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Prof. CALISTO ROCHA DE OLIVEIRA NETO Teoria Microeconômica II Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Educação e da Cultura - SEEC UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN ASSU - 2017 BIBLIOGRAFIA KUPFER, D. ; L. HASSENCLEVER. Economia industrial: fundamentos teóricos e práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. (CAPÍTULO 5 - Concentração Industrial). Número de empresas e concentração A competição tende a ser maior quanto maior o número de empresas numa indústria: Ex: têxteis, calçados, roupas, etc E menor quando poucas empresas dominam um mercado: Ex: linha branca; carros, sabão em pó, cervejas, etc. Ela também tende a ser maior quanto menos assimétrica for a distribuição de tamanho entre as empresas: Ex. 2 empresas com 60% e 100 empresas com 40% CONCENTRAÇÃO industrial Há concentração numa indústria quando uma grande proporção da produção total se origina de um pequeno número de empresas. A participação de cada empresa no total das vendas de um mercado indica se há concentração industrial. As medidas de concentração industrial serve para indicar o poder de mercado de uma firma ou mais firmas. Capacidade de uma empresa controlar o preço de venda de um produto Medidas de Concentração Fornecem uma indicação da concorrência existente em um determinado mercado → índices de concentração; Quanto ↑ o valor do índice de concentração industrial, ↓ é o grau de concorrência e mais concentrado estará o poder de mercado de uma ou poucas empresas. Quanto ↑ a concentração em um mercado, ↑ é a habilidade em reduzir a competição e coordenar preços. Facilita a colusão entre as firmas vendedoras. Medidas de concentração parciais: não usam os dados totais das empresas; Exemplo: 𝐶𝑅 (k): razão de concentração Calculado a partir da ordenação de forma crescente do market-share das maiores firmas em um determinado mercado. Medidas de concentração sumárias: requerem dados de todas as empresas de um mercado; Exemplo: índice de concentração de Hirschman-Herfindahl (HH) Razão de Concentração A razão de concentração de ordem k é um índice (parcial ou positivo) que fornece a parcela de mercado das k maiores empresas da indústria (k = 1, 2, ..., n). Assim, em que S𝑖 é a participação da i-ésima maior firma. Quanto maior o valor do índice, maior é o poder de mercado exercido pelas k maiores empresas. CR (4) = participação das 4 maiores firmas (empresas) neste mercado; CR (8) = participação da 8 maiores firmas (empresas) neste mercado. Para mensurar a concentração de mercado usa-se a participação da empresa nas vendas totais da indústria, produção física em relação à produção total de uma indústria, capacidade produtiva instalada, emprego, valor adicionado. Exemplo: Análise da estrutura de mercado do segmento de massas alimentícias e de biscoitos no Brasil. A razão de concentração [CR(4) e CR(8)] foi calculada utilizando-se o faturamento das maiores empresas em cada segmento, para os anos de 1995 a 2001. Período Massas alimentícias Biscoitos e bolachas CR (4) CR(8) CR (4) CR(8) 1995 0.2156 0.3264 0.2733 0.3358 1996 0.2201 0.3465 0.2366 0.3009 1997 0.2062 0.3316 0.2351 0.2925 1998 0.2243 0.3314 0.2370 0.3029 1999 0.2249 0.3314 0.3246 0.3898 2000 0.2643 0.3868 0.3334 0.4062 2001 0.3569 0.4852 0.3677 0.4554 TGC 7.27% a. a. 5.16% 7,02% a. a. 6,64% a. a. Índice de Hirschman-Herfindahl (HH) Trata-se do índice definido por: em que S𝑖 é a participação de cada firma no mercado Quanto maior for HH, mais elevada será a concentração e, portanto, menor a concorrência entre os produtores. Premissas do índice HH: Se 𝐻𝐻 = 1/𝑛, então o mercado é concorrencial; Se 𝐻𝐻 = 1, então o mercado é monopolístico; Uso normativo: regulação e defesa da concorrência Merger Guidelines (processos de fusões) (EUA), desde 1980 tem usado o HH em substituição ao CR(k) para fins de políticas antitruste. Três são as faixas propostas no Mergers Guidelines para balizar as análises preliminares de processos de fusões:
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