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1 1. INTRODUÇÃO • Epi: sobre. • Demos: povo, população. • Logos: estudo. Ciência que estuda a ocorrência da doenças em populações, suas causas determinantes, medidas profiláticas para o seu controle e até sua erradicação. John Snow (1849) : Pai da Epidemiologia Enfermidades transmissíveis : POPULAÇÃO Meio no qual ocorre a enfermidade Risco do surgimento de novos casos Controle dos fatores que provocam a doença O CONCEITO DE SAÚDE • Em seu sentido mais abrangente, a Saúde é a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a serviços de saúde... resultado de formas de organização social de produção, as quais podem gerar profundas desigualdades nos níveis de vida. (8ª Conferência Nacional de Saúde). 2 O CONCEITO DE DOENÇA • A doença é um sinal da alteração do equilíbrio homem-ambiente, estatisticamente relevante e precocemente calculável, produzida pelas transformações produtivas, territoriais, demográficas e culturais. • A qualidade de vida resulta da adequação das condições sócio-ambientais às exigências humanas. A epidemiologia - Conceitos • Epidemiologia é uma ciência que utiliza métodos quantitativos para o estudo dos problemas de saúde. • Ramo das ciências da saúde que estuda, na população, a ocorrência, a distribuição e os fatores determinantes dos eventos relacionados a saúde. (PEREIRA, 1995). Médico Investigar alterações no organismo Exame clínico Solicita exames complementares Chega a um diagnóstico Indica prescrição • Epidemiologista – Investigar o agravo na população – Frequência e distribuição da doença – Informações - dados – Hipóteses de fatores determinantes – Associação fator-doença – Profilaxia Compreendendo o conceito de epidemiologia! 3 Problema Epidemiológico • Em epidemiologia, o problema tem origem quando doenças acometem grupos humanos ou animais. • É a necessidade de remover fatores ambientais contrários à saúde ou de criar condições que a promovam, que determina a problemática própria da epidemiologia. Alvo do estudo epidemiológico O alvo de um estudo epidemiológico é sempre uma população, que pode ser definida em termos geográficos ou outro qualquer*. Exemplo: grupo específico de pacientes hospitalizados; trabalhadores de uma indústria; um determinado rebanho Em geral: a população utilizada em um estudo é aquela localizada em uma determinada área ou país em um certo momento do tempo. Bryan McMahon (1960): • ...o objetivo da epidemiologia é descobrir relações que permitam algum tipo de intervenção; Relação(ões) causal(ais): Evento X ____________________evento Y Evento X mudou frequência, comportamento e observa-se alguma mudança em evento Y 4 Dessa forma: as relações podem ser : associadas ou independentes Quando observamos relação de associação estatística entre os eventos são relações associadas; Sem relação-associação estatística entre os eventos: temos eventos independentes. Não há necessidade de conhecer na integra os mecanismos causais para propor ações preventivas; Um único mecanismo pode propor algum grau de prevenção. Modelos de representação dos fatores etiológicos 5 6 Analisando as relações recíprocas existentes entre: 1. Agente/hospedeiro; 2. Agente/meio ambiente; 3. Hospedeiro/meio ambiente. 7 8 Neste esquema representam-se os fatores associados proximais, intermediários e distais. 9 10 11 12 Epidemiologia Tradicionalmente dividida: • Descritiva: estuda a frequência e a distribuição dos parâmetros de saúde ou de fatores de risco das doenças nas populações. • Analítica: testa hipóteses de relações causais 13 O que aconteceu; Por que aconteceu. 14 15 16 17 18 19 20 21 I.T.: evento x__________evento y. ex.: exposição________________sintomas Intervalo cronológico PeríodoIntervalo de tempo entre eventos É a relação entre uma sequencia de marcos cronológicos sucessivos e uma variável de frequência. Os marcos podem ser não sucessivos e referentes a biênios, quinquênios ou outros. 22 23 • O monitoramento dos padrões de variação temporal é um dos elementos mais importantes na Vigilância Epidemiológica. Variação cíclica: • Geralmente relacionada a mudanças periódicas no tamanho da população de suscetíveis; • Podem produzir epidemias recorrentes ou pulsações endêmicas; • Caracteriza flutuações regulares e cíclicas previsíveis; Ex.: ciclo 3-4 anos febre aftosa no Paraguai; Raiva em raposas Grã-Bretanha a cada 4 anos; Relação com tempo provável para uma população de susceptíveis atingir limiar de epidemia 24 Padrões temporais de ciclicidade: Ascendente ou decrescente Relaciona-se com: •Concentração de susceptíveis; •Induções vacinais (intensificação ou amenização de campanhas); •A PREVISIBILIDADE E ADOÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE SÃO FACILITADAS PELA IDENTIFICAÇÃO DE MANIFESTAÇÕES CÍCLICAS. Ano x Ano x Ano x Sazonal (no ano) •Mesmas Estações do ano (estacional) •Mesmos meses; •Mesmos dias, semanas; Ciclíca > 1 ano. Oferecem Pistas sobre períodos mais favoráveis a ocorrência; Fatores: mais chuva, menos chuva, menos umidade relativa do ar etc. Tendências sazonais É um caso especial de tendência cíclica; Variações relacionadas com estações do ano; Causas: • Alterações na densidade do hospedeiro; • Práticas de manejo; • Sobrevivência de agentes infecciosas; • Dinâmica de vetores etc. 25 Peste bovina na África na seca; agrupamento/densidade Febre Lassa vírus; Abrigo domiciliar na estação chuvosa: Nigéria Brucelose humana: estação de partos em vacas leiterias primavera-EUA Panleucopenia felina agosto/setembro; partos gatas/ nascidos de junho/aumento da população de susceptíveis. Sazonalidade e alguns agravos: Centro-oeste no período das chuvas. Sudeste no verão chuvoso. Calor e umidade = maior sobrevivência do agente no ambiente 26 27 Frio x aglomeração x habitação insalubre x populações desprivilegiadas x contágio (Forattini, 1976). Fenômeno associado à variação sazonal dos níveis de umidade e temperatura favoráveis ao desenvolvimento dos Anopheles (Daggy, 1959). Umidade relativa < 57% = menor incidência. 28 Obs. A sazonalidade não se aplica apenas as doenças transmissíveis. Longo período de tempo: anos, décadas e séculos. Tendência histórica ou secular: Não há recomendação sobre tempo mínimo, no entanto, não se recomenda que o estudo para detecção de alterações da evolução da doença não ocorra em tempo inferior a 10 anos. •Cuidados em seguir as mudanças relativas a critérios diagnósticos, terminologia das doenças, medidas de controle etc. •Modificação da composição etária da população; •Mudanças na sobrevida de pacientes crônicos. 29 * Implementação da estratégia de contratação de agentes de saúde: prioridade: reduzir a mortalidade infantil: técnica do uso do soro caseiro. Inspiração para estratégia ACS. Aumento da cobertura 30 31 Variáveis geográficas - paisagem • Ambientais • Topografia • Hidrografia • Solo • Fatores climáticos • Fauna e flora • Naturais • Populacionais • Represas • Edificações • Obras de irrigação • Plantações • Artificiais Análises espaciais em saúde Comparações Internacionais: • Países emergentes • Países da América Latina • Filiados à ONU. Comparações Nacionais: • Estatísticas vitais; • Pesquisas amostrais de prevalência; • Estatísticas demográficas (recenseamentos com questões de saúde inclusas); Comparações de incidência;Comparar efetividades dos serviços; Orientar ações locais ou internacionais; 32 Mapas geográficos Os eventos são assinalados nos mapas por meios de sinais ou símbolos: alfinetes, pontos, círculos, quadrados, triângulos etc. Localização de escolas, fontes, lagos, edifícios, estabelecimentos de saúde.... http://hotsite.diariodonordeste.com.br/diariouploads/uploads/5ec5e208b88405458c94c01111fa985e.jpg 33 Mapas de correlação: Comparação/relação entre variáveis Este estudo mostrou municípios com altas taxas de internação que não se encontram na região onde ocorre maior número de focos de queimadas, e sim distantes vários quilômetros, sugerindo que os produtos resultantes dessas queimadas possam ser transportados por correntes de vento, que costumam ter direção noroeste-sudeste, causando problemas de saúde em populações distantes dos eventos. 34
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