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Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 16 4. EIXOS, ÁRVORES E ACESSÓRIOS 4.1 Introdução Eixos são elementos de máquinas que têm função de suporte de outros componentes mecânicos e não transmitem potência. As árvores, além de suporte, transmitem potência. Geralmente, na prática, usa-se apenas o termo eixo para denominar estes componentes. Os materiais mais utilizados na fabricação de eixos e árvores são (DIN 1611 e DIN17210): Aços-carbono: ABNT 1025 (St42,11) – 1035 (St50,11) ABNT 1045 (St60,11) – 1060 (St70,11) Aço-liga: ABNT 4120 (20 Mn Cr4) – 4130 (25 Mo Cr4) – 6150 (50 Cr V4) Os esforços atuantes em eixos e árvores são: Momento fletor, momento torçor, força cortante e força axial (estáticos e/ou cíclicos). Caso mais comum: Árvore transmitindo potência em regime. Torque constante: Tensão cisalhante média (τm) Flexão alternada: Tensão normal alternada (σa) com σm = 0. Caso mais geral: Árvore transmitindo potência com esforços variáveis. Momento fletor: Tensão normal - σa e σm ≠ 0. Momento torçor (T): Tensão cisalhante - τa e τm ≠ 0. Força axial: Tensão normal - σa e σm ≠ 0. Os critérios de dimensionamento dos eixos e árvores são: Resistência - Deflexão lateral e angular - velocidade crítica 4.2 Análise de tensões atuantes em eixos e árvores Potência (P) transmitida pela árvore: P = T.w [W] = [N.m][rad/s] P = F.v [W] = [N]. [m/s] w = velocidade angular - v = Velocidade tangencial Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 17 Conversão de unidades de potência: 1 HP = 745,7 W = 0,745 kW 1 CV = 735,5 W = 0,7355 kW Tensões atuantes em eixos e árvores com seção transversal circular e com diâmetro (d). Flexão – Momento fletor (Ma e Mm) – Provocam tensão normal σa e σm 3 32 d Mk afa πσ = (4.1) 3 32 d Mk mtm πσ = Torção - Momento torçor (Ta e Tm) – Provocam tensão cisalhante τa e τm 3 16 d Tk afa S πτ = (4.2) 3 16 d Tk mfm m πτ = Força Axial 2 4 d FK mfm πσ = (4.3) 4.3 Dimensionamento de árvores baseando-se na resistência O objetivo deste dimensionamento consiste em determinar o diâmetro mínimo necessário à árvore para que ela suporte os esforços atuantes. 4.3.1) Caso I: Flexão alternada simétrica e torção constante Árvore transmitindo potência em regime: Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 18 Torque constante - Tm≠0 - Tensão cisalhante média distinta de zero (τm ≠ 0 e τa = 0). Flexão alternada - Ma≠0 -Tensão normal alternada distinta de zero (σa ≠ 0 e σm = 0). Cálculo do diâmetro (d) da árvore: 3 1 2 1 2 20 2 4 332 + = , . σπ m mF e a F TK S MKFSd (4.4) 4.3.2) Caso II: Flexão e torção flutuantes Árvore transmitindo potência com variações no momento fletor e no torque, além da presença de forças axiais: Torque variável - Tensões cisalhantes distintas de zero (τm ≠ 0 e τa ≠ 0). Flexão alternada - Tensões normais distintas de zero (σa ≠ 0 e σm ≠ 0). Força Axial – Tensões normais distintas de zero (caso mais comum somente a componente média é distinta de zero). Determinação do diâmetro (d) da árvore: i) Determinar separadamente todos os valores de tensões médias e de tensões alternadas. ii) Calcular as tensões equivalentes de von Mises (σ’a e σ’m). 222 3 xyayaxayaxaa τσσσσσ +−+=′ (4.5) 222 3 xymymxmymxmm τσσσσσ +−+=′ iii) Usar as tensões as tensões equivalentes de von Mises (σ’a e σ’m) no diagrama de Goodman (Equação 3.5a – página 18). iv) Para os casos onde a força axial é nula e relação entre tensão alternada e tensão média for constante (σ’a÷σ’m = CTE), o diâmetro (d) pode ser deduzido da Equação de Goodman: Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 19 ( ) ( ) ( ) ( ) 3 1 2222 4 3 4 3 32 + + + = R mfsmmfm e afsaf TKMK S TKMKFSd σπ . Eq. (4.6) 4.4 Dimensionamento de árvores baseando-se na deflexão A árvore é uma viga de secção transversal circular que sofre deflexão transversal. A árvore também é uma barra de torção que sofre deflexão angular. Ambos os modos de deflexão devem ser analisados! 4.4.1) Deflexão Transversal de Árvores (δ) Deve-se determinar a equação da linha elástica do eixo/árvore: I = Momento de inércia da seção transversal, C1 e C2 são constantes de integração. Estas constantes são determinadas em função das condições de contorno do problema. θd é a declividade. EI M dx yd = 2 2 21 CxCdxEI M ++= ∫∫δ (4.7) 1CdxEI M d += ∫θ Em livros de resistência dos materiais existem vários casos resolvidos, com os valores da deflexão transversal (δ) e da declividade (θd) calculados. Exemplo: Resistência dos Materiais, F. P. Beer, E. Russel and Johston, Editora Makron, 3. Edição – Pág 1198, apêndice D: Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 20 Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 21 4.4.2) Deflexão Angular de Árvores (θ) A deflexão angular em árvores ocorre devido ao torque aplicado (T). L é o comprimento da árvore, G é o módulo de elasticidade transversal e J é o momento polar de inércia da seção transversal GJ TL=θ (4.8) A constante elástica torsional (Kt) pode ser obtida através da Eq. (4.8): L GJTKt == θ (4.9) Em árvores escalonadas com várias seções transversais, tem-se: ++=++= n n n J L J L J L G T 2 2 1 1 21 θθθθ (4.10) 4.5 Dimensionamento de árvores baseando-se na velocidade crítica Todos os sistemas mecânicos apresentam uma série de freqüências naturais, nas quais eles vibram com amplitudes elevadas. Os eixos e árvores rotativos giram com velocidades angulares e em conseqüência apresentam deflexões laterais e angulares, como visto anteriormente. Os eixos e árvores submetidos a carregamentos externos irão vibrar nesta freqüência externa de excitação. Ao contrário, se um eixo for submetido a uma pancada (carregamento transiente) ele irá vibrar em sua freqüência natural, caracterizando uma vibração livre. Esta vibração livre tende a se anular com o tempo devido ao amortecimento do sistema. Se a excitação externa (carregamento externo, rotações, etc) for mantido, o eixo e/ou árvores vibrarão nesta freqüência forçada. Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 22 Se a freqüência forçada coincidir com uma das freqüências naturais do sistema (ou do eixo), a amplitude de vibração poderá atingir valores muito elevados e poderá provocar a sua falha. Diz-se que o sistema entrou em ressonância. As freqüências naturais (ωn, fn ou nc) podem ser calculadas pelas expressões: máx n g m k δω == [rad/s] máx n g m kf δππ 2 1 2 1 == [Hz] (4.11) máx c g m kn δππ 3030 == [rpm] K = Constante de elasticidade ou de rigidez do sistema; (K = W/ δmáx); W = m.g; m = massa; g = Aceleração da gravidade (9,81 m/s2); δmáx = flecha provocada pelo peso (W). Veja figura abaixo δmáx Peso W As freqüências naturais são propriedades físicas do sistema mecânico (eixo, árvore), que uma vez construído, manterá sempre as mesmas, a não ser que sua massa ou sua constante de elasticidade mude ao longo de sua vida útil. As equações (4.11) definem as freqüências naturais de sistemas não amortecidos. Os amortecimentos reduzem estes valores de freqüências naturais. Eixos, árvores,engrenagens Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 23 possuem amortecimentos característicos. Porém, os valores de freqüências naturais não amortecidas podem ser usados com uma pequena margem de erro. As freqüências das excitações externas de eixos e árvores devem ser mantidas abaixo da primeira freqüência natural, com uma margem de segurança. Em outras palavras, a rotação máxima de uma árvore deve ser de 3 a 4 vezes inferior à sua freqüência natural Vibração Lateral de Eixos e Árvores – Método de Rayleigh: Este método permite uma determinação aproximada do valor real das freqüências naturais de eixos e árvores. Como exemplo considere uma árvore com várias massas (mi - engrenagens, polias, etc.), cada uma provocando uma deflexão (δi), como mostrado na figura abaixo. W3 W1 δ3 δ1 W2 δ2 As freqüências naturais podem ser calculadas pelas Equações (4.12) ∑ ∑ ∑ ∑ = = = = == n i ii n i ii n i ii n i ii n W W g m m g 1 2 1 1 2 1 δ δ δ δω (4.12) ∑ ∑ ∑ ∑ = = = = == n i ii n i ii n i ii n i ii c W W g m m gn 1 2 1 1 2 130 δ δ δ δ π Velocidade Crítica para eixos e árvores somente com peso próprio: δmáx Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 24 máx c gn δ4 5= (4.13) 4.6 Chavetas As normas ASME e DIN definem chavetas como uma peça desmontável, que quando assentada a um rasgo produz a transmissão de potência (ou torque) entre a árvore e o elemento associado por esta conexão. As chavetas são normalizadas para diversos perfis e tamanhos. Tipos de Chavetas: Retas ou Planas: São as mais comuns. Possuem secção transversal retangular. Dimensões são constantes ao longo do perfil. Mais usual em aplicações com torque em um sentido único. Norma DIN 6885 Inclinadas: Possuem secção transversal retangular. Largura é constante ao longo do perfil. Altura varia linearmente com o comprimento Mais usual em aplicações com torque em um sentido único. Norma DIN 6886 Inclinada com cabeça: Norma DIN 6887 Woodruff Apresentam secção transversal circular. ou Meia lua: Tem menores fatores de concentração de tensões. Usadas em máquinas ferramentas e indústria automotiva. Usadas em árvores com d ≤ 60 mm (2 ½”). Podem ser retas ou inclinadas. Normalização ANSI – XXYY – YY=Diâmetro nominal em 1/8”; XX= Largura nominal em 1/32”. Exemplos: Chaveta 806: Diâmetro nominal = 6/8”; Largura= 8/32”. Chaveta No 1208 – diâmetro nominal = 8/8”; Larg. Nominal = 12/32”. Norma DIN 6888 – Reta Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 25 Chaveta Woodruff na árvore: Tr FT FT b h 4.6.1) Dimensionamento de chavetas A força externa atuante é a força tangencial (FT). Esta força provoca uma tensão de cisalhamento na superfície (b.l) da chaveta. bl F A F T cis T ==τ (4.14) l rFT T .= blr T=τ Torque (T) que a chaveta suporta: blrT τ= A pressão de contato entre o cubo e a chaveta provoca uma tensão de esmagamento– Eq. (4.15): ( )11 thlr T thl F A F T esm T d −=−== )(σ l (4.15) Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 26 O dimensionamento consiste em determinar o comprimento (l) ou o número necessário de chavetas. - Materiais usados em chavetas: Aços ABNT 1050 e ABNT 1060 ( st60 ou st80). Tensão de esmagamento ≈ 100 MPa; Tensão admissível ao cisalhamento ≈ 60 MPa; - Os comprimentos das chavetas devem ser inferiores a 1,5 vezes o diâmetro da árvore (l ≤ 1,5d). Caso o comprimento necessário seja superior a este limite: Usar duas ou mais chavetas, defasadas de 900 entre si. As tabelas abaixo servem como referência para determinação das dimensões das secções transversais de chavetas: Tab. 4.1: Chavetas com secções quadradas ou retangulares (órgão de Máquinas, Carvalho e Moraes, LTC) Diâmetro da árvore (mm) Secção (bxh) (mm) Torque (kg.cm/mm) 10-12 4x4 10-12 12-17 5x5 13-22 17-22 6x6 26-33 22-30 8x7 38-52 30-38 10x8 60-76 38-44 12x8 76-88 44-50 14x9 100-115 50-58 16x10 130-150 58-65 18x11 160-180 65-75 20x12 200-230 75-85 22x14 260-300 85-95 25x14 300-330 95-110 28x16 380-440 Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 27 Tab. 4.2: Chavetas Woodruff (órgão de Máquinas, Carvalho e Moraes, LTC) Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 28 CONCLUSÃO REGRAS GERAIS PARA PROJETO DE EIXOS E ÁRVORES • Dimensionar a árvore baseando-se na sua resistência. Determinar o diâmetro (d). • Determinar a deflexão transversal. Existem limites máximos para os valores de deflexões transversais. Fixação de Engrenagens - δ ≤ 0,13mm. • Determinar a deflexão angular. Existem limites máximos para os valores de deflexões angulares. Exemplos: Fixação de Engrenagens - θ ≤ 0,030. Mancais de Rolamentos NÃO auto-compensadores - θ ≤ 0,040. • Determinar a freqüência natural da árvore. fNAT > 3-4 fMAX EXCITAÇÃO. • Se possível, evitar colocar concentradores de tensões (rasgos de chavetas, mudanças de seções, etc.) próximo dos locais onde o momento fletor é máximo. • Se a deflexão transversal é essencial, ou seja, é o critério de dimensionamento da árvore, devem ser usados aços de baixo carbono. Eles são mais baratos que os aços ligados e possuem módulo de elasticidade (E) de valores semelhantes. • Dimensionar as chavetas e acoplamentos necessários. • Selecionar o Acoplamento necessário. Exercício Dimensionamento de uma árvore A árvore da figura abaixo é para ser dimensionada levando-se em consideração a resistência, rigidez e velocidade crítica. A potência é transmitida a árvore através de correias chatas na Polia P. A engrenagem G é acoplada a um sistema de levantamento de carga (não mostrado na figura). A árvore é sustentada por dois mancais de rolamentos . Os seguintes dados são conhecidos: Potência: 7,5 kW (condição de carga constante, choques moderados); Velocidade da árvore: 900 rpm. Diâmetro da polia P = 250 mm. Diâmetro primitivo da Engrenagem G = 250 mm. Peso próprio da polia P = 120 N. Peso próprio da engrenagem G = 120 N. Relação das forças atuantes na polia P: T1=2,5T2. As forças são perpendiculares ao papel. As forças atuantes na engrenagem são a força tangencial (FT) e Força Radial (FR). Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 29 Ângulo de ação da Engrenagem G: 200. Dimensões A=B=C=150mm. Dimensione a chaveta usada na engrenagem. As seguintes restrições devem ser obedecidas na determinação do diâmetro D: a) A flecha da árvore na engrenagem deve ser menor que 0,025mm. b) A declividade (inclinação) da árvore nos dois mancais não pode exceder 10 (UM GRAU). c) A rotação máxima não pode exceder 60% da primeira velocidade crítica da árvore. Ft T1 PG T1 Fr CBA D 2D D Considerações: 1. Os fatores de segurança e fatores de concentração de tensões na árvore devem ser determinados. 2. Especifique o material a ser utilizado na árvore e suas propriedades mecânicas. Mostre claramente os fatores utilizados no cálculo da resistência à fadiga Na Página seguinte tem um exemplo completo de dimensionamento de eixos. Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 30 Plano Vertical: Forças Atuantes e diagramas de forças cortantes e Momentos FletoresDIMENSIONAMENTO DE ÁRVORES E EIXOS A força resultante na engrenagem FA = 2700 N, atua fazendo um ângulo de 200 com o eixo Y da árvore mostrada na Figura abaixo. A árvore é uma barra de seção circular, de aço trabalhado a frio SAE1040. O fator de segurança deve ser 2,60. Determine o diâmetro desta árvore para vida infinita. Determine os valores da velocidade crítica, da rigidez lateral e torcional. CÁLCULO DO TORQUE T TA = Fa.cos200.rA = 2700.cos 200.300 TA = 761151,02 N.mm. CÁLCULO DE Fc: Fc.Cos200.rc = TA Fc = 6480 N CÁLCULO DOS ESFORÇOS FORÇAS VERTICAIS (Plano xy) FAV = FA.cos20 = 2537,17N FCV = FC.sen20 = 221,63N ΣMO = 0 RBV = 1126,35 N ΣV = 0 ROV = 1189,15 N FORÇAS HORIZONTAIS (Plano xz) FAH = FA.sen20 = 923,45N FCH = FC.cos20 =6089,21N ΣMO = 0 RBH = 7267,63 N ΣV = 0 ROH = 2101,87 N MOMENTOS RESULTANTES: MAR = [594597,52+10509352]1/2 = 1207,481,1 N.mm MBR = [55407,52+15223022]1/2 = 1523310,01 N.mm DIÂMETRO d baseado na resistência: 3 1 2 1 2 2,0 2 4 3.32 + = σπ ma F F T Se MKNd Tm=TA = 761151,02 N.mm; Ma = 1523310,01 N.mm Se = 156,57 MPa; σR = 586 MPa; σ0,2 = 489,2 MPa Assim: d = 63,8 mm MBV = 55407,5N.mm MAV = 594597,5N.mm A= 55047,5 A= 539190,0 A= 594597,5 221,63 1347,98 CB A O 1189,19 FCV=221,63 FAV=2537,17 RBV =1126,35 CB A O RoV =1189,19 Plano Horizontal: Forças Atuantes e diagramas: Forças cortantes e Mom. Fletores A= 471366,8 A= 1050,945 2101,87 A B C 6089,20 A=1522302 MBV =1522302N.mm MAV = 1050935.mm O 1178,42 FCH=6089,21 FAH = 923,45 RBH =7267,63 CB A O RoH =2101,87 Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 31 Dimensionamento baseado na Rigidez δ2VEI = Z4EI - Z2EI = 65,23-24,8 = 40,43 Nm3 Plano vertical (xy) δ2V = 40,43/(EI) = 40,43/ (170,1x103 Nm2); A1 = 146,65 m2; A2 = 22,16 m2; A3 = 107,84 m2; A4 = 6,93 m2 a) Z1EI = Q1 + Q2+ Q3 (em relação ao eixo que passa pelo ponto B) Z1EI=[148,65(0,5/3+0,4)]+[22,16.0,2]+[107,84. 2/3.0,4] Z1EI = 84,2 + 4,43 + 28,76; Z1EI = 117,42 Nm3 b) Z2EI = Q1 (em relação ao eixo que passa pelo pto. A) Z2EI=[148,65.(0,5/3)] Z2EI = 24,8 Nm3 c) Z3EI = Q1 + Q2+ Q3+ Q4 (eixo que passa pelo pto C) Z3EI=[148,65(0,5/3+0,65)]+[22,16.0,45]+ +[107,84.(2/3.0,4+0,25)] + [6,93.2/3.0,25)} Z3EI = 121,4 + 9,97 + 55,7 + 1,16; Z3EI = 188,24 Nm3 d) Semelhança de triângulo: Z4/Z1 = 0,5/0,9 ; Z4EI = 65,23 Nm3 Z5/Z1 = 1,15/0,9 ; Z5EI = 150,04 Nm3 Aço AISI 1040 – E = 210 GPa I=(πd4)/64 = 0,81x10-6 m4; EI = 170,1x103 Nm2; δ1VEI = Z3EI - Z5EI = 188,24-150,04 = 38,20 Nm3 δ1V = 38,20/(EI) = 38,20/ (170,1x103 Nm2); δ1V = 0,22 mm δ2V = 0,24 mm Plano horizontal (xz) A1 = 262,74 m2; A2 = 100,27 m2; A3 = 420,38 m2; A4 = 190,29 m2 a) Z1EI = Q1 + Q2+ Q3 (em relação ao eixo que passa pelo ponto B) Z1EI=[262,74(0,5/3+0,4)]+[100,27.0,4/3]+[42 0,4.0,24] Z4 θ2V θ1V Z6 Z4 Z2 δ2 Z1 δ1 Z3 MBV = 55,4Nm MAV = 594,6Nm B A O A4 A3 A1 A2 C O Z2 δ2 Z4 θ1H θ2H Z6 Z1 Z3 δ1 Z5 A4 A3 A2 A1 B CA Z1EI = 148,9 + 13,4 +84,08; Z1EI = 246,34 Nm3 b) Z2EI = Q1 (em relação ao eixo que passa pelo pto. A) Z2EI=[262,74.(0,5/3)} Z2EI =434,8 Nm3 c) Z3EI = Q1 + Q2+ Q3+ Q4 (eixo que passa pelo pto C) Z3EI=[262,74(0,5/3+0,65)]+[100,27.(0,4/3+0,25)]+ [420,38.0,45] + [190,29.2/3.0,25)] Z3EI = 214,6 + 38,4 + 189,2 + 31,7; Z3EI = 473,89 Nm3 d) Semelhança de triângulo: Z4/Z1 = 0,5/0,9 ; Z4EI = 136,86 Nm3 Z5/Z1 = 1,15/0,9 ; Z5EI = 314,87 Nm3 δ1HEI = Z3EI - Z5EI =473,89-314,77=159,1Nm3 δ1H = 159,12/(EI) = 159,12/ (170,1x103 Nm2); δ1H = 0,94 mm δ2HEI = Z4EI - Z2EI = 136,86-43,79= 93,07Nm3 δ2H= 93,07 /(EI) = 93,07 / (170,1x103 Nm2); δ2H= 0,55 mm Flechas Resultantes δ1 = (0,222+0,942)1/2 δ1 = 0,97 mm δ2= (0,242+0,552)1/2 δ2 = 0,60 mm Flecha Máxima δ2 = 0,97 mm Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 32 DECLIVIDADE – ÂNGULOS NOS MANCAIS Calcular as flechas δ1 e δ2: De maneira semelhante aos cálculos realizados na determinação de δ1H e δ2H na figura da direita da página 15. Plano Vertical (Fig. Pág. 15 – esquerda) Z6EI = Q1 + Q2+Q3 (eixo que passa pelo pto O) Z6EI=[148,7(0,5.2/3)]+[22,16.0,7]+[107,8.(0,4/3 +0,5)] a) Z1EI = Q1 + Q2+ Q3 (eixo que passa pelo pto B) Z1EI =10,04 Nm3 Z6EI = 49,55 + 15,51 + 68,29; Z6EI =133,36 Nm3 b) Z2EI = Q1 (eixo que passa pelo pto. A) Z2EI =2,0 Nm3 Z6 =0,78x10-3 m c) Z3EI = Q1 + Q2+ Q3+ Q4(eixo passa pelo pto C) Z3EI =17,22 Nm3 θ1V = Z1/ (EI.0,9) = 117,42/(170,1x103.0,9) d) Semelhança de triângulo: θ1V = 0,00077 rad = 0,0440 Z4EI = 5,58 Nm3 θ2V = Z6/0,9 = 0,00078/0,9 Z5EI = 12,83 Nm3 θ2V = 0,00087 rad = 0,0490 δ1 = 0,0258 mm δ2 = 0,021 mm Plano Horizontal (Fig. Pág.15 – direita) Z6EI = Q1 + Q2+ Q3 (eixo que passa pelo pto O) ( )( ) ( )2323 33 10025010010020150 100250100100210150819 −− −− + += xx xxWC ,, ,.,., Z6EI=[262,7(0,5.2/3)]+[100,3.(2.0,4/3+0,5)]+[420,4.0,7 Z6EI = 87,58 + 76,9 + 299,3 Z6EI =458,72 Nm3 Z6 =2,7x10-3 m srad x WC /, , , 4656 10291 0550 7 == − θ1H= Z1/ (EI.0,9) = 246,34/(170,1x103.0,9) θ1H = 0,0016 rad = 0,090 W=2πn nC = 656,4/2π = 104,5 Hz; θ2H = Z6/ 0,9 = 0,0027/0,9 nC = 6267,9 rpm θ2H = 0,0029 rad = 0,170 nMáx ≈ 60% nC = 3760 rpm Declividades Resultantes DEFLEXÃO ANGULAR θ1 = (0,0442+0,092)1/2 θ1 = 0,100 θ2 = (0,0492+0,172)1/2 θ2 = 0,180 T = 761.15 Nm 0,25m 0,4m 0,50m CBA O VELOCIDADE CRÍTICA Deve ser determinado devido às flechas provocadas pelos pesos próprios: G=80 GPa; 46 44 10631 32 0640 32 mxd −=== ,,.ππJ Engrenagem A Peso próprio Ppa = 150N; Engrenagem B Peso próprio Ppb = 100 N; orad xxGJ TL 2200040 106311080 65015761 69 ,, , ,., ==== −φ Cálculos de Reações, Diagramas de forças cortantes e momentos fletores: Z4 δ2 Z2 Z1 Z5 Z3 MB = 25.Nm MA = 48,06.Nm RB =153,89 B C FC=100 A FA= 150 O Ro =96,11 δ1 Elementos de Máquinas I – Eixos, Árvores e Acessórios 33 RESUMO Critério Valor Resistência d ≥ 63,8 mm Rigidez transversal - Flecha δMáx = 0,60 mm Declividade nos Mancais θ1 = 0,100 (Mancal O) θ2 = 0,180 (Mancal B) Velocidade Máxima nC = 6267,9 rpm nMáx = 3760 rpm Rigidez Torcional φ = 0,220 DIMENSIONAMENTO DE ÁRVORES E EIXOS CÁLCULO DO TORQUE T Assim: d = 63,8 mm Dimensionamento baseado na Rigidez Aço AISI 1040 – E = 210 GPa Flechas Resultantes VELOCIDADE CRÍTICA DEFLEXÃO ANGULAR RESUMO
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