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Microeconomia, Oferta e Demanda

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Observação importante: A leitura deste não substitui a do livro. No resumo, somente foram 
destacados alguns dos pontos para estimular a discussão no encontro online. 
 
CAPITULO 1 
 
O foco de análise da Ciência Econômica é a escassez e suas conseqüências. 
Sendo assim a economia é a ciência da escolha, quando os recursos são escassos, ou seja, 
quando os recursos são escassos, ou seja, insuficientes para satisfazer necessidades e desejos 
ilimitados dos indivíduos. 
 
DUAS IDÉIAS BÁSICAS 
 
1. Custo de oportunidade: que é um termo utilizado para designar o custo da realizada, que 
decorre dos benefícios que estavam associados à melhor alternativa não selecionada. 
2. Decisões racionais: Custos e benefícios marginais. 
Benefício marginal é o acréscimo ao benefício total decorrente de uma pequena variação na 
ação realizada. 
Custo marginal é o acréscimo ao custo total decorrente de uma pequena variação na ação 
realizada. 
 
FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO 
Esta representa o conjunto de todas as combinações possíveis de produção que podem ser 
obtidas a partir de uma determinada dotação de fatores produtivos e uma dada tecnologia. 
 
 
 
 
 
 
 
Título: RESUMO DOS CAPÍTULOS DO LIVRO 
Autor: Ana Tereza Lanna Figueiredo 
 
.D 
 
.A 
y 
x 
.B 
.C 
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Ou seja, representa as diversas combinações de utilização de fatores de produção que geram 
diferentes combinações máximas de produção. Como no gráfico acima, o ponto A é uma 
situação onde não é possível operar, pois é um ponto inatingível, sendo que o nível de 
produção exige uma capacidade de produção acima da possibilidade de produção (com os 
recursos e tecnologia disponível). Já no ponto B, indica a utilização plena dos fatores de 
produção disponíveis, com priorização para a produção do bem x. Da mesma forma o ponto C 
indica a utilização plena dos fatores de produção disponíveis, mas diferente do ponto B com 
prioridade na produção do bem y. Enquanto no ponto D tem-se que, o nível efetivo de 
produção é inferior ao potencial máximo de produção. Os recursos disponíveis estão sendo 
subutilizados. Assim, a produção gerada é menor que aquela possível pela eficiente utilização 
dos fatores produtivos disponíveis. 
 Outro ponto a destacar nesse assunto é com relação ao formato da Curva de 
Possibilidade de Produção. Em que o formato decrescente da FPP se deve ao sacrifício que 
tem de ser feito ao optar-se pelo aumento na produção de um e redução de outro (custo de 
oportunidade), em uma situação em que os recursos estão sendo utilizados em sua totalidade. 
Já o formato Côncavo da FPP diz que os custos de oportunidades sejam crescentes, já que 
quando aumenta a produção de um bem, os fatores de produção transferidos dos outros 
produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou seja, a transferência vai 
ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de sacrifício vai aumentando. Assim, esse 
fato justifica o formato côncavo da FPP, isto é, acréscimos iguais na produção dos alimentos 
implicam decréscimos cada vez maiores na produção de maquinas. 
 
MICROECONOMIA x MACROECONOMIA 
 
A microeconomia lida com a análise do comportamento de agentes econômicos individuais 
(consumidores, trabalhadores, investidores, firmas e outros). Já na macroeconomia o foco de 
análise sobre o funcionamento da economia como um todo, e não de mercados individuais. 
 
CAPÍTULO 2: ANÁLISE BÁSICA DA DEMANDA 
 
A lei da demanda estabelece que, quanto maior for o preço, menor será a quantidade 
demandada em determinado período de tempo, ceteris paribus. 
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Segundo a lei geral da oferta, a função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade 
ofertada e nível de preço, isto é, se o preço do bem aumentar, a quantidade ofertada também 
aumentará. 
Ceteris paribus significa algo como “todos os demais fatores relevantes permanecem 
inalterados”. 
Quantidade demandada é a quantidade de um bem ou serviço que o consumidor planeja 
comprar em determinado período de tempo a um determinado preço. 
 
VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DEMANDADA X VARIAÇÃO NA DEMANDA. 
 
A quantidade demanda de bem é alterada quando há mudança no nível de preços, tem-se 
movimento ao Longo da Curva de demanda, que é diferente de variação na demanda de um 
bem. Já diferente do caso anterior, a variação na demanda acontece quando há mudança em 
variáveis exógenas, levando a deslocamentos na curva de demanda, como: Renda, Educação, 
preferência, propaganda, e outros. 
 
DIFERENTES TIPOS DE BENS 
 
Bem normal: aumento na renda do consumidor provoca aumento na demanda do bem, 
elasticidade-renda da demanda é positiva. 
Bem inferior: aumento na renda do consumidor provoca queda da demanda do bem, 
elasticidade-renda da demanda é negativa. 
Bem superior: aumento na renda do consumidor provoca um aumento mais que proporcional 
no consumo do bem. 
Bens substitutos: aumento do preço de um bem provoca o aumento da demanda de outro, 
elasticidade preço-cruzada é positiva. 
Bens complementares: aumento do preço de um bem provoca a diminuição da demanda de 
outro, elasticidade preço-cruzada é negativa. 
 
DIFERENÇA ENTRE VARIAÇÃO NA OFERTA E NA QUANTIDADE OFERTADA 
Entende-se por oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao 
mercado em determinado período de tempo. A oferta refere-se à escala (ou toda a curva), ao 
passo que a quantidade ofertada diz respeito a um ponto especifico da curva. 
 
 
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FATORES QUE PROVOCAM DESLOCAMENTOS NA CURVA DE DEMANDA: 
 
Para a maioria dos produtos, o deslocamento da curva de demanda pode ser provocado pela 
alteração na renda dos consumidores, pelo preço dos bens substitutos, pelo preço dos bens 
complementares e pelas preferências ou hábitos dos consumidores. 
Ressaltam-se alterações no preço do próprio bem não provocam deslocamentos da curva de 
demanda e sim sobre a curva de demanda. 
 
FATORES QUE PROVOCAM DESLOCAMENTOS NA CURVA DE OFERTA: 
 
Deslocamentos da curva de oferta podem ser provocados por alterações no preço dos demais 
produtos, do preço dos fatores de produção, das preferências dos empresários e da tecnologia. 
 
EXCEDENTE DO CONSUMIDOR 
 
Corresponde à diferença entre o montante que o consumidor estaria disposto a pagar 
por determinada quantidade de um bem e o montante que efetivamente paga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXCEDENTE DO PRODUTOR 
 
Diferença entre o valor recebido pelo produtor pela venda de determinada quantidade de 
produto e o valor mínimo que ele estaria disposto a receber para produzir e ofertar esta 
mesma quantidade de produto. 
 
 
 
 
 
OS CUSTOS 
 
Fatores Fixos: quantidade não pode ser alterada no curto prazo - Custos Fixos. 
 
Fatores Variáveis: quantidade pode ser ajustada no curto prazo – Custo variável. 
 
Custo Total: Custo Fixo + Custo Variável 
 
Custo Médio é definido como o custo total de produção dividido pela quantidade produzida. 
 
Custo Marginal representa a mudança no custo total de produção devido variação em uma 
unidade da quantidade produzida. 
 
 
 
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FUNÇÃO DE PRODUÇÃO 
 
A Função de Produção é a quantidade máxima de produto que se pode obter a partir da 
utilização combinada de determinadas quantidades de insumos e fatores produtivos por 
determinado período de tempo. 
 
ANÁLISE BÁSICA DOS MERCADOS COMPETITIVOS 
 
Característica de Concorrência Perfeita: 
1) Produto Homogêneo; 
2) Existência de muitos produtores e muitos consumidores – não há poder de mercado; 
3) Inexistência de Barreiras à Entrada ou à Saída; 
4) Informações perfeitamente disseminadas. 
 
EQUILÍBRIO DE MERCADOÉ o ponto onde a oferta iguala a demanda. Ao preço de equilíbrio, a quantidade demandada é 
igual à quantidade ofertada. 
 
 
CAPÍTULO 5: ANÁLISE QUANTITATIVA DA DEMANDA E DA OFERTA 
 
Funções de demanda e oferta 
1) A função demanda é a seguinte: Qd = 70 - 7P 
Onde: Qd é a quantidade demandada, P é o preço. 
OBS: Note a relação negativa existente entre o Preço e a Quantidade Demandada. 
2) A função oferta é a seguinte : Qo = 7p 
Onde: Qo é a quantidade ofertada, P é o preço. 
OBS: Note a relação positiva entre Preço e Quantidade Ofertada. 
Ponto de Equilíbrio: 
 
Qd = Qo 
70 - 7P= 7p 
P=5 
Qd = Qo = Q = 35 
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ELASTICIDADE 
 
Resposta, medida em termos de variação percentual de uma determinada variável a mudança, 
também medida em valores percentuais, em algum de seus determinantes. 
A elasticidade-preço da demanda 
A elasticidade-preço da demanda (Ed) é a variação percentual na quantidade demandada 
dividida pela mudança percentual no preço. Ou seja, 
Ed = variação percentual na quantidade demandada 
 mudança percentual no preço 
A elasticidade-preço da oferta 
A elasticidade-preço da oferta (Eo) é a variação percentual na quantidade ofertada dividida 
pela mudança percentual no preço. Ou seja, 
Ed = variação percentual na quantidade demandada 
 mudança percentual no preço 
A elasticidade-renda 
É utilizada para medir a reação dos consumidores a mudanças na renda. 
Er = variação percentual na quantidade demandada 
 mudança percentual na renda 
A elasticidade cruzada 
É definida como a variação percentual na quantidade demandada de um produto em particular 
(X) dividida pela variação percentual no preço de um bem afim (Y): 
EXY = variação percentual na quantidade demandada de X 
 mudança percentual no preço de Y 
 
 
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CAPÍTULO 7: MONOPÓLIO 
 
O monopólio se caracteriza por uma situação de mercado em que existe um único ofertante de 
produto. 
Fontes de poder de mercado: 
Barreiras institucionais: 
– Patentes; 
– Regulação governamental. 
• Características próprias da atividade: 
– Elevadas exigências mínimas de capital; 
– Economias de escala. 
• Diferenciação do produto: 
– Propaganda, design, promoção etc. 
 
Definição de preço e quantidade: 
– Igualdade entre custo marginal e benefício 
marginal para maximizar seus lucros. 
– Benefício marginal é representado pela 
receita marginal 
 
CAPÍTULO 9: ESTRUTURA DE MERCADO 
 
Oligopólios: 
A grande maioria dos mercados, encontra-se entre os dois extremos (concorrência perfeita e o 
monopólio). 
 
Mercado: definição e delimitação 
 
Definição mais simples: espaço de troca entre compradores e vendedores. É também o espaço 
de concorrência entre as firmas, que disputam a renda dos consumidores de 
um determinado conjunto de produtos substitutos próximos entre si. Sendo assim, 
o ponto de partida na delimitação de um mercado é a identificação do grau de 
substituição entre os diversos produtos. 
 
 
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Regra do mark-up e formação de preços: 
 
P = CVme(1+ mark - up) 
Determinação do nível da margem (mark-up) da empresa � não deve ser confundida como 
lucro da empresa, uma vez que incide somente sobre o custo variável médio. 
Mark-up 
Custo fixo médio 
->depende vantagens que uma empresa Margem de lucro 
 
Margem de lucro das detém em relação aos seus concorrentes. Sendo assim, ao determinar o 
seu preço, as firmas olham não somente para aqueles que já concorrem com elas, mas também 
para aqueles que podem a vir concorrer no futuro. 
 
 
Barreiras à entrada e à saída: principais determinantes 
 
Um importante freio ao aumento da margem é o fato de esta induzir a entrada de novas firmas 
no mercado, o que aumenta a concorrência no futuro, reduzindo o lucro. 
Ao determinar o seu preço, as firmas olham não somente para aqueles que já concorrem com 
elas, mas também para aqueles que podem a vir concorrer no futuro. 
 
A importância desses concorrentes potenciais depende: 
 
(1) da facilidade de entrada em um determinado mercado; 
(2) da facilidade de sair do mercado se as condições deixarem de ser favoráveis. 
 
Barreiras Institucionais: 
 
Se divide entre Formais e informais: 
 
Formais como é o caso de leis que impedem a produção por terceiros; e informais como 
normas de comportamento que podem dificultar a entrada de empresas até então estranhas 
àquele mercado. 
 
 
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Barreiras Econômicas: 
 
Diferenciação de produto: modo pelo qual o consumidor percebe os produtos de empresas 
estabelecidas vis-à-vis os de empresas entrantes. Em igualdades de condições, o consumidor 
normalmente escolhe o produto que já goza de alguma reputação. (É mais usual a 
diferenciação em setores: que a compra seja orientada por diversos critérios (como sabor, 
conveniência, saúde etc.) e b) em que esses critérios sejam subjetivos e mais difíceis de serem 
mensurados. 
 
 
Vantagem absoluta de custos: decorre de vários elementos: maior qualidade gerencial, 
domínio de algum conhecimento relevante não disponíveis às demais empresas ou acesso 
privilegiado a insumos mais baratos ou de maior qualidade. Representa uma barreira à 
entrada: a firma que goza deste diferencial pode vender a preços inferiores aos custos das 
demais empresas. 
Economias de escala: consistem na queda do custo médio de longo prazo à medida que se 
expande a escala de produção. Neste caso, somente as grandes empresas são competitivas. 
Para ser viável, a entrada deve ocorrer com um volume de produção que permita o 
aproveitamento das de que pode da que é economias escala, mas ocasionar um aumento oferta 
não facilmente absorvido pelo mercado, resultando em queda de preços, o que tornaria a 
entrada um mau negócio. 
Dois tipos de economias de escala: (1) pecuniárias: relacionadas ao preço dos fatores, 
(2) reais: relacionadas ao produto – redução do uso de fatores de produção por unidade 
de produto. É separada em seis espécies: (i) de trabalho; (ii) técnicas; (iii) de estoques 
de segurança; (iv) de informação; (v) de propaganda e marketing e (vi) de gestão. 
Exemplo : esmagamento de soja, siderurgia, petroquímicos básicos. 
Barreiras à Saída e Custos Irrecuperáveis 
 
Custos Irrecuperáveis (Sunk Costs) = parte dos investimentos das empresas, uma vez 
incorrido, não pode ser reaproveitado para outras finalidades. Exemplo: os elevados custos de 
instalação de uma usina siderúrgica. 
 
As barreiras à saída decorrem da necessidade de realização de investimentos irrecuperáveis -> 
a saída do mercado implica a renúncia ao retorno associado a esses investimentos. -> 
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Combinadas com as barreiras à saída, as tendências de crescimento (ou queda) da demanda 
são importantes no papel de disciplinar a entrada de firmas no mercado. 
 
 
Fusões e aquisições: 
 
Fusão Horizontal -> União ou aquisição de concorrentes, particularmente interessante em 
um contexto de mercado em estagnação ou declínio. 
 
->Presença de economias de escala é o principal motivo para induzir estratégias de 
crescimento por fusões e aquisições -> As empresas podem desejar a fusão como um meio de 
aumentar seu lucro de monopólio, o que é um resultado ruim para a sociedade. Por essa razão, 
o Estado muitas vezes impõe restrições a estratégias que impliquem aumento de concentração 
de mercado.

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