Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
11/3/2014 1 Universidade Federal da Paraíba Departamento de Engenharia Civil e Ambiental Laboratório de Geotecnia e Pavimentação (LAPAV) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. INTRODUÇÃO Durante a Segunda Guerra Mundial A Divisão de Engenheiros do Exército dos EUA iniciou avaliação de métodos de dosagem para misturas asfálticas a quente Uso em projetos de pavimentos aeroviários Cargas de rodas e pressões pneus de aeronaves militares O método mais promissor foi proposto por Bruce G. Marshall, do Departamento de Rodovias do Mississipi em 1939 Fonte: http://classes.engr.oregonstate.edu/...(2012) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. INTRODUÇÃO A dosagem é baseada na carga máxima suportada pela mistura asfáltica A medida da deformação foi incorporada para permitir melhor estimativa da quantidade de asfalto usada na mistura Vantagens do método: Rapidez dos procedimentos Equipamento compacto, leve e portátil As densidades obtidas em laboratório próximas as densidades de campo Fonte: http://classes.engr.oregonstate.edu/...(2012); http://gsl.erdc.usace.army.mil/...[2013?] UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. INTRODUÇÃO Anos 50: melhoria do método a partir de pistas experimentais com diferentes materiais, tráfego e condições climáticas É um dos métodos mais usados para dosagens de misturas asfálticas Fonte: http://classes.engr.oregonstate.edu/...(2012); Melo (2011) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Mistura Asfáltica: mistura de agregado (ou agregados) com ligante, em proporções estabelecidas, a temperaturas ambiente ou superiores Objetivo do método Marshall: dosar misturas econômicas entre agregado(s) e ligante, com estabilidade para resistir cargas e pressões de pneus dos veículos INTRODUÇÃO UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Estabilidade: resistência máxima à compressão diametral semiconfinada apresentada pelo corpo-de-prova Coesão e estabilidade mecânica dos agregados Moldagem e ensaio: “DNER-ME 043/95 – Misturas betuminosas a quente – ensaio Marshall” Fonte da figura: www.kasaba.com.ly Fonte do texto: DNER (1997) MÉTODO DE DOSAGEM MARSHALL 11/3/2014 2 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Vazios não preenchidos e preenchidos: determinante para massa específica do agregado (e da mistura) Fonte: http://training.ce.washington.edu (2005) MÉTODO DE DOSAGEM MARSHALL Sólido Vazio Sólido Vazio preenchido com água Vazio preenchido parcialmente com água Agregado seco Agregado úmido UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Fluência: deformação total apresentada pelo corpo-de-prova de mistura betuminosa, desde a aplicação da carga inicial nula até a aplicação da carga máxima, expressa em 10-1 mm ou 10-2 pol. Fonte: DNER-ME 043/95 MÉTODO DE DOSAGEM MARSHALL UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Fonte: Wapa (2002) Areia Brita SELEÇÃO DOS MATERIAIS Granulometria Soundness Test “antes” “depois” Abrasão Los Angeles Forma UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Lago de asfalto em Trinidad Refinaria de petróleo (Brasil) Fonte: Wapa (2002); http://jonirocha.blogspot.com/2010; University of Washington (2005) SELEÇÃO DE MATERIAIS Consistência Ductilidade “amostras” “ensaio” Ponto de amolecimento UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. APARELHAGEM NECESSÁRIA Prensa com capacidade de carga até 4.000 kgf, manual ou mecânica, velocidade 5 cm/minuto Moldes de compactação, com anéis superior e inferior e placa de base Soquete de compactação, massa de 4,54 kg Fonte: DNER – ME 043/95; Bernucci et al. (2008); SOLOCAP (2011) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. APARELHAGEM NECESSÁRIA Medidor de fluência Outros equipamentos: banho maria, estufas, peneiras, paquímetro, extrator de amostras... Fonte: DNER – ME 043/95; SOLOTEST (2011) 11/3/2014 3 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. DEFINIÇÕES DE MASSAS ESPECÍFICAS PARA MISTURAS ASFÁLTICAS Massa específica aparente da mistura compactada (Gmb) em corpos de prova moldados em laboratório ou obtida na pista: Em que: Ms: massa seca do corpo de prova Mssub: massa seca do corpo de prova posteriormente submersa em água 0,9971: massa específica da água a 25oC (g/cm3) 9971,0 subMsMs Ms Gmb Fonte: DNER – ME 117/94 citado por Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. DEFINIÇÕES DE MASSAS ESPECÍFICAS PARA MISTURAS ASFÁLTICAS fAmAga G f G Am G Ag G a DMT %%%% 100 Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Determinação das massas específicas reais do cimento asfáltico de petróleo (CAP) e dos agregados Seleção da faixa granulométrica a ser usada de acordo com a mistura asfáltica, conforme DNIT ES 031/2006 Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Escolha da composição dos agregados, de forma a enquadrar a sua mistura nos limites da faixa granulométrica escolhida Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Escolha das temperaturas de mistura e de compactação, a partir da curva viscosidade- temperatura do ligante escolhido Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Escolha das temperaturas: A temperatura do ligante na hora de ser misturado ao agregado deve ser tal que a sua viscosidade esteja situada entre 75 e 150SSF (segundos Saybolt-Furol) A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107ºC nem superior a 177ºC A temperatura dos agregados deve ser de 10 a 15ºC acima da temperatura definida para o ligante, sem ultrapassar 177ºC Fonte: Bernucci et al. (2008) 11/3/2014 4 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Adoção de 5 teores de asfalto para diferentes grupos de cps a serem moldados Fazer pelo menos três corpos de prova para cada teor de betume T; T 0,5%; T 1,0% Total: 15 corpos-de-prova Secar os agregados até massa constante a temperaturas entre 105º e 110º C Pesar os agregados em recipientes (± 1.200 g para cada corpo de prova) Fonte: DNER – ME 043/95 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOSAdição de asfalto e mistura manual (2 a 3 min) Fonte: DNER – ME 043/95; Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Mistura com moinho Fonte: Wapa (2002) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Colocação da mistura em molde Compactação manual ou mecânica da mistura no molde (75 golpes em cada face do corpo de prova) Altura do corpo de prova: 63,5 ± 1,3 mm Diâmetro: 101,6 mm Fonte: DNER – ME 043/95; Bernucci et al. (2008) Fonte: Wapa (2002) Fonte: University of Washington (2005) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS Extração do corpo de prova do molde Manter corpo de prova em repouso por 12 horas Após resfriamento, medir altura e diâmetro dos CPs Colocar corpo de prova em banho-maria (60º C) entre 20 a 30 minutos Na seqüência, colocar o corpo de prova no molde de compressão, que deve estar com temperatura entre 21º e 38º C Levar o conjunto à prensa e colocar o medidor de f luência A prensa é operada a uma velocidade de 5 cm/min Fonte: DNER – ME 043/95 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. PROCEDIMENTOS O ensaio prossegue até rompimento do corpo de prova, indicado pelo valor máximo de deformação lido no deflectomêtro A carga máxima aplicada é o valor de estabilidade Marshall; que é corrigido em função da espessura do corpo de prova Durante a aplicação das cargas, os valores de deformação são anotados e o valor máximo corresponde a fluência do corpo de prova Cálculo dos parâmetros da dosagem: massa específica, Vv, VCB, VAM e RBV Fonte: DNER – ME 043/95 11/3/2014 5 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Determinação da estabilidade e fluência Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE DOSAGEM Volume do corpo de prova (V): Massa específica aparente da mistura (Gmb): Os parâmetros Vv, VCB, VAM e RBV são calculados com valor médio de Gmb para 3 corpos-de-prova Volume de vazios (Vv, %): subMsMsV 9971,0 V Ms Gmb 100 DMT GmbDMT Vv Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. CÁLCULO DOS PARÂMETROS DE DOSAGEM Vazios com betume (VCB, %): Vazios do agregado mineral (VAM, %): Relação betume/vazios (RBV, %): aG aGmb VCB % VCBVVAM v 100 VAM VCB RBV Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. RESULTADOS Elaboração de gráficos das variações dos parâmetros em função dos teores de asfalto Massa específica aparente Estabilidade Marshall Volume de vazios Relação betume/vazios Massa específica máxima teórica Vazios de agregado mineral Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Massas específicas x teor de asfalto Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Volume de vazios x teor de asfalto Fonte: Bernucci et al. (2008); DNIT ES 031/2006 11/3/2014 6 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Volume de vazios, vazios de agregado mineral x teor de asfalto Fonte: Bernucci et al. (2008); DNIT ES 031/2006 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Relação betume-vazios x teor de asfalto Fonte: Bernucci et al. (2008); DNIT ES 031/2006 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Estabilidade x teor de asfalto Fonte: Bernucci et al. (2008); DNIT ES 031/2006 UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE PROJETO DE LIGANTE ASFÁLTICO Para camada de rolamento 1) Tomar o teor de asfalto que corresponde ao Vv (médio) de 4% 2) Média dos três teores de asfalto que correspondem a estabilidade máxima, massa específica aparente máxima e Vv de 4% 3) Média dos quatro teores de asfalto que correspondem a estabilidade máxima, massa específica aparente máxima, Vv de 4% e RBV de 78,5% (Senço, 1997) 4) Considerando Vv e RBV, segundo descrito em Bernucci et al. (2008) Independente do método escolhido, deve-se verificar se todos os parâmetros atendem às especificações Fonte: Bernucci et al. (2008) UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. Dúvidas e/ou questões UFPB/CT/DECA/LAPAV. Dosagem de misturas a quente pelo método Marshall.. Prof. Ricardo Melo. NOVOS OLHARES DA TECNOLOGIA EM SALA DE AULA Fonte: http://redes.moderna.com.br/2012/10/24/os-novos-olhares-da-tecnologia-na-sala-de-aula/
Compartilhar