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TRABALHO EM GRUPO - TG A Questão Souza1 (2012, p. 1) explica que: A Economia surgiu como ciência através de Adam Smith (1723-1790), considerado o pai da Economia Política. Sua obra, A Riqueza das Nações, publicada em 1776, constituiu um marco na história do pensamento econômico. Antes disso, a Economia não passava de um pequeno ramo da filosofia social, como atestam as contribuições do abade e filósofo francês Turgot (1727- 1781) [...]. Com o Mercantilismo (1450-1750), as ideias econômicas conheceram algum desenvolvimento, mas na Antiguidade e na Idade Média as relações econômicas eram bastante simples. Após a leitura dessa afirmativa de Souza (2012), explique o significado de riqueza para os mercantilistas. Enfoque os principais aspectos do mercantilismo, realizando uma avaliação dele. Justifique sua resposta. De forma bem simplificada, o significado da riqueza para os mercantilistas era o acúmulo de metais preciosos e tinha como suas principais características, a busca pela balança comercial favorável, o intervencionismo do Estado por meio de políticas econômicas e de protecionismo, além da exploração de domínios coloniais para obtenção de mais riqueza e criação público consumidor para os produtos manufaturados. Seu surgimento se deu após o Renascimento cultural, científico e a reforma protestante, pois a partir de então, enriquecer não constituía mais um pecado, desde que a riqueza fosse obtida por meio de trabalho honesto. No início, ocorreu uma transformação política na Europa, os feudos deram lugar à centralização da política nacional, os governos passaram a realizar grandes empreendimentos, como as navegações e buscas de novas rotas marítimas com o intuito de obter mais fluxos de metais preciosos para a Europa. Com a ideia de garantir afluxos significativos de ouro e prata para os seus países, os mercantilistas sugeriam que se aumentassem as exportações e que se controlassem as importações. Reforçando a ideia inicial do foco no acúmulo de metais preciosos podemos fazer referência a alguns pensadores da época: a) Malestroit: afirmava que o aumento do estoque de metais preciosos não provocava inflação; b) Jean Bodin: dizia que maior quantidade de moeda gerava aumento do nível geral de preços; c) Ortiz: quanto mais ouro o país acumulasse, tanto mais rico ele seria; d) Montchrétien: ensinava que o ouro e a prata suprem as necessidades dos homens, sendo o ouro muitas vezes mais poderoso do que o ferro; e) Locke: argumentava que os metais preciosos precisavam permanecer no país. f) Thomas Mun: em sua obra, argumentava que o comércio era o único meio de aumentar o Tesouro da Inglaterra e defendia o protecionismo, exercendo grande influência sobre o colonialismo. g) Colbert: dizia que as disponibilidades de metais preciosos poderiam aumentar pelas exportações e pelo desenvolvimento das manufaturas, também defendia o protecionismo. Com o objetivo de maximizar o saldo comercial e o afluxo de metais preciosos, as Metrópoles na Europa estabeleceram um “pacto” com suas colônias, conhecido como o pacto colonial, a partir de então, todas as importações da colônia passaram a ser provenientes de sua metrópole, assim como todas as suas exportações seriam destinadas a ela exclusivamente. Com a ideia central do Mercantilismo de que o acúmulo de metais preciosos era sinônimo de riqueza, a moeda passou a ter um fim em si mesma e não um meio de troca, a falha foi ter atribuído valor excessivo aos metais preciosos na concepção de riqueza. A produção foi relegada a um plano secundário, no período também não houve favorecimento da agricultura, naquela época, a agricultura constituía praticamente todo o produto nacional e inicialmente, os campos eram cultivados uma vez por ano, com baixa produtividade, posteriormente, as lavouras passaram a ser divididas em partes, ficando parte em descanso para recuperar fertilidade e, ao longo do tempo, ocorreu aumento substancial da produção agrícola, trazendo consigo o aumento populacional e consequentemente, aumento das cidades. Como consequência positiva, mesmo não sendo o objetivo dos mercantilistas, a valorização dos metais preciosos como moeda trouxe segurança nos pagamentos internacionais e o aumento do estoque de metais preciosos, ou seja, de moeda, e consequentemente, redução das taxas de juros, o que estimulava os investimentos, a produção e o emprego, contribuindo para o surgimento do modo de produção capitalista, mesmo não sendo o seu objetivo. Outro ponto positivo foi a extensão das relações comerciais do âmbito regional para a esfera internacional, constituiu a transição entre o feudalismo e o capitalismo moderno, formando-se os grandes capitais financeiros que de certa forma financiaram a revolução tecnológica, precursora do capitalismo industrial. De modo geral, embora não tenha sido o objetivo do Mercantilismo, pode-se concluir que houve o desenvolvimento do sistema manufatureiro doméstico, artesanal, dando nascimento à indústria capitalista.
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