 
a face anterior do tronco. 
• Segundo a inclinação lateral da apresentação, as variações denominam-se sinclitismo (sutura sagital equidistante do sacro e 
pubis, sem inclinação da cabeça) e assinclitismo (inclinação lateral da cabeça) anterior (sutura sagital fica próxima do sacro) ou 
posterior (sutura sagital mais próxima do púbis). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variedade de posição 
• É a relação que guarda pontos de referência no polo fetal com pontos de referência na bacia materna. Nesta, os pontos de 
referência são sempre os mesmos, o púbis (região anterior), sacro (região posterior) e os lados direito e esquerdo da bacia. No 
feto, esses pontos variam conforme sua apresentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 proporção feto-pélvica 
• A determinação da altura do polo fetal nos vário estreitos da bacia permite concluir se existe ou não a proporção feto-pélvica. 
Isso é possível a partir dos planos de De Lee. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANOS DE LEE 
• Define-se o estreito médio como plano zero. Para cima, até o estreito superior, os planos são negativos e variam de -1 a -3 
(dedos acima do estreito médio). Para baixo, os planos são positivos e variam de +1 a +3 (dedos abaixo do estreito médio). 
• Sob o ponto de vista prático, deve-se poder concluir se o vértice do polo cefálico está acima ou abaixo do estreito médio (plano 
zero). Para isso, basta verificar no exame pélvico se o polo cefálico está móvel, acima do plano zero, ou fixo, abaixo do plano 
zero. Essa comprovação é que permite decidir a via de parto.Referêcias 
1. NOÇÕES PRÁTICAS DE OBSTETRÍCIA 14ª ED – MARIO CORRÊA. 
2. Obstetrícia básica – hermógenes neto. 
 
 
 manobra de leopold 
• A manobra de Leopold consiste em 4 etapas, sendo que cada uma, visa a determinação de diferentes aspectos. 
 Primeira etapa (A): Consiste em determinar a altura do fundo uterino e sua relação com a idade gestacional. Deve-se 
delimitar fundo do útero com as duas mãos, deprimindo parede abdominal com as bordas cubitais. Procurar reconhecer com 
a face palmar o fundo do útero e parte fetal que o ocupa (normalmente, encontra-se polo pélvico, mais volumoso e 
irregular). Notar rechaço simples (impulso ao polo fetal sem volta), ou duplo (polo volta ao lugar após impulso). 
 Segunda etapa (B): Permite identificar a situação e posição fetal. Deve-se deslizar as mãos para o polo inferior do útero, 
no sentindo dorso-fetal. 
 Terceira etapa (C): Diagnostica a apresentação fetal. Deve-se explorar a mobilidade do polo e verificar seu grau de 
penetração que se apresenta no estreito superior da bacia. 
 Quarta etapa (D): Permite confirmar a apresentação fetal. De costas para mãe, deve-se colocar as mãos sobre as fossas ilíacas 
em direção ao hipogástrio, penetrar pelve com extremidades dos dedos e verificar se o polo fetal é cefálico (menos liso, 
mas consistente) ou pélvico (maior, irregular,amolecido e deprimível). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A B C D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problema 03 
 trabalho de parto 
• O trabalho de parto se inicia quando as contrações uterinas apresentam frequência, intensidade e duração adequadas para a 
progressão do apagamento e para a completa dilatação do colo uterino e se encerra com a expulsão do feto e de seus anexos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Existem 3 características iniciais que permitem o médico constatar se um trabalho de parto é verdadeiro ou falso. 
 As cólicas abdominais são queixas que podem indicar a presença de contrações uterinas e a progressão do apagamento 
(diminuição da distância entre os orifícios externo e interno e amolecimento do colo) e dilatação do colo uterino. 
 Para comprovar a presença de contrações, deve-se palpar o útero e tentar sentir o seu endurecimento e relaxamento. 
As contrações características de trabalho de parto são pelo menos duas em 10 minutos, com duração igual ou superior 
a 25 segundos (2/10’/25"). 
 OBS1: Nas nulíparas, há, inicialmente, o apagamento e, em seguida, o início da dilatação cervical, 2 cm ou mais. Nas 
multíparas, não há apagamento prévio, o colo se apaga e dilata simultaneamente. 
 OBS2: No último trimestre da gestação, as contrações de Braxton Hicks vão se tornando cada vez mais frequentes e 
podem ser confundidas com contrações de trabalho de parto. No falso trabalho de parto, não ocorre mudança 
progressiva do colo e as contrações cessam espontaneamente após um período de observação. 
 Outra queixa é a perda de líquido pelos genitais. Faz se necessário caracterizar quando foi essa perda e o aspecto do líquido. 
Pode ser devida à rotura das membranas amnióticas, que às vezes acontece no início do trabalho de parto, mas também 
pode ser perda involuntária de urina ou até mesmo de resíduo vaginal. 
 A eliminação de secreção mucosa (ou tampão mucoso) que se acumula entre os orifícios externo e interno do canal cervical 
e que se desprende pelos genitais quando começam as modificações do colo. O tampão mucoso nem sempre existe ou sua 
eliminação pode ocorrer e não ser percebida pela parturiente. 
• Quando clinicamente não se chega a um diagnóstico definitivo, pode-se utilizar a cardiotocografia, que permite o registro 
gráfico das contrações uterinas e de suas características 
 Pode-se também iniciar a prova de trabalho de parto com a administração intravenosa da ocitocina. Ela é administrada em 
doses crescentes, com intervalos de 40 minutos, até que a contrações atinjam o padrão de desejado. Se, no prazo máximo 
de duas horas, isso não ocorrer, realiza-se a amniotomia, ruptura induzida da membrana amniótica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO 
Indicações de cesariana 
• As indicações, de acordo com o MS, da operação cesariana são maternas, fetais e anexiais e podem ter caráter absoluto ou 
relativo. 
• OBS3:Vale a pena ressaltar que, apesar das indicações, a mãe pode optar por uma cesariana e o MS cobre a operação, mas 
recomenda-se que os profissionais médicos a orientem sobre os benefícios do parto transpélvico, quando possível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cesariana de emergência Cesarianas eletivas 
CAUSAS FETO-ANEXIAIS CAUSAS MATERNAS CAUSAS GERAIS 
 PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO 
• O parto é o processo através do qual os produtos da concepção são expelidos do útero e da vagina para o ambiente externo, 
a partir de 20 semanas de gestação. 
• É dividido em 4 períodos, dilatação, expulsão, dequitação e observação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• É a fase do parto em que acontece a dilatação progressiva do colo, necessária para permitir a saída do feto da cavidade uterina. 
Começa quando se inicia o trabalho de parto e termina quando o colo atinge sua dilatação máxima, 10 cm. A duração desse 
período é de até 12 horas na nulípara e de até 8 horas nas multíparas. 
 Possui 2 fases, a fase latente, os 2/3 iniciais em que ocorre amadurecimento cervical e contrações de baixa frequência e 
intensidade, e a fase ativa, inicia-se a partir de 3-5 cm de dilatação e vai até a dilatação completa com períodos de 
aceleração e desaceleração do processo dilatador. 
 Com a evolução do trabalho de parto, as contrações aumentam para 4/10'/40" e, no final do período de dilatação, podem 
chegar a 5/10'/50". No início, monitoram-se as contrações a cada 60 minutos e, da metade para frente, a cada 30 minutos. 
• Apesar de ter efetividade questionada, são prescritos a lavagem intestinal, a fim de evitar eliminação acidental de fezes e 
contaminação do RN, e tricotomia dos pelos pubianos, a fim de facilitar a antissepsia dos genitais. Recomenda-se que a 
parturiente não se alimente nesse momento para maior efetividade de anestésicos, mas que se hidrate, quando necessário, por 
via intravenosa. 
• Após a adoção de medidas gerais, a equipe obstétrica deve monitorar o trabalho de parto e as condições maternas a partir do 
partograma. Com a evolução adequada, a gestante é encaminhada a sala de parto. 
 O monitoramento da dilatação cervical a partir do exame pélvico deve ser realizado a cada duas horas na fase de dilatação 
inicial e com mais frequência quando necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
expulsão 
• Esse período começa com a dilatação completa do colo, 10 cm, e termina com expulsão total do feto. É o período mais 
importante, mais estressante e de alto risco para o feto, que está permanentemente sujeito a hipoxia, anoxia, sofrimento, 
traumatismos e morte. Ele também impõe à parturiente esforços físicos contínuos, o que pode causar muito estresse e ansiedade. 
 Além disso, a duração do segundo período não deve ser superior a 90 minutos na nulípara e a 60 minutos na multípara. 
 O parto é mais rápido quanto mais eficientesforem as contrações. Considera-se o padrão adequado de contrações no 
período expulsivo de 5 a 6/10’/50" a 60". O uso incorreto de ocitócitos, de sedativos e de analgésicos no período anterior 
altera o padrão das contrações no período expulsivo. 
• Nesse período há algumas recomendações a serem seguidas. 
 Recomenda-se a assepsia e antissepsia dos genitais a fim de diminuir os riscos de infecção. 
 Indica-se que a episiotomia, corte cirúrgico feito no períneo com a intenção de facilitar a passagem do bebê, seja seletiva 
e não realizada rotineiramente como era antigamente. 
 Em casos de episiotomia, a anestesia local é obrigatória, mas, quando isso não acontece e a parturiente está submetida 
a anestesia de condução, a anestesia local é dispensável. 
 O emprego do fórcipe no período expulsivo é bastante controverso, uma vez que seu uso incorreto pode acarretar lesões 
e traumatismos no bebê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
dilatação 
dequitação 
• O período de dequitação, também denominado período de secundamento ou período placentário, começa após o 
desprendimento total do feto e termina com a saída completa da placenta. 
• Como, após a expulsão fetal, as contrações uterinas continuam com a mesma intensidade e duração, conclui-se que, no prazo 
máximo de 10 minutos, em condições normais, acontece o desprendimento da placenta. Nem sempre ela se exterioriza 
espontaneamente, devido à posição adotada pela parturiente na mesa, nesses casos, compete ao obstetra ajudar. 
 Descrevem-se 2 maneiras como a placenta se exterioriza. Uma delas é pelo mecanismo de Baudelocque-Duncan, em que 
surge primeiro a face fetal da placenta, membranas e o cordão umbilical. A outra é pelo mecanismo de Baudelocque-
Schultze, aparecendo inicialmente a face materna da placenta e cotilédones placentários. 
 
 
 
 
 
 
 
 Baudelocque-duncan Baudelocque-schultze 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Consegue-se comprovar o descolamento da placenta fazendo-se a palpação do útero no abdome da parturiente. Observa-
se útero mais firme, bastante involuído, a assemelhando-se a uma bola. 
 Quando não há dequitação espontânea, suspeita-se de acretismo placentário, cujos tipos dependem do grau de penetração 
do trofoblasto. 
 
 
 
 
 
 Após a dequitação, recomenda-se o exame macroscópico da placenta visando certificar-se de sua saída completa. Além 
disso, é indispensável a revisão do canal de parto uma vez que são comuns as lacerações no colo ou nas paredes vaginais e 
a retenção, na cavidade uterina, de fragmentos de membrana ou de cotilédones placentários. 
 
 
 
 
 
observação 
• Terminado o parto, deve-se manter a parturiente sob observação durante algum tempo, que é variável na dependência ou não 
de problemas na gravidez e no parto. 
• Nessa fase, preocupa-se com o sangramento genital, a involução imediata do útero e o estado geral da parturiente. 
 
 
 
 
Obs: o partograma 
• Para melhor padronização do acompanhamento do trabalho de parto, foi criado o partograma, que é um formulário próprio 
onde são registrados a dilatação cervical, a altura da apresentação, as contrações uterinas, a frequência cardíaca do feto (110-
160, normal) e outros dados relevantes como uso de analgesia, situação da bolsa das águas e cor do líquido amniótico. 
• Ele só deve ser iniciado quando a paciente se encontra na fase ativa do período de dilatação. 
 Na forma mais comum de montagem do partograma, utiliza-se papel quadriculado colocando na abscissa (eixo X) o tempo 
em horas e nas ordenadas (eixo Y), em centímetros, a dilatação cervical à esquerda e a descida da apresentação à direita. 
 Quando se constata a primeira dilatação marca-se um ▲ no partograma e, a cada contatação de dilatação, outro ▲ 
 Com base no conhecimento de que a dilatação do colo é de aproximadamente 1,2 cm/hora nas nulíparas e de l,5 cm/hora 
nas multíparas, traça-se a linha de alerta, traçada uma hora depois do primeiro ▲ e vai até o marco de 10 cm de dilatação. 
Ela significa a evolução da dilatação esperada para a parturiente. Caso os ▲ ultrapassem essa linha, deve-se dar maior 
observação à paciente. 
 Com um intervalo de 4 horas a partir da linha de alerta, traça-se a linha de ação, respeitando a mesma velocidade de 
dilatação. Ela indica o grau máximo tolerável e a necessidade de intervenção médica, se ultrapassada. 
 A altura da apresentação geralmente é registrada como um ○ ou um círculo representando as suturas do crânio. 
 
 
 
 
 A frequência cardíaca fetal é registrada no local próprio, assim como as contrações uterinas. Para o registro das contrações 
uterinas, geralmente colore-se o número de quadrados correspondentes ao número de contrações. Colore-se todo o 
quadrado se a contração durou mais de 40 segundos e meio quadrado se ela durou entre 20 e 40 segundos. 
 Alterações nessa frequência cardíaca, taquicardia (acima de 160 bpm), bradicardia (abaixo de 110 bpm) e arritmias 
(oscilações constantes) sugerem sofrimento fetal. 
 Alterações nas contrações uterinas, contrações hipoativas ou hiperativas, sugerem intervenção medicamentosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 mecanismo do parto 
• O feto, para penetrar no estreito superior, passar pelo estreito médio e sair pelo estreito inferior, se submete a um processo de 
adaptação e de acomodação e realiza uma série de movimentos que caracterizam o chamado mecanismo do parto. 
• O mecanismo do parto descrito considera bacia ginecoide e feto na apresentação cefálica de vértice. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASES DO MECANISMO DO PARTO 
• Insinuação: Caracteriza-se pela aproximação do polo cefálico para o estreito superior da bacia. 
• Encaixamento: Penetração do seu ponto mais saliente, o vértice, no estreito superior, podendo atingir o estreito médio. 
• Flexão: Movimento de flexão realizado pela cabeça fetal em direção ao tórax. 
• Descida e Rotação interna: Fases indispensáveis para o parto transpélvico. A descida se dá pela passagem do feto até o estreito 
médio. Em seguida, no plano zero de De Lee, haverá a rotação interna cujo grau de rotação varia de acordo com a posição da 
cabeça fetal. Esta fase termina após o vértice atingir o estreito inferior e a sutura sagital estiver no sentido anteroposterior. 
• Deflexão ou Extensão: Em razão da curva acentuada do canal de parto, o feto deve realizar um movimento de deflexão com a 
cabeça em direção ao arco púbico. No final dessa fase, o polo cefálico já está exteriorizado. 
• Rotação externa: A cabeça fetal gira de modo a se colocar na mesma posição que estava na insinuação. 
• Desprendimento: É o tempo final do mecanismo do parto. Após a saída do polo cefálico, surge o ombro anterior, depois o 
posterior e, finalmente, o abdome e os membros inferiores do feto. As contrações uterinas e o esforço da parturiente 
responsabilizam-se por esse desprendimento ou, então, o obstetra ajuda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Outro recurso clínico para monitorarem-se as condições fetais é a observação da cor do líquido amniótico, quando este se 
exterioriza pelos genitais da parturiente. Normalmente sua cor é clara, esbranquiçada. A eliminação de líquido esverdeado, 
na apresentação cefálica, significa presença de mecônio, o que sugere sofrimento fetal.Referêcias 
1. Programa de humanização do parto – ms. 
2. NOÇÕES PRÁTICAS DE OBSTETRÍCIA 14ª ED – MARIO CORRÊA. 
3. Obstetrícia básica – hermógenes neto. 
4. Obstetrícia de williams 23º ed – cunningham. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 programa de humanização no pré-natal e nascimento 
• O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento, instituído pelo Ministério da Saúde através da Portaria/GM nº 569 em 
2000, fundamenta-se nos preceitos de que a humanização da Assistência Obstétrica e Neonatal é essencial para o adequado 
acompanhamento do parto e do puerpério. 
• A humanização compreende pelo menos dois aspectos fundamentais. 
 O primeiro diz respeito ao dever das unidades de saúde receber com dignidade a mulher, seus familiares e o recém nascido. 
Isto requer atitude ética e solidária por parte dos profissionais de saúde e a organização da instituição de modo a criar um 
ambiente acolhedor. 
 O outro se refere à adoção de medidas e procedimentos sabidamente benéficos para o acompanhamento do parto e do 
nascimento, evitando práticas intervencionistas desnecessárias, que embora tradicionalmente realizadas não beneficiam a 
mulher nem o recém nascido, e que com frequência acarretam maiores riscos para ambos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ASSISTêNCIA AO RN NA SALA DE PARTO 
• Uma equipe adequada para a assistência ao RN efetiva envolve, em gestações de baixo risco, um profissional capaz de iniciar a 
reanimação que esteja presente durante todo o parto. Em de gestações múltiplas, surge a necessidade de de profissionais extras 
de forma que haja um pediatra capacitado para reanimar cada RN. 
• Todo material necessário para reanimação deve ser preparado, testado e estar disponível, em local de fácil acesso, antes do 
nascimento. Ele é destinado à manutenção da temperatura, aspiração de vias aéreas, ventilação e administração de medicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA ANTES DO PARTO 
• A equipe deve apresentar-se à mãe e à família a fim de realizar uma anamnese para avaliar o risco da gravidez e do parto. 
 Envolve questionar se a mãe possui/desenvolveu alguma condição clínica (diabetes, hipertensão, etc), se houve alguma gestação a 
e suas características e a evolução e intercorrências da gravidez atual (uso de substâncias teratogênicas, etc). 
 Em caso de emergências deve-se questionar apenas a existência de gravidez múltipla, prematuridade, líquido meconial e 
substâncias teratogênicas. 
 OBS1: O mecónio é uma substância verde-escura, constituída por muco, enzimas e sais de bile, que se encontra no intestino 
feto. A libertação dele para o líquido amniótico durante a gravidez pode ser um sintoma de sofrimento fetal, esse acontec 
faz com que o feto passe a ingerir o mecónio e resulte em complicações respiratórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA durante O PARTO 
• O profissional deve acompanhar atentamente todo processo do parto focando nos medicamentos utilizados na mãe, em oferecer 
apoio emocional e afetivo à mãe e aos familiares presentes e aspirar, sempre que possível, a orofaringe, antes da completa expulsão 
do bebê para evitar a sídrome aspirtativa do recém nascido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA após O PARTO 
• Logo após o desprendimento, deve-se avaliar o RN apartir dos seguintes critérios: presença de mecônio, se o bebê nasceu respirando 
ou chorando, se ele possui um bom tônus muscular, se possui cor rosada ou apenas acrocianose e se a gestação foi a termo. 
 Se, em todos os critérios, a resposta for positiva, deve-se aspirar rapidamente a orofaringe e narinas do RN, secar a criança 
e deixá-la sobre o abdome ou tórax da mãe, proporcionando um contato físico e visual entre os dois o que favorece a criação 
de um vínculo afetivo. 
 Esse processo se dá até o cordão umbilical parar de pulsar (aproximadamente três minutos após o nascimento), para só 
então realizar-se o clampeamento. 
 Caso, em um ou mais critérios, a resposta for negativa, deve-se iniciar os cuidados iniciais de reanimação neonatal. 
 Previnir perda de calor: A principal causa de perda de calor no neonato é a evaporação do líquido aminiótico e deve ser 
evitada uma vez que pode gerar distúrbios como acidose, hipoxemia e hipoglicemia. A fim de preserva a temperatura 
corporal do RN, é necessário colocá-lo em uma fonte de calor radiante e secá-lo com compressa esterilizada. 
 Manter vias aéreas pérvias: O RN deve ser colocado em posição dorsal com o pescoço relativamente extendido e 
consequente aplicação de uma compressa enrolada sobre os ombros (coxim), útil para manter a posição adequada. No 
caso de secreções, virar a cabeça lateralmente para evitar engasgo. 
 Deve-se aspirar delicadamente as secreções da orofaringe e narinas, nesta ordem. A aspiração inicial poderá ser 
feita com pera de borracha. 
 Se o líquido amniótico está tinto de mecônio, a aspiração da boca, faringe posterior e narinas deve ser realizada. 
 Uma vez executados os passos iniciais da reanimação, avalia-se a FC e a respiração. 
 Se houver vitalidade adequada, com FC >100bpm e respiração rítmica e regular, o RN deve receber os cuidados 
de rotina na sala de parto. 
 Se o RN, após os passos iniciais, não apresentar melhora, indica-se a ventilação com pressão positiva, que deve ser 
iniciado nos primeiros 60 segundos de vida (“minuto de ouro”). 
 
 
 
 
 
Problema 04 
Avaliação do rn 
• A Escala de Apgar avalia o ajuste imediato do RN à vida extra-uterina. Ela é uma excelente forma de documentação das condições 
do RN a intervalos específicos após o nascimento. Essa avaliação deverá ser feita no 1º e º5 minutos de vida, necessitando que os 
procedimentos iniciais não se prolonguem por mais que 20-30 segundos. 
 Caso, no 5º minuto, o índice persista abaixo de sete, deve-se reavaliar o RN periodicamente a cada cinco minutos até o 20º 
período de vida, anotando o tempo que demorou a atingir esta marca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• O boletim de Apgar não deve ser utilizado para determinar o início da reanimação nem as manobras a serem instituídas no 
decorrer do procedimento. No entanto, sua aferição longitudinal permite avaliar a resposta do RN às manobras realizadas e a 
eficácia dessas manobras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Iniciar reanimação 
Cuidados de rotina após a estabilização clínica do RN na sala de parto 
• Quando as condições clínicas do RN forem satisfatórias, os seguintes procedimentos devem ser realizados em sequência: 
 Laqueadura do cordão umbilical: Fixar o clamp à distância de 2 a 3cm do anel umbilical, envolvendo o coto com gaze 
embebida em álcool etílico 70%. Em RN de extremo baixo peso utiliza-se soro fisiológico. Verificar a presença de duas 
artérias e de uma veia umbilical, pois a existência de artéria umbilical única podeassociar-se a anomalias congênitas. 
 Prevenção da oftalmia gonocócica pelo método de Credé: Retirar o vérnix da região ocular com gaze seca ou umedecida 
com água, sendo contraindicado o uso de soro fisiológico. Afastar as pálpebras e instilar uma gota de nitrato de prata a 
1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho. Limpar com gaze seca o excesso que ficar na pele das pálpebras. 
 Antropometria: Medir o peso, comprimento e os perímetros cefálico, torácico e abdominal. 
 Prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K: Administrar 1mg de vitamina K1 por via intramuscular ou 
subcutânea ao nascimento. 
 Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-fetal: Coletar sangue da mãe e do cordão umbilical para determinar os 
antígenos dos sistemas ABO e Rh. No caso de mãe Rh negativo, deve-se realizar Coombs indireto na mãe e Coombs direto 
no sangue do cordão umbilical. 
 Realização da sorologia para sífilis e HIV: Coletar sangue materno para determinar a sorologia para sífilis e, caso a mãe não 
tenha realizado sorologia para HIV, deve-se fazer o teste rápido para anti-HIV o mais breve possível, e administrar a 
zidovudina profilática antes do parto, caso o teste seja positivo. 
 Identificação do RN: O Estatuto da Criança e do Adolescente regulamenta a identificação do RN mediante o registro de sua 
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe. Essa identificação é feita no prontuário. Pulseiras devem ser 
colocadas na mãe e no RN, contendo o nome da mãe, o registro hospitalar, a data e hora do nascimento e o sexo do RN. 
• Os RNs estáveis devem permanecer com suas mães e ser transportados ao alojamento conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circulação fetal 
• Igualmente tão essencial quanto o início da respiração ao nascer são os ajustes circulatórios imediatos que permitem o fluxo 
sanguíneo adequado para os pulmões. Além disso, ajustes circulatórios durante as primeiras horas de vida fazem com que cada 
vez mais sangue flua pelo fígado do bebê, que até esse ponto tinha pouco fluxo sanguíneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 adaptação do rn à vida extra-uterina: sistema circulatório 
• Na medida em que os pulmões são basicamente não funcionantes durante a vida fetal, e o fígado é apenas parcialmente 
funcional, não é preciso que o coração do feto bombeie muito para esses órgãos. 
• A circulação fetal inicia-se com o retorno do sangue da placenta pela veia umbilical atravessa o ducto venoso, basicamente 
deixando o fígado fora do circuito. Em seguida, grande parte do sangue que entra no átrio direito proveniente da veia cava 
inferior é para a parte posterior do átrio direito e através do forame oval diretamente para o átrio esquerdo. 
 Assim, o sangue bem oxigenado da placenta entra basicamente no lado esquerdo do coração, em vez de no lado direito, 
e é bombeado pelo ventrículo esquerdo, em sua maior parte para as artérias da cabeça e membros anteriores. A outra parte 
irriga os demais tecidos. 
• Posteriormente, sangue que entra no átrio direito, proveniente da veia cava superior, é direcionado para baixo através da valva 
tricúspide para o ventrículo direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 adaptação do rn à vida extra-uterina: sistema respiratório 
• O efeito mais óbvio do nascimento no bebê é a perda da conexão placentária com a mãe e, portanto, a perda de seu meio de 
suporte metabólico. Um dos ajustes imediatos mais importantes necessários ao bebê é começar a respirar. 
• Depois do parto, a criança começa a respirar dentro de segundos e atinge ritmo respiratório normal em menos de 1 minuto 
após o nascimento. 
 A respiração é iniciada pela súbita exposição ao mundo exterior, provavelmente resultante do estado levemente asfixiado, 
incidente ao processo do nascimento, mas também de impulsos sensoriais que se originam na pele subitamente resfriada. 
• Quando o bebê nasce, as paredes dos alvéolos estão colapsadas devido à tensão superficial do líquido viscoso em seu interior. 
 Normalmente, é preciso mais de 25 mmHg de pressão inspiratória negativa nos pulmões para se opor aos efeitos dessa 
tensão superficial e abrir os alvéolos pela primeira vez. Mas quando os alvéolos se abrem, a respiração pode ser realizada 
com movimentos respiratórios relativamente fracos. 
 Felizmente, as primeiras inspirações do recém-nascido normal são extremamente potentes, geralmente capazes de criar até 
60 mmHg de pressão negativa no espaço intrapleural. 
 OBS1: RN pode sobreviver até 10 min se não respirar, se a respiração não ocorrer entre 8 e 10 min, há comprometimento 
cerebral. 
Mudanças da Circulação fetal ao nascimento 
• As mudanças primárias na circulação ao nascimento são primeiro a perda do enorme fluxo sanguíneo pela placenta que 
aproximadamente duplica a resistência vascular sistêmica, aumentando a pressão aórtica, bem como as pressões no ventrículo 
esquerdo e no átrio esquerdo. 
• Em segundo lugar, a resistência vascular pulmonar diminui muito em decorrência da expansão dos pulmões. Nos pulmões fetais 
não expandidos, os vasos sanguíneos estão colapsados devido ao pequeno volume dos pulmões. Imediatamente após a 
expansão, esses vasos não estão mais comprimidos e a resistência ao fluxo sanguíneo diminui bastante. 
 Todas essas mudanças em conjunto reduzem a resistência ao fluxo sanguíneo pelos pulmões, o que diminui a pressão 
arterial pulmonar, a pressão ventricular direita e a pressão atrial direita. 
• Mudanças secundárias: 
 Fechamento do Forame Oval: A ↓ pressão atrial direita e a ↑ pressão atrial esquerda faz com que o sangue tente fluir de 
volta através do forame oval, em vez de na direção contrária como ocorria durante a vida fetal. Consequentemente, a válvula 
que repousa sobre o forame oval, se fecha sobre essa abertura, evitando o fluxo de sangue através do forame oval. 
 Fechamento do Ducto Arterioso: Devido a ↑ pressão aórtica e a ↓ pressão arterial pulmonar, o sangue passa a fluir da aorta 
para a artéria pulmonar, através do ducto arterioso. Entretanto, após algumas horas, a parede do músculo liso desse ducto 
se contrai e nenhum sangue passa aí. Após alguns meses, ele é ocluído anatomicamente pelo crescimento de tec. fibroso. 
 Fechamento do Ducto Venoso: Após o fim do fluxo de sangue pela veia umbilical, grande parte do sangue porta continua 
a fluir pelo ducto venoso. Entretanto,após algumas horas, a parede muscular do ducto venoso se contrai fortemente e 
fecha essa via de fluxo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esse sangue é basicamente sangue desoxigenado da região da cabeça do feto e é bombeado pelo ventrículo direito para a 
artéria pulmonar, e então, em sua maior parte, através do ducto arteríoso para a aorta descendente e, em seguida, através 
das duas artérias umbilicais para a placenta onde o sangue desoxigenado é oxigenado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 declaração de nascido vivo 
• No momento da alta hospitalar, a família recebrá o documento de declaração de nascido vivo, de preenchimento obrigatório, 
criado pelo MS como instrumento do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). Ele contém informações acerca da 
gestação, do parto, da presença de anomalias, identificação de quem preencheu e dados da mãe,pai e RN. 
• A declaração é composto por três vias: 
 Via amarela:A ser apresentada ao Cartório de Registro Civil, pelos pais. 
 Via rosa: Apresentada para a Secretaria de Saúde, devendo ser arquivada no prontuário da gestante ou RN. 
 Via branca: Deve ser entregue para o Centro de Saúde da área de abrangência do domicílio familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ALOJAMENTO CONJUNTO 
• O Alojamento Conjunto é o local em que a mulher e o recém-nascido sadio (peso > 2 kg, IG > 35 semanas e Apgar 5’ > 6), logo 
após o nascimento, permanecem juntos, em tempo integral, até a alta. Segundo a portaria Nº 2.068 do MS, todos os hospitais 
devem seguir esse modelo. 
• A equipe profissional mínima envolve um médico pediatra e obstetra para cada 20 binômios, um enfemeiro para cada 30 
binômios, um técnico e auxiliar de enfermagem para cada 8 binômios, assistente social, psicólogo e nutricionista. 
• Ele possibilita a atenção integral à saúde da mulher e do RN, por parte do serviço de saúde. Além disso favorece a formação do 
vínculo familiar, incentiva o aleitamento materno e diminui o risco do RN contrair infecções hospitalares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 hospital amigo da criança 
• O programa “Iniciativa Hospital Amigo da Criança” proposto pela OMS e Unicef consiste na mobilização de profissionais de 
saúde para mudanças em rotinas e condutas em maternidades e hospitais, visando-se a prevenir o desmame precoce. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quesitos para que o hospital seja Amigo da Criança 
• Cumprir a lei 11.265/06 e a norma de comercialização de alimentos para lactentes. 
• Garantir livre acesso aos pais junto do RN 24h por dia, com exceção de UTI neonatal. 
• Ter o projeto de ‘’Cuidado Amigo da Mulher’’. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto cuidado amigo da mulher 10 passos para sucesso do aleitamento materno 
• Garantir às mulheres, um acompanhante de livre escolha para oferecer 
apoio físico e/ou emocional durante o pré-parto, parto e pós-parto. 
• Ofertar, às mulheres, líquidos e alimentos leves durante o trabalho de 
parto. 
• Incentivar as mulheres a andar e a se movimentar durante o trabalho 
de parto, se desejarem, e a adotar posições de sua escolha durante o 
parto, a não ser que existam restrições médicas. 
• Garantir às mulheres, ambiente tranquilo e acolhedor, com privacidade 
e iluminação suave. 
• Disponibilizar métodos não farmacológicos de alívio da dor, tais como, 
banheira ou chuveiro, massageadores/massagens, etc. 
• Assegurar cuidados que reduzam procedimentos invasivos, tais como 
rupturas de membranas, aceleração ou indução do parto, partos 
instrumentais ou cesarianas, a menos que necessárias em virtude de 
complicações, e, que em caso de necessidade, isso seja explicado à 
mulher. 
Referêcias 
1- FISOLOGIA MÉDICA 12º ED – GUYTON. 
2- Pediatria ambulatorial 5º ed – ênio leão. 
3- Atenção à saúde do recém nascido v.1 2º ed – ms. 
4- SITE DA UNICEF. 
5- PORTARIA Nº 2.068 – MS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 anatomia das mamas 
Problema 05 
• As mulheres adultas possuem de 15 a 25 lobos mamários (glândulas tubuloalveolares), constituídos, cada um, por 20 a 40 lóbulos. 
Estes, por sua vez, são formados por 10 a 100 alvéolos. Envolvendo os alvéolos, encontram-se células mioepiteliais. 
• O leite produzido nos alvéolos é conduzido até os seios lactíferos por uma rede de ductos. Para cada lobo mamário, há um seio 
lactífero, com uma saída independente no mamilo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 desenvolvimento das mamas e lactação 
• As mamas começam a se desenvolver na puberdade. Esse desenvolvimento é estimulado pelo estrogênio do ciclo sexual feminino 
mensal, o estrogênio estimula o crescimento da parte glandular das mamas além do depósito de gordura que dá massa às mamas. 
• Além disso, ocorre crescimento bem mais intenso durante o estado de altos níveis de estrogênio da gravidez, e só então o tecido 
glandular fica inteiramente desenvolvido para a produção de leite. 
 O estrogênio elevado faz com que o sistema de ductos das mamas cresça e se ramifique. Simultaneamente, o estroma das 
mamas, tecido conjuntivo vascularizado, aumenta em quantidade, e grande quantidade de gordura é depositada nele. 
• Quando o sistema de ductos estiver desenvolvido, a progesterona, que também está em níveis elevados durante a gravidez, age 
sinergicamente com o estrogênio causando o crescimento adicional dos lóbulos mamários, com multiplicação dos alvéolos e 
desenvolvimento de características secretórias nas células dos alvéolos. 
• Embora o estrogênio e a progesterona sejam essenciais ao desenvolvimento físico das mamas durante a gravidez, efeito especial de 
ambos esses hormônios é inibir a verdadeira secreção de leite. Por outro lado, o hormônio prolactina tem efeito oposto sobre a 
secreção de leite, promovendo-a. Esse hormônio é secretado pela adeno-hipófise, e sua concentração no sangue da mãe durante a 
gestação está por 10 a 20 vezes do nível normal não grávido. 
 Mesmo assim, devido aos efeitos supressivos do estrogênio e da progesterona, não mais do que uns poucos mililitros de 
líquido são secretados a cada dia até após o nascimento do bebê. 
 O líquido secretado durante os últimos dias antes e nos primeiros dias após o parto é denominado colostro, que contém 
essencialmente as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas quase nenhuma gordura e sua taxa máxima 
de produção é cerca de 1/100 da taxa subsequente de produção de leite. 
• Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, há a perda súbita tanto da secreção de estrogênio quanto da progesterona 
placentária, o que permite o efeito lactogênico da prolactina, que estimula a lactogênese fase II e inicia a secreção do leite. 
 Essa secreção de leite requer secreção de suporte do hormônio do crescimento, cortisol, paratormônio e insulina. Esses 
hormônios são necessários para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio fundamentais para a formação do leite. 
• Depois do nascimento do bebê, o nível basal da secreção de prolactina retorna aos níveis não grávidos durante algumas semanas. 
Nesse momento, inicia-se a fase III da lactogênese, também denominada galactopoiese. Essa fase, que persiste por toda a lactação, 
é de controle autócrino e depende primordialmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. 
 Isso é ilustrado uma vez que, cada vez que a mãe amamenta o bebê, sinais neurais dos mamilos para o hipotálamo causam um 
pico de 10 a 20 vezes da secreção de prolactina, que dura aproximadamente 1 hora. Essa prolactina age nas mamas maternas, 
mantendo as glândulas mamárias secretando leite nos alvéolos para os períodos de amamentação subsequentes. 
 Se o pico de prolactina estiver ausente, for bloqueado ou se a amamentação não prosseguir, as mamas perdem a 
capacidade de produzir leite dentro de mais ou menos 1 semana. Entretanto, a produção de leite pode se manter por vários 
anos se a criança continuar a sugar. 
 
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• O leite materno é mundialmente homogêneo quanto à sua composição. Apenas as mulheres com desnutrição grave podem ter o 
seu leite afetado tantoqualitativa como quantitativamente. 
• O leite “maduro” só é secretado por volta do 10º dia pós-parto. Até o 7º dia, a secreção láctea é chamada de colostro, que contém 
mais proteínas e menos lipídios do que o leite maduro, é rico em imunoglobulinas, em especial a IgA e é mais amarelado pela 
presença de betacaroteno. O leite no período entre a produção do colostro e do leite “maduro” é denominado de transição. 
• A concentração de gordura no leite maduro (e, consequentemente, o teor energético) aumenta no decorrer de uma mamada. 
Assim, o leite do final da mamada (leite posterior) é mais rico em energia e sacia melhor a criança que o leite do início da mamada 
(leite antierior), daí a importância de a criança esvaziar bem a mama. Independente do tipo de leite, ambos serão ricos em minerais, 
proteínas, carboidratos e vitaminas necessários ao RN. 
• O leite humano possui inúmeros fatores imunológicos específicos e não específicos que conferem proteção ativa e passiva para 
as crianças amamentadas. O leite materno protege a criança contra doenças infecciosas, além de diminuir a inflamação. 
 A IgA secretória é a principal imunoglobulina, que atua contra micro-organismos que colonizam ou invadem superfícies 
mucosas. Mas também há no leite materno IgM e IgG que protegem contra bronquiolite, rubéola, cólera, etc. 
 O leite materno também contém lipazes, lisozima, citocinas, lactoferrinas e fator bífido que axuliam na imunidade do lactente. 
 Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente inativados pelo calor, razão pela qual o leite humano 
pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5°C por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru. 
 
 
 
 
 
Processo de ejeção do leite 
• O leite é secretado continuamente nos alvéolos das mamas, mas não flui facilmente dos alvéolos para o sistema de ductos e portanto 
não vaza continuamente pelos mamilos. Em vez disso, o leite precisa ser ejetado dos alvéolos para os ductos, antes de o bebê poder 
obtê-lo. Isso é causado por reflexo neurogênico e hormonal combinado, que envolve o hormônio neuro-hipofisário ocitocina. 
 Quando o bebê suga, ele não recebe quase nenhum leite durante mais ou menos 30 segundos. Primeiro é preciso que impulsos 
sensoriais sejam transmitidos para o hipotálamo, que promove a secreção de ocitocina, ao mesmo tempo em que causa 
secreção de prolactina. 
 OBS1: A liberação da ocitocina provocada pelo estímulo da sucção também ocorre em resposta a estímulos 
condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional como motivação, 
autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo e a inseguranca 
podem inibir o reflexo de ejeção do leite, prejudicando a lactação. 
 A ocitocina é transportada para as mamas, onde faz com que as células mioepiteliais, que envolvem os alvéolos, se contraiam, 
expulsando o leite neles contido para os ductos. Em seguida, dentro de 30 segundos a 1 minuto, a sucção do bebê fica 
efetiva e o leite começa a fluir. 
 OBS2: O ato de sugar uma mama faz com que o leite flua não só naquela mama, mas também na oposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 leite materno 
composição 
• O leite de mães a termo difere do leite de fórmula, de vaca, de cabra e de mães pré-termo: 
 Leite de mães a termo X pré-termo: É a maior presença inicial de fatores imunológicos e vitaminas no leite pré-termo. 
 Leite de vaca X leite de cabra: O leite de cabra tem menor potencial alergênico por diferença estrutural de proteínas, mas 
pela carência de B9 e B6 podem causar, respectivamente, anemia perniciosa e megaloblástica. 
 Leite materno X fórmula X cabra X vaca: O leite materno possui fatores imunológicos, nutrientes de absorção mais fácil e 
menor potencial alergênico. 
Diferenças entre o leite materno e os outros tipos de leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Problemas relacionados à amamentação 
• Dor/Trauma Mamilar: É a dificuldade mais frequente enfrentada pelas mães e é oriunda da técnica inadequada de amamentação, 
alterações anatômicas do mamilo, disfunções orais do lactente, limpeza excessiva da mama, reações alérgicas e afins. As formas 
de tratamento das fissuras se dá pela aplicação de leite no mamilo, usar pomadas com antibióticos e evitar o contato do mamilo 
com outras superfícies. 
• Candidíase: É uma infecção de mamilos comum, geralmente é transmitida pela criança, mesmo sendo assintomática. As mãe 
apresentam dor no mamilo, prurido e sensação de queimadura. Deve-se tratar tanto a mãe quanto o filho. 
• Síndrome de Raynaud: Um desequilíbrio entre vasoconstrição e vasodilatação dos vasos é o evento central dessa síndrome. Essa 
isquemia intermitente pode acometer os mamilos provocando palidez, dor intensa e sensação de fisgadas ou queimação. 
• Ingurgitamento Mamário: O ingurgitamento mamário patológico, em geral, começa por volta do terceiro ao sétimo dia após o parto 
e envolve dois componentes: a remoção ineficiente do leite e ao mesmo tempo o aumento do fluxo de sangue para as mamas. 
Como resultado, a mama fica difusamente edemaciada, firme e dolorida, e o leite não drena facilmente. O leite acumulado no interior 
da mama é submetido ao aumento de pressão intraductal e se torna mais viscoço ou “empedrado”. O tratamento é com base em 
anti-inflamatórios. 
• Mastite: É um processo inflamatório da mama, podendo ser acompanhado de infecção. As principais causas de mastite são as 
condições que ocasionam estase do leite (causa primária) com consequente processo inflamatório e posterior infecção. O 
tratamento se dá pelo esvaziamento adequado da mama e pelo uso de antibióticos e anti-inflamatórios. 
• Abcesso Mamário: É uma complicação grave da mastite, definido como coleção de pus localizada dentro da mama. Geralmente, 
só uma das mamas é acometida e os sintomas incluem dor intensa, febre e mal-esta. Deve-se realizar drenagem cirúrgica, fazer 
uso de antibióticos e cessar a amamentação na mama afetada. 
• Leite seco: Se dá a partir da baixa frequência de sucção do bebê oriunda da introdução de mamadeira, chuca, bico ou chupeta 
que inibe a produção de ocitocina e prolactina. 
Importância da amamentação 
• O leite materno, como descrito anteriormente, possui inúmeros fatores imunológicos que auxiliam na redução da taxa de 
mortalidade infantil e na incidência de alergias, diarreias e outras afecções em lactentes. 
• Ele também proporciona ao RN uma nutrição adequada uma vez que contém todos os nutrientes essenciais para seu crescimento 
e desenvolvimento. Outro fator importante é que esse leite promove o combate à obesidade já que, quando exclusivo, contém a 
quantidade de calorias necessárias ao bebê. 
• Além disso, o leite materno possui efeito positivo no desenvolvimento cognitivo, ósseo e bucal para o RN. Quanto à mãe, o ato de 
amamentar auxilia na prevenção do câncer de mama e de novas gravidezes. Já para o binômio, essa prática aumenta o vínculo 
entre os participantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 amamentação 
 
Técnica de amamentação 
• A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para amamentar/mamar e a pega/sucção do 
bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar 
os mamilos. 
 Quando o bebê pega a mama adequadamente, o que requer uma abertura ampla da boca e o abocanhamento do mamilo e 
parte da aréola, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formaçãodo vácuo, indispensável para que o 
mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê. Enquanto mama no peito, o bebê respira pelo nariz. 
• A técnica de amamentação correta sugere que a mãe mantenha seu corpo próximo ao bebê, mantenha seu rosto de frente a 
mama com o nariz na altura do mamilo, o posicione com cabeça e tronco alinhados e o assegure de que está bem apoiado. 
• A técnica de pega adequada envolve a manutenção de uma auréola bem visível acima da boca do bebê e que a mãe asserte-se 
de que a boca do bebê está bem aberta, com o lábio inferior virado para fora e o queixo tocando a mama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 banco de leite 
 
Contra-indicações à amamentação 
• O aleitamento materno não é recomendado nos casos em que a mãe é infectada pelo HIV ou possui insuficiência cardíaca, faz uso 
de medicamentos antineoplásicos e radiofármacos ou de álcool e outras drogas. Não é recomendado quando o RN possui 
galactosemia, fenilcetonúria ou doença do xarope de bordo. No caso de desmame ser risco de vida, deve-se rever a decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amamentação E MAMOPLASTIA 
• A possibilidade de a mulher amamentar depois de uma mamoplastia depende do tipo de cirurgia e de técnicas específicas utilizadas. 
 O aleitamento materno é possível após cirurgias de aumento das mamas, uma vez que a colocação da prótese pode ser 
subglandular ou submuscular, ambas não afetam a amamentação. 
 A produção de leite após a redução operatória é frequentemente inadequada para manter a amamentação exclusiva já que 
partes das glândulas e de seus ductos podem ser retirados após a operação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os Bancos de Leite Humano tem entre seus objetivos a promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Neste sentido, 
desenvolvem trabalho para auxiliar as mulheres-mães no período da amamentação, tendo profissionais qualificados para também 
orientar sobre a saúde da criança. 
 O Brasil possui a maior rede de Bancos de Leite Humano do mundo, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 
Montes Claros é a única cidade do Norte de Minas que mantém um Banco de Leite Humano. Ele funciona no Hospital Aroldo 
Tourinho e atualmente conta com 10 mães doadoras , sendo que o ideal ser ia entre 20 e 25 . 
• A mãe doadora, além de apresentar excesso de leite, deve ser saudável, não usar medicamentos que impeçam a doação e se 
dispor a ordenhar e a doar o excedente. 
• O processo de doação envolve que a mãe escolha um frasco de vidro, por exemplo um pote de café ou de maionese, esterelizá-
lo e realizar a ordenha. 
 Ela requer que o leite seja retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias. Para realizá-lo, o 
ambiente deve estar limpo e a mãe deve tomar precauções para não contaminar o leite, como higienizar as mãos, prender 
e cubrir os cabelos e evitar falar no momento da retirada. 
 A ordenha em si requer uma realização manual, envolve a colocação do polegar e indicador na aréola, firmar os dedos e 
empurrá-los na direção ao corpo comprimindo um dedo contra o outro. Deve-se repetir movimento até o leite sair. O 
frasco com o leite retirado deve ser armazenado no congelador ou freezer podendo ficar congelado por até 15 dias. 
• O leite humano doado, após passar por processo que envolve seleção, classificação de acordo com a idade gestacional na qual 
ocorreu o parto da doadora e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês internados em unidades neonatais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 direitos da lactante 
 
• Segundo o Art. 7º da Constituição Federal, é garantido licença à gestante de 120 dias consecutivos, sem prejuízo do emprego e 
do salário, podendo ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. 
• Após os 4 meses, segundo a seção V da lei 8112/90 no Art. 209, a lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora 
de descanso diária para amamentar o bebê até os seus seis meses que pode ser parcelada em 2 pausas de 30 min. 
• A mãe também têm direito à creche, segundo a Conslidação de Leis Trabalhistas no Art. 389, desde que estabelecimento 
empregue mais de trinta mulheres com mais de 16 anos de idade. 
• As mães estudantes estão amparadas pela Lei 6202/1979 permitindo que obtenham suas notas com trabalhos realizados em casa. 
• A Lei de Execuções Penais no Art. 82 e 89, e o Art. 9º do Estatuto da Criança e do Adolescente, permite às mulheres privadas de 
liberdade permanecer com seus bebês até o 4º mês para amamentarem. 
• A prefeitura de São Paulo sancionou a lei 16.161 que prevê multa de R$500,00 para estabelecimentos que proíbam 
amamentação em público. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria 3º ED. 
2. Caderno de Atenção Básica Nº 23: Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. 
3. Mamoplastia e Aleitamento de Dr. Marcus Renato. 
4. Portal do Fiocruz: Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano. 
5. Site Legisweb. 
6. Direitos da Mulher Trabalhadora: na Gravidez, no Pós‐Parto e Durante o Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de 
Pediatria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Avaliação da idade gestacional 
Problema 06 
• Quanto a idade gestacional (IG), o recém-nascido (RN) classifica-se em pré-termo (IG < 37 semanas), a termo (37 semanas < IG 
< 42 semanas) e pós termo (IG > 42 semanas). 
• Ela pode ser estimada pela Data da Última Menstruação (DUM), pela ultrassonografia (USG) gestacional precoce (até 14 semanas) 
ou pelo exame físico do RN. É importante lembrar que o melhor método para estimá-la continua a ser a DUM seguida da USG 
precoce e, por último, o escore do exame físico do RN. Dois escores podem ser utilizados, o de Capurro e de New Ballard. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Método de capurro 
• Esse método pode ser realizado nas primeiras 48 horas de vida, pode ser feito com RNs com 34 semanas de vida, mas é 
recomendado para os a termo. 
• No Capurro Somático, soma-se os pontos de todos os critérios com excessão do F e do G. Em seguida, some o número resultante 
da operação anterior com 204 e depois divida o resultado por 7 (resultado final em semanas). 
• No Capurro Somático-Neurológico, soma-se os pontos de todos os critérios com excessão do A. Em seguida, some o número 
resultante da operação anterior com 200 e depois divida o resultado por 7 (resultado final em semanas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A B 
C D 
E F 
G 
MÉTODO DE NEW BALLARD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Esse método de avaliação da idade gestacional de RN analisa seis parâmetros neurológicos e seis parâmetros físicos. A cada um 
dos parâmetros atribui-se uma pontuação, cuja somatória determinará a estimativa da idade gestacional. Um escore de 0 significa 
que o RN possui 24 semanas de gestação e cada 5 pontos

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