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JFAL licenciamento de estaleiro é de competência do Ibama Conselho da Justiça Federal

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12/09/2017 JFAL: licenciamento de estaleiro é de competência do Ibama — Conselho da Justiça Federal
http://www.cjf.jus.br/cjf/outras-noticias/2010/dezembro/jfal-licenciamento-de-estaleiro-e-de-competencia-do-ibama 1/2
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(http://www.vlibras.gov.br)A-A+AAJFAL: licenciamento
de estaleiro é de competência
do Ibama
 15/12/2010 13h45, publicado 11/06/2015 17h13última modificação
O juiz federal titular da 3ª Vara, Paulo Machado Cordeiro, após estudar cuidadosamente os
autos, constou ser também da competência federal o licenciamento do Estaleiro Eisa
Alagoas S/A, em função da magnitude potencial do impacto ambiental do empreendimento,
conforme ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL).
Dessa forma, o magistrado federal determinou que seja temporariamente tornada ineficaz
qualquer decisão do Estado de Alagoas, Instituto do Meio Ambiente (IMA) ou Conselho
Estadual de Proteção Ambiental (Cepream), a respeito da licença para instalação do Eisa em
Coruripe.
Paulo Cordeiro determinou ainda que o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA), elaborado pelo IMA, seja submetido imediatamente ao IBAMA, para
que avalie a conveniência técnica de manter os estudos do órgão estadual ou de pedir outros
estudos e análises. O IBAMA deverá trazer os processos administrativos referentes às
instalações de estaleiros em todo o Brasil para que o magistrado federal tenha conhecimento
dos elementos exigidos, por exemplo, no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco e
Bahia. O objetivo é confrontar com as exigências feitas em Alagoas para atender os
princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
que devem nortear a atuação da Administração Pública.
 Para este momento processual, o juiz federal considera relevante ressaltar o significativo
impacto ambiental que o estaleiro representa sobre área de mar territorial e de mangue, em
face da política nacional de recursos hídricos e política de preservação dos manguezais. 
“Devido ao porte do empreendimento, há elevado desmatamento, aterros aos manguezais,
dragagem e escavação oceânica e consumo de água do mar e da grande quantidade de
efluentes que serão lançados como descarte industrial na área de praia, com real
possibilidade de atingir até o rio Coruripe”, afirma Paulo Cordeiro.
O magistrado cita a Lei nº 6.938/81, modificada pela Lei nº 8.028/90 e recepcionada pela
Constituição Federal de 1988 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, (tendo por
fundamento os incisos UI e VII do artigo 23 e o artigo 255 da Constituição). Paulo Cordeiro
observa que no 4º, I da Lei 6.938, um dos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente é
a “compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico”. 
Dessa forma, a Lei nº 6.938/81, em seu art. 10, dispõe que “a construção, instalação,
ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos
ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como capazes, sob
12/09/2017 JFAL: licenciamento de estaleiro é de competência do Ibama — Conselho da Justiça Federal
http://www.cjf.jus.br/cjf/outras-noticias/2010/dezembro/jfal-licenciamento-de-estaleiro-e-de-competencia-do-ibama 2/2
qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de
órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA, em caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças
exigíveis”. O parágrafo 4º indica ainda que “compete ao IBAMA o licenciamento no caso de
atividades e obras com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional”, com
o é o caso do Estaleiro EISA.
O MPF ressalta que é técnica normativa cientificamente comprovada que a atividade do
estaleiro é causadora de significativo impacto ambiental, não podendo ser aceito como de
pequeno porte. Assim, a atuação do IBAMA não pode ser meramente supletiva. A localização
é parcial em mar territorial, avançando cerca de 150 metros , não se podendo avaliar, sem
um estudo mais aprofundado, se tais obras e edificações irão ou não gerar consequências ao
meio ambiente. Sua área de influência direta afetará 90 hectares , ou seja, praticamente todo
o manguezal existente na localidade em Coruripe, com possibilidade de assoreamento das
margens dos mangues e restingas da região, bem como chance de degradação dos
mangues mediante a contaminação das águas subterrâneas. O MPF ressalta ainda a falta de
habilidade técnica do IMA para o licenciamento ambiental. 
www.jfal.jus.br (http://www.jfal.jus.br)