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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
curso de graduação em ciências contábeis
ALINE ORTIZ OLIVEIRA
Desafios da empresa : Criança Fofa
SANTA MARIA-RS
2017
ALINE ORTIZ OLIVEIRA
Desafios da empresa : Criança Fofa
SANTA MARIA-RS
2017
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar Individual apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito para a obtenção de média semestral.
Orientadores
 João Henrique de Almeida Scaff
 Joenice Leandro Diniz dos Santos
 Luis Fernando Moreira Cabral da Silva
 Patricia Cristina de Oliveira Caldeira
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	DESAFIO 1	4
2.2	DESAFIO 2	5
2.3	DESAFIO 3	6
3	CONCLUSÃO	9
REFERÊNCIAS................	10
 
INTRODUÇÃO
Com o intuito de organizar a vida financeira da Empresa Criança Fofa, fizemos várias propostas e estudos baseados em dados fornecidos pela própria empresa, a fim de que pudéssemos fazer um trabalho direcionado exatamente para os problemas que afligem a empresa neste período. No decorrer do trabalho foram lançadas as propostas, para que a empresa pudesse se reorganizar e se manter dentro do mercado, com o cenário atual em que se encontra a economia Brasil nos dias de hoje.
Ainda que seus clientes venham pecando no sentido de cumprir os prazos de pagamento, e a empresa tenha entrado em um círculo vicioso de dívidas, a legislação atual e vigente, proporciona vários meios para que uma empresa possa se reestruturar e se manter “viva”, mesmo recebendo aos poucos e com uma alta carga tributária.
Mas o objetivo maior deste trabalho, é que se tenha em mente, para onde “correr” quando uma empresa está precisando de ajuda. Além de todos os esforços da empresa em se manter na ativa, ela precisa aprender com as oscilações do mercado e adotar práticas que a deixem pelo menos isenta de atitudes de inadimplência por parte de seus clientes.
DESENVOLVIMENTO
DESAFIO 1
A empresa “Criança Fofa” permite que seus recebimentos sejam realizados em 3 parcelas, sendo a primeira à vista no valor de 60% da venda, a segunda no prazo de 30 dias, no valor de 25% da venda e a terceira no prazo de 60 dias, no valor de 15% do valor da venda. No mês de abril a empresa faturou R$ 72.000,00, em maio o valor foi de R$ 78.000,00 e em junho a quantia foi de R$ 85.000,00. Conforme o quadro 1, considerado o total de recebimentos, a empresa em questão tem a expectativa de receber nos meses de abril a agosto o descrito abaixo.
Quadro 1. Expectativa de Recebimento de Abril a Agosto.
	Expectativa de Recebimento 
	-
	-
	-
	Abril
	Maio
	Junho
	Julho
	Agosto
	PARC.
	Receita Bruta
	72000,00
	78000,00
	85000,00
	-
	-
	1
	Recebimento A Vista
	60%
	43200,00
	46800,00
	51000,00
	-
	-
	2
	Recebimento 30 dias
	25%
	-
	18000,00
	19500,00
	21250,00
	-
	3
	Recebimento 60 dias
	15%
	-
	-
	10800,00
	11700,00
	12750,00
	TOTAL DE RECEBIMENTOS
	43200,00
	64800,00
	81300,00
	32950,00
	12750,00
Fonte: Elaboração própria
No quadro 1 é possível analisar a expectativa de recebimentos. Porém, na realidade houve inadimplência de alguns clientes. No período de recebimento de 30 dias a empresa deixou de receber 13% dos 25% programados e no período de recebimento de 60 dias a “Criança Fofa” deixou de receber 8% dos 15% esperados. O quadro 2, a seguir, mostra os valores reais de recebimento da empresa.
Quadro 2. Realidade de Recebimento de Abril a Agosto
	Realidade de Recebimento 
	-
	-
	-
	Abril
	Maio
	Junho
	Julho
	Agosto
	PARC.
	Receita Bruta
	72000,00
	78000,00
	85000,00
	-
	-
	1
	Recebimento A Vista
	60%
	43200,00
	46800,00
	51000,00
	-
	-
	2
	Recebimento 30 dias
	12%
	
	8640,00
	9360,00
	10200,00
	
	3
	Recebimento 60 dias
	7%
	
	
	5040,00
	5460,00
	5950,00
	TOTAL DE RECEBIMENTOS
	43200,00
	55440,00
	65400,00
	15660,00
	5950,00
Fonte: Elaboração própria
Com isso, temos que a inadimplência acumulada aos meses de junho a agosto segue conforme o quadro 3 abaixo.
Quadro 3. Valores de inadimplência em R$ ao mês
	Inadimplência
	-
	-
	Abril
	Maio
	Junho
	Junho
	Agosto
	Receita Bruta
	72000,00
	78000,00
	85000,00
	-
	-
	Inadimplentes 30 dias
	13%
	-
	9360,00
	10140,00
	11050,00
	-
	Inadimplentes 60 dias
	8%
	-
	-
	5760,00
	6240,00
	6800,00
	TOTAL DE Inadimplência
	-
	9360,00
	15900,00
	17290,00
	6800,00
Fonte: Elaboração própria
O acúmulo da dívida ao fim do mês de agosto implicou em um déficit de 49.350,00 reais na receita. Esse fato acarretou em alguns problemas, principalmente na hora de pagar os fornecedores. Os donos da empresa, Sr. José e a D. Maria fizeram uma lista de o quanto eles devem para cada fornecedor e descobriram que o saldo devedor total em atraso é de R$ 64.000,00, sendo 70% desse valor para o fornecedor de tecidos, outros 18% para o fornecedor de zíperes e 12% para o fornecedor de linhas. O quadro 4 abaixo organiza esses valores e dá mais clareza às dividas em questão.
Quadro 4. Valores em atraso por fornecedor R$ ao mês
	Lista de fornecedores com pagamento em atraso
	Produto
	Valor ($)
	Tecido
	44800,00
	Zíper
	11520,00
	Linha
	7680,00
	Saldo Total
	64000,00
Fonte: Elaboração própria
O valor total da dívida é de 64.000,00 reais, o que preocupa os gestores, e isso requer que o Sr. José e Dona Maria apliquem alguns estratagemas que visem saldar as dívidas. Como a preocupação maior é com os fornecedores de tecidos, que é base de seus produtos, e os gestores possuem produtos inacabados em estoque, existem algumas estratégias para que a empresa continue suas atividades. Pode ser que os valores recebidos em Abril, Maio e Junho cubram o valor das dívidas, uma vez que seus recebimentos esse mês foram de 185.570,00 reais. Contudo, nos próximos meses eles devem contar com um índice de inadimplência por valor investido. A média de inadimplência (e também proporção absoluta) foi 21% dos valores investidos. Quando investiram 72.000,00, a inadimplência foi de 15.120,00 reais. Quando investiram 78.000,00, ela foi de 16.380,00 reais. Quando 85.000,00, 17.850,00 de inadimplência. Ou seja, se a regularidade se mantiver, no próximo investimento (x) pode-se esperar um valor real de recebimento de x*21%.
Além disso, os gestores podem renegociar as dívidas dando prioridade para o pagamento das acumuladas com o fornecedor de tecidos. Talvez inclusive oferecer uma porcentagem sobre as vendas em troca dos produtos. Ou seja, propor ao fornecedor que seja um sócio. Reduzir custos também é uma boa para quem está com altas dívidas. Também é possível vender as inadimplências a bancos e ao invés de aumentar o investimento, continuar um tempo investindo o mesmo valor. Com essas medidas a empresa não irá falir.
DESAFIO 2
Para entender o instituto da falência, é necessário saber a que se refere esse conceito. Para REQUIÃO (1993) “A falência é [...] a solução judicial da situação jurídica do devedor-comerciante que não paga no vencimento obrigação líquida”. FUHRER (20xx) define que “A falência (...) é um processo de execução coletiva, em que todos os bens do falido são arrecadados para uma venda judicial forçada, com a distribuição proporcional do ativo entre os credores”. Ou seja, quando o comerciante não paga seus credores, pode decretar falência e compulsoriamente vender os bens da empresa a fim de saldar as dívidas.
As diretrizes do instituto da falência estão dispostas na LEI No 11.101, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Em seu artigo 75, descreve que
Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos, inclusive os intangíveis,da empresa.
Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual. (BRASIL, 2005)
Os requisitos para o decreto da falência são o de estar numa crise econômico-financeira de tal profundidade, de modo a não se enquadrar nas condições mínimas para decretar a recuperação judicial. Conforme o Art. 105. Da lei 11.101/2005 “O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade”. Contudo, para declarar falência, o falido também deve: estar na condição de empresário ou sociedade empresária; insolvência confessada ou presumida; sentença declaratória da falência.
resposta ao desafio 3
A empresa Criança Fofa tem um histórico de inadimplência constante mês a mês. No mês de janeiro, a inadimplência referente à expectativa de recebimentos dos meses de abril, maio e junho, foi respectivamente de R$ 15.120,00, R$ 16.380,00 e R$ 17.850,00. Esses valores correspondem a 21% da expectativa de recebimentos de cada mês. Ou seja, houve uma taxa constante de 21% de inadimplência ao mês.
Para resolver esse problema, foram consultadas duas seguradoras de crédito. Uma delas, a empresa KL Corretora de Seguros propôs um pagamento mensal de 850 reais ao mês, e o ressarcimento de 80% do valor da inadimplência. Os dados do corretor e empresa estão discriminados abaixo.
***KL CORRETORA DE SEGUROS
Rua tuiuti,1154,Bairro BomFim 
Sta Maria-RS
55-32228444
Considerando a expectativa de recebimentos constante a um valor de R$ 85.000,00, esse valor do seguro representaria 1%. Contudo, o ressarcimento de 80% faria com que a empresa perdesse mais R$ 3.570,00, considerando um faturamento de R$ 85.000,00 ao mês e uma taxa de inadimplência de 21%. O Valor total, portanto, seria RS 4.420,00 ao mês. Esse valor representa 24,76% do total de inadimplência. 
A outra empresa consultada foi a EL MUNDO CORRETORA DE SEGUROS. Ela propôs o pagamento mensal de 1000,00 reais e o ressarcimento de 82,5% da inadimplência.
***El Mundo Corretora de Seguros
Rua Tamanday,506 Sta Maria-RS
55-3025.5588
Considerando a expectativa de recebimentos constante a um valor de R$ 85.000,00, esse valor do seguro representaria aproximadamente 1,18%. Contudo, o ressarcimento de 82,5% faria com que a empresa perdesse mais R$ 3123,75, considerando um faturamento de R$ 85.000,00 ao mês e uma taxa de inadimplência de 21%. O Valor total, portanto, seria RS 4.123,75 ao mês. Esse valor representa 23,1% do total de valores inadimplentes. 
Sendo assim, a Bolsa de Seguros que oferece o melhor plano de recebimentos. Entretanto, o melhor mesmo seria intensificar a cobrança dos clientes, fazer uma análise de crédito adequada, dar preferência aos cartões de crédito a cheques, dentre outras medidas. Assim a empresa garante seus recebimentos e evita a falência.
CONCLUSÃO
Tendo em vista a situação atual da empresa Criança Fofa, nós propusemos um estudo baseado principalmente no foco na intensificação da cobrança ao cliente.
Por mais que a empresa tente se adequar à algumas normas, regras e leis, somente ela própria poderá se equilibrar com as suas “próprias pernas”. Portanto, mesmo com a ajuda de recursos legais ,cotações por meio de seguradoras nada mais justo , de que a empresa começar a zelar por ela mesma, investindo forte em um sistema de cobrança junto aos seus clientes, visto que são eles que garantem a renda para girar o capital junto aos seus fornecedores.
Pois somente adotando métodos de cobrança e de recebimentos mais eficazes, é que a Criança Fofa se livrará da tão temida inadimplência.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei de Falências (2005). Nova lei de falências: estudo comparativo com o Dec-Lei 7.661/1945 e legislação correlata: Lei n. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, lei complementar 118, de 9 de fevereiro de 2005. 20 ed.- São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005.
SILVA, Luiz Antônio Guerra da. Nova lei de falência – recuperação judicial e extrajudicial. Consulex: Revista Jurídica, Brasília, v. 9, n. 196, p. 07-09, mar. 2005.
Empresas consultadas na cotação:
KL Corretora de Seguros <Https://www.google.com.br/corretoradeseguros.com.br/> Acesso 06 de outubro de 2017.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação de trabalhos. 2. ed. Curitiba: UFPR, 1992. v. 2.