Buscar

ad1 auditoria e controladoria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

A Improbidade administrativa e o exercício do controle Social no Brasil existem? Fundamente sua resposta
A improbidade administrativa ocorre com muita frequência no Brasil, isto porque, ela enquanto ato ilícito, é a lesão à moralidade, princípio previsto no art. 37, CR. A improbidade aparece como ato ilícito também no art. 85, V, CR, entre os crimes de responsabilidade do Presidente da República, e como causa de perda ou suspensão dos direitos políticos no art. 15, V, CR. 
Outrossim, a Lei 8.429/92 definiu os atos de improbidade em 3 artigos: no art. 9º, cuida dos atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito; no art.10 trata dos atos de improbidade administrativa que causem prejuízo ao erário; no art.11 trata dos atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da administração pública. 
Entre estes últimos, alguns são definidos especificamente em 7 incisos, mas o caput do artigo deixa as portas abertas para a inserção de qualquer ato que atente contra os “princípios da administração pública ou qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições”. 
Neste diapasão, a lesão ao princípio da moralidade ou a qualquer outro princípio imposto à administração pública constitui uma das modalidades de ato de improbidade. 
Noutro giro, para ser considerado ato de improbidade, não é necessária a demonstração de ilegalidade do ato; basta demonstrar a lesão à moralidade administrativa. 
A CRFB/88 inovou ao introduzir o ato de improbidade no capítulo da administração pública. Logo, foi previsto o princípio da moralidade no art.37, caput, entre os princípios a que se sujeita a administração pública Direta e Indireta de todos os níveis de governo e, no art. 5º, inciso LXXIII, foi inserida, como fundamento para propositura da Ação Popular, à lesão à moralidade administrativa. 
Nesta esteira, no § 4º do art. 37 ficou estabelecido que os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas e lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Por sua vez, o art.15, ao indicar os casos em que é possível a perda ou suspensão dos direitos políticos, expressamente inclui, no inciso V, a improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Por fim, para regulamentar esta disposição constitucional, foi promulgada a Lei 8.429/92. 
No que tange ao exercício do controle Social no Brasil, ele existe, porém, está muito distante do que é considerado satisfatório. Isto porque, o controle social no Brasil é um conceito que se encontra em construção na realidade em muitas áreas, ainda há pouca tradição no meio da gestão pública. Não está à disposição mecanismos e estratégias para seu monitoramento e avaliação. Isto vem dificultando o planejamento e a complementação de estratégias para superar problemas existentes e fortalecer a sua atuação. 
Força é de convir que o controle social no Brasil é menos destacado quando se trata  de recursos públicos. O cidadão, quando se fala em exercer a atividade de controle social, mesmo sabendo que há ocorrência de ilegalidades ou irregularidades públicas, estes preferem ficar em silêncio e omitir-se, como medo de repressão,  perseguição ou até perda de sua posição na sociedade.
        Numa sociedade onde a maioria dos cidadãos não possui acesso básico a educação, onde há uma grande discrepância na distribuição de renda e os habitantes lutam dia a dia pela sobrevivência, esta iniciativa de controle social, o ato de procurar as autoridades para denunciar tais irregularidades ou ilegalidades do próprio Estado, não é frequente.
        Existem meios para o exercício do controle social, como a denúncia aos órgãos de controle interno ou reclamações na ouvidoria, na ouvidoria tanto pode servir para controle social, quanto para um feedback. Quando falamos em controle social eficaz, dois princípios são indispensáveis, que são o princípio da publicidade e o princípio da transparência.
No Brasil, o controle social ainda não é satisfatório, como salientamos acima, muitos têm receio em denunciar por medo. No entanto segundo o portal da transparência, é de fundamental importância que cada cidadão assuma essa tarefa de participar de gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro público. 
A Controladoria-Geral da União (CGU) é um dos órgãos de controle da correta aplicação dos recursos federais repassados a estados, municípios e Distrito Federal. No entanto, devido às dimensões do Estado Brasileiro e do número muito grande de municípios que possui (5.560), a CGU conta com participação dos cidadãos para que o controle dos recursos seja feito de maneira ainda mais eficaz. 
        Ninguém melhor para fiscalizar, realizar o controle social do que o cidadão que está mais próximo das ações e serviços desenvolvidos pelos entes federativos (União, Estados, DF e Municípios), o cidadão tem essa força, porém ela ainda está desacordada. O cidadão comum, entretanto, deveria ser incentivado a fiscalizar, em princípio, as atividades governamentais mais próximas de seu raio de convivência: verificar se na escola não faltam professores, se no hospital ou posto de saúde não faltam médicos, se há remédios suficientes na farmácia que os fornece de forma gratuita, se o transporte escolar possui o mínimo de conforto e segurança e assim por diante. Tais ações estimulariam o cidadão ao exercício da cidadania, cuja participação tenderia a evoluir de forma natural e gradativa.
Todo cenário nacional se agrava quando constatamos que hoje e sempre no Brasil existem recursos suficientes para enfrentar nossos maiores problemas e todos se conscientizassem acerca dos princípios morais, toda população seria beneficiada.

Continue navegando