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short paper endodontia Técnica de Oregon modificada

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Técnica de Oregon modificada
RESUMO
A endodontia foi submetida aos mais variados conceitos e filosofias que caracterizam diferentes estágios de seu desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos, muitos aspectos e procedimentos da endodontia ainda estão em discussão entre os profissionais, exigindo maiores investigações e pesquisas. Este estudo, realizado por meio de pesquisa nas bases de dados Scielo, artigos, monografias e teses sobre o tema em questão, visa descrever a instrumentação por meio da Técnica de Oregon modificada nas inovações, na modelagem e limpeza do canal radicular, bem como destacar alguns endodontistas que utilizaram essa técnica. 
Palavras-chave: Endodontia. Técnica de Oregon Modificada. Técnica de Oregon. Crown Down.
1 INTRODUÇÃO
	Os números relativos à endodontia estão crescendo rapidamente ano após ano, nos EUA, por exemplo, passou de 6 milhões de dentes tratados endodonticamente, em 1969, para mais de 25 milhões. Estima-se que esses números triplicaram com as novas intervenções endodônticas.
	Embora a endodontia clínica seja uma especialidade limitada, o que inclui um grande número de intervenções, a preparação do canal radicular para cirurgia passa por várias etapas, como a abertura da câmara pulpar, por exemplo; entretanto, a Técnica de Oregon modificada, que é o tema desse trabalho, apresenta vantagens e desvantagens. 
	O objetivo desse trabalho é descrever a instrumentação por meio da Técnica de Oregon modificada nas inovações na modelagem e limpeza do canal radicular, bem como destacar alguns endodontistas que utilizaram essa técnica.
2 METODOLOGIA
	
	Este trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica na base de dados Scielo e no Portal de Periódicos da Capes, em artigos, monografias e teses, sobre o tema em questão, utilizando como palavras-chave endodontia, técnica de Oregon modificada, técnica de Oregon e Crown Down, e suas variações em inglês e espanhol. 
	Para que a busca não se tornasse extensa, pois há poucos estudos científicos sobre o tema, adotaram-se como filtros de pesquisa, idioma: português, inglês e espanhol e recorte temporal: 2008 a 2017.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Diversas técnicas de extrusão foram aplicadas ao longo de décadas, entretanto, em 1978, um grupo de endodontistas da Universidade de Oregon propôs uma técnica de instrumentação para condutos com polpa necrótica que foi denominada de Escalonada de avanço progressivo sem pressão, também conhecida como Técnica de Oregon ou Crown Down (LEAL; LEONARDO 1994; INGLE; BAKLAND 1996 apud PÉREZ; BURGUERA; CARVALLO, 2003;). 
Marshall e Pappin (1980 apud DESSAUNE NETO, 2011) recomendaram o uso desta técnica e ampliaram sua denominação para preparação sem pressão da coroa para baixo em instrumentação de condutos com pulpa necrótica, usando brocas de Gates Glidden e limas mais grossas nos terços coronários do canal e, em seguida, limas progressivamente menores da coroa para baixo. 
Este método aproximava-se do canal expandindo a preparação coronalmente antes de ser feita uma tentativa de alcançar o ápice. A precurvatura de instrumentos foi considerada desnecessária. No entanto, o zip[footnoteRef:1] apical, como descrito por Weine (1982 apud CHIAPELLI, 2016), ainda podia ser detectado. [1: 	 Quando ocorre a sobre instrumentação e o forame apical fica em forma elíptica ou em forma de lágrima, que acaba dificultando a preparação e obturação do canal, pois fica difícil de travar o cone. Cf. https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110910222235AAPbnzS.] 
	Com o passar do tempo várias modificações foram feitas tendo como base a técnica original, ressalta-se nesse trabalho a Técnica de Oregon modificada. 
	Reiss-Araújo et al. (2009) utilizaram a técnica de Oregon modificada na preparação de dentes para obturação, escolhida por ser “[...] de fácil execução e trabalhar os três terços do canal radicular de forma mais eficaz, eliminando toda a dentina infectada e favorecendo uma obturação o mais hermética possível.” (REISS-ARAÚJO; DANTAS, 2001; TEIXEIRA et al., 1994 apud REISS-ARAÚJO et al., 2009 p. 26).	
	Em outro estudo realizado em 2011 alunos da disciplina de Endodontia I da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo testaram várias técnicas de instrumentação endodônticas, entre elas a de Oregon modificada, aplicada em dentes com canais estreitos e com curvaturas acentuadas. 
	Segundo Dessaune Neto (2011, p. 31):
Nessa técnica o terço cervical e médio é acessado e preparado primeiro com limas compatíveis com o diâmetro e brocas de Gattes-Glidden. Após esse preparo, o batente apical é confeccionado e feito a modelagem do terço apical, como na técnica Escalonada Regressiva, até o terço médio e cervical já formatado. 
	
	Por meio dessa técnica obteve-se maior facilidade na limpeza e preparação do canal para a obturação e a forma cônica permitiu que o material obturador estivesse amparado pelo batente apical (DESSAUNE NETO, 2011). 
	Bavera, Toledo e Dávalos (2017) em uma avaliação qualitativa após instrumentação ex vivo, compararam três técnicas: Escalonada com retrocesso programado, Oregon modificada pela Faculdade de Odontologia de Bauru FOB e a Rotatória Protaper. O estudo teve como objetivo verificar a regularidade e irregularidades dos canais radiculares preparados com as técnicas escolhidas. 
	A escolha da técnica de Oregon modificada se deu por ser uma técnica corono-apical que foi recentemente implementada para o ensino na Faculdade de Odontologia Pierre Fauchard e é largamente utilizada internacionalmente na clínica diária (BAVERA;TOLEDO; DÁVALOS, 2017). 
	Como principais resultados, a maior porcentagem de preparação de Conduto Bem Instrumentado (CBI)[footnoteRef:2] foi encontrada na aplicação da técnica de Protaper para o terço médio e terço apical, no terço cervical das três técnicas e no terço apical para a técnica de Oregon modificada pela FOB. [2: 	 “Boa preparação, manutenção da anatomia original, superfície lisa que indica que as paredes foram tocadas pelo instrumento.” (BAVERA;TOLEDO; DÁVALOS, 2017, p. 40).] 
	Não houve diferenças estatisticamente significantes na efetividade das técnicas escalonadas de regressão programada, Oregon modificada e Protaper, quando os moldes dos terços foram analisados qualitativamente coincidindo com o trabalho realizado por Pereira et al. (2007 apud BAVERA, TOLEDO E DÁVALOS 2017), que analisaram os terços e faces dos condutos instrumentados com limas K de aço inoxidável com a técnica corono-apical e as limas rotativas do perfil de níquel titânio quando os moldes dos condutos foram analisados qualitativamente.
	Também foi detectado 50% de CBI no terço cervical para as três técnicas e no terço apical para a técnica de Oregon modificada pela FOB; portanto, pode-se concluir que as técnicas coroa-apical são mais regulares que as ápico-coronal, assim como tambem indica Teixeira et al. (2007 2007 apud BAVERA, TOLEDO E DÁVALOS 2017) em seu trabalho e que, em geral, os instrumentos de níquel-titânio influenciam positivamente a qualidade da forma cérvico-apical cônica regular com destaque para o instrumento Protaper.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O presente trabalho teve como objetivo descrever a instrumentação por meio da Técnica de Oregon modificada nas inovações na modelagem e limpeza do canal radicular, bem como destacar alguns endodontistas que utilizaram essa técnica. 
	Dessa forma torna-se evidente, com base nas pesquisas bibliográficas realizadas, que a instrumentação com a técnica de Oregon modificada pode provocar menos extrusão apical durante a modelagem e limpeza dos dentes para a obturação.
 	As etapas de preparação da câmara pulpar devem ser observadas e devem ser seguidos os princípios da cirurgia de acesso endodôntico; entretanto, mais estudos sobre a utilização da técnica de Oregon modificada devem ser realizados para que sejam analisadas as vantagens e desvantagens deste tipo de instrumentação.
	
REFERÊNCIAS
BAVERA, T.; TOLEDO, N. J.; DÁVALOS, P. E. Evaluación cualitativa pos instrumentaciónex vivo comparando tres técnicas: escalonada con retroceso programado-Oregón modificada por la FOB-Técnica Rotatoria Protaper. Memorias del Instituto de Investigaciones en Ciencias de la Salud, Asunción, v. 15, n. 2, p. 37-44, 2017. 
CHIAPPELLI, F. Comparative effectiveness research (cer) new methods, challenges and health implications. New York: Nova Publishers, 2016. 
DESSAUNE NETO, N. Análise do tratamento endodôntico “in vitro”, realizado pelos alunos da disciplina de endodontia I da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Espírito Santo, utilizando-se a técnica de diafanização. 2011. 76 f. Dissertação (Mestrado em Clínica Odontológica) – Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2011.
PÉREZ, E.; BURGUERA, E.; CARVALLO, M. Tríada para la limpieza y conformación del sistema de conductos radiculares. Acta Odontológica Venezolana, Caracas, v. 41, n. 2, 2003. 
REISS-ARAÚJO, C. et al. Comparação da infiltração apical entre os cimentos obturadores AH Plus, Sealapex, Sealer 26 e Endofill por meio da diafanização. Revista Sul-Brasileira de Odontologia, Joinville, v. 6, n. 1, 2009.

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