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ABERTURA DA CÂMARA CORONÁRIA (CAVIDADE DE ACESSO E LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS) Definição: é a fase inicial do tratamento endodôntico que compreende a abertura da câmara pulpar, com consequente remoção de todo seu teto, assim com realização de desgastes compensatórios, afim de obter uma conformação definitiva da cavidade intra coronária, sua limpeza e sua antissepsia. Objetivos: Visualizar a entrada dos canais radiculares. Permitir que o instrumento endodôntico penetre no canal de maneira livre e direta atuando em toda extensão do comprimento de trabalho. Os insucessos na endodontia derivam muitas vezes do acesso incorreto. Limpeza inadequada Perfurações radiculares Fratura de instrumentos Formação de degraus Entre outros Remoção do teto: para retirar os remanescentes pulpares e expor os orifícios da entrada dos canais radiculares. Acesso reto e livre: até a primeira curvatura do canal quando existir. Preservar o assoalho: não perfurar o assoalho, pois permitir uma melhor visualização das entradas dos canais e sua integridade guia os instrumentos. Conservar a estrutura dentaria: pois a retirada excessiva do tecido dental, enfraquece a dentina e o esmalte favorecendo o aparecimento de fraturas coronárias. Estrutura dental suficiente: para permanência total do selamento provisório na cavidade de acesso até a colocação da restauração definitiva no dente. Obs.: geralmente os dentes que necessitam de intervenção endodôntica, não estão com sua coroa integra, estando afetados por destruições cariosas, restaurações extensas, fraturas e etc. A angulação dentaria, posicionamento das cúspides e mudança na anatomia externa ocasionada pela presença de coroas protéticas, podem alterar a relação ao longo eixo da coroa. A radiografia periapical tirada com o posicionador ou pela técnica do paralelismo é de FUNDAMENTAL importância antes de realizarmos o acesso coronário. Além disso a radiografia pela técnica interproximal é um importante auxiliar na observação da anatomia interna coronária Devemos remover todo o tecido cariado antes do acesso à câmara pulpar, assim como restaurações e coroas protéticas sempre que se fizerem necessário. As coroas provisórias devem sempre ser removidas antes do acesso (SEQUÊNCIA DE TÉCNICA DE ACESSO) FASES Ponto de eleição Forma de contorno ou conveniência Trepanação Remoção completa do teto Desgastes compensatório Limpeza e assepsia da cavidade PONTO DE ELEIÇÃO Dentes anteriores (incisivos e caninos) Face palatina ou lingual entre o cíngulo ou bordo incisal. Dentes posteriores (pré-molares, molares) Face oclusal na fosseta central FORMA DE CONTORNO OU CONVENIÊNCIA Incisivos centrais e laterais (superiores e inferiores) Triangular com a base voltada para incisal Caninos (superiores e inferiores) Forma losangular e ovoide. DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO Nos anteriores inicialmente perpendicular ao longo eixo do dente Ao atingir a câmara pulpar, ela deve ser direcionada para o longo eixo do dente Nos posteriores, em direção ao longo eixo REMOÇÃO COMPLETA DO TETO DESGASTES COMPENSATÓRIOS Manobra que visa remover projeções dentinárias que dificultam o acesso franco e direto dos instrumentos ao interior dos canais radiculares FASES DA ABERTURA CORONÁRIA DENTES ANTERIORES Ponto de eleição = Face palatina = broca esférica Forma de contorno Direção de trepanação Estender a cavidade = Forma de conveniência Aprofundar a broca até atingir a câmara pulpar Orientar a broca no sentido do longo eixo do dente DENTES ANTERIORES Remover o teto da câmara Verificar se há remanescente de teto (sonda exploradora) Preparo final da cavidade = paredes planas e divergentes= desgaste compensatório para o bordo incisal (Broca tronco-cônica, cilíndrica, Endo Z) Colocar Isolamento Absoluto MATERIAIS Brocas esféricas AR n. 1012 – 1014 – 1016 Brocas esféricas BR n. 2 e 4 Brocas tronco-cônicas AR n. 3080 – 3083 Brocas AR Endo Z Sonda Exploradora BROCAS ESFÉRICAS N:1012,1014,1016 BROCAS ESFÉRICAS N: 2 ou 4 BRONCAS TRONCO-CÔNICAS N: 3080 e 3083 BROCAS ENDO Z SONDA EXPLORADORA ERROS NA ABERTURA CORONÁRIA MACRO ABERTURA & MICRO ABERTURA Abertura não deve remover nem poupar excessivamente as estruturas dentais. ERROS FREQÜENTEMENTE COMETIDOS NO PREPARO INTRACORONÁRIO Área de eleição do acesso tomada erroneamente Perfuração vestibular da coroa Formação de degrau ou perfuração de uma face proximal Abertura insuficiente ou inadequada Preparo inadequado da câmara pulpar Perfuração da câmara pulpar Forma de conveniência inadequada Abertura inadequada em câmara pulpar atrésia Broca pressionada contra o soalho da câmara, obliterando a entrada dos canais radiculares Preparo demasiadamente extenso lateralmente e inadequado em profundidade PERGUNTAS Qual a definição de abertura da câmara coronária? Qual os objetivos da abertura coronária? Cite os insucessos que ocorre na abertura coronária? Porque deve conservar a estrutura dentaria (tecido dental), na abertura coronária? Qual a radiografia e sua importância na endodontia? Porque devemos remover todo tecido cariado assim como próteses e restaurações? Quais são as fases de abertura coronária? Como deve ser o ponto de eleição nos dentes posteriores e anteriores e suas formas de conveniência? Como deve ser a direção de trepanação nos dentes anteriores e posteriores? Para que serve os desgastes compensatórios? Descreva a abertura coronária em dentes anteriores? Cite os materiais usados na abertura? Cite os erros mais frequentes cometidos no preparo intracoronário?
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