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Respostas:
Questão 1- No surgimento do teatro Grego, a arte era representada, por duas máscaras: a máscara da tragédia e a da comédia. A tragédia foi o gênero teatral mais antigo de todos, e de maior expressão para a época, era fundamentado nas histórias mitológicas trágicas com um final infeliz e de tensão, derivadas das paixões humanas. Os mitos tradicionais tinham um núcleo fixo, porém os tragediógrafos podiam fazer valer seu talento modificando e inovando partes dos mesmos. Ela abordava uma temática tradicional mítica, contextualizando o terror, o medo, a morte, a piedade, os personagens eram nobres, deuses, heróis, o herói sofria sem culpa, pois teve seu destino traçado e seu sofrimento era irrefutável, as tragédias provocavam nas pessoas piedade, compaixão, ocasionando o que Aristóteles chamava de catarse (espécie de purificação através do sofrimento alheio). Já nas Comédias se tem uma oposição frente as tragédias, pois se tratava de uma crítica humorada com uma temática atual, que satirizava diversos aspectos da sociedade desde os costumes, moral, hábitos, instituições políticas, figuras nobres e pessoas comuns da polis, intrigas sentimentais, obscenidade e sensualidade. Ao criticar diversos aspectos, ela tinha a intenção de despertar na plateia a dúvida e a reflexão sobre diversos elementos da polis e da sociedade grega. Na comédia se tem o uso da chamada Mimese, que é o ato de imitar ou representar, nesse caso se representavam as tragédias, mas com um lado cômico e atual dos tempos.
Questão 2- Assim como os outros elementos: ócio, verdade e ignorância; a admiração também está na origem da filosofia devido a necessidade de responder a curiosidade do homem. A dúvida, o espanto, a admiração, possibilitaram aos filósofos um mergulho na busca pelo conhecimento avançado. A admiração era um sentimento de assombro, espanto ou surpresa diante de uma situação diferente; e o que movia o filosofo da época era essa atitude de espanto diante do mundo e das coisas. Quando o homem se deparava com algo cuja causa desconhece ficava admirado, espantado e cheio de dúvidas a respeito desse algo. A ignorância (o não saber) portanto, é o que fazia admirar-se e encontrar-se em dúvida, ele se via então, forçado a filosofar para colocar fim a sua própria ignorância, e ao conhecer as causas que explicavam aquilo que o punha em estado de admiração, é que então encontrava paz de espirito consigo mesmo. Segundo o professor André Alonso: “A ignorância é a causa da admiração, a qual por sua vez é a causa da Filosofia.”
Questão 3- Aristófanes não pretendia criticar Sócrates e sim os sofistas seu alvo de crítica. Mas para isso era necessário se utilizar de uma figura pública em Atenas, conhecida por todos, assim a figura de Sócrates, era apropriada e modificada, ele passava a representar na peça o protótipo do sofista e da nova educação sofística que estava transformando Atenas. A educação ateniense tinha como objetivo um bom preparo físico, psicológico e cultural, o respeito à tradição e aos mais velhos, porém a nova educação ensinada pelos sofísticos trazia resultados perigosos em relação a essa tradição, tais como a ruína física, visto que as atividades de pensamento poderiam afastar os jovens das atividades físicas, e o abandono da educação tradicional representaria o abandono dos valores tradicionais tais como respeito aos mais velhos, que traria aumento da violência. Aristófanes em sua comédia As nuvens, criticou Sócrates e seus discípulos, pois em sua visão os ensinamentos conduziam os seus alunos a desprezar a tradição ateniense não se curvando ás normas que ele foi ensinado em sua infância. Ele apresentou Sócrates como um sofista preguiçoso, impaciente, adepto de cultos diferentes dos da cidade, ambicioso e oportunista, completamente diferente da imagem idealizada por Platão. A figura de Sócrates foi utilizada apenas como um recurso dramatúrgico, porém o filósofo ateniense será punido mais tarde com a morte.

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