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Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 18/09/2017 Curso: Engenharia Mecânica Série: 9º/ 10º Semestre PROJETOS MECÂNICOS Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos Segunda 19:00 às 20:40 Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 2 Chavetas Definição de chaveta : uma parte de maquinaria desmontável que, quando colocada em assentos, representa um meio de transmitir torque entre o eixo e o cubo [1]. Introdução 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 3 Chavetas Chavetas Normas Tipo de chaveta ANSI DIN NBR Paralela / Plana B17.1-1967 DIN 6885 NBR 6375 Inclinada / Cônica B17.1-1967 DIN 6886 NBR 6417 Inclinada c/ cabeça B17.1-1967 DIN 6887 NBR 6417 Tangencial - DIN 271 NBR 10117 Meia lua B17.2-1967 DIN 6888 NBR 5855 Referência [1] [2] [3] [3] 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 4 Chavetas Chavetas Chaveta paralela [1] • Uma chaveta paralela é de seção transversal quadrada ou retangular e de altura e largura constantes ao longo do seu comprimento. • De maneira geral, são barras padronizadas laminadas a frio com “tolerância negativa”. • O ajuste da chaveta exige cuidado sobretudo quando os carregamentos são alternados. 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 5 Chavetas Chavetas Reprodução parcial da norma ANSI B17.1 [1] Chaveta paralela 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 6 Chavetas Chavetas Chaveta paralela Reprodução parcial da norma DIN 6885 [2] 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 7 Chavetas Chavetas Chaveta paralela Reprodução parcial da norma DIN 6885 [2] 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 8 Chavetas Chavetas Chaveta cônicas (Tapered Keys) [1] • Uma chaveta afunilada (cônica) é de largura constante, mas sua altura varia com um afunilamento linear de 1/8 in por ft (1:100) e é empurrada em um rasgo cônico no cubo até que fica travada. Ela pode não ter cabeça ou ter uma cabeça com formato de quilha para facilitar a remoção • A largura é em função do diâmetro do eixo Tabela 10-2. • A conicidade (afunilamento) e o tamanho da cabeça de quilha são padronizados. • A conicidade é para o travamento. • A cabeça de quilha é opcional. Para facilitar desmontagem. 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 9 Chavetas Chavetas Chaveta Woodruff (meia-lua) [2] • Uma chaveta Woodruff é semicircular plana e com largura constante. Ela é montada em um assento de chaveta fresado no eixo com um cortador circular padrão. • Elas são auto alinhantes, portanto são preferidas para eixos afunilados. • A largura é em função do diâmetro do eixo Tabela 10-2. • As outras dimensões são definidas na padronização da ANSI (Tabela 10-3). 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 10 Chavetas Chavetas Chaveta Woodruff (meia-lua) Reprodução parcial da norma ANSI B17.2 [1] 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 11 Chavetas Chavetas Chaveta Woodruff (meia-lua) Reprodução parcial da norma DIN 6888 [1] 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 12 Chavetas Chavetas Tensões em chavetas [1] Falha por cisalhamento • A tensão média devido ao cisalhamento é definida por: 𝝉𝒙𝒚 = 𝑭 𝑨𝒄𝒊𝒔 Onde: 𝑭: força aplicada 𝑨𝒄𝒊𝒔: área de cisalhamento sendo cortada 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 13 Chavetas Chavetas Tensões em chavetas [1] Falha por esmagamento (compressão) • A tensão média de compressão é definida por: 𝝈𝒙 = 𝑭 𝑨𝒆𝒔𝒎 Onde: 𝑭: força aplicada 𝑨𝒆𝒔𝒎: área de compressão 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 14 Chavetas Chavetas Materiais para chavetas [1] • Devido ao fato de as chavetas serem carregadas em cisalhamento, são usados materiais dúcteis. • Aço brando de baixo carbono é a escolha mais comum, exceto se um ambiente corrosivo exigir uma chaveta de aço inoxidável ou de latão. • Chavetas retangulares ou quadradas frequentemente são feitas de barras padronizadas de laminação a frio e meramente cortadas ao tamanho. 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 15 Chavetas Chavetas Um eixo de aço UNS G10350, tratado termicamente para uma resistência ao escoamento mínima de 75 kpsi (517 N/mm2), tem um diâmetro de 1 7 16 in (36,5 mm). O eixo roda a 600 rpm e transmite 40 hp (29828 W) por uma engrenagem. Selecione uma chaveta apropriada para essa engrenagem. Exercício 1 [4] Solução: Uma chaveta quadrada de 9,5 mm é selecionada. O projeto será baseado em resistência ao escoamento de 448 N/mm2. Um fator de segurança de 2,8 será empregado na ausência de informação exata acerca da natureza da carga. 1) O torque é obtido pela equação de potência: 2) A força na superfície do eixo será: 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 16 Chavetas Chavetas Exercício 1 [4] 4) A falha por cisalhamento através da área ab criará uma tensão de t = F/(tl). Substituindo a resistência dividida pelo fator de segurança, obtemos: 5) Para resistir ao esmagamento, a área de uma metade da face da chaveta é usada: 3) Pela teoria da energia de distorção, a resistência ao cisalhamento é: 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 17 Chavetas Chavetas Exercício 2 [2] O eixo-árvore de uma máquina possui diâmetro d = 20mm, o seu material é o ABNT 1050 (st60.11), irá transmitir uma potência P=3kW (~4cv), girando com rotação n = 1730 rpm, por meio de engrenagem chavetada ao eixo. Dimensionar chaveta para a transmissão (DIN 6885). Solução: Por meio da norma DIN 6885 (chaveta plana), encontram-se os seguintes valores: deixo = 20 mm => b = 6 mm; h = 6 mm; t1 = 3,5 mm O materail especificado na norma é o St60 (ABNT 1050) e as tensões admissíveis indicadas são: t = 60 N/mm2 (Tensão admissível ao cisalhamento); sd = 100 N/mm 2 (Pressão média de contato). 1) Torque na árvore: 2) Força tangencial no raio externo: 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 18 Chavetas Chavetas Exercício 2 [2] 3) Dimensionamento do comprimento da chaveta: 3.1) Com relação ao cisalhamento: 3.2) Com relação à pressão de contato (esmagamento): 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 19 Chavetas Chavetas Exercício 2 [2] O comprimento mínimo da chaveta será lmin = , pois Acima de qualquer valor pode ser utilizado. Por questão de estabilidade entre a árvore e o cubo da engrenagem, adota-se o comprimento da chaveta com o mesmo comprimento do cubo. Então fica a pergunta: - Por que determinar o comprimento da chaveta se ela terá, em princípio, o mesmo comprimento du cubo? 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 20 Chavetas Chavetas Exercício 3 A polia emferro fundido da figura deve ser fixada ao eixo por meio de uma união chavetada. Considere a variação do torque aplicado conforme o gráfico abaixo. Dimensione a união. 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 21 Chavetas Chavetas Exercício 3 Solução: Propriedade do material: padm = 40 MPa As chavetas são dimensionadas para o torque máximo nominal => Tmáx = 200 Nm Chaveta DIN 6885 com d = 35 mm => chaveta 10 x 8 b = 10 mm; h = 8 mm; h1 = 5 mm (profundidade do rasgo no eixo) lmin = 22 mm; lmax = 110 mm 1) Dimensionamento pelo critério do esmagamento: 2) Verificações: 3) Escolha do material da chaveta pelo critério de cisalhamento e admitindo l = 70 mm: 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos Aula 6 – Montagem de componentes nos eixos 22 Bibliografia Bibliografia Básica [1] NORTON, Robert L., Projeto de Máquinas – Uma abordagem integrada, Porto Alegre: Bookmann, 2013. [2] MELCONIAN, S, Fundamentos De Elementos De Máquinas: Transmissões, Fixações E Amortecimento. São Paulo: Saraiva, 2014. [3] CUNHA, Lamartine. – Elementos de Máquinas – Rio de Janeiro – Editora LTC – 2009. [4] BUDYNAS, R. G.; NISBETT J. K. Elementos de Máquinas de Shigley – Projeto de engenharia mecánica. Porto Alegre: Bookman, 2011. 18/09/2017 2017-PM_Aula06_MontCompEixos
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