Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT WÉVERTON THALLYS MATOS ALMEIDA SÍNTESE SOBRE TERMOQUÍMICA E ELETROQUÍMICA SÃO LUÍS 2017 2 WÉVERTON THALLYS MATOS ALMEIDA SÍNTESE SOBRE TERMOQUÍMICA E ELETROQUÍMICA Síntese técnica apresentada como requisito parcial para obtenção da terceira nota na disciplina Química Geral, no Curso de Engenharia Civil, na Universidade Estadual do Maranhão. Prof. Luís Gonzaga SÃO LUÍS 2017 3 RESUMO Nesse trabalho será abordado a síntese de 2 temas fundamentais da química: termoquímica e eletroquímica. Diante disso, serão apresentadas as leis, conceitos fundamentais, cálculos, estruturas de elementos, processos entre outros fatores que envolvem os temas. PALAVRAS-CHAVE: Termoquímica; Eletroquímica; Síntese. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.................................................................................................5 2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................6 2.1 TERMOQUÍMICA...........................................................................................6 2.1.1 Calor............................................................................................................6 2.1.2 Processos endotérmicos e exotérmicos......................................................6 2.1.3 Entalpia e variação de entalpia....................................................................6 2.1.4 Entalpia e estados físicos............................................................................8 2.1.5 Equações termoquímicas............................................................................8 2.1.6 Entalpia das reações químicas....................................................................8 2.1.7 Lei de Hess..................................................................................................9 2.2 ELETROQUÍMICA.......................................................................................10 2.2.1 Conceitos..................................................................................................10 2.2.2 Pilhas........................................................................................................10 2.2.3 Medidas dos potenciais.............................................................................10 2.2.4 Cálculo da voltagem (∆E) das pilhas..........................................................11 2.2.5 Eletrólise...................................................................................................11 3. CONCLUSÃO................................................................................................14 4. REFERÊNCIAS.............................................................................................15 5 INTRODUÇÃO A Termoquímica é um ramo da Físico-Química que estuda as reações químicas e os processos físicos que envolvem trocas de calor. Essas reações e processos são extremamente importantes para a vida no planeta e também são muito frequentes no planeta. Já a eletroquímica é um ramo da Química que estuda o aproveitamento das reações de oxirredução, em que há transferência de elétrons, para a formação de corrente elétrica, bem como o processo inverso: formação de energia química por meio da energia elétrica. 6 2.1 TERMOQUÍMICA: 2.1.1 Calor: O conceito científico de calor relaciona-se com a diferença de temperatura entre dois sistemas. O calor é o processo de transferência de energia de um sistema, a uma temperatura mais alta, para outro, a uma temperatura mais baixa. Quanto maior a diferença de calor entre os dois sistemas, maior a quantidade de calor transferida. Quando aquecido, a quantidade de calor que um corpo pode receber depende da diferença de temperatura entre o corpo e a fonte de calor, do calor específico do material de que é feito o corpo e de sua massa. Q = m. c. ΔT É usual expressar quantidade de calor em calorias (cal). Caloria é a quantidade de energia necessária para elevar em 1ºC a temperatura de 1 grama (o equivalente a 1 mililitro) de água. Pode-se expressar quantidade de calor também em joule, lembrando que 1 cal = 4,184 J. 2.1.2 Processos endotérmicos e exotérmicos: A formação e a ruptura de ligações envolvem a interação da energia com a matéria. Assim como na mudança de estados físicos, as transformações da matéria ocorrem com absorção ou liberação de energia. São dois os processos em que há troca de energia na forma de calor: - Processo exotérmico: o sistema libera calor e o ambiente é aquecido. - Processo endotérmico: o sistema absorve calor e o ambiente se resfria. 2.1.3 Entalpia e variação de entalpia: Nas reações químicas e nas transformações físicas, a quantidade de calor liberada ou absorvida é conhecida como calor de reação. Os calores de reação representam a variação de entalpia (ΔH) do sistema, quando os processos ocorrem à pressão constante. A entalpia (H) de um sistema está relacionada à sua energia interna e, na prática, não pode ser determinada. Entretanto consegue-se medir a variação de entalpia (ΔH) de um processo através de aparelhos chamados calorímetros. O cálculo da variação de entalpia é dado pela expressão genérica: ΔH = Hfinal – Hinicial Ou ΔH = Hprodutos - Hreagentes 7 - Reações endotérmicas: R + calor P Nesse caso, há absorção de calor no processo, portanto a Hprodutos é maior do que a Hreagentes e ΔH é positivo. - Reações exotérmicas: RP + calor Nesse caso, há absorção de calor no processo, portanto a Hprodutos é maior do que a Hreagentes e ΔH é positivo. 8 2.1.4 Entalpia e estados físicos: As mudanças de estado físico de uma substância também envolvem trocas de calor. A quantidade de energia envolvida está relacionada com as modificações nas atrações entre as partículas da substância, ou seja, com as interações intermoleculares. Na fusão e na vaporização, as interações moleculares são reduzidas, a entalpia da substância aumenta caracterizando processos endotérmicos. Na liquefação há formação de interações moleculares do estado líquido e na solidificação as interações moleculares ficam mais intensas. A entalpia da substância diminui, caracterizando um processo exotérmico. 2.1.5 Equações termoquímicas: Nas equações termoquímicas devem ser indicados todos os fatores que influem nas variações de entalpia das reações. Por isso devem ser destacados aspectos como o estado físico dos reagentes e dos produtos, os coeficientes estequiométricos, as variedades alotrópicas, a temperatura e a pressão, bem como o ΔH do processo. Exemplo: Cgraf + O2(g) → CO2(g) ΔH = -394kJ (a 25°C, 1 atm) Com o intuito de fazer comparações entre processos, foi criado um referencial: a entalpia-padrão (ΔH°). A entalpia-padrão é utilizada quando a variação da entalpia da reação é determinada no estado-padrão das substâncias (forma mais estável, a 25°C, sob pressão de 1 atm para os gases e na concentração de 1 mol/L em soluções). É importante considerar que: - O valor de ΔH é diretamente proporcional às quantidadesde reagentes e de produtos que aparecem na equação termoquímica. - Quando uma reação ocorre no sentido contrário ao indicado na equação química, se a reação direta for exotérmica, a inversa será endotérmica, e vice- versa. 2.1.6 Entalpia das reações químicas: -Entalpia de combustão A entalpia de combustão, ΔHc°, é a variação de entalpia na combustão completa de 1 mol de uma substância no estado-padrão. 9 Reações de combustão são aquelas em que uma substância denominada combustível, reage com o gás oxigênio (O2). Numa combustão completa os produtos da reação são somente CO2 e H2O. Exemplo: CH4(g) + 2O2(g) CO2(g) + 2H2O(l) ΔH = - 212,8kcal/mol Nessas reações, ΔH é sempre negativo, ou seja, são reações exotérmicas. -Entalpia de formação A entalpia padrão de formação, ΔHf°, é a variação de entalpia para a formação de uma substância composta a partir de seus elementos constituintes na forma de substâncias simples no estado-padrão. -Energia de ligação: A energia de ligação mede o calor necessário para quebrar 1 mol de uma determinada ligação, supondo as substâncias no estado gasoso, a 25° e 1 atm. A quebra de ligações é um processo endotérmico, portanto ΔH é positivo. Exemplo: H2(g)2H(g) ΔH° = + 436KJ A energia absorvida na quebra de uma ligação é numericamente igual à energia liberada na sua formação. 2.1.7 Lei de Hess: A entalpia de muitas reações químicas não pode ser determinada experimentalmente. Assim, a entalpia desse tipo de reação pode ser calculada a partir da entalpia de outras reações, utilizando-se a lei de Hess: A variação de entalpia para qualquer processo depende somente da natureza dos reagentes e dos produtos e independe do número de etapas do processo ou da maneira como é realizada a reação. De acordo com essa lei, é possível calcular a variação de entalpia de uma reação por meio da soma algébrica de equações químicas de reações que possuam ΔH conhecidos. Exemplo: Formação de dióxido de carbono: 10 2.2 ELETROQUÍMICA: 2.2.1 Conceitos: -Oxidação é a perda de elétrons; -Redução é o ganho de elétrons; -Reação de oxi-redução é quando há transferência de elétrons; -Agente oxidante é o elemento ou substância que provoca reduções (ele próprio irá reduzir-se). -Redutor é o elemento ou substância que provoca reduções (ele próprio irá oxidar-se); 2.2.2 Pilhas: Pilhas ou célula voltaicas são dispositivos que transformam energia química em energia elétrica por meio de um sistema apropriado e montado para aproveitar o fluxo de elétrons provenientes de uma reação química de oxirredução. A pilha de Daniell é um exemplo deste sistema. É formado por uma placa de zinco (“zinc”) mergulhada em uma solução de sulfato de zinco, e uma placa de cobre (“copper”) imersa em uma solução de sulfato de cobre. As duas placas (eletrodos) são conectadas por um fio metálico, que permite a passagem de elétrons de um eletrodo ao outro. As duas soluções são interligadas por uma ponte salina, um tubo de vidro recurvado que contém uma solução de um sal (sulfato de sódio, neste caso) e possui pedaços umedecidos de algodão nas extremidades. A ponte salina permite que haja o fluxo de íons de uma solução à outra. As placas metálicas descritas são os eletrodos, ânodo e cátodo, locais onde ocorrerão as reações de oxidação e redução, respectivamente. Somando-se as reações de oxidação e de redução, denominadas semirreações, obtemos a reação global da pilha, que é a reação de oxirredução que dá origem a corrente elétrica. Adicionalmente, as soluções constituem-se meios para reagentes e produtos das reações. 2.2.3 Medidas de potenciais: O cálculo do potencial de uma pilha é uma ferramenta que permite determinar a voltagem produzida por uma pilha. Ele pode ser expresso de três formas diferentes: 11 ddp (diferença de potencial) Força eletromotriz (fem) ΔE (variação de potencial) Para realizar o cálculo do potencial de uma pilha, é necessário conhecer o potencial-padrão de redução ou de oxidação de cada um dos metais presentes no dispositivo. Conhecendo os potenciais, basta utilizar uma das seguintes expressões: 1a) ΔE = Eoximaior – Eoximenor Eoximaior = potencial de oxidação maior Eoximenor = potencial de oxidação menor 2a) ΔE = Eredmaior – Eredmenor Eredmaior = potencial de redução maior Eredmenor= potencial de redução menor 3a) ΔE = Eoxi + Ered Eoxi = potencial de oxidação Ered = potencial de redução Essas expressões serão utilizadas quando o exercício fornecer as equações e os potenciais de redução dos metais° envolvidos. 2.2.4 Calculo da voltagem (∆E) das pilhas: ∆E°= E° red(maior) – E°red(menor) OU ∆E°=E°oxi(maior) – E°oxi(menor) O ∆E é medido na chamada condição-padrão. Nessas condições, a diferença de potencial da pilha será representada por AE0. Espontaneidade de uma reação: Se o ∆E0 calculado for positivo, a reação será espontânea, caso contrário, se o ∆E0 for negativo, a reação não será espontânea. 2.2.5 Eletrólise: Uma pilha é um sistema eletroquímico espontâneo que gera energia elétrica a partir de energia química. A eletrólise, porém, é exatamente o contrário da pilha, pois se trata de um processo não espontâneo que converte a energia elétrica em energia química. A eletrólise se dá apenas com fornecimento de energia por meio de um gerador, como uma pilha, por exemplo. Ela obedece o seguinte sistema: 12 O gerador “puxa” os elétrons do polo positivo (ânodo) da cuba eletrolítica e os transfere para o polo negativo (cátodo). Isso é mostrado pelas semirreações: 1ª Semirreação: o gerador atrai os ânions A- para o polo positivo e os força a perder elétrons: A- A0 + elétron 2ª Semirreação: o gerador faz com que os cátions C+ recebam os elétrons: C+ + elétron C0 Existem dois tipos principais de eletrólise: a eletrólise ígnea e a eletrólise aquosa. Entenda a diferença entre elas a seguir: Eletrólise Ígnea: ocorre quando a passagem de corrente elétrica se dá em uma substância iônica liquefeita, isto é, fundida. Daí a origem do nome “ígnea”, uma palavra que vem do latim, ígneus, que significa inflamado, ardente. Esse tipo de reação é muito utilizado na indústria, principalmente para a produção de metais. Veja o exemplo de eletrólise do NaCl (cloreto de sódio – sal de cozinha), com produção do sódio metálico e do gás cloro: Semirreação no cátodo: Na+ + e- → Na . (2) Semirreação no ânodo: 2 Cl- → Cl2 + 2e-____ Reação global: 2 Na+ + 2 Cl- → 2 Na + Cl2 Eletrólise Aquosa: nesse caso, fazem parte os íons da substância dissolvida (soluto) e da água. Na eletrólise do cloreto de sódio em meio aquoso são produzidos a soda cáustica (NaOH), o gás hidrogênio (H2) e o gás cloro (Cl2). Note como se dá: Dissociação do NaCl: 2 NaCl- → 2 Na+ + 2 Cl- Autoionização da água: 2 H2O → 2 H+ + 2 OH- Semirreação no cátodo: 2 H+ + 2e- → H2 Semirreação no ânodo: 2 Cl- → Cl2 + 2e- Reação global: 2 NaCl- + 2 H2O → 2 Na++ 2 OH- + H2 + Cl2 13 Observe que foram formados dois cátions (Na+ e H+) e dois ânions (Cl- e OH-). Porém, apenas um cátion (H+) e um ânion (Cl-) sofreram as descargas do eletrodo, os outros íons foram apenas espectadores nessa eletrólise. Isso ocorre em todas as eletrólises em meio aquoso: apenas um dos cátions e um dos ânions são participantes. Para determinarmos quais serão os participantes e quais serão os espectadores, existe uma ordemde facilidade de descarga, conforme mostrado na lista abaixo: 14 CONCLUSÃO Em suma, chegamos à conclusão de que a termoquímica é o ramo da química que estuda o calor e suas particularidades, tal como os processos de trocas. Já a eletroquímica estuda o processo de oxirredução, onde há transferência de elétrons, assim, gerando corrente elétrica. Dentre os processos descritos, destacamos a Pilha e a Eletrolise. 15 REFERÊNCIAS: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/termoquimica.htm http://brasilescola.uol.com.br/quimica/eletroquimica.htm http://educacao.globo.com/quimica/assunto/eletroquimica/pilhas.html http://www.ufjf.br/cursinho/files/2012/05/Apostila-de-Qu%C3%ADmica-III- 63.1072.pdf http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/calculo-potencial-uma-pilha.htm https://pt.scribd.com/document/291983328/REsumo-de-Eletroquimica http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/eletrolise.htm
Compartilhar