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AD2 BCO 2017.2

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
Disciplina: Bases da Cultura Ocidental - Coordenador: André Alonso 
Aluno: 
Polo: 
Matrícula Nº
AD2 - 2017/ 2 – RESPOSTAS
1. Escreva um pequeno texto explicando quais eram os temas abordados pelas tragédias e comédias no teatro grego. (3,0) 
- No teatro grego, a tragédia ocupava-se da representação de temas tradicionais, presentes nos grandes mitos da cultura helênica e em seus elementos secundários. Ao serem abordados pelos tragediógrafos, tais representações recebiam tratamento diversificado e inovador, onde podiam ser recriadas, adaptadas ou introduzidas nas peças que seriam apresentados ao público, sem contudo perderem a essência do tema mítico principal. Por outro lado, a comédia, na dramaturgia grega abordava uma temática variada de assuntos com a representação da inovação, da novidade em seu contexto atual, econômico, político e social, e por vezes em forma de crítica a pessoas ilustres, principalmente nas celebrações do festivais religiosos. O comediógrafo podia, ainda, valer-se, das tragédias já conhecidas pelo público em geral, recorrendo assim ao humor, adaptando-as em forma de paródia. Dessa forma, tornava cômicas ou ridículas essas tragédias e retirava-lhes o caráter sério ou trágico atribuído originalmente. 
2. Explique por que a admiração é um dos elementos que está na origem da filosofia. (3,0)
- Por que, diante das dificuldades que lhe são impostas, o homem ignora a explicação do que está presenciando, daquilo que lhe é desconhecido e na admiração surgem as dúvidas. Inicialmente, surgem as explicações míticas, que procuram racionalizar os fatos ou fenômenos até então, desconhecidos a esse homem e que lhe causaram espanto ou perplexidade. A fim de, extinguir sua ignorância e libertar-se das correntes da dúvida, o homem questiona, e seu desejo é chegar ao conhecimento da causa primeira, a causa que tudo explica, como solução às suas indagações mais profundas. O homem passa, então, a filosofar. 
Por conseguinte, ao conhecer ou encontrar as causas que lhe causaram perplexidade ou admiração, liberta-se da inquietação e encontra paz em seu espírito.
“A ignorância é a causa da admiração, a qual, por sua vez, é a causa da filosofia” (Alonso, Bases da cultura Ocidental, Volume 2, 2014.1) 
3. Qual o alvo da crítica que Aristófanes tece em sua comédia Nuvens ao ridicularizar a
figura de Sócrates e seus discípulos? Que características do Sócrates aristofânico permitem identificar o destinatário da crítica tecida pelo comediógrafo? Que tipo de indivíduo e que modelo de educação Sócrates representa na peça? (4,0)
- Aristófanes critica os sofistas e apresenta Sócrates como personagem de sua criação por ser uma pessoa conhecida e afamada pelos atenienses, e por isso, de fácil identificação pelos espectadores. O comediógrafo acusa em Sócrates o caráter ateu e blasfemador de sua prédica filosófica, porque cultuava deuses diversos à cultura grega tradicional e apresentava novas divindades “as nuvens” aos jovens, afastando-os da religião oficial transmitida historicamente pelos antepassados. Assim, o Sócrates personagem foi exposto ao público como demagogo e oportunista, principalmente no que se referia a sua conduta ética e pedagógica. Ridicularizado diante dos espectadores, sua imagem tornou-se uma caricatura cômica.
A representação, expôs também, que a retórica de Sócrates valia-se basicamente de dois argumentos, o justo e o injusto, com maior predominância ‘o injusto’ e, usando de uma linguagem particular para comunicar de forma persuasiva, alegava que a “virtude” seria passível de ser ensinada aos seus estudantes. Além disso , Aristófanes critica a atuação remunerada dos educadores da linha sofista que pra ele era objeto de corrupção, já que cobravam taxas aos alunos para oferecer-lhes educação (técnicas de argumentação e persuasão), portanto, suspeitava quanto à nova educação e os novos valores que diferiam das virtudes da educação tradicional da Grécia antiga.

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