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CONTABILIDADE INTRODUTÓRIA - MATERIAL DE APOIO

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Contabilidade Introdutória - Material de Apoio 
CONTABILIDADE 
31	ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE.	
1.1	Introdução e histórico	3
1.2	Objetivos da Contabilidade.	4
1.3	Princípios Fundamentais da Contabilidade	9
1.3.1	O Princípio da Entidade	9
1.3.2	O Princípio da Continuidade	10
1.3.3	O Princípio da Oportunidade	11
1.3.4	O Princípio do Registro pelo Valor Original	12
1.3.5	O Princípio da Atualização Monetária	14
1.3.6	O Princípio da Competência	14
1.3.7	O Princípio da Prudência	16
1.3.8	As convenções	17
2	PATRIMÔNIO	18
2.1	Conceito de Patrimônio e de sua composição.	18
2.2	Equação Fundamental do Patrimônio, Estados Patrimoniais e Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais.	19
2.3	Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais.	21
2.4	Contas - Plano de Contas	22
2.4.1	Conceito	22
2.4.2	Contas Patrimoniais	23
2.4.3	Contas de Resultado	24
2.4.4	Contas unilaterais x bilaterais	25
2.4.5	Contas de compensação	25
2.4.6	Teoria das contas	26
2.5	Lançamentos	27
2.5.1	Conceito	27
2.5.2	Livros de escrituração	27
2.5.3	Elementos básicos dos lançamentos	30
2.5.4	Débito / Crédito	31
2.6	Exemplos de fatos e lançamentos contábeis	32
2.6.1	Compra de mercadorias a prazo	32
2.6.2	Compra de mercadorias à vista	34
2.6.3	Pagamento de duplicata em dinheiro	35
2.6.4	Pagamento de duplicata com cheque	37
2.6.5	venda de mercadorias a prazo	39
2.6.6	venda de mercadorias à vista	41
2.6.7	Recebimento de duplicata	44
2.6.8	Recebimento de duplicata em cheque	47
2.6.9	Recebimento de duplicata em dinheiro e com abatimento	49
2.6.10	Recebimento de duplicata em dinheiro e com encargos	52
2.6.11	Desconto de duplicatas	55
2.6.12	liquidação normal da duplicata (chegada do aviso do banco)	58
2.6.13	Não pagamento de duplicata descontada	61
2.6.14	Não pagamento de duplicata descontada e tentativa do banco em cobrá-la após o vencimento........	64
2.6.15	Registro do aluguel a pagar – ao final do mês	67
2.6.16	Pagamento do aluguel incorrido no mês anterior	70
2.6.17	Pagamento adiantado de aluguéis	72
2.6.18	Registro da utilização do imóvel, cujo aluguel havia sido pago antecipadamente..	73
2.6.19	Lançamentos de fechamento do exercício	76
2.6.20	Compra de equipamento do ativo imobilizado	81
2.6.21	Utilização do equipamento por um ano	82
2.6.22	Fechamento do exercício de 200X – após o uso do equipamento	85
2.6.23	Venda do equipamento, em 01/01/200X+1, por R$ 55.000,00.	85
2.6.24	Venda do equipamento, em 01/01/200X+1, por R$ 53.000,00.	88
2.7	Erros de escrituração	90
3	DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS	93
3.1	Introdução	93
3.1.1	Demonstrações contábeis (financeiras)	93
3.1.2	Balanço patrimonial	94
3.1.3	Demonstração de resultados do exercício	102
3.1.4	Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados	104
3.1.5	Demonstração de mutações do patrimônio líquido	106
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ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE
Introdução e histórico				
Desde que o homem passou a possuir bens, ele se preocupou com o controle desses bens.
Visto que o objetivo básico da Contabilidade é o controle do patrimônio das pessoas, podemos dizer que a Contabilidade existe desde as mais antigas épocas. 
 Quando os pastores da antiguidade , levavam o seu rebanho para o pastoreio, eles, logo pela manhã, ao retirar o rebanho do cercado, a cada ovelha que saía, eles colocavam uma pedrinha em um embornal, depois de todas as ovelhas saírem eles tinham uma correspondência biunívoca entre o conjunto das ovelhas e o conjunto das pedrinhas. De tarde, ao voltar para casa, para cada ovelha que entrava dentro do cercado, eles retiravam uma pedrinha do embornal, com isso, ao entrar a última ovelha não deveria sobrar nenhuma pedrinha dentro do embornal, se por um acaso sobrasse alguma pedrinha, era sinal de que alguma ovelha havia se extraviado, logo, o pastor deveria procurá-la.
A necessidade de uma contabilidade mais refinada ocorreu durante o período das grandes navegações em que um empreendedor necessitava levantar financiamentos para organizar uma expedição, efetuando negócios em terras distantes, trazer mercadorias de volta para a Europa, vender estas mercadorias, quitar o seu financiamento e apurar o lucro do empreendimento.
Por volta de 1.494, um frei italiano chamado Lucca Pacciolli escreveu um livro chamado Summa, onde descrevia todos os métodos de contabilização que então existiam espalhados, seja através de relatos verbais que chegaram ao seu conhecimento, seja através de livretos que ensinavam como fazer os registros dos bens e das mercadorias que eram negociadas pelos mercadores ou outros negociantes da época. Lucca Pacciolli teve o grande mérito de condensar todo esse conhecimento contábil em um único livro, por isso, é considerado o Pai da Contabilidade Moderna. Ele apresentou como método de registro do Patrimônio e de suas mutações, o denominado “Método das Partidas Dobradas” (débitos e créditos). 
Hoje, no Brasil, a contabilidade está regulada pela Lei da S/A, 6.404/76 que, mantendo o método das partidas dobradas, adequa o registro do Patrimônio e de suas Mutações à nossa realidade econômica e social.
Objetivos da Con​tabilidade
A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. As informações geradas pelo sistema contábil devem desempenhar duas funções: a função administrativa, de controlar o patrimônio; e a função econômica, de apurar o resultado.
Compreende-se por sistema de informação um conjunto articulado de dados, técnicas de acumulação, ajustes e editagens de relatórios que permite: 
tratar as informações de natureza repetitiva com o máximo possível de relevância e o mínimo de custo;
dar condições para, através da utilização de informações primárias constantes do arquivo básico, juntamente com técnicas derivadas da própria Contabilidade e/ou outras disciplinas, fornecer relatórios de exceção para finalidades específicas, em oportunidades definidas ou não.
Conceitua-se como usuário toda pessoa física ou jurídica que tenha interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade, seja tal entidade empresa, ente de finalidades não lucrativas, ou mesmo patrimônio familiar. 
Para as finalidades deste trabalho, escolhemos como usuário preferencial o externo à entidade, constituído, basicamente, por: 
acionistas;
emprestadores de recursos e credores em geral; e
integrantes do mercado de capitais como um todo, no sentido de que a quantidade, a natureza e a relevância da informação prestada abertamente pela entidade influenciem, mesmo que indiretamente, esse mercado.
Ainda dentro do objetivo deste trabalho, consideramos como usuários secundários os administradores (de todos os níveis) da entidade, bem como o Fisco. Aqueles obterão muita utilidade dos conceitos que trataremos a seguir, mas precisarão ir além e utilizar-se dos conceitos de Contabilidade Gerencial, fora do escopo deste trabalho; este, o Fisco, terá necessidade sempre dos ajustes vários a serem realizados em livros auxiliares. 
Informação de natureza econômica deve ser sempre entendida dentro da visão que a Contabilidade tem do que seja econômico e não, necessariamente, do tratamento que a Economia daria ao mesmo fenômeno; em largos traços, podemos afirmar que os fluxos de receitas e despesas (demonstração do resultado, por exemplo), bem como o capital e o patrimônio, em geral, são dimensões econômicas da Contabilidade, ao passo que os fluxos de caixa, de capital de giro, por exemplo, caracterizam a dimensão financeira. Não estamos, portanto, utilizando, neste trabalho, o termo financeiro no sentido de avaliado em moeda, como a própria Lei das Sociedades por Ações e a tradição anglo-americana consagram.Informação de natureza física constitui um importante desdobramento dentro da evolução da teoria dos sistemas contábeis, pois as mais recentes pesquisas sobre evolução de empreendimentos têm revelado que um bom sistema de informação e avaliação não pode repousar apenas em valores monetários, mas deverá incluir, na medida do possível, mensurações de natureza física tais como: quantidades geradas de produtos ou de serviços, número de depositantes em estabelecimentos bancários, e outras que possam permitir melhor inferência da evolução do empreendimento por parte do usuário. 
Informação de natureza de produtividade compreende a utilização mista de conceitos valorativos (financeiros no sentido restrito) e quantitativos (físicos no sentido restrito) como, por exemplo: receita bruta per capita, depósitos por clientes etc. 
As informações de natureza econômica e financeira, ainda assim, constituem o núcleo central da Contabilidade. O sistema de informação, todavia, deveria ser capaz de, com mínimo custo, suprir as dimensões físicas e de produtividade. Na evidenciação principal (demonstrações contábeis publicadas), todavia, as dimensões físicas e de produtividade consideram-se acessórias. 
O objetivo principal da Contabilidade, portanto, é o de permitir, a cada grupo principal de usuários, a avaliação da situação econômica e financeira da entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras. Em ambas as avaliações, todavia, as demonstrações contábeis constituirão elemento necessário, mas não suficiente. Sob o ponto de vista do usuário externo, quanto mais a utilização das demonstrações contábeis se referir à exploração de tendências futuras, mais tenderá a diminuir o grau de segurança das estimativas. Quanto mais a análise se detiver na constatação do passado e do presente, mais acrescerá e avolumará a importância da demonstração contábil. 
Isto não quer dizer que as demonstrações contábeis não se adaptam às finalidades provisionais, mas apenas que avaliar tendências pode implicar divisar ou admitir configurações econômicas, sociais e institucionais novas, para o futuro, em que não se permite estimar com razoável acurácia os resultados das operações, pois a previsão das próprias operações é insegura. A Contabilidade pode, sim, ajudar a avaliação de tendências se: 
as conjunturas do passado se repetirem, mesmo que numa perspectiva monetária diferente (inflação ou deflação, sem alteração profunda do mercado); ou
o agente (usuário) conseguir transformar o modelo informativo contábil num modelo preditivo, o que somente será possível dentro do esquema mental de conhecimento e da sensibilidade do previsor. O modelo informativo-contábil e o modelo preditivo são duas peças componentes, não mutuamente exclusivas do processo decisório.
Os objetivos da Contabilidade, pois, devem ser aderentes, de alguma forma explícita ou implícita, àquilo que o usuário considera como elementos importantes para seu processo decisório. Não tem sentido ou razão de ser a Contabilidade como uma disciplina "neutra", que se contenta em perseguir esterilmente uma "sua" verdade ou beleza. A verdade da Contabilidade reside em ser instrumento útil para a tomada de decisões pelo usuário, tendo em vista a entidade. 
Para a consecução desse objetivo da Contabilidade, e dentro principalmente do contexto companhia aberta/usuário externo, dois pontos importantíssimos se destacam: 
1º) As empresas precisam dar ênfase à evidenciação de todas as informações que permitem a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações desse seu patrimônio e, além disso, que possibilitem a realização de inferências perante o futuro.
As informações não passíveis de apresentação explícita nas demonstrações propriamente ditas devem, ao lado das que representam detalhamentos de valores sintetizados nessas mesmas demonstrações, estar contidas em notas explicativas ou em quadros complementares.
Essa evidenciação é vital para se alcançar os objetivos da Contabilidade, havendo hoje exigências no sentido de se detalharem mais ainda as informações (por segmento econômico, região geográfica etc.) Também informações de natureza social passam cada vez mais a ser requisitadas e supridas. 
2º) A contabilidade possui um grande relacionamento com os aspectos jurídicos que cercam o patrimônio, mas, não raro, a forma jurídica pode deixar de retratar a essência econômica. Nessas situações, deve a Contabilidade guiar-se pelos seus objetivos de bem informar, seguindo, se for necessário para tanto, a essência ao invés da forma.
Por exemplo, a empresa efetua a cessão de créditos a terceiros, mas fica contratado que a cedente poderá vir a ressarcir a cessionária pelas perdas decorrentes de eventuais não pagamentos por parte dos devedores. Ora, juridicamente não há ainda dívida alguma na cedente, mas ela deverá atentar para a essência do fato e registrar a provisão para atentar a tais possíveis desembolsos.
Ou, ainda, uma empresa vende um ativo, mas assume o compromisso de recomprá-lo por um valor já determinado em certa data. Essa formalidade deve ensejar a contabilização de uma operação de financiamento (essência) e não de compra e venda (forma).
Noutro exemplo, um contrato pode, juridicamente, estar dando a forma de arrendamento a uma transação, mas a análise da realidade evidencia tratar-se, na prática, de uma operação de compra e venda financiada. Assim, consciente do conflito essência/forma, a Contabilidade fica com a primeira.
Essas características de evidenciação ou de divulgação (disclosure) e de prevalência da essência sobre a forma cada vez mais se firmam como próprias da Contabilidade, dados seus objetivos específicos. 
Uma forma prática de verificar se a Contabilidade está alcançando seus objetivos, conforme enunciado, é pesquisar, periodicamente, qual o grau de utilização de demonstrações contábeis por parte de grupos de usuários para os quais, de antemão, se credita que as demonstrações contábeis devessem ser de grande utilidade. Por exemplo: analistas de investimentos, para aconselhamentos, sobre compras ou não de ações de determinadas companhias. O fato de determinado grupo, todavia, estar utilizando-se, num menor grau de intensidade do que imaginaríamos, de informação contábil pode ter vários significados, a saber: 
deficiências estruturais do modelo informativo contábil para tal tipo de decisão; 
restrições ou limitações do próprio usuário; 
ambiente decisório em que a profissão contábil está laureada por baixo status de credibilidade, influenciando a não-utilização por parte de grupos sofisticados de usuários, mesmo que a informação objetiva tenha alguma ou bastante significância; 
falhas de comunicação e evidenciação decorrentes de problemas de linguagem inadequada por parte das demonstrações contábeis. 
Antes de se discutir o modelo contábil em tais situações, portanto, é necessário avaliar muito bem a participação de cada fator nas limitações de utilização. Somente se grande parte da não-utilização for atribuída ao significado a é que poderemos inferir pela não-adequação do modelo. Por exemplo: fornecer demonstrações baseadas em regime de competência, quando o usuário está tentando prever fluxos futuros de caixa. 
Princípios Fundamentais da Contabilidade 
O Princípio da Entidade
Pelo princípio da entidade, o patrimônio dos sócios não se confunde com o patrimônio da empresa.
O princípio da entidade determina que se reconheça o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a necessidade de diferenciação de um patrimônio particular no universo de patrimônios existentes. Logo, o patrimônio de uma entidade não se confunde com o de seus sócios ou proprietários.
“Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas,uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.”
O Princípio da Continuidade
O princípio da continuidade determina que, na contabilidade, deve ser considerada a continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. 
Uma vez iniciada a vida da empresa, espera-se que ela continue indefinidamente, todavia, a continuidade influencia o valor econômico dos bens e direitos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento das obrigações, especialmente quando a extinção da Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
 “Art. 5º A CONTINUIDADE ou não da ENTIDADE, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
§ 1º A CONTINUIDADE influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.
§ 2º A observância do Princípio da CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.”
O Princípio da Oportunidade
Pelo princípio da oportunidade, os acontecimentos relevantes para o patrimônio devem ser registrados por completo e no momento em que ocorrem.
O princípio da Oportunidade refere-se, simultaneamente, à integridade e à tempestividade dos registros das mutações patrimoniais:
a integridade diz respeito à necessidade das variações serem reconhecidas em sua totalidade, sem qualquer falta ou excesso;
a tempestividade obriga a que as variações sejam registradas no momento de sua ocorrência, mesmo na hipótese de alguma incerteza.
Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.
Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE:
I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência;
II – o registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários;
III – o registro deve ensejar o reconhecimento universal das variações ocorridas no patrimônio da ENTIDADE, em um período de tempo determinado, base necessária para gerar informações úteis ao processo decisório da gestão.
O Princípio do Registro pelo Valor Original
O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio sejam registrados pelos valores originais das transações havidas com o mundo exterior à entidade, expressos a valor presente, na moeda do país.
Art. 7º Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou decomposições no interior da ENTIDADE.
Parágrafo único – Do Princípio do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL resulta:
I – a avaliação dos componentes patrimoniais deve ser feita com base nos valores de entrada, considerando-se como tais os resultantes do consenso com os agentes externos ou da imposição destes;
II – uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais;
III – o valor original será mantido enquanto o componente permanecer como parte do patrimônio, inclusive quando da saída deste;
IV – Os Princípios da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA e do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza e mantém atualizado o valor de entrada;
V – o uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.
A aplicação do princípio do Registro pelo valor original, a informação gerada pela contabilidade permite determinar a relação do custo dos elementos adquiridos pela empresa e o lucro gerado na sua utilização
O Princípio da Atualização Monetária
O Princípio da Atualização Monetária determina que, para que a avaliação dos componentes patrimoniais possa manter seus valores originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, mediante aplicação de indexadores que traduzam a variação do poder aquisitivo da moeda, em dado período.
A partir do ano de 1996, foi proibida – pela Lei 9.249/95 – a utilização de correção monetária para fins societários ou fiscais.
Art. 4º Fica revogada a correção monetária das demonstrações financeiras de que tratam a Lei nº 7.799, de 10 de julho de 1989, e o art. 1º da Lei nº 8.200, de 28 de junho de 1991.
Parágrafo único. Fica vedada a utilização de qualquer sistema de correção monetária de demonstrações financeiras, inclusive para fins societários.
O Princípio da Competência
O Princípio da Competência é de máxima importância. Esse princípio determina que as receitas e despesas devam ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente do recebimento ou do pagamento.
É de fundamental importância compreender a diferença entre o regime de competência e o regime de caixa.
No regime de caixa, as receitas e despesas são reconhecidas no momento de seu recebimento ou pagamento. Este regime é intuitivo frequentemente utilizado por nós no controle pessoal dos gastos.
No regime de competência, as receitas e despesas devem ser reconhecidas na apuração do resultado do período a que pertencerem e, de forma simultânea, quando se co-relacionarm. As despesas devem ser reconhecidas independentemente de seu pagamento e as receitas somente quando de sua realização. Em outras palavras, no regime de competência:
uma despesa com o salário de um empregado é considerada a partir do momento que este empregado efetua o serviço, independentemente do pagamento desta despesa somente ocorrer no mês seguinte;
uma receita de venda de mercadorias é considerada a partir do momento em que ocorre a venda independentemente do pagamento acontecer em várias prestações.
OBS: existe, ainda, o regime misto de escrituração. Este regime somente é utilizado na Contabilidade Pública e nele as RECEITAS são registradas pelo regime de Caixa enquanto as DESPESAS são registradas pelo regime de Competência. 
Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.
§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE.
§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
§ 3º As receitasconsideram-se realizadas:
I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados;
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;
IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
§ 4º Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro;
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
O Princípio da Prudência
O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os componentes do Passivo, sempre que se apresentem duas alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações do patrimônio.
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
As convenções
Os princípios devem ser rigorosamente seguidos pelos contadores e são complementados por convenções, que definem mais precisamente os métodos e critérios contábeis. As convenções são restrições aos princípios, que determinam a delimitação de seus conceitos. Tais convenções são, entretanto, apenas indicativas e terão menor peso que os princípios.
Consistência (Uniformidade)
Adotado determinado procedimento contábil, entre outros possíveis, este não deverá ser mudado freqüentemente, sob pena de prejudicar a comparação de séries históricas de registros.
Materialidade (Relevância)
Visando evitar desperdício de tempo e dinheiro na aplicação do sistema contábil, os fatos devem ser registrados quando relevantes em relação ao patrimônio e na ocasião oportuna.
Objetividade
Entre um critério subjetivo de valor, mesmo que confiável, e outro objetivo, a contabilidade deverá adotar sempre o mais objetivo. Como, por exemplo, no caso de para uma mesma operação haver a opinião de um perito e um documento, vale para registro o valor do documento.
PATRIMÔNIO
Conceito de Patrimô​nio e de sua composição
O Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma “azienda”. A “azienda” pode ser considerada como um ente (com personalidade ou não) possuidor de um patrimônio. A contabilidade, portanto, tanto pode ser utilizada para o controle do patrimônio de uma empresa, quanto para o controle do patrimônio de uma pessoa física ou ainda de uma família ou de um negócio informal.
O conjunto de bens e direitos de um Patrimônio denomina-se Ativo.
De acordo com a lei, o Ativo se divide em :
circulante
realizável a longo prazo 
permanente (investimentos, imobilizado e diferido)
As obrigações de um Patrimônio para com terceiros denomina-se Passivo.
De acordo com a lei, o passivo real está dividido em:
passivo circulante
exigível a longo prazo 
Obs.: há ainda um terceiro grupo - resultado de exercícios futuros – com características simultâneas de passivo exigível e de patrimônio líquido.
A diferença entre o Ativo e o Passivo é denominada Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida). O Patrimônio líquido também pode ser considerado como uma obrigação do Patrimônio para com o seu possuidor.
O Patrimônio Líquido é representado basicamente pelo Capital Social, reservas e Lucros Acumulados.
A lei 6.404/76 (Lei das S/A) dispõe o seguinte.
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
        § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
        a) ativo circulante;
        b) ativo realizável a longo prazo;
        c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido.
        § 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
        a) passivo circulante;
        b) passivo exigível a longo prazo;
        c) resultados de exercícios futuros;
        d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, reservas de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados.
        § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.
Equação Fundamental do Patrimônio, Estados Patrimoniais e Representação Gráfica dos Estados Patrimo​niais.
A equação do Patrimônio é A - P = PL, onde:
A = Ativo;
P = Passivo;
PL = Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida).
Situação Líquida superavitária - ocorre quando o PL > 0, ou seja, A > P.
	Ativo
	Passivo
	
	Patrimônio Líquido
Situação Líquida Nula - ocorre quando o PL = 0, ou seja, A = P. 
	Ativo
	Passivo
	
	
Situação Líquida deficitária - ocorre quando o PL < 0, ou seja, A < P.
	Ativo
	Passivo
	Patrimônio Líquido negativo
	
Exemplos de equações do Patrimônio:
Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais
Fatos contábeis são ocorrências que têm por efeito a alteração do Patrimônio, seja ela qualitativa ou quantitativa.
Diferentemente do Fatos contábeis, Atos são acontecimentos, na empresa, que NÃO ALTERAM o patrimônio como, por exemplo, garantias, custódias e cobranças de títulos de terceiros.
Os Fatos Contábeis, que são acontecimentos que ALTERAM o patrimônio da empresa, se classificam em:
permutativos (qualitativos) 	( são Fatos que somente alteram bens, direitos e obrigações como, por exemplo, a compra de mercadorias;
modificativos (quantitativos) 	( são Fatos que alteram o Patrimônio Líquido:
aumentativos (positivos) 	( são Fatos modificativos que aumentam o Patrimônio Líquido como, por exemplo, uma receita de aluguel;
diminutivos (negativos) 		( são Fatos Modificativos que diminuem o Patrimônio Líquido como, por exemplo, as despesas;
mistos 				( Fatos que, ao mesmo tempo, são permutativos e modificativos, ou seja, há troca de elemento patrimonial com lucro ou prejuízo:
aumentativos (positivos) 	( venda com lucro, por exemplo;
diminutivos (negativos)	( venda com prejuízo, por exemplo.
Exemplos:
Contas - Plano de Contas						
Conceito
Contas são elementos do patrimônio que merecem registro e controle individualizado.
Cada grupo de elementos semelhantes, integrantes do patrimônio, forma uma “conta” e nela serão registrados os aumentos e reduções de valores.
Pela diversidade de componentes do patrimônio, são utilizadas pela contabilidade inúmeras contas. Por isso, cada entidade deverá planejar as contas que lhe serão necessárias, considerando seu ramo de atividade, suas necessidades internas e transações específicas. 
À relação lógica e ordenada dos títulos das contas que serão utilizadas dá-se o nome de “Plano de Contas”.
Um plano de contas, portanto, é um conjunto de contas que representa o patrimônio por completo. Um plano de contas deve conter contas patrimoniais e contas de resultado, cada uma delas com uma respectiva explicação de sua função, do seu funcionamento, de sua abrangência e relacionada e um número de codificação.
Cada conta deve possuir o registro de seus aumentos e diminuições, bem como o seu saldo no momento. Desta maneira é possível analisar-se a situação atual e o comportamento do patrimônio no que diz respeito àquele elemento patrimonial.
Contas Patrimoniais 
Contas Patrimoniais são aquelas que ficam constantementerepresentadas no patrimônio. Um exemplo de conta Patrimonial é a conta caixa. Caixa é um elemento do patrimônio que registra o numerário disponível.
As contas patrimoniais podem ser de Ativo, Passivo e de Patrimônio Líquido.
No Ativo, encontram-se, por exemplo, as contas: caixa, mercadorias, veículos, imóveis, aplicações financeiras, etc.
No Passivo, são encontradas as contas: fornecedores, contas a pagar, empréstimos bancários, salários a pagar, etc.
No Patrimônio Líquido, entre outras, estão as contas Capital e Lucros Acumulados.
Exemplos:
Ao final de cada período de apuração (exercício), o conjunto de contas patrimoniais deve ser apresentado para identificar a situação do patrimônio da entidade naquele instante. Esta apresentação consiste em uma demonstração financeira denominada “Balanço Patrimonial”.
Contas de Resultado
Contas de Resultado são aquelas que não representam elementos constantes do patrimônio, mas somente suas alterações que, em última análise, se incorporarão ao Patrimônio Líquido.
As Contas de resultado são as receitas e despesas que, respectivamente, aumentam e diminuem o Patrimônio Líquido. Estas contas são transitórias pois ao final de um dado período o seu saldo é incorporado ao Patrimônio Líquido.
Exemplos:
Ao final de cada período de apuração (exercício), devem ser relacionadas as contas de resultado e apresentado seu comportamento durante o referido período. Esta apresentação consiste em uma demonstração financeira denominada “Demonstração do Resultado do Exercício”.
Contas unilaterais x bilaterais
As contas unilaterais são aquelas que sofrem variações apenas num sentido (somente aceitam débitos ou somente aceitam créditos). Exemplo: as contas de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas.
Contas bilaterais são as que sofrem variações nos dois sentidos (a conta aceita tanto débito quanto crédito). Exemplo: a conta caixa aceita débito pela entrada de dinheiro e crédito pela saída de dinheiro.
Contas de compensação
As contas de compensação servem para registrar “atos patrimoniais”, que não alteram o patrimônio, servem apenas como lembretes para o administrador do patrimônio de que algo poderá acontecer no futuro influenciando o patrimônio. Exemplos: registro de avais, endossos e fianças dados em nome da empresa.
Teoria das contas
Existem três teorias que tentam explicar a razão e origem da utilização das contas para o controle do patrimônio:
Teoria Personalística;
Teoria Materialística;
Teoria Patrimonialística.
Todas as teorias apresentam vantagens e desvantagens. Nenhuma delas é completa, mas, sem dúvida, em seu conjunto, muito contribuem para a compreensão de como se opera o processo contábil.
Teoria Personalística
Esta teoria vincula a conta à pessoa responsável pelos procedimentos administrativos a ela relacionados. Classificando-as em:
contas de agentes consignatários – que correspondem a todos os bens das empresas, sendo estes agentes seus funcionários e gerentes;
contas de agentes correspondentes – que correspondem aos direitos e obrigações
os direitos são identificados por agentes correspondentes de ATIVO - a débito, porque devem à empresa;
as obrigações são identificados por agentes correspondentes de PASSIVO - a crédito, porque são credores da empresa. 
contas dos proprietários.
Teoria Materialística
Esta teoria divide as contas em integrais e diferenciais.
As contas integrais, também chamadas de elementares são as que representam valores patrimoniais, sejam ativos ou passivos, excluídos apenas os que compõem a situação líquida.
As contas diferenciais, também chamadas derivadas, são as que evidenciam a situação líquida do patrimônio e suas variações (receitas, despesas e custos).
Teoria Patrimonialista
A escola patrimonialista distingue os elementos que compõem o patrimônio (estática patrimonial) dos elementos que o modificam (dinâmica patrimonial).
Com base nesta teoria surgiu uma importante classificação das contas , pela qual estas são divididas em patrimoniais (representativas do aspecto estático) e de resultado (as quais demonstram a dinâmica patrimonial).
Esta teoria reflete o pensamento contábil mais moderno quanto a classificação das contas.
Lançamentos								
Conceito
O lançamento é o registro dos fatos contábeis no plano de contas da empresa.
O registro dos fatos contábeis denomina-se escrituração. A escrituração é feita em Livros.
Livros de escrituração
A escrituração - registro dos fatos contábeis em seu conjunto é feita nos seguintes livros:
diário ( um livro que contém o registro de cada lançamento em ordem cronológica (nos permite compreender a seqüência de acontecimentos ocorridos na empresa) ;
razão ( um livro que contém o registro destes mesmos lançamentos, porém ordenados por conta (nos permite analisar o comportamento de um dado elemento patrimonial no tempo).
Diário
O Diário é um livro obrigatório para fins de escrituração contábil. A escrituração nele mantida com observância das disposições legais faz prova, a favor da empresa, dos fatos nele registrados e comprovados por documentos hábeis.
Para merecer fé, o Diário deve atender a determinadas exigências e preencher certas formalidades:
extrínsecas ( relacionadas com sua apresentação exterior;
intrínsecas ( relacionadas com a escrituração.
Formalidades extrínsecas do diário
São formalidades extrínsecas do Diário:
ser encadernado;
ter suas folhas numeradas tipograficamente;
ser registrado no Registro do Comércio ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas;
conter termos de abertura e de encerramento devidamente preenchidos e autenticados. 
A inobservância das formalidades extrínsecas invalida todo o Diário que passa a fazer prova apenas contra o contribuinte.
Formalidades intrínsecas
Constituem formalidades intrínsecas:
a utilização do idioma nacional e da moeda corrente do país;
o uso da linguagem mercantil;
a individualização e clareza dos lançamentos nele feitos;
o registro dos fatos em rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano;
a inexistência, na escrituração, de intervalos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas, ou transportes para as margens.
A inobservância das formalidades intrínsecas invalida apenas o registro ou registros onde ocorrerem.
Razão
O livro razão apresenta os mesmos lançamentos registrados no livro Diário em uma ordem diferente:
por conta contábil;
dentro de cada conta, por ordem cronológica.
A utilização do livro Razão tem por fim permitir, a qualquer hora, conhecer a composição qualitativa e quantitativa do patrimônio:
quais elementos compõem o patrimônio;
qual a expressão monetária de valor que cada um desses elementos apresenta naquele momento.
O razão tornou-se obrigatório para fins fiscais com o advento da lei 8.218/91 - para as empresas que tributarem seus resultados pela sistemática do Lucro Real.
Registro de Inventário
O Registro de inventário é livro de natureza fiscal, exigido pela legislação do imposto de renda.
Nesse livro, devem ser relacionados os estoques de matéria prima, produtos em fabricação, produtos acabados e mercadorias existentes na data de emcerramento de cada exercício social ou período-base de apuração do imposto de renda.
Outros
Há outros livros que auxiliam a Escrituração ou facilitam o processo de coleta de informações:
livro caixa;
livro contas correntes;
etc.
Há, ainda, outros livros exigidos pela legislação tributária:
Registro de entradas;
Registro de saídas;
Registro de apuração do ICMS;
Registro de apuração do IPI;
Livro de Apuração do Lucro Real;
Etc.
Elementos básicos dos lançamentos
Como os fatos contábeis podem se referir a permuta de valores entre elementos patrimoniais, aumento/diminuição do Patrimônio Líquido, ou ambos, cada lançamento deverá apresentar, no mínimo duas contas envolvidas. Umadestas contas será aquela que recebe aplicações e a outra será aquela que deu origem a estas aplicações.
Os itens básicos de cada lançamento são:
data;
conta devedora (débito);
conta credora (crédito);
valor;
histórico.
Débito / Crédito
A Contabilidade considera que cada aumento ou diminuição de qualquer elemento do patrimônio possui uma causa em um outro elemento do patrimônio, este é o cerne do sistema de débitos e créditos dos lançamentos contábeis.
O débito representa uma aplicação do patrimônio. Quando, por exemplo, se adquire um veículo para pagamento a prazo, há uma aplicação na conta veículos.
O crédito representa a origem de alguma aplicação do patrimônio. Quando se adquire um veículo a prazo, a origem da aplicação feita na conta veículos é a obrigação de se pagar um financiamento (conta financiamentos a pagar).
O valor total dos débitos portanto deve sempre ser igual ao valor do créditos.
As contas que representam o Ativo são devedoras (debitadas quando aumentam de valor, creditadas quando diminuem).
As contas do passivo são credoras (creditadas quando aumentam, debitadas quando diminuem).
Fórmulas de lançamentos
Quanto ao número de contas devedoras e credoras em um lançamento, há 4 fórmulas:
1a. fórmula ( uma conta devedora e uma conta credora;
2a. fórmula ( uma conta devedora e várias contas credoras;
3a. fórmula ( várias contas devedoras e uma conta credora;
4a. fórmula ( várias contas devedoras e várias contas credoras.
Exemplos de fatos e lançamentos contábeis
Compra de mercadorias a prazo
Descrição do fato contábil
Compra de mercadorias a prazo por R$ 8.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		estoque - mercadorias (compras)
C=	a	duplicatas a pagar			8.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Compra de mercadorias à vista
Descrição do fato contábil
Compra de mercadorias à vista por R$ 8.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		estoque - mercadorias (compras)
C=	a	caixa			8.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Pagamento de duplicata em dinheiro
Descrição do fato contábil
Pagamento de duplicata no valor de R$ 8.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		duplicatas a pagar
C=	a	caixa							8.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Pagamento de duplicata com cheque
Descrição do fato contábil
Pagamento de duplicata com cheque no valor de R$ 8.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		duplicatas a pagar
C=	a	bancos							8.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
venda de mercadorias a prazo
Descrição do fato contábil
Venda, a prazo (com emissão de duplicata), de metade das mercadorias (anteriormente adquiridas – no total – por 8.000,00), pelo preço de R$ 6.000,00. 
Obs.: para fins didáticos, com o objetivo de simplificação do registro contábil, serão desconsiderados os tributos incidentes sobre a venda.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		duplicatas a receber
C=	a	receita bruta de vendas (RBV)	6.000
D=		Custo das mercadorias vendidas (CMV)
C= 	a	Estoques				4.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
venda de mercadorias à vista
Descrição do fato contábil
Venda, à vista, de metade das mercadorias (anteriormente adquiridas – no total – por 8.000,00), pelo preço de R$ 6.000,00. 
Obs.: para fins didáticos, com o objetivo de simplificação do registro contábil, serão desconsiderados os tributos incidentes sobre a venda.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		caixa
C=	a	receita bruta de vendas (RBV)	6.000
D=		Custo das mercadorias vendidas (CMV)
C= 	a	Estoques				4.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Recebimento de duplicata
Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em dinheiro e no guichê da empresa.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		caixa							
C=	a	duplicatas a receber					6.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Recebimento de duplicata em cheque
Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em cheque.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		bancos							
C=	a	duplicatas a receber					6.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Recebimento de duplicata em dinheiro e com abatimento
Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em dinheiro, no guichê da empresa, recebendo apenas R$ 5.000,00 e concedendo um desconto de R$ 1.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		diversos
C=	a	duplicatas a receber					6.000
D=		caixa				5.000
D=		abatimentos concedidos	1.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Recebimento de duplicata em dinheiro e com encargos
Descrição do fato contábil
Liquidação de duplicata, no valor de R$ 6.000,00, em dinheiro, no guichê da empresa, recebendo os R$ 6.000,00 além de encargos no valor de R$ 1.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		caixa				7.000
C=	a	diversos
C=	a	duplicatas a receber					6.000
C=	a	encargos	1.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Desconto de duplicatas
Descrição do fato contábil
Operação de desconto de duplicatas – junto ao banco – nos seguintes termos:
duplicata de R$ 6.000,00;
com despesas bancárias no valor de R$ 1.000,00.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		diversos
C=	a	duplicatas descontadas				6.000
D=		bancos				5.000
D=		despesas bancárias 		1.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
liquidação normal da duplicata (chegada do aviso do banco) 
Descrição do fato contábil
Tendo o cliente liquidado sua duplicata diretamente no banco, este envia comunicação à empresa sobre esta liquidação e, com os valores entregues pelo cliente, quita a operação de desconto de duplicatas.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		duplicatas descontadas
C=	a	duplicatas a receber		6.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Não pagamento de duplicata descontada 
Descrição do fato contábil
Não tendo o cliente liquidado sua duplicata diretamente no banco, este envia comunicação à empresa de que esta deve arcar com o custo do desconto de duplicatas, anteriormente efetuado. Assim, o Banco cobra o valor da empresa, que segue tentando cobrar sua duplicata do cliente.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		duplicatas descontadas
C=	a	bancos				6.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Não pagamento de duplicata descontada e tentativa do banco em cobrá-la após o vencimento
Descrição do fato contábil
Não tendo o cliente liquidado sua duplicata diretamente no banco, na data do vencimento, pode ocorrer do banco (por exigência contratual) persistir na cobrança por um período adicional. Se, ao final deste período, a cobrança se revela infrutífera, o banco envia comunicação à empresa de que ela deverá arcar com o custo do desconto de duplicatas, anteriormente efetuado, e com os juros relativos ao período adicional. Assim, o Banco cobra o valor da empresa, que segue tentando cobrar sua duplicata do cliente.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
D=		duplicatas descontadas		6.000
D=		despesas com juros (juros passivos)	1.000
C=	a	bancos7.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Registro do aluguel a pagar – ao final do mês
Descrição do fato contábil
Considerando-se que a empresa tenha alugado um imóvel para sua sede, pelo valor de R$ 1.000,00 ao mês, ao final de cada mês – por ter utilizado o imóvel – surge a obrigação de pagamento do aluguel, que somente ocorrerá no dia 10 do mês seguinte.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		despesa com aluguéis
C=	a	aluguéis a pagar			1.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Pagamento do aluguel incorrido no mês anterior
Descrição do fato contábil
Considerando-se que a empresa tenha alugado um imóvel para sua sede, pelo valor de R$ 1.000,00 ao mês e que, ao final de cada mês – por ter utilizado o imóvel – surgiu a obrigação de pagamento do aluguel. No dia 10 do mês seguinte, a empresa efetua o pagamento.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		aluguéis a pagar
C=	a	caixa			1.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Pagamento adiantado de aluguéis 
Descrição do fato contábil
Considerando-se que a empresa tenha alugado um imóvel para sua sede, pelo valor de R$ 1.000,00 ao mês. A empresa pagou, adiantadamente, o valor de R$ 4.000,00, correspondente a quatro meses de aluguel.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		aluguéis adiantados
C=	a	caixa			4.000
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Registro da utilização do imóvel, cujo aluguel havia sido pago antecipadamente
Descrição do fato contábil
Considerando-se que a empresa havia alugado um imóvel para sua sede (por R$ 1.000,00 ao mês) e pago adiantadamente o valor de R$ 4.000,00 (relativo aos primeiros 4 meses). Ao final do primeiro mês deverá ser registrado o primeiro aluguel incorrido.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		despesa com aluguéis
C=	a	aluguéis adiantados			1.000,00
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Lançamentos de fechamento do exercício
Descrição do fechamento do exercício
Foi visto que as contas se classificavam entre contas patrimoniais e de resultado. As contas de resultado possuem uma existência efêmera, somente acumulam valores durante o exercício. Ao final do exercício, o saldo destas contas deve ser zerado para que este valor se incorpore ao patrimônio líquido da empresa e, assim, possa se iniciar um novo exercício.
De uma maneira didática, sem apreciação de maiores detalhes da legislação, pode-se dizer que o “fechamento do exercício” consiste em um procedimento, com vários passos, conforme a seguir apresentado.
Situação inicial
Anulação das despesas
Anulação de todas as despesas e transferência de seus valores para uma conta intermediária – denominada “apuração do resultado do exercício” – ARE;
Lançamento no diário
D=		ARE
C=	a	despesas	X
Lançamento no razão
Anulação das receitas
Anulação de todas as receitas, com a transferência de seus valores para a conta intermediária ARE.
Lançamento no diário
D=		receitas
C=	a	ARE	Y
Lançamento no razão
Transferência do resultado do exercício para o Patrimônio Líquido – no caso de lucro
Caso o valor das receitas supere o valor das despesas – LUCRO – o saldo da conta ARE será credor e será transferido para o Patrimônio Líquido da empresa (conta “Lucros e Prejuízos Acumulados” – LPA).
Lançamento no diário
D=		ARE
C=	a	LPA	Y-X
Lançamento no razão
Situação final – no caso de lucro
Transferência do resultado do exercício para o Patrimônio Líquido – no caso de prejuízo
Caso o valor das despesas supere o valor das receitas – PREJUÍZO – o saldo da conta ARE será DEVEDOR e será transferido para o Patrimônio Líquido da empresa (conta “Lucros e Prejuízos Acumulados” – LPA)
Lançamento no diário
D=		LPA
C=	a	ARE	X-Y
Lançamento no razão
Situação final – no caso de prejuízo
Compra de equipamento do ativo imobilizado
Descrição do fato contábil
Compra, pelo valor de 60.000,00, de um equipamento para uso na atividade fim da empresa. Considere que esta compra ocorreu em 01/01/200X e que o equipamento foi imediatamente posto em operação.
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		equipamentos
C=	a	caixa			60.000,00
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Utilização do equipamento por um ano
Descrição do fato contábil
Considerando-se uma vida útil de dez anos, para o equipamento, conclui-se que ele perde 10% de seu valor pelo uso no período de um ano. Assim, deve ser registrada uma “depreciação” (perda do valor do bem por uso, desgaste ou obsolescência). 
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
Lançamento no Diário
D=		despesa de depreciação
C=	a	depreciação acumulada			6.000,00
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Fechamento do exercício de 200X – após o uso do equipamento 
Considerando que a única despesa do período foi a despesa de depreciação e que não houve nenhum receita, conforme já visto anteriormente, para o fechamento do exercício de 200X, a despesa de depreciação deverá ser transferida para a conta intermediária ARE e o saldo desta deverá ser transferido para a conta de Patrimônio Líquido LPA. Assim a situação patrimonial após o fechamento do exercício será a seguinte:
Venda do equipamento, em 01/01/200X+1, por R$ 55.000,00.
Descrição do fato contábil
Após o uso do equipamento por um ano, o equipamento foi vendido pelo valor de R$ 55.000,00. 
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
a) apuração do custo do bem
D=		depreciação acumulada
C=	a	equipamentos			6.000,00
b) reconhecimento da receita não operacional de venda do equipamento
D=		caixa
C=	a	RNOP	55.000,00
c) reconhecimento do custo do bem
D=		DNOP
C=	a	equipamentos 54.000,00
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Venda do equipamento, em 01/01/200X+1, por R$ 53.000,00.
Descrição do fato contábil
Após o uso do equipamento por um ano, o equipamento foi vendido pelo valor de R$ 53.000,00. 
Situação patrimonial inicial
Lançamentos no livro diário
a) apuração do custo do bem
D=		depreciação acumulada
C=	a	equipamentos			6.000,00
b) reconhecimento da receita não operacional de venda do equipamento
D=		caixa
C=	a	RNOP	53.000,00
c) reconhecimento do custo do bem
D=		DNOP
C=	a	equipamentos 54.000,00
Lançamentos no livro razão
Situação patrimonial final
Erros de escrituração
Caso seja cometido algum erro no procedimento de escrituração, a correção deverá ser feita por meio de:
Transferência;
Estorno (parcial ou total), ou;
complementação.
Transferência
A transferência é utilizada no caso em que uma das contas envolvidas no registro tenha sido utilizada erroneamente. Seja o caso da operação de compra de um veículo a prazo, no valor de R$ 20.000,00.
lançamento correto
D =		veículos
C =	a 	contas a pagar		R$ 20.000,00.
o lançamento feito com erro foi o seguinte:
D =		veículos
C = 	a	caixa	 	R$ 20.000,00
a retificação deverá ser feita por transferência do crédito feito na conta caixa para a conta “contas a pagar”:
D = 		caixa
C = 	a 	contas a pagar		R$ 20.000,00
estorno
O estorno será usado quando ocorrer uma das situações a seguir apresentadas:
registro de valor a maior
erro de título
duplicidade de lançamento.
O estorno consiste em registrar a crédito o que havia sido erroneamente registrado a débito e vice-versa, com o objetivo de anular o lançamento errado.
O estorno pode ser totalou parcial. Veremos cada um dos casos a seguir.
O estorno total é um lançamento inverso ao anterior, seguido do lançamento correto. Seja uma operação de compra a vista de uma mercadoria no valor de 5.000,00.
o lançamento correto seria
D = 		mercadorias
C = 	a	caixa			5.000,00
o lançamento com erro foi o seguinte:
D = 		fornecedores
C = 	a 	mercadorias		5.000,00
o estorno deverá ser:
	D = 		mercadorias
C = 	a 	fornecedores		5.000,00
para, em seguida, escriturar-se o lançamento correto
D = 		mercadorias
C = 	a	caixa			5.000,00	
O estorno total, conforme pode ser observado, anula completamente o lançamento efetuado com erro para, em seguida, efetuar o lançamento correto.
 O estorno parcial é utilizado no caso de registro de valor a maior. Seja o caso de uma operação de compra de móveis, a vista, pelo valor de 45.000,00.
o lançamento correto seria:
D = 		móveis
C = 	a	caixa		45.000,00 
o lançamento com erro foi o seguinte
D = 		móveis
C = 	a 	caixa		50.000,00
o estorno deverá ser:
D= 		caixa
C = 	a 	móveis		5.000,00
complementação
A complementação é usada quando o registro é feito com valor a menor. O acerto do erro será simplesmente efetuar o mesmo lançamento anteriormente efetuado com o valor faltante. Seja a operação de pagamento de fornecedores em dinheiro no valor de 500,00.
o lançamento correto seria
D = 		fornecedores
C = 	a 	caixa			500,00
o lançamento com erro foi o seguinte
D = 		fornecedores
C = 	a 	caixa			400,00
o complemento deverá ser
D = 		fornecedores
C = 	a 	caixa			100,00
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Introdução
Serão estudadas, neste tópico da matéria, as demonstrações mais importantes do ponto de vista legal e contábil, ou seja:
balanço patrimonial;
demonstração do resultado do exercício;
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração de mutações do patrimônio líquido, e;
demonstração de origens e aplicações de recursos.
Demonstrações contábeis (financeiras)
Relatório contábil é a exposição resumida e ordenada dos principais fatos registrados pela contabilidade, em determinado período.
Entre os relatórios contábeis, os mais importantes são as demonstrações financeiras (terminologia utilizada pela lei das S/A), ou Demonstrações Contábeis (terminologia preferida pelos contadores).
Demonstrações exigidas pela lei das S/A
A lei das S/A estabelece que ao fim de cada exercício social (ano), a diretoria fará elaborar, com base na escrituração contábil, as seguintes demonstrações financeiras:
balanço patrimonial;
demonstração do resultado do exercício (anteriormente denominada demonstração de lucros e perdas);
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados;
demonstração de origens e aplicações de recursos.
Notas explicativas
Para complementar dados das demonstrações relacionadas, existem as notas explicativas que, na verdade, não são demonstrações financeiras, servem apenas para complementá-las.
Exercício social
O exercício social tem a duração de um ano, não havendo necessidade de coincidir com o ano civil (01/01 a 31/12), embora na maioria das vezes, assim aconteça. Os proprietários da empresa definirão a data do término de exercício social, que não deverá ser alterada, a não ser em condições supervenientes. 
Empresas limitadas
Pela legislação do Imposto de Renda, as Sociedades Por Quotas de Responsabilidade Limitada devem seguir parte dos dispositivos da Lei das Sociedades por ações. Embora não seja necessária a publicação das demonstrações Financeiras por parte destas empresas, estas devem estruturar suas demonstrações nos moldes da lei das S/A de forma a atender às exigências de legislação tributária. Neste caso, somente a demonstração de origens e aplicações de recursos não é exigida.
Balanço patrimonial
O balanço patrimonial reflete a posição das contas patrimoniais em determinado momento, normalmente ao fim do ano ou exercício.
O balanço patrimonial (conhecido pela sigla BP) é constituído por duas colunas:
a coluna do lado esquerdo é denominada ativo;
a coluna do lado direito é denominada passivo e patrimônio líquido.
	Balanço patrimonial
	Ativo
	Passivo
	Lado esquerdo
	Lado direito
Ativo
O ativo representa todos os bens e direitos de propriedade da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa.
Bens – máquinas, terrenos, estoques, dinheiro, ferramentas, veículos, instalações, etc.
Direitos – contas a receber, duplicatas a receber, títulos a receber, ações, títulos de crédito, etc.
Se o bem ou direito não for de propriedade da empresa, normalmente não constará no seu ativo. O arrendamento mercantil (leasing) de uma máquina por uma empresa que paga contraprestações mensais, via de regra, não se considera ATIVO pois, apesar de estar dentro da empresa, não é propriedade da mesma.
Para ser ativo, é necessário que qualquer item preencha quatro requisitos simultâneos:
constituir bem ou direito para a empresa;
ser de propriedade da empresa;
ser mensurável monetariamente;
trazer benefícios, presentes ou futuros.
O ativo é conhecido como patrimônio bruto ou total das aplicações ou, ainda, total dos investimentos da empresa.
Passivo
Simplificadamente, o passivo evidencia toda a obrigação (dívida) que a empresa tem com terceiros:
contas a pagar;
fornecedores de matéria-prima (a prazo);
impostos a pagar;
financiamentos;
empréstimos, etc.
O passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma. Por isso, é mais adequado denominá-lo passivo exigível. Outras denominações usuais para este grupo patrimonial são passivo real ou capital de terceiros.
Patrimônio líquido
O patrimônio líquido evidencia os recursos dos proprietários aplicados no empreendimento. O investimento inicial dos proprietários (a primeira aplicação) é denominado, contabilmente Capital. Se houver outras aplicações por parte dos proprietários (acionistas – no caso de S.A – sócios – no caso de LTDA), estas constituirão acréscimo de capital.
O patrimônio líquido também é acrescido dos resultados obtidos pela empresa em suas atividades. Estes resultados (lucros ou prejuízos) irão compor as contas de patrimônio líquido:
lucros ou prejuízos acumulados;
reservas de lucros.
Na verdade, tanto o passivo quanto o patrimônio líquido são obrigações da empresa. O passivo exigível constitui obrigação da empresa para com terceiros enquanto o PL constitui obrigação da empresa para com seus sócios. O PL, no entanto, é conhecido como passivo não exigível pois, por disposição de lei, o mesmo não pode ser exigido pelos seus sócios a não ser quando da dissolução da empresa ou da saída do sócio. Desta forma, por não ser exigível, o PL é conhecido por capital próprio.
Algebricamente é bastante fácil encontrar o PL, basta subtrair do ativo (bens + direitos) as dívidas da empresa, ou seja, o passivo (exigível).
Então:
	ATIVO- PASSIVO=PATRIMÔNIO LÍQUIDO
O termo “passivo” segundo a lei das S/A
Pela lei das S/A, o termo passivo possui conceito amplo, pois abrange todo o lado direito do balanço patrimonial. Assim, nas demonstrações financeiras publicadas, observa-se que o balanço patrimonial evidencia em seu cabeçalho apenas os termos ATIVO e PASSIVO.
Todavia, a rigor, passivo tem conotação de obrigações exigíveis, dessa forma, o patrimônio líquido fica (de maneira não adequada) classificado como subgrupo do passivo.
Origens e aplicações 
O lado do passivo, tanto o capital de terceiros (passivo exigível) como o capital próprio (patrimônio líquido), representa toda a fonte de recursos, toda a origem de capital. Em outras palavras, nenhum recursos entra na empresa se não for via passivo ou patrimônio líquido.
O lado do ativo é caracterizado pela aplicação dos recursos captados via passivo e patrimôniolíquido.
Assim, se uma empresa tomar emprestado recursos de uma instituição financeira (bancos, por exemplo), haverá uma origem de recursos – passivo. Todavia, esses recursos originados serão aplicados em algum lugar. Tais recursos se tornarão bens ou direitos, portanto serão aplicados no ativo (estoques, máquinas, etc.).
Dessa forma, fica bastante simples entender porque o ativo será sempre igual ao passivo (mais propriamente à soma do passivo com o patrimônio líquido). A empresa somente pode aplicar aquilo que tem origem e todo recurso originado para a empresa deverá ser aplicado em alguma coisa.
Explicação da expressão balanço patrimonial
A expressão balanço decorre do equilíbrio: ATIVO = PASSIVO + PL ou da igualdade ORIGENS = APLICAÇÕES. A expressão balanço patrimonial decorre da idéia de equilíbrio do patrimônio (equilíbrio este existente entre origens e aplicações). 
Grupo de contas do balanço patrimonial
Grupo de contas do ativo
O ativo está disposto em grupos de contas homogêneas ou de mesma características. Os itens do ativo são agrupados de acordo com a sua liquidez, isto é, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidos em dinheiro.
No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos nelas registradas e agrupadas nos seguintes grupos:
Ativo Circulante;
Ativo Realizável a Longo Prazo;
Ativo Permanente:
investimentos;
imobilizado;
diferido.
Na tabela a seguir encontra-se resumo das contas contábeis constantes do ativo de uma empresa, juntamente com breve descrição de sua função.
Grupo de contas do passivo, resultados de exercícios futuros e patrimônio líquido.
O passivo agrupa contas de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais rapidamente integram um primeiro grupo. Aquelas que serão pagas num prazo mais longo formam outro grupo.
Existe analogia entre passivo e ativo em termos de liquidez decrescente; por um lado, no ativo aparecem as contas que se converterão mais rapidamente em dinheiro e, por outro lado, no passivo, são destacadas, prioritariamente as contas que devem ser pagas primeiro.
São classificadas como resultados de exercícios futuros as receitas de exercícios futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. Devem compor este grupo as receitas recebidas ou faturadas antecipadamente que não corram o risco de devolução por parte da empresa, tais como aluguel recebido antecipadamente (com cláusula de não reembolso).
Os adiantamentos com risco de devolução devem ser registrados no passivo circulante ou exigível a longo prazo.
Na tabela abaixo, encontra-se resumo das contas contábeis constantes do Passivo, Resultado de Exercícios Futuros e Patrimônio Líquido de uma empresa, juntamente com breve descrição de sua função.
Demonstração de resultados do exercício
Acima, foram estudadas as contas patrimoniais da empresa – no Balanço Patrimonial. Lá constavam os bens, direitos e obrigações do patrimônio, EM UM DADO MOMENTO, ESPECÍFICO. Porém, para um conhecimento profundo da situação do patrimônio, não basta saber sua composição momentânea, mas também sua EVOLUÇÃO NO TEMPO.
O registro da evolução do patrimônio no tempo, conforme já foi visto, é registrado em contas de resultado – RECEITAS e DESPESAS, que mostram, respectivamente, os aumentos e reduções no patrimônio, cujo saldo, no período, é denominado de lucro líquido.
A Demonstração do Resultado do Exercício é a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela empresa, durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período.
O art. 187 da Lei das S/A estabelece a ordem de apresentação das receitas, custos e despesas, nessa demonstração, para fins de publicação.
Na determinação do resultado do exercício serão computados:
as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda;
os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
O objetivo básico da Demonstração do Resultado do Exercício é fornecer aos usuários das demonstrações financeiras da empresa, como já indicado, os dados básicos e essenciais da formação do resultado do exercício.
Componentes do DRE
Faturamento bruto
(-) IPI faturado
(=) Receita Bruta de Vendas de Mercadorias, Produtos e/ou Serviços
(-) vendas canceladas
(-) abatimentos concedidos e descontos incondicionais
(-) impostos e contribuições incidentes sobre vendas e serviços 
(=) Receita Líquida de Vendas
(-) Custo das Mercadorias ou produtos vendidos e/ou serviços prestados
(=) Resultado Bruto (se positivo, lucro bruto)
(-) despesas operacionais
	despesas com vendas
	despesas gerais e administrativas
	despesas financeiras
	outras despesas operacionais
(-) Resultados negativos em participações societárias
(-) Variações monetárias passivas
(+) Receitas financeiras
(+) Resultados positivos em participações societárias
(+) Variações monetárias ativas
(+) Outras receitas operacionais
(=) Resultado operacional (se positivo, lucro operacional)
(-) Despesas não operacionais
(+) Receitas não operacionais
(=) Resultado do período base antes da Contribuição Social e o Imposto de Renda
(-) Contribuição Social sobre o lucro
(-) Provisão para o Imposto de Renda
(=) Lucro Líquido do período antes das participações
(-) Participações de debenturistas
(-) Participações de empregados
(-) Participações de administradores
(-) Participações de partes beneficiárias
(-) Contribuição para fundos de assistência e previdência social dos empregados
(=) Lucro líquido do período base
(/ ) Número de ações
(=) Lucro líquido por ação
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
Já vimos o balanço patrimonial – com os bens, direitos e obrigações do patrimônio em determinado momento (no início e no final do exercício). Vimos, também, a demonstração do resultado do exercício, que evidencia os aumentos e reduções do patrimônio em um determinado intervalo de tempo (o exercício). Ocorre que os aumentos e reduções do patrimônio implicam a modificação da quantidade de seus bens, direitos e obrigações. Ou seja, o lucro líquido deve se agregar ao patrimônio ou ser distribuído aos sócios.
Apenas uma parte do lucro líquido é distribuída para os proprietários da empresa, em forma de dividendos. A maior parcela, normalmente, é retida na empresa e reinvestida no negócio.
A Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados funciona como o “elo de ligação” entre a DRE e o BP. Esta demonstração vem a ser a transcrição ordenada e sintética da movimentação sofrida por uma conta, durante o exercício. Ela, simplesmente, evidencia a evolução do saldo acumulado dos resultados da entidade.
Essa demonstração, regulamentada pelo artigo 186 da lei das S/A, discriminará:
I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; (a correção monetária foi extinta pela lei 9.249/95, a partir de 01/01/96)
II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao final do período.
Encerra-se a DRE com a apuração do lucro líquido. Em seguida, transporta-se o lucro líquido para a Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. Após a destinação do lucro líquido, o que fica retido é transportado para o balanço patrimonial, no grupo patrimônio líquido.
Estrutura da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados
(+/-) saldo do início do exercício
(+/-) ajustes de exercícios anteriores
	efeitos na mudança de critérios contábeis
	retificação de erros de exercícios anteriores
(=) saldo ajustado
(+/-) lucro (ou prejuízo) líquido do exercício após a provisão para o IR(+) reversões e transferências de reservas
	de contingências
	de lucros a realizar
	de lucros para expansão
	reservas especiais para pagamento de dividendos
	reservas de reavaliação
	reservas de capital
(=) saldo à disposição da AGO
(-) proposta da administração de destinação dos lucros:
	transferências para reservas
		reserva legal
		reservas estatutárias
		reservas para contingências
		reservas para plano de investimentos
		reservas de lucros a realizar
		reserva especial para pagamento de dividendos
	dividendos a distribuir
		dividendo por ação do capital social
	parcela dos lucros incorporada ao capital
(=) saldo no encerramento do exercício
Demonstração de mutações do patrimônio líquido
A lei das S/A tornou obrigatória a Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, permitindo, no entanto, que seus dados sejam incluídos na Demonstração das mutações do Patrimônio líquido. Nesse caso, as companhias ficam desobrigadas de elaboração e publicação da primeira demonstração, posto que a segunda a compreende e tem maior abrangência.
Já a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que todas as companhias abertas elaborem e publiquem a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Nela, as contas componentes do Patrimônio Líquido podem ser agrupadas, devendo essa circunstância ser indicada nas Notas Explicativas.
Por incluir todo o grupo “patrimônio líquido”, essa demonstração evidencia as alterações sofridas em um período pelo capital próprio da empresa, tais como:
alterações do capital social: integralizações, incorporações ou reduções;
resultado obtido e sua destinação;
formação e utilização de reservas;
realização de reservas de reavaliação;
ajustes de exercícios anteriores, etc.
Forma da demonstração
A demonstração das mutações do patrimônio líquido tem forma e conteúdo bastante semelhantes aos da Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, incluirá também várias colunas verticais, nas quais serão especificadas as alterações de cada uma das contas componentes do patrimônio líquido.
Essas colunas deverão manter a mesma ordem recomendada pela lei da S/A para a apresentação do grupo no Balanço Patrimonial: 
capital;
reservas de capital;
reservas de reavaliação;
reservas de lucro;
lucros ou prejuízos acumulados.
A demonstração terá a forma a seguir, com tantas colunas quantas sejam necessárias para que todas as contas representativas do capital próprio sejam incluídas. Em nosso exemplo, trabalharemos com um número reduzido, por razões didáticas.
�
	demonstração das mutações do patrimônio líquido
	período de __/ __/ __ a __/ __/ __
	
	capital
	Reservas
	lucros ou prejuízos acumulados
	
	
	capital
	Reavaliação
	lucro
	
	saldo no início do exercício
	
	
	
	
	
	Ajustes de exercícios anteriores
	
	
	
	
	
	Aumento de capital por subscrição
	
	
	
	
	
	Formação de reservas de capital
	
	
	
	
	
	Formação de reservas de reavaliação
	
	
	
	
	
	Reversões de reservas
	
	
	
	
	
	Resultado do exercício
	
	
	
	
	
	Saldo à disposição da assembléia
	
	
	
	
	
	Destinações para reservas de lucros 
	
	
	
	
	
	Dividendos
	
	
	
	
	
	Incorporação ao capital
	
	
	
	
	
	saldo no final do exercício
	
	
	
	
	
 Página � PAGE �96� de � NUMPAGES �105�
_1153463690.xls
Plan1
		capital										caixa										estoque
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$50,000.00		si				si		$25,000.00								si		$4,000.00
		
		
		
		
		duplicatas a pagar										bancos										duplicatas a receber
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$8,000.00		si				si		$30,000.00		$6,000.00		* 1				si		$6,000.00
												sf		$24,000.00
		
		
		
		Receita bruta de vendas (RBV)										Custo da mercadoria vendida (CMV)										despesas bancárias
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$6,000.00		si				si		$4,000.00								si		$1,000.00
		
		
		
		
		duplicatas descontadas
		débitos				créditos
		* 1		$6,000.00		$6,000.00		si
_1153465924.xls
Plan1
		Ativo				Passivo
		caixa		$46,000.00
		aluguéis adiantados		$4,000.00
		
		
						Patrimônio Líquido
						capital		$50,000.00
		
		
		
		Despesas				Receitas
_1153468061.xls
Plan1
		capital										caixa										despesas
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						?		si				si		?								si		X		X		* 1
																						sf		0.0
		
		
		
		
		
		
		receitas										ARE										LPA
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
		* 2		Y		Y		si				* 1		X		Y		* 2				* 3		X-Y
												s		X-Y		X-Y		* 3
_1153468916.xls
Plan1
		capital										caixa										equipamentos
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$500,000.00		si				si		$500,000.00		$60,000.00		* 1				* 1		$60,000.00
												sf		$440,000.00
		
		
		
		
		
		
		receitas										ARE
		débitos				créditos						débitos				créditos
						Y		si				* 1		X
_1153469318.xls
Plan1
		Ativo				Passivo
		caixa		$440,000.00
		
		equipamentos		$60,000.00
		(-) depreciação acumulada		$(6,000.00)
						Patrimônio Líquido
						capital		$500,000.00
		
						LPA		$(6,000.00)
		
		Despesas				Receitas
_1153469323.xls
Plan1
		Ativo				Passivo
		caixa		$440,000.00
		
		equipamentos		$60,000.00
		(-) depreciação acumulada		$(6,000.00)
						Patrimônio Líquido
						capital		$500,000.00
		
						LPA		$(6,000.00)
		
		Despesas				Receitas
_1153470270.xls
Plan1
		Ativo				Passivo
		caixa		$495,000.00
		
		
		
						Patrimônio Líquido
						capital		$500,000.00
		
						LPA		$(6,000.00)
		
		Despesas				Receitas
		DNOP		$54,000.00		RNOP		$55,000.00
_1153470453.xls
Plan1
		capital										caixa										equipamentos
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$500,000.00		si				si		$440,000.00								si		$60,000.00		$6,000.00		1.a
												1.b		$53,000.00								s´		$54,000.00		$54,000.00		1.c
												SF		$493,000.00
		
		LPA										depreciação acumulada										RNOP
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
		si		$6,000.00								1.a		$6,000.00		$6,000.00		si								$53,000.00		1.b
		
		
		
		DNOP
		débitos				créditos
		1.c		$54,000.00
_1205587229.xls
Plan1
		Ativo				passivo		Obs.:
		Bens e direitos		=		Obrigações + P.L.		A=P+PL		Situação líquida positiva - A > P
		
		Bens e direitos		=		Obrigações		A=P		Situação líquida nula (compensada) - PL = 0
		
		Bens e direitos		<		Obrigações		A=P-PL		Passivo a descoberto-Situação negativa (deficitária) - A < P
		
		Bens e direitos		=		P.L.		A=PL		A empresa não tem passivo exigível - P = 0
		
		Bens e direitos = 0		<		Obrigações		A=0		Passivo a descoberto-A empresa não tem bens nem direitos
_1205587997.xls
Plan1
		capital										bancos										estoque
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$50,000.00		si				si		$25,000.00								si		$4,000.00
		
		
		
		
		
		
		
		duplicatas a pagar										caixa										duplicatas a receber
		débitos				créditos						débitos				créditos						débitos				créditos
						$8,000.00		si				si		$25,000.00								si		$6,000.00		$6,000.00		* 1
												* 1		$7,000.00
												sf		$32,000.00
		
		
		
		
		
		Receita

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