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Apostila de História das artes I

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Apostila de
História das Artes I
Prof: Fernando Rabello.
Arte Pré-Histórica: O início.
Tópicos para análises Preliminares:
– Primeiros indícios de manifestações artísticas: 25 mil anos atrás.
• O Homem já andava ereto há milhões de anos.
• O Homem passa a fazer além de instrumentos, imagens.
• Os primeiros objetos artísticos tinham a intenção de controlar as forças da natureza.
• Os símbolos de animais e pessoas tinham significação sobrenatural.
• Era dado à representação o mesmo valor de existência do representado.
Pinturas em Cavernas:
• As primeiras pinturas em cavernas foram descobertas em 1879, por uma menina espanhola de 7 anos, Maria e seu pai, Marcelino Sanz de Sautuola,no teto da gruta de Altamira na Espanha.
• Figuras de animais como: bisontes, cavalos, javalis e gamos se juntam tumultuosamente, aproveitando o relevo da pedra para criar volume nos corpos.
• Existência de rica policromia: vermelhos, amarelos, negros, roxos e o tipo de modelagem confirmam a obra de um artista, com recursos técnicos e expressivos.
• As figuras não tinham caráter decorativo, mas simbólico.
• Durante muito tempo não se acreditou que estas pinturas fossem
Pré-históricas. 
• Somente em 1901 a comunidade científica passou a dar crédito a essa hipótese.
• A partir daí novas descobertas foram consideradas: 
• Lascaux (1940), Levanzo (1949) e Rouffignac (1956).
�
 Bisão ferido, 13000 a. C., Salão preto de Niaux, França.
Informações Adicionais:
• Na criação dessas imagens, os artistas das cavernas usavam carvão para delinear as irregularidades na rocha que se assemelhavam a formas encontradas na natureza.
• O volume era dado pelas saliências, enquanto as tonalidades terrosas emprestavam contorno e perspectiva.
• Os desenhos, muitas vezes, eram superpostos aleatoriamente, talvez atendendo à necessidade de novas imagens antes de cada caçada.
• Essas imagens, sempre figuras de animais, são representadas em perfil bidimensional e parecem flutuar no espaço, sem qualquer representação do ambiente.
ESCULTURAS
Vênus de Willendorf:, 25000-20000 a.C.
• Uma das mais antigas 
figuras humanas conhecida.
• Os seios, o ventre e a cabeça redonda estilizada, constituem provavelmente um fetiche de fertilidade, simbolizando abundância.
 �
O Pensador.
 �
• Arte Neolítica.
• Naturalismo.
• Produzida em torno de 3500 a.C.
 
• Procede da necrópole de Cernavoda.
• Confeccionada em terracota.
• Altura: 14 cm.
• Museu Histórico, Budapeste, Hungria.
 
O Toucador de Lira.
 �
• Arte Neolítica.
• Naturalismo.
• Produzida em 2000 a.C.
• Confeccionada em mármore.
• Altura: 22,5 cm.
• Museu Arqueológico – Atenas.
 
Orante.
 �
• Arte Neolítica.
• Naturalismo.
• Produzida em 3400 a.C.
• Procedente do Egito.
• Confeccionado em terracota.
• Altura: 29 cm.
Brooklin Museum, Nova York
Egito: A Arte da Imortalidade.
Tópicos para Análises Preliminares:
– Sociedade egípcia era obcecada com a imortalidade.
• Consequência: Arte praticamente sem mudanças por 3 mil anos.
• Preocupação principal: Garantir vida após a morte para seus soberanos, considerados Deuses e herdeiros de Amon.
• Obras de arte existiam para cercar o espírito do Faraó de glórias eternas.
• Cada homem possui um duplo ou Ka, cuja supervivência ficará assegurada enquanto não se destruir seu corpo ou substituir sua representação.
• Maior parte da arte egípcia dedicada ao culto aos mortos.
• Tendência ao realismo, para assegurar a identidade entre a imagem e a coisa representada, sendo contudo estática. 
• Observa-se a Lei da frontalidade: Tronco e olhos representados de frente, pernas vistas pela sua face interna braços colados ao corpo, ou afastados quando suspensos.
• Desconheciam as Leis de perspectiva.
• Figuras humanas e animais dispostos em vários níveis sobrepostos e bem delimitados para que não interfiram entre si, e que se possa representar a totalidade de cada um dos seres ou das coisas.
 Grécia.
Tópicos para Análises Preliminares:
– “O Homem é a medida de todas as coisas”, Protágoras.
• Conceitos gregos baseados em dignidade e valor do homem.
• Figura humana era o principal motivo na arte grega.
• Filosofia destacava a harmonia, a ordem e a clareza de pensamento.
• Arte reflete um respeito semelhante pelo equilíbrio.
Pintura:
Os gregos possuíam amplo conhecimento da pintura.
• Infelizmente pinturas murais não chegaram à atualidade.
• É fato de que na Grécia, a pintura não alcançou o mesmo grau de perfeição formal e expressiva que a escultura.
• O que é possível apreciar da pintura grega são os detalhes realísticos das figuras que adornam os objetos domésticos de cerâmica.
• A pintura em vasos contava história de deuses e heróis da Mitologia grega ou narrava eventos contemporâneos, como Guerras e festas.
• O estilo mais antigo (800aC.) era o “Geométrico” por conta da forma de suas figuras eornamentos.
• Já o Período “Arcaico tardio” foi a época áurea da pintura em Cerâmica.
• No estilo da “figura negra ou vermelha”, as figuras se destacavam contra um fundo avermelhado ou preto, riscado com uma agulha
Escultura:
– A beleza do corpo.
• Os gregos introduziram o nú na arte.
• As proporções ideais das estátuas representavam a perfeição do corpo 
• Desempenho atlético e intelectual.
• Busca dos dois pólos do comportamento humano: Razão e emoção.
• As estátuas feitas em mármore eram pintadas com uma mistura de
 pigmento em pó e cera.
• As cores eram aplicadas nos cabelos, lábios, olhos e unhas das figuras.
• O nú masculino sempre foi aceito na escultura.
• O nú feminino foi sendo aceito gradativamente, evoluindo de totalmente
vestidas ao nú sensual.
• Outra inovação foi o princípio do apoio do peso ou contraposto.
(Peso do corpo apoiado em uma das pernas).
 Roma.
Tópicos para análises preliminares:
– No seu auge o Império Romano ia desde a Inglaterra até ao Egito e desde a Espanha até ao sul da Rússia.
Sempre em contato com novos povos os romanos absorveram elementos de culturas mais antigas, principalmente gregas, e transmitiram essa mistura cultural (greco-romana) a toda a Europa Ocidental e norte da África.
• Inicialmente os romanos importavam tudo que podiam das obras gregas. Quando não restavam mais originais, os artistas romanos passaram a fazer cópias.
• “A Grécia conquistada conquistou seu brutal conquistador”.
 Horácio.
• Com o tempo os romanos acrescentaram talentos gerenciais na arte grega.
• Acrescentaram organização e eficiência.
• A arte romana é menos idealizada e intelectual que a arte clássica grega; é mais secular e funcional.
Enquanto os gregos brilhavam na inovação, o forte dos romanos era a administração.
• Por onde chegassem os generais romanos, traziam a lei e os benefícios práticos de estradas, pontes, instalações sanitárias e aquedutos.
• Diferentemente dos gregos que homenageavam seus deuses os romanos glorificaram seus heróis e autoridades.
• Suas principais obras mostravam seres humanos realísticos e autoridades idealizadas.
• Conheciam a perspectiva e utilizavam círculos e linhas curvas emsuas obras.
• Principais formas de representação artística: mosaicos, pinturas realista em paredes, escultura cívica idealizada.
Escultura Romana:
• Embora tivessem copiado maciçamente a estatuária grega, os 
romanos desenvolveram gradualmente um estilo próprio.
• A escultura romana é em geral mais literal.
• Os romanos tinham em casa máscaras mortuárias de cera de seus
ancestrais.
• Essas imagens realísticas eram moldes totalmente factuais das feições do falecido, e essa tradição influenciou os escultores romanos.
• A exceção era a produção em série de bustos, semelhantes a deuses, de imperadores, políticos e líderes militares, dispostos em prédios públicos de toda a Europa, reafirmando a presença política a milhares de quilômetros de Roma.
• Com o declínio do Império, as estátuas muitas vezes revelam uma brutal honestidade revelando a crueldade de alguns tiranos.
 Arte Medieval.
Tópicos para análises preliminares:
– A Idade média compreende 1000 anos entre os séculos V e XV aproximadamente, desde a queda do Império Romano do Ocidente até o Renascimento.
• Durante a primeira fase de 565 até 800 durante o reinado de Carlos Magno, conhecido por Período das Trevas, os povos bárbaros destruíram tudo o que levara 3000 anos para ser construído.
• Três modificações importantes vão ocorrer durante a Idade Média com ampla repercussão na civilização ocidental: 
• A liderança cultural se desloca do norte do Mediterrâneo para a França, Alemanha e Ilhas Britânicas.
• O Cristianismo triunfou sobre o paganismo e o barbarismo.
• A ênfase se deslocou do aqui e agora para o além e da concepção do corpo belo para a de corpo corrupto.
• Como o foco cristão se dirigia para a salvação e a vida eterna, desapareceu o interesse pela representação realista do mundo.
• Os nús foram praticamente proibidos e até as imagens de corpos vestidos revelavam a ignorância da anatomia.
Os ideais greco-romanos de proporções harmoniosas e equilíbrio entre corpo e mente desapareceram.
• Os artistas medievais se interessavam exclusivamente pela alma.
• Tinham a intenção de iniciar novos fiéis nos dogmas da Igreja.
• A arte passa a servir os interesses da Igreja.
• Os teólogos acreditavam que os cristãos aprenderiam a apreciar a beleza divina através da beleza material.
• O resultado foi uma maravilhosa produção de mosaicos, pinturas e esculturas.
• A arte medieval se compõe de três estilos distintos: Arte Bizantina, Arte Românica e Arte Gótica.
• Principais formas de representação:
• Bizantina: mosaicos e ícones.
• Românica: afrescos e escultura estilizada.
• Gótica: vitrais e escultura mais natural.
 Arte Bizantina:
Desenvolve-se na região do Mediterrâneo Oriental desde 330 d.C. quando Constantino transferiu o trono do Império Romano para Bizâncio, se tornando mais tarde Constantinopla e atualmente Istambul, na Turquia.
• O desenvolvimento da arte bizantina irá ocorrer até 1453 quando então Constantinopla cai nas mãos dos turcos.
• Durante esses 1000 anos Bizâncio se tornou o centro de uma brilhante civilização, combinando a arte primitiva cristã com a preferência grega oriental pela riqueza das cores e da decoração.
 Os Ícones:
Não se pode falar em arte bizantina sem um olhar para os ícones.
• Eram pequenos painéis de madeira com imagens pintadas, supostamente com poderes sobrenaturais.
• As imagens de seres sagrados e santos são rígidas, em pose frontal, geralmente com halo e olhar fixo.
• Acreditava-se que os ícones tinham propriedades milagrosas e por conta do culto exagerado a esses objetos a Igreja os proibiu entre 726 e 843.
• Dizia-se que uma das imagens vertia lágrimas e outra emitia aroma de incenso.
• Fiéis mais ardorosos os carregavam para as batalhas e outros gastavam sua pintura de tanto beijá-los. 
 Os Mosaicos:
Eram utilizados na propagação do novo credo oficial, o Cristianismo.
 • Diferentemente dos mosaicos romanos que eram feitos com pedaços de mármore, os bizantinos utilizavam cubos de vidro brilhante.
 • As representações tinham em sua maioria a imagem do Mestre e Senhor todo-poderoso.
 • Apresentavam também uma suntuosa grandiosidade, com halos iluminando as figuras sagradas e fundo abstrato refulgindo em ouro e azul.
 • As figuras humanas são chapadas, rígidas, simetricamente colocadas, parecendo estar penduradas.
 • Os artesãos não tinham interesse em sugerir perspectiva ou volume.
 • Figuras humanas altas, esguias, com faces amendoadas, olhos enormes e expressões solenes, olhavam diretamente para a frente, sem o menor esboço de movimento.
 Os manuscritos iluminados:
Por conta dos saques que destruíam as cidades do Império Romano, os monastérios eram tudo o que sobravam entre a Europa Ocidental e o caos generalizado.
• Monges e freiras copiavam manuscritos, mantendo vivas a arte da Ilustração em particular e a civilização ocidental, em geral.
• Os rolos de papiros usados no Egito e em Roma, foram substituídos por pergaminhos de pele de boi ou de carneiro, feitos de páginas separadas unidas por uma das extremidades.
• Os manuscritos eram considerados objetos sagrados que continham a palavra de Deus.
• Eram profusamente decorados, de maneira que sua beleza exterior refletisse a sacralização do conteúdo.
• Tinham capas de ouro cravejadas com pedras preciosas e semipreciosas.
• Até o desenvolvimento da tipografia, no século XV, esses manuscritos eram a única forma existente de livros sobre religião e literatura clássica. 
 Arte Românica:
Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de igrejas varreu a Europa feudal nos séculos XI a XIII.
• Os construtores tomaram emprestado elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos, surgindo assim o termo “românica” para definir a arte e a arquitetura desse período.
• Apesar de já haver um progresso tecnológico quanto a novos sistemas estruturais, ainda assim serão construídos grandes panos de paredes que serão utilizados pelos artistas para desenvolverem suas pinturas chamadas de murais.
• Cabia a esses artistas representar nas paredes as histórias da Bíblia, a fim de que os fiéis, em sua maioria analfabetos, pudessem receber a palavra de Deus.
• Deste modo o papel do artista era muito mais descritivo do que criativo, pois a criação caberia exclusivamente a Deus.
• Nenhuma técnica ilusionista deveria ser utilizada pelo artista, já que não se deveria enganar o fiel de nenhuma forma. 
 Os Tímpanos:
O exterior das igrejas românicas é muito despojado, exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal.
• Como a maioria dos fiéis era analfabeta, as esculturas ensinavam a doutrina religiosa, contando histórias gravadas na pedra.
• A escultura ficava concentrada no tímpano, que é o espaço Semicircular entre o arco e o dintel da porta central.
• Cenas da ascensão de Cristo ao trono celestial eram muito populares, assim como sombrios enredos do Juízo Final em que demônios agarram almas desesperadas e diabos horríveis estrangulam e cospem nos corpos nus dos condenados.
 Arte Gótica.
Tópicos para análises preliminares:
– A arte gótica pode ser representada por duas características 
marcantes: altura e luz.
• As principais formas de decoração inspiradora do caráter 
religioso da arte gótica são a escultura, os vitrais e as tapeçarias.
• A pintura gótica irá retratar uma nova sensibilidade fruto da 
aparição da burguesia como classe social, do desenvolvimento de
novas formas de religiosidade, relacionando o homem comseu
ambiente vital. 
• Para exprimir essa nova concepção, o artista terá que dar entrada
ao movimento, ao volume e a caracterização dos sentimentos.
• Embora a pintura continue a ter uma base eminentemente linear,
a cor e a luz deixaram de estar distribuídos de modo uniforme para 
acentuar, com seus contrastes e as suas graduações, os valores 
plásticos das figuras.
• As vestimentas e suas dobras passam a ter um caimento mais 
suave e natural dando um forte teor decorativo às obras. 
 Escultura Gótica:
Tinham como característica principal serem longa e esguias.
• Assim como na pintura, possuíam motivação didática.
• Deviam facilitar aos fiéis analfabetos o aprendizado religioso.
• As paredes externas das catedrais contavam histórias bíblicas 
esculpidas.
• Após a descoberta dos escritos de Aristóteles, o corpo deixou de 
ser desprezado, passando a ser visto como templo da alma.
• Os artistas voltaram a representar a carne com naturalidade. 
 
 Arte Renascentista.
Tópicos para análises preliminares:
– O Renascimento tem como características principais o retorno ao desenvolvimento da arte parecida com a vida.
• O interesse pelo sobrenatural, característico da Idade Média, dará lugar ao interesse pelo natural.
• A redescoberta da tradição greco-romana ajudou os artistas a reproduzirem detalhadamente as imagens visuais.
• A expansão do conhecimento científico, com maior compreensão da anatomia humana e da perspectiva, possibilitou aos artistas dos Séculos XV e XVI superarem as técnicas da Grécia e Roma.
• Governados por monarcas absolutistas, as recém-unificadas nações produziram artes pictóricas, teatrais e arquitetônicas de dimensões sem precedentes, destinadas a satisfazer os sentidos e as emoções.
Pelo início dos anos 1400 o mundo da arte inicia um processo que se estenderá inicialmente por Roma e Florença e a partir de 1500 ao resto da Europa.
• Ao chegar em países como Holanda, Bélgica, Alemanha, França,
Espanha e Inglaterra, o movimento ficará conhecido como Renascença
do Norte.
• Os elementos em comum foram a redescoberta da arte e da literatura da 
Grécia e Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural 
e a intenção de reproduzir com realismo as formas da natureza.
• Com o desenvolvimento dessas técnicas, os artistas evoluíram na arte de
pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos.
• Em virtude do desenvolvimento das técnicas de pintura, o aumento de 
prestígio pessoal dos artistas aumentou, chegando ao auge na Alta 
Renascença, onde Leonardo, Michelângelo e Rafael despontam como
verdadeiros símbolos de uma época.
• Durante esse período, a exploração de novos continentes e a pesquisa
científica proclamavam a confiança no Homem, e ao mesmo tempo a 
Reforma Protestante diminuía o poder da Igreja Católica no mundo.
Assim o Homem voltava a ser o centro do interesse artístico. 
Durante a Renascença, as inovações técnicas e as descobertas de
Obras de arte da antiguidade possibilitaram novos estilos para se 
Representar a realidade.
• Os quatro grandes passos foram:
• A mudança de pintura a têmpera, em painéis de madeira, e afresco,
 em paredes de alvenaria, para a pintura a óleo em telas esticadas.
•Com esse método, um mineral como o lápis lazúli era moído e mistu
rado com terembitina e aplicado sobre a tela. O aumento das opções de 
cores permitiu aos pintores representar texturas e simular formas em três
dimensões.
• O uso da perspectiva, dando peso, volume e profundidade à forma.
• Efeito ótico dos objetos se alinhando conforme a distância por meio de 
Linhas convergentes ao “ponto de fuga”.
• O uso de luz e sombra, em oposição de linhas desenhadas.
• O chiaroscuro (claro/escuro) se referia a uma nova técnica para modelar
formas em que as partes mais claras parecer surgir das mais escuras, dan-
do uma ilusão de relevo escultural.
• Utilização de composições piramidais nas pinturas.
Masaccio revolucionou a pintura ao usar a perspectiva, uma fonte 
coerente de luz e o retrato tridimensional da figura humana.
Mona Lisa, Leonardo da Vinci,
1505, Louvre, Paris.
• A pose relaxada e informal de
Mona Lisa foi uma das inovações
introduzidas por este retrato. 
Em comparação, todos os retratos
anteriores parecem artificiais.
• Sfumato – Os cachos do cabelo ca-
indo levemente sobre o ombro direi-
to se fundem com as rochas, assim
como as dobras do xale no ombro 
esquerdo continuam uma linha de um
distante aqueduto. O contorno esfu-
maçado que se mescla com o miste-
rioso fundo dá ambiguidade ao cli-
ma e cria a ilusão de movimento, 
que dá a este quadro uma estranha
sensação de vida.
 �
Para Leonardo chegar ao conhecimento de anatomia empregado em suas
 obras, chegou a morar em um hospital onde estudou esqueletos e 
dissecou cadáveres.
• Uma das primeiras pinturas em tela destinadas a ser pendurada na 
parede, a Mona Lisa realizou plenamente o potencial do novo veículo.
• “Ela” decorou o quarto de Napoleão Bonaparte até ser levada para
o Louvre em 1804. 
• Provocou engarrafamento de trânsito em NovaYork quando 1 milhão 
e 600 mil pessoas se precipitaram em vê-la numa exposição de sete 
semanas.
• Em Tóquio, permitia-se a cada visitante dez segundos para olhar o 
quadro.
• Historicamente ela não era uma pessoa importante mas, provavelmente
a jovem esposa de um mercador florentino chamado Giocondo.
• Em 1911, um trabalhador italiano, indignado pelo fato de quer o melhor
da arte italiana residir na França, roubou o quadro do Louvre para 
devolvê-la ao solo pátrio. A Mona Lisa foi encontrada no quarto miserável
do patriota dois anos depois.
Em sua obra A Última Ceia, Leonardo dizia que o artista tinha dois
Objetivos: “pintar o homem e a intenção de sua alma”.
• Leonardo imortalizou o momento dramático em que Cristo anunciou
que um de seus discípulos iria traí-lo e a reação emocional de cada um
 ao perguntar: “Senhor, serei eu?” 
• Através de uma gama de gestos e expressões, Leonardo revelou pela
primeira vez na arte o caráter fundamental e o estado psicológico de 
cada apóstolo.
• Infelizmente, Leonardo não tinha temperamento adequado às 
exigências do afresco tradicional, que requeria um trabalho de pincel
rápido e certeiro, em vez da acumulação de nuances difusas.
• Nesta obra ele experimentou uma emulsão de óleo e têmpera que não
aderiu bem à alvenaria e que, vivo ainda, veria seu trabalho começar a
se desfazer. A situação piorou quando o prédio que abrigava o mural 
foi usado como estábulo e praticamente destruído pela 2a Guerra 
Mundial.
• Em seu leito de morte, Leonardo admitiu que “tinha ofendido a Deus
e a humanidade” por não ter se dedicado a sua arte como deveria.
Em 75 anos de vida menos de 20 obras sobreviveram ao seu tempo.
Michelangelo foi criado por uma ama de leite cujo marido era um 
cortador de pedras.
• Cresceu interessado em escultura, apesar das surras para que seguisse
uma “profissão respeitável”.
• Com 15 anos foi reconhecido como artista e levado para Florença pela
Família Médici que o tratou como um filho.
• Acreditando que a criatividade era uma inspiração divina, quebrou 
todas as normas.
• Michelangelo se recusava a ensinar a aprendizes e não deixava 
ninguém ficar assistindo enquanto trabalhava.
• Arquiteto, escultor, pintor, poeta e engenheiro, Michelangelo não 
conhecia limitações.
• Fez esculturas até a sua morte com 90 anos, quando disse:
“ Lamento estar morrendo justamente quando estou aprendendo o 
alfabeto da minha profissão”.
“Uns vinhedos sobre fundo azul”, foi o que o Papa JúlioII pediu para
Embelezar o teto da Capela Sistina, que mais parecia um celeiro.
• Michelangelo lhe deu mais de 340 figuras representando a origem e
queda do homem, no empreendimento artístico mais ambicioso da 
Renascença.
• Michelangelo deu provas de toda a sua genialidade a realizar esta
obra em menos de quatro anos sem a ajuda de nenhum assistente.
• O teto apresentava três mil metros quadrados onde foram realizados 
o projeto, esboço, alvenaria e pintura, além da umidade constante.
• Além disso o artista tinha que trabalhar encolhido, numa posição 
desconfortável em um andaime com mais de 21 metros de altura.
• Apesar de seu desdém pela pintura, que considerava uma arte menor,
O afresco de Michelangelo atingiu um ponto máximo, com figuras 
retiradas de sua própria criação.
• Tomando uma parede inteira da Capela Sistina, o afresco “O Juízo
final”, foi terminado 29 anos depois do teto.
• A pintura impressiona pela atmosfera sinistra. Cristo não é apresen-
tado como misericordioso, mas como um juiz vingativo.
Michelangelo achava que, entre todas as artes, a mais próxima de Deus
era a escultura.
• Deus havia criado a vida a partir do barro, e o escultor libertava a beleza
da pedra.
• Segundo ele, sua técnica consistia em libertar a figura do mármore que a
aprisionava.
• Enquanto outros escultotres adicionavam pedaços de mármore para 
disfarçar seus erros, Michelangelo fazia suas esculturas num bloco único.
• O primeiro trabalho a lhe trazer renome, esculpido quando o artista tinha
23 anos, foi a Pietá, que significa Piedade.
• Quando a estátua foi descoberta, um apreciador a atribuiu a um escultor
mais experiente, recusando-se a aceitar que um jovem desconhecido 
rapaz fosse capaz de realizar tal obra.
• Ao saber disso, Michelangelo esculpiu seu nome na faixa que atravessa
o seio da Virgem. Foi seu único trabalho assinado. 
Rafael era entre os três maiores ícones da Renascença, o mais 
popular.
• Enquanto Leonardo e Michelangelo eram reverenciados, Rafael
era adorado.
• O pai de Rafael, um pintor medíocre, ensinou ao precoce filho, 
Rudimentos da pintura.
• Aos 17 anos Rafael era considerado um mestre independente.
• Aos 26, chamado a Roma pelo Papa para decorar os aposentos
do Vaticano, ele pintou os afrescos, com ajuda de 50 discípulos, 
no mesmo ano em que Michelangelo terminou o teto da Capela 
Sistina. “Tudo que ele sabe, aprendeu comigo” disse Michelangelo.
• Rico, bonito e bem sucedido além de grande admirador das mulheres,
morreu com apenas 37 anos pela vida atribulada que levara.
• Com a sua morte toda a corte mergulhou em luto.
• A arte de Rafael foi a que mais completamente expressou as qualidades
 da Alta Renascença assimilando a composição piramidal e o chiaroscuro
de Leonardo e as figuras dinâmicas, de corpo inteiro e a pose contrapposto
de Michelangelo.
Ticiano tinha como característica pessoal a utilização de cores fortes 
para demonstrar toda sua expressividade.
• Primeiro pintava toda a tela de vermelho, para dar calor ao quadro,
depois pintava o fundo e as figuras em matizes vívidos e acentuava as
Tonalidades usando de trinta a quarenta camadas vidradas.
• Esse trabalhoso método propiciava uma pintura convincente de 
qualquer textura, desde o metal ao brilho da seda ou ainda de cabelos 
louros dourados.
• Ticiano foi um dos primeiros artistas a trocarem os,painéis de 
madeira pelas telas à óleo.
• Após a morte de sua esposa, suas obras tornaram-se quase monocro-
máticas, com pinceladas cada vez mais largas e carregadas de tintas,
por conta da vista enfraquecida.
• Alguns contemporâneos afirmavam que Ticiano pintava mais com os
dedos do que com os pincéis. 
Esta estátua de David mostra o jovem�
Herói com ar sonhador e contemplativo depois de matar Golias, cuja cabeça 
está a seus pés. O naturalismo gracioso da pose de David, seu jeito retraído e
a superfície sensual do bronze combinam-se para dar vida à estátua. Esta habilidade para instalar emoção humana em estátuas Clássicas era o maior dom de Donatello.
David, foi o primeiro nu de bronze em tamanho natural, a ser modelado depois da Antiguidade.
 
 Maneirismo.
Entre a alta Renascença e o Barroco, de 1520, até 1600, a arte ficou 
num impasse.
• Michelangelo e Rafael eram chamados de divinos. Todos os problemas
de representação da realidade haviam sido resolvidos e a arte atingia o
auge da perfeição e da harmonia. E agora?
• A resposta foi trocar a harmonia pela dissonância, a razão pela emoção,
a realidade pela imaginação.
• Num esforço de originalidade, os artistas da Renascença Tardia, ou 
Maneiristas, abandonaram o realismo baseado na observação da natureza.
• Ansiosos por algo novo, exageravam a beleza ideal representada por 
Michelângelo e Rafael, buscando instabilidade ao invés de equilíbrio.
• Os tempos favoreciam a desordem. Roma tinha sido tomada pelos 
germânicos e espanhóis, e a Igreja tinha perdido sua autordade durante a 
Reforma.
• Na época mais estável da Alta Renascença, a pintura tinha uma compo-
sição simétrica, com o peso dirigido para o centro.
• Na Renscença tardia, a composição se tornou oblíqua, com um vazio no 
centro e as figuras concentradas junto à moldura. 
O nome “Maneirismo” vem do italiano di maniera, com o significado
de uma obra de arte realizada conforme o estilo do artista, e não ditada 
pela representação da natureza.
• A pintura maneirista é prontamente identificável pelo estilo. As figuras
tremem e torcem num movimento desnecessário.
• Os corpos são destorcidos, geralmente alongados, mas às vezes 
pesadamente musculosos.
• As cores são sombrias, aumentando a impressão de tensão, movimento
e iluminação irreal.
• Maneirista notáveis foram: Pontormo, Roso, Bronzino, Parmigianino, 
Benvenuto Cellini e Tintiretto na Itália e El Greco na Espanha.
• Os maneiristas cultivavam sempre a excentricidade em suas obras. 
• Alguns agiam igualmente em suas vidas. Dizia-se que Rosso, que 
morava com um babuíno, desenterrava cadáveres porque a decomposição
o fascinava. 
• Pontormo era comprovadamente louco. Obcecado pelo medo da morte,
morava sozinho numa casa muito alta com seu quarto no sótão com uma
escada portátil a qual só ele tinha acesso.
 El Greco.
Tópoicos para análises preliminares:
• Alguns críticos discutem se El Greco deve ser considerado Maneirista.
• outros afirmam que ele é um caso especial demais para caber numa 
classificação.
• Sua arte manifesta inegáveis atributos maneiristas, como a luz fatas-
magórica e as cores intensas como o rosa-forte, o verde-ácido e os azuis
e amarelos luminosos.
• As figuras saõ distorcidas e alongadas, a escala é variável e as compo-
sições são plenas de movimento espiralado.
• Nos quadros de temas religiosos, El Greco não dava importância à re-
presentação do mundo visível pois preferia criar uma visão, carregada 
de emoção, do êxtase celestial.
• El Greco dizia que detestava sair à luz do sol porque “ a luz do dia 
cega a luz de dentro”.
• E é exatamente dessa luz de dentro, com uma iluminação sobrenatural,
que faz com que seu estilo seja o mais original da Renascença ou do 
Maneirsmo, dependendo da opinião de cada crítico.
• “Michelangelo não sabe pintar. Me deixem corrigir o Juízo Final!”. 
 Barroco.
A arte barroca (1600-1750) conseguiu casar a técnica avançada e o 
grande porte da Renascença com a emoção, a intensidade e a dramati-
cidade do Maneirismo, fazendo do estilo barroco o mais suntuoso e 
ornamentado da história da arte.
•O Barroco não só produziu gênios como Rembrant e Velázquez, mas
também expandiu o papel da arte para a vida cotidiana.
• Artistas acorreram a Roma, vindos de toda a Europa, para estudar as 
obras-primas da antiguidade clássica e da Alta Renascença. Voltando à 
terra de origem, acrescentaram às suas obras as particularidades cultu-
rais de cada região.
• Enquanto os estilos abrangiam, desde o realismo italiano até o exagero 
francês, o elemento comum era a sensibilidade e o absoluto domínio da
luz para obter o máximo impacto emocional.
• A era barroca começa em Roma por volta de 1600 quando os papas se
dispuseram a financiar magníficas catedrais e grandes trabalhos, para 
manifestar o triunfo da fé católica depois da Contra-reforma, e para 
atrair novos fiéis com a dramaticidade das “imperdíveis” obras de 
Arquitetura.
O movimento se expandiu para a França, onde os monarcas absolutistas 
reinavam por direito divino e investiam em grandes artistas.
• Os palácios se tornavam ambientes de encantamento, projetados para 
impressionar a que ali chegasse, demonstrando o poder e a glória do rei.
• Embora tão rica quanto a arte religiosa, a pintura francesa elegia temas 
não-religiosos, derivados do modelo da Grécia e Roma.
• Em países católicos como Flandres, a arte religiosa florescia, ao passo 
que nas terras protestantes do norte da Europa, como a Inglaterra e a 
Holanda, as imagens eram proibidas.
• Em consequência, a pintura tendia a naturezas-mortas, retratos, paisa-
gens e cenas do cotidiano.
• Nestes países a arte era financiada não apenas pelos mercadores prós-
peros, ansiosos para exibir sua riqueza, mas também por burgueses da
classe média, que compravam quadros para enfeitar a casa. 
 Arte Rococó.
Tópicos para análises preliminares:
• O Rococó nasceu em Paris, coincindindo com o reinado de Luis XV 
(1723-74).
• Por volta de 1760 já era considerado ultrapassado na França, mas 
continuou em moda em outros países.
• Até o final do século continuou a ornamentar os luxuosos castelos e 
Igrejas da Alemanha, da Áustria e da Europa Central.
• O nome Rococó é derivado de rocaille , referente a conchas e seixos 
que ornamentam grotas e fontes, e surgiu como um estilo de decoração
de interiores.
• As artes decorativas foram um campo privilegiado para essa ornamen-
tação delicada, curvilínea.
• Os pisos eram revestidos com elaborados padrões em folha de madeira,
A mobília era ricamente marchetada, decorada com estofamento em 
Gobelin e incrustrações em marfim e casco de tartaruga.
• Roupas talheres e porcelanas também eram sobrecarregados com de-
senhos de flores, conchas e folhas.
• Até o desenho das carruagens trocava as linhas retas por floreios e ara-
bescos, os cavalos eram enfeitados com plumas imensas e pedras preciosas.
Principais artistas: Antoine Watteau, François Boucher e Jean-Honoré
Fragonard.
• Principais características: Clima leve, vivaz, superficial, cheio de energia.
• Utilização de painéis pintados entre enormes espelhos fixos às paredes.
• Emprego de curvas sinuosas em forma de “S” e “C” e arabescos flore-
ados semelhantes a fitas.
• Possui estilo leve, gracioso, delicado. Utilizando as cores branco, prata, 
ouro, tons suaves de rosa, azul e verde.
• Mesmo no período de transição entre o Barroco e o Néo-Clássico apre-
sentado nas fachadas dos prédios, em seus interiores era ainda o Rococó
que imperava. 
• Na pintura um tema recorrente era a representação de casais românticos
aproveitando a vida aristocrática em contato com a natureza, encantados
com a juventude e o amor.

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