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RESUMÃO MEU SOBRE DIREITO ADMINISTRATIVO

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DIREITO ADMINISTRATIVO
É um ramo do Direito Público formado por um conjunto de normas e princípios jurídicos que disciplinam a atividade administrativa do Estado. 
O Direito Administrativo não possui um único código pronto para seguir. Ele é feito por leis esparsas, que foram feitas em momentos diferentes da história, e por isso podem até mesmo ser contraditórias. 
É um conjunto de normas impostas coercitivamente pelo Estado para disciplinar a vida em sociedade, restringindo a liberdade individual, porém, garantindo o bem estar coletivo.
O Direito Adm mantém o equilíbrio nas relações humanas para que a sociedade se conserve e não pereça. 
	PODERES
	FUNÇÕES TÍPICAS
	FUNÇÕES ATÍPICAS
	EXECUTIVO
	Administrar
	Legislar quando o Presidente edita uma medida provisória
	LEGISLATIVO
	Legislar e fiscalizar (CPI, julgar contas do Presidente)
	Administrar quando ele compra e/ou contrata
	JUDICIÁRIO
	Julgar
	Administrar quando ele compra e/ou contrata
Atividade do Estado que interessa para o Direito Adm atividade administrativa (todos os poderes exercem a atividade adm, desta forma o Direito Adm aplica-se a todos os Poderes).
Obs
O Direito Adm aplica-se a todos os Poderes, desde que no exercício da função administrativa (com predominância do Poder Executivo).
Personalidade 
 aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações.
O Estado possui personalidade própria.
Pessoa Jurídica surge por:
Lei
Registro de contrato social
Tratado
Obs
Quando o Presidente da República edita uma MP ele não está sob o Direito Adm, mas sim sob Direito Const
itucional, pois está legislando.
 Já quando ele editar um decreto ele estará administrando, e será regido pelo Direito Administrativo.
O Poder Executivo exerce, além de função administrativa, a chamada Função de Governo, de cunho político, traduzida na atividade de elaboração de políticas públicas, de determinação das diretrizes de atuação da Adm. Pública. Essa função política não constitui objeto de estudo do Direito Adm. 
Medida Provisória tem força de lei
 tinha validade de 60 dias, prorrogável uma única vez por mais 60 dias. Se ela não fosse convertida em lei dentro desse período, ela perderia a validade e não poderia mais ser reeditada.
A partir de 2001 foi editada uma Emenda Constitucional que dizia que todas as MP editadas até a data da publicação desta teriam validade por tempo indeterminado. São as MPs Permanentes (eternas). 
Uma Emenda Constitucional não possui sanção do Presidente; ela é promulgada pelo Congresso Nacional. 
Uma característica marcante do Direito Público é a desigualdade nas relações jurídicas por ele regidas, tendo em conta a prevalência do interesse público sobre os interesses privados. (prerrogativas do Estado). Ele regula interesses da sociedade como um todo. 
O Direito Privado regula interesses de particulares e por isso possui a igualdade jurídica. 
Direito Público Estado atua em supremacia
Direito Privado as partes atuam em igualdade
	Direito Administrativo
	É um ramo do Direito Público
	Estado atua em supremacia
	SEMPRE busca o INTERESSE PÚBLICO
Agir com supremacia Agir com arbitrariedade
Estado age com supremacia, mas não pode agir com arbitrariedade.
Ex. de Estado agindo com supremacia isolar em quarentena indivíduo com doença contagiosa; interditar casa que está prestes a cair. 
A supremacia tem limites.
O Direito Adm. possui mecanismos para impedir o Estado de agir com arbitrariedade (impor limites).
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
(origem, de onde surge o Dir. Adm.)
	
– LEI 
Principal fonte do Dir. Adm em face do princípio da Legalidade (art. 37 da CF/88), que determina que o agente público somente pode atuar quando expressamente previsto em lei (em sentido amplo).
CF/88 – Art. 37
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
Lei em sentido amplo gênero
 
 Lei em sentido estrito aquela aprovada pelo legislativo e sancionada 
 Espécies pelo executivo. (lei complementar, ordinária, delegada, MP)
	Atos de caráter normativo decretos, resoluções, portarias, instruções normativas. (atos normativos infra legais)
Obs
Não confundir com o princípio da legalidade previsto no artigo 5º, inciso II da CF/88, que diz que os particulares podem fazer tudo, exceto o que for proibido pela lei. 
2 – JURISPRUDÊNCIA
É fonte secundária do Direito Adm. É o conjunto de decisões judiciais ou adm reiteradas em um mesmo sentido. É o entendimento dos tribunais. A Súmula é o resumo da jurisprudência. Só pode ser usada a Jurisprudência nacional.
STF possui 2 tipos de súmulas:
Súmula vinculante até agora em numero de 31
Súmula não vinculante + de 700
Obs
No Brasil a jurisprudência não é vinculante, ou seja, o juiz de 1ª instância pode ter entendimento diverso dos tribunais superiores. 
Entretanto, a Emenda Constitucional 45
/04
 permitiu ao STF editar Súmulas Vinculantes nos termos do artigo 103ª da CF/88.
CF/88 - Art. 103-A. 
O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso.
Como forma de garantir o princípio da segurança jurídica, a alteração jurisprudencial no âmbito do Direito Adm não atinge situações já consolidadas. Só vale para o futuro. 
O objetivo da Súmula Vinculante é dar celeridade ao Direito Adm. 
Se alguém deixar de aplicar a Súmula Vinculante, pode recorrer diretamente ao STF.
Obs
PRINCIPAIS SÚMULAS VINCULANTES
SÚMULA VINCULANTE Nº 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão. 
 
SÚMULA VINCULANTE Nº 5
A falta de defesa técnica por advogado no Processo Administrativo Disciplinar não ofende a CF.
SÚMULA VINCULANTE Nº 13
A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada da administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF. Não viola essa súmula a nomeação de parentes para cargo de primeiro escalão (Ministro de Estado ou Secretário
de Governo). 
 Veda o nepotismo nos 3 Poderes.
SÚMULA VINCULANTE Nº 16
Os artigos 7º, IV e 39 
§ 3º da CF/88
 referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público. Esses artigos falam 
que 
todos tê
m direito a um salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
diz ainda que a
plica
m
-se aos servidores ocupantes de cargo público que 
o 
salário nunca pode ser inferior ao mínimo,; garante o 13º salário; pagamento de adicional noturno; salário-família; jornada de trab
alho de 8h/dia e 44h/semana; re
pouso s
emanal remunerado, preferencial
m
e
n
t
e aos domingos; hora extra; férias remuneradas; licença gestante; licença paternidade; proteção do mercado de tr
abalho da mulher
 ; redução de riscos do tr
a
balho; proibição da diferença de salários., podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
SÚMULA VINCULANTE Nº 21
É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
– DOUTRINA
Fonte secundária do Direito Adm. É o conjunto de teses e pensamentos jurídicos dos estudiosos do Direito Adm. 
Influencia não só a elaboração de novas leis, como Tb o julgamento das lides de cunho adm. 
A Doutrina é universal, ou seja, pode usar doutrinadores estrangeiros como fonte do Direito Adm. 
– COSTUMES
Surgem da ausência de legislação. Estão em desuso em face do princípio da legalidade. Só são úteis para situações em que não exista norma jurídica estabelecida (lei), pois se já tiver lei prevalece o princípio da legalidade.
Os costumes sociais, regras não escritas, porém observadas de modo uniforme pelo grupo social, só tem importância quando de alguma forma influenciam a produção legislativa ou a jurisprudência, funcionando como fonte indireta. 
Já os costumes administrativos, que são as práticas reiteradas observadas pelos agentes adm, funciona efetivamente como fonte secundária na ausência de regras escritas. 
SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
São os meios utilizados pelo Estado para o controle da própria atividade administrativa; para controle dos atos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público. Existem 2 Sistemas:
SISTEMA FRANCÊS
Nesse Sistema o Poder Judiciário não pode apreciar as questões administrativas, que só poderão ser apreciadas por um Tribunal Administrativo.
Também conhecido como Sistema de Jurisdição Dupla ou CONTECIOSO ADMINISTRATIVO (os atos da Adm. Pública ficam sujeitos à jurisdição especial do contencioso adm.). 
Na França existem 2 Tribunais (há uma dualidade de jurisdição):
	TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
	TRIBUNAL DE JUSTIÇA
	Multa
	Divórcio
	Licitação
	Cobrança
	Analisa questões administrativas
	Analisa as demais questões
SISTEMA INGLÊS
Nesse Sistema o Poder Judiciário pode analisar todas as questões, inclusive as administrativas.
Também conhecido como Sistema de Jurisdição Una (é o Judiciário quem dá a última palavra em tudo). Diz-se que somente o Poder Judiciário possui a jurisdição. 
O Brasil adota esse Sistema.
Esse Sistema não impede a realização do controle de legalidade dos atos administrativos pela própria Adm. Pública que os tenha editado. 
Por força deste dispositivo “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
Obs
O Brasil adota o Sistema Inglês, ou seja, todas as questões podem ser apreciadas pelo Poder Judiciário. Em nosso país existem Tribunais Adm (como o TCU e o CAD
 – Conselho Administrativo de Defesa Econômica
); a diferença é que as decisões desses tribunais podem ser contestadas judicialmente, pois é o Poder Judiciário quem sempre vai dar a última palavr
a (as decisões dos órgãos adm n
ão são dotadas de força de defini
tividade). O interessado pode recorrer
 à justiça antes, concomitantemente ou depois da esfera adm, salvo em relação a
o
 Habeas Data e à Justiça Desportiva
 (Tribunal de Justiça Desportiva, art. 217, § 1º da CF/88)
, quando o interessado precisa passar pela esfera adm antes de recorrer à justiça, porém a resposta (decisão) final será sempre da Justiça. 
A inércia da Justiça Desportiva por mais de 60 dias permite o indivíduo de recorrer à justiça comum. 
Embora a decisão administrativa não assuma caráter de definitividade para o particular, que sempre pode rediscutir a matéria em juízo, para a Adm. Pública a decisão administrativa proferida ao término do processo adm será definitiva quando for favorável ao particular. Em outras palavras, a Adm não pode recorrer ao Poder Judiciário contra uma decisão adm que ela mesma haja proferido no exercício de seu poder-dever de autotutela. 
O Brasil não adota o Contencioso Administrativo em nenhuma hipótese.
REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO Supremacia
É um conjunto de normas que disciplina a atuação da Adm. Pública, permitindo ao Estado agir em supremacia. Toda vez que o Estado estiver agindo em supremacia, ele estará regido pelo Regime Jurídico-Administrativo. Segundo a Doutrina, os dois princípios que norteiam o Regime Jurídico-Administrativo são: (princípios basilares do Direito Adm):
	1 – Supremacia do Interesse Público
2 – Indisponibilidade dos bens e interesses públicos. (os bens e interesses públicos pertencem à coletividade, logo o agente público não pode dispor deles). Esse segundo princípio é aquele que estabelece os limites do Estado. 
	O princípio da supremacia do interesse público fundamenta a existência das prerrogativas ou dos poderes especiais da Adm Pública, dos quais decorre a denominada VERTICALIDADE. Exemplos desse princípio são o exercício do Poder de Polícia, as chamadas cláusulas exorbitantes dos contratos adm, a desapropriação, a presunção de legitimidade dos atos adm e sua auto-executoriedade, etc. 
	São decorrências típicas do princípio da indisponibilidade do interesse público a necessidade de realizar concurso público para a admissão de pessoal permanente, necessidade de realizar licitação, a exigência de motivação dos atos adm, as restrições à alienação de bens públicos, etc. 
Obs
Em regra o Estado vai agir sob o Regime Jurídico Administrativo, ou seja, em supremacia. Entretanto, em certos casos sua atua
ção será em igualdade, como por
 ex.:
Alienação de bens
Atuação no mercado financeiro
Emissão de cheques
Nos contratos de locação, seguro e financiamento
Ex: venda no mercado de produtos fabricados por uma sociedade de economia mista; celebração de contrato de abertura de conta entre um particular e a Caixa. 
Nestes casos o Estado não estará agindo amparado pelo Regime Jurídico-Administrativo.	 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
É um instrumental de que o Governo dispõe para por em prática suas principais decisões. 
Não há na Doutrina um consenso sobre o conceito de Adm Pública.
Porém há 2 sentidos:
1 – SUBJETIVO, FORMAL OU ORGÂNICO
Nesse Sentido a Adm Pública significa o conjunto de Entidades, Órgãos e Agentes que realizam as atividades Adm, não importando o tipo de atividade que exerçam.
Leva em consideração o sujeito (QUEM FAZ).
O Brasil adora o critério formal de Adm Pública. Portanto só é Adm Pública, juridicamente, aquilo que o nosso direito assim considera, não importando a atividade que exerça. Desta forma há entidades integrantes da Adm Pública que não desempenham função adm, mas sim atividades econômicas, como as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista. Por outro lado, há entidades privadas que, apesar de exercerem atividades identificadas como próprias da Adm Pública, não integram a Adm Pública formal, como as concessionárias de serviços públicos e as organizações sociais. 
2 – OBJETIVO, MATERIAL OU FUNCIONAL
Leva em consideração a própria atividade administrativa
realizada pelos Agentes Públicos; é o conjunto de atividades próprias da função adm. Atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime de direito público, para consecução dos interesses coletivos. (O QUE FAZ) 
Ex. Fiscalização do Detran
	Sentido subjetivo o agente do Detran
	Sentido objetivo a ação de fiscalizar
As atividades adm que são levadas em conta no sentido objetivo são:
FOMENTO
Incentivo à iniciativa privada de Interesse Público. Será implementado por meio de renúncia fiscal, financiamento com juros subsidiados, subvenções (auxílios financeiros), etc. 
O Governo é quem determina o que será considerado de Interesse Público para ser incentivado (é muito subjetivo).
Esse fomento é aquele que pode gerar a guerra fiscal, em que cada Estado oferece menores impostos para atrair empresas.
Ex. redução de IPI para veículos novos.
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
É o chamado Poder de Polícia, que significa a prerrogativa do Estado de limitar o exercício dos Direitos Individuais em benefício da coletividade. Será exercido pelo Detran, IBAMA, ANVISA, Procon, Inmetro, etc.
Não há atividade livre do Poder de Polícia. 
São as ordens, notificações, licenças, autorizações, fiscalização, sanções, etc.
SERVIÇOS PÚBLICOS
Atividade material prestada direta ou indiretamente pelo Estado à sociedade para satisfazer interesse coletivo (necessidade pública). Representam utilidades ou comodidades para a população em geral, oferecidas pela adm pública formal ou por particulares delegatários sob regime jurídico de direito público. 
Ex. água, luz, telefone, etc. 
Obs
No Brasil a lei determina quais atividades serão consideradas Serviços Públicos, independente de sua importância para a sociedade.
Ex. Loteria.
INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA
Possui 2 sentidos: 
É o poder conferido ao Estado para fiscalizar e regular determinadas atividades econômicas por meio das Agências Reguladoras. 
Atualmente as Agências Reguladoras possuem natureza de autarquia em regime especial, pois têm maior autonomia que as demais autarquias comuns. Sua principal característica é o mandato fixo de sua Diretoria. Esse regime especial tem a finalidade de impedir que as Agências sofram pressões externas da sociedade, das empresas, e do próprio Governo. De todas as autarquias, as Agências Reguladoras são as mais fortes.
É a prerrogativa conferida ao Estado para explorar atividades econômicas por meio das Empresas Estatais (Empresas Públicas ou Sociedade de Economia Mista). (alguns autores não consideram essa atividade como intervenção)
O Estado somente pode explorar atividades econômicas se houver interesse público ou segurança nacional. As empresas estatais que exploram atividades econômicas devem ter o mesmo tratamento que as demais empresas privadas, nos termos do art. 173 da CF/88. 
Obs
 
 BASE CONSTITUCIONAL DAS EMPRESAS ESTATAIS
Art. 173. 
Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
 
exploração direta de atividad
e econômica pelo Estado só será 
permitida quando necessária aos im
perativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto 
jurídico da empresa pública, da 
sociedade de economia mista e de
 suas subsidiárias que explorem 
atividade econômica de produçã
o ou comercialização de bens ou 
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de 
fiscalização pelo Estado e pela 
sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico
 próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos 
direitos 
e obrigações civis, comerciais, 
trabalhistas e tributários;
III - licitação e contrataçã
o de obras, serviços, compras e alienações, observados os 
princípios da administração pública;
IV - a constituição e o
 funcionamento dos conselhos de 
administração e fiscal, com a participação de acionistas
 
minoritários;
V - os mandatos
, a avaliação de desempenho e a 
responsabilidade dos administradores.
§ 2º As empresas públicas e as s
ociedades de economia mista não 
poderão gozar de privilégios fis
cais não extensivos às do setor 
privado.
§ 3º A lei regulamentará as re
lações da empresa pública com o 
Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abus
o do poder econômico que vise à 
dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao 
aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade indi
vidual dos 
dirigentes da pessoa jurídica, estabel
ecerá a responsabilidade desta, 
sujeitando-a às punições compatí
veis com sua natureza, nos atos 
praticados contra a ordem ec
onômica e financeira e contra a 
economia popular.	
 
	 
Obs
Alguns autores ainda consideram como atividade de interve
n
ção a intervenção na propriedade privada, como a desapropriação e o tombamento. 
Obs
Para alguns autores, as sociedades de economia mista que exercem atividade econômica em sentido estrito, como o BB e a Petrobrás, não são consideradas adm. Pública em sentido material, enquanto as delegatárias de serviço público, como as concessionárias e as delegatárias, são consideradas adm pública em sentido material. 
Obs
Qualquer particular pode explorar atividades econômicas.
A finalidade dessa exploração é a obtenção de lucro.
Uma Empresa Estatal também pode explorar atividades econômicas, porem a sua finalidade não será a obtenção de lucro, mas sim o 
Interesse Público
 ou a 
Segurança Nacional.
 Isso não quer dizer que a Empresa Estatal não possa obter lucro, esse lucro apenas não pode ser sua finalidade principal. 
Mesmo assim as Empresas Estatais deverão ter o mesmo tratamento das empresas particulares nos termos do art. 173 da CF/88 (direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários). Quando o Estado explora atividades econômicas ele não pode agir em supremacia, deverá agir em igualdade. 
Em regra o Estado não pode explorar atividades econômicas. Estas devem ser exploradas pelo particular. Porém em casos de Interesse Público ou Segurança Nacional o Estado pode explorar atividades econômicas por meio das Empresas Estatais. 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA
1 – ENTIDADES POLÍTICAS, PESSOAS POLÍTICAS OU ENTES FEDERADOS
	São aquelas previstas diretamente na CF/88 exercendo suas atividades com autonomia. 
Possuem Personalidade Jurídica de Direito Público interno. 
	Ter personalidade jurídica significa agir em nome próprio
Têm autonomia política, que se caracteriza pela possibilidade de auto-organização e pela possibilidade de legislar. 
Podem administrar por meio de seus Órgãos. 
São elas:
União
Estados
DF
Municípios
Os Órgãos não possuem personalidade jurídica própria; eles agem em nome das entidades. As Entidades dividem-se em órgãos e agem por meio desses órgãos. 
Se a PF faz algo de errado, o cidadão entrará na justiça contra a União, pois a PF é um Órgão que age em nome da União.
Outros Órgãos da União
	Senado
Câmara
TCU
STF
	STJ e TJDFT
TST
TSE
STN
	CNJ
Justiça Federal
Justiça Eleitoral (TRF)
MPU e MPDFT
O DF não possui poder judiciário. A justiça no DF é prestada pela União. 
Obs
Quando a Entidade Política administrar por meio de seus Órgãos teremos a chamada 
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
2 – ENTIDADES ADMINISTRATIVAS
	Não podem legislar, apenas administrar. Não possuem autonomia política. Exercem competências de mera execução das leis editadas pelas Pessoas Políticas.
	Possuem Personalidade Jurídica.
	Compõem a Adm Indireta.
São instituídas pelas Entidades Políticas para o desempenho de atividades administrativas.
Sua principal característica é possuir Personalidade Jurídica própria, ou seja, atuam em seu próprio nome e por sua conta e risco. 
São elas: 
Autarquias
Fundações Públicas
Empresas Públicas
Sociedades de economia mista
Consórcios Públicos
União 			BB Sociedade
de economia mista
União			CEF Empresa Pública
União 			FUB Fundação Pública
DF			DETRAN Autarquia
Obs
Quando a atividade for desempenhada por uma Entidade Administrativa teremos a chamada 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
.
Existe
m
 Órgãos na Adm. Indireta. Como exemplo
 temos o CESPE, que é um Órgão
 da FUB, que é uma Fundação Pública e é quem tem a personalidade jurídica. 
Embora as entidades adm não tenham autonomia política, possuem autonomia adm
inistrativa. C
apacidade de auto-administração, significa dizer que não são hierarquicamente subordinadas à pessoa política instituidora e tem capacidade para editar regimentos internos dispondo acerca de sua organização e funcionamento, gestão de pessoas, gestão financeira, gestão de seus serviços, sempre nos termos e limites estabelecidos na lei que as criou ou autorizou. Essas entidades são vinculadas (sem hierarquia) à pessoa política instituidora, que exerce sobre elas controle adm denominado de 
TUTELA
 ou 
SUPERVISÃO
, exerc
ido nos termos da lei, voltado 
essencialmente à verificação do atingimento de resultados, tendo em conta as finalidades para cuja consecução a entidades adm foi criada. 	VINCULAÇÃO (não existe relação de subordinação)
IMPORTANTE
Os Órgãos estão presentes tanto na Adm. Direta, quanto na Indireta. Assim a ESAF, que é um Órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, integra a estrutura jurídica da União, fazendo parte da Adm. Direta; já o CESPE é Órgão que integra a estrutura da FUB e por isso representa a Adm. Indireta. 
 
 
IMPORTANTE
Somente por lei específica será criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação, cabendo a lei complementar, no caso da fundação, definir as suas áreas de atuação. As PJ de direito privado, mesmo as integrantes da Adm Pública, só adquirem personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente.
As Fundações Públicas podem ser criadas com personalidade jurídica de direito privado ou público. Quando criadas com personalidade jurídica de direito privado a lei específica autorizará sua criação. Quando criadas com personalidade jurídica de direito público, a lei específica a criará diretamente. Neste último caso elas serão uma espécie de autarquia, Tb chamadas de 
AUTARQUIAS FUNDACIONAIS
 ou 
FUNDAÇÕES AUTÁRQUICAS
.
Da mesma forma, somente lei específica poderá extinguir aquela entidade que foi criada por lei, ou a lei autorizará a extinção da entidade cuja criação foi autorizada por lei. 
A iniciativa das leis específicas que criam/autorizam criação ou extinguem/autorizam extinção cabem ao Poder ao qual está vinculada a Entidade. 
	
3 – CENTRALIZAÇÃO 
	Ocorre quando a Entidade Política presta os serviços diretamente, por meio de seus Órgãos; equivale a Adm. Direta. 
Entidade Política administrando por meio de seus Órgãos
União segurança nos estados PRF
DF Saúde Secretaria de Saúde
	4 – DESCENTRALIZAÇÃO 
	Ocorre quando a Entidade Política transfere para outra pessoa parte de suas atribuições; pressupões a existência de 2 pessoas distintas: o Ente descentralizador (quem transfere) e a pessoa que recebeu a atribuição; entre elas não há subordinação, mas apenas VINCULAÇÃO. A primeira exerce sobre a segunda o chamado CONTROLE FINALÍSTICO ou TUTELA ADMINISTRATIVA ou SUPERVISÃO (de desempenho). 
 Transfere Transfere 
	Pessoa 	Entidade Política Pessoa 
 
		Personalidade Jurídica Própria
		Pública ou privada
Física ou jurídica
				 VINCULAÇÃO
				 Controle Finalístico
	4.1 – Formas de Descentralização
A descentralização pode ser implementada de 2 formas distintas:
Outorga
Estado cria uma Entidade (Pessoa Jurídica) e a ela transfere determinado Serviço Público. A outorga pressupõe a edição de uma LEI que institua a Entidade, ou autorize a sua criação, e normalmente seu prazo é indeterminado. Nestes casos ocorre a criação das Entidades da Administração Indireta. 
	
	 Transfere 
Adm
 ind
ireta
Adm DiretaEntidade Política Entidade Administrativa 
 Por meio de lei
Transfere a TITULARIDADE e a EXECUÇÃO da atribuição por PRAZO INDETERMINADO.
Ex: União IBAMA; 
DF Detran
Delegação
Estado transfere, por contrato (concessão ou permissão de serviços públicos) ou ato unilateral (autorização de serviços públicos), unicamente a execução do serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome, e por sua conta e risco, sob fiscalização do Estado. 
A delegação por contrato é sempre por prazo determinado. Na delegação por ato adm (autorização de serviços públicos), como regra, não há prazo determinado em razão da precariedade típica da autorização (possibilidade de revogação a qualquer tempo, sem indenização).
A concessão só é possível para Pessoas Jurídicas, ao passo que a permissão e a autorização podem ser concedidas tanto a pessoas físicas quanto pessoas jurídicas. 
 
 Transfere 
Entidade Política Particular
 Por meio de ato ou contrato
Transfere apenas a EXECUÇÃO da atribuição e por PRAZO DETERMINADO.
Ex: União VIVO; 
DF Viplan
Formas de Delegação
Concessão 
Permissão
Autorização
Obs
Nem toda descentralização faz surgir a Adm. Indireta, a não ser quando for implementada por outorga. 
Pelo fato de a outorga transferir a titularidade do serviço e a delegação a sua mera execução, os controles exercidos no caso de delegação são muito mais limitadores, e os poderes de fiscalização são muito mais abrangentes. 
5 – DESCONCENTRAÇÃO 
	Criar Órgãos
ÓRGÃO
Subordinação
União
Presidência da república
Ministério da Justiça
DPF
Superintendência da PF
Delegacias da PF
	
Mera técnica administrativa de distribuição interna de competências, mediante a criação de Órgãos Públicos. Pressupões a existência de apenas 1 pessoa, pois os Órgãos não possuem personalidade jurídica própria. 
Objetivo é tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços. 
Resulta no surgimento dos Órgãos Públicos que são conjuntos de competências, localizado na estrutura interna de uma PJ.
Uma vez que a desconcentração ocorre no âmbito de uma mesma PJ surge a relação de HIERARQUIA, de SUBORDINAÇÃO, entre os órgãos dela resultantes. No âmbito das entidades desconcentradas há o CONTROLE HIERÁRQUICO, o qual compreende os poderes de comando, fiscalização, revisão, punição, solução de conflitos de competência, delegação e avocação.
	
	6 – CONCENTRAÇÃO 
Extinguir Órgãos
A
B
C
	
Técnica administrativa que promove a extinção de Órgãos Públicos, reunindo em um número menor de unidades as respectivas competências.
Obs
Tanto a Concentração, quanto a Desconcentração podem ser utilizadas na Adm. Direta e Indireta; ou seja, um serviço pode ser prestado centralizadamente mediante desconcentração, se for por órgão da adm direta, ou pode ser prestado descentralizadamente mediante desconcentração se for por uma unidade integrante da estrutura de uma mesma PJ da Adm Indireta. 	 
7 – ADMINISTRAÇÃO DIRETA 
 É o conjunto de órgãos e agentes públicos que integram uma mesma Entidade Política do Estado (União, Estados, DF e Municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, de atividades administrativas. 
8 – ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
É o conjunto de Entidades Administrativas que possuem personalidade jurídica própria e, vinculadas à adm direta (aos Entes Políticos), têm competência para o exercício, de forma descentralizada,
de atividades adm. 
9 – ENTIDADES ESTATAIS
	União
Estados
DF
Municípios
	Autarquias
Fundações Públicas
Empresas Públicas
Sociedades de economia mista
Consórcios Públicos
10 – EMPRESAS ESTATAIS
Empresas Públicas capital 100% público. Ex. Caixa
Sociedade de economia mista capital público e capital privado. Ex. BB
11 – SETORES DA SOCIEDADE
1° Setor Estado (Público)
2° Setor Iniciativa Privada com fins lucrativos (Privado)
3° Setor Iniciativa Privada sem fins lucrativos (Social)
4º Setor Economia informal
5º Setor Excluídos
BASE CONSTITUCIONAL DAS EMPRESAS ESTATAIS
Art. 173. 
Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de
 atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
. 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
1 ° SETOR 
 PÚBLICO
(Estado)
2° SETOR 
 PRIVADO
(Iniciativa privada com fins lucrativos)
3° SETOR 
 SOCIAL
(Iniciativa privada sem fins lucrativos)
GRUPO 1 
 PESSOAS POLÍTICAS
 - Pessoa Jurídica de Direito Público Interno
 - Entidade Federativa
 - Entes da Federação
 - União, Estados, DF e Municípios 
GRUPO 2 
 ENTES ADMINISTRATIVOS
 - Autarquias
 - Fundações Públicas
 - Empresas Públicas
 - Sociedades de economia mista
 - Consórcio público
GRUPO 3 
 ÓRGÃOS PÚBLICO
 - Independentes
 - Autônomos
 - Superiores
 - Subalternos
GRUPO 4 
 PARAESTATAIS
 - Serviços Sociais Autônomos
 - Organizações Sociais
 - Organizações da sociedade civil de interesse público
DELEGATÁRIOS
 - Concessionários
 - Permissionários
 - Autorizatários
ENTIDADES PARAESTATAIS
	Ao lado das Entidades Políticas e das Entidades Administrativas (da Estrutura da Administração Pública Brasileira) encontram-se as Entidades Paraestatais, que não fazem parte da organização administrativa brasileira (não integram a Adm. Pública em sentido formal).
	As paraestatais tem a função de complementar as atividades que são de responsabilidade do Estado. Mas o Estado não pode deixar de atuar.
Essas entidades são PJ privadas que, sem integrarem a estrutura da administração pública brasileira (Direta ou Indireta), colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse público, de natureza não lucrativa, às quais o Poder Público dispensa especial proteção (são atividades não exclusivas do Estado). Recebem fomento do Poder Público. 
Integram o chamado TERCEIRO SETOR, que pode ser definido como aquele composto por entidades privadas da sociedade civil, que prestam atividade de interesse social, por iniciativa privada, mas sem fins lucrativos.
Compreendem 3 tipos de entidades: 
Serviços Sociais Autônomos (SSA)
Organizações Sociais (OS)
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP)
Essas Entidades não fazem parte do Estado. Elas não compõem nem a Administração Direta e nem a Indireta. 
O fato de as entidades paraestatais não terem como finalidade a obtenção de lucro, não quer dizer que elas não podem obter lucros, mas sim que esses lucros devem ser investidos na própria paraestatal, e não divididos entre seus funcionários. 
ESPÉCIES DE PARAESTATAIS
	1.1 SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS (SSA)
São Entes privados instituídos por lei para desempenho de atividades assistenciais a determinadas categorias profissionais. Geralmente criados por entidades privadas representativas de categorias econômicas (Confederação Nacional do Comércio, da Indústria, etc). 
A aquisição de sua personalidade jurídica ocorre quando a entidade privada instituidora inscreve os respectivos atos constitutivos no registro civil das pessoas jurídicas.
São mantidos primordialmente mediante contribuições pagas pelas empresas sobre a folha de pagamento (fala em contribuição mas é obrigatória – contribuições sociais de natureza tributária), bem como mediante dotações orçamentárias do Poder Público. Quem arrecada e repassa essa verba para a SSA é a União. 
Não precisam de concurso público, mas apenas de um processo seletivo simplificado. 
Seus empregados serão regidos pela CLT, sendo considerados empregados privados. 
Devem prestar contas ao TCU.
Segundo o TCU os SSA não estão sujeitos aos estritos termos da Lei 8666/93, pois podem elaborar suas próprias normas de contratação, desde que sigam os princípios das licitações: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo.
Em resumo: o SSA sempre deve seguir os princípios das licitações, seja adotando a Lei 8666/93, seja por meio de normas próprias. 
Os SSA têm por objeto uma atividade social, não lucrativa, usualmente direcionada ao aprendizado profissionalizante, à prestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública, tendo como beneficiários determinados grupos sociais ou profissionais.
Estão sujeito à Lei de Improbidade adm. 
Ex: SESC, SESI, SENAC, SENAI, SEBRAE (“Sistema S”) 
Obs
A principal diferença entre um Empregado Público e um Empregado Privado é o fato de o Empregado Público não poder acumular 2 cargos públicos. Já o Empregado Particular pode acumular 2 cargos privados e até 1 cargo privado com 1 público. 
1.2 ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)
São Entes privados, instituídos pela vontade dos particulares, sem fins lucrativos, que recebem uma qualificação de OS pelo Poder Público quando firmam o CONTRATO DE GESTÃO.
A OS é uma qualificação jurídica, um título, dada a uma PJ de direito privado sem fins lucrativos, para que ela possa receber determinados benefícios do Poder Público, como dotações orçamentárias, isenções fiscais, etc, para a realização de atividades de interesse coletivo. Nenhuma entidade nasce como OS. A Entidade é criada como associação ou fundação e, habilitando-se perante o Poder Público, recebe a qualificação de OS. Trata-se de um título jurídico outorgado e cancelado pelo Poder Público.
A OS é regulamentada pela Lei 9.637/98.
A OS só pode exercer atividades de:
Ensino
Saúde
Cultura
Meio ambiente
Pesquisa científica
Desenvolvimento tecnológico
 (IMPORTANTE não pode aturar em assistência social).
Para se qualificar como uma OS a Entidade deve possuir um CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO com participação de diretores indicados pelo Poder Público. (Significa que a OS vai ter uma ingerência do Estado)
O CONTRATO DE GESTÃO além de estipular as metas e definir recursos, vai estabelecer os limites e critérios para a remuneração de pessoal
(tanto os diretores, quanto os demais funcionários). Tb vai determinar as obrigações do Poder Público e da OS e critérios objetivos de avaliação de desempenho. 
As Entidades qualificadas como OS são declaradas como de Interesse Social e Utilidade Pública para todos os efeitos legais. 
É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidores para a OS, com ônus para a origem (quem cedeu). Tb pode destinar recursos orçamentários e bens públicos com dispensa de licitação (licitação dispensada)
O não cumprimento das metas levará à desqualificação da OS, mediante processo administrativo com ampla defesa, respondendo os dirigentes, individual o solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão. 
Segundo a Lei de Licitações o Poder Público pode contratar uma OS sem licitação para desempenho das atividades contempladas no Contrato de Gestão (licitação dispensável).
A OS que receberem verbas da União, por determinação de Decreto do Presidente da República, deverão seguir a Lei de Licitações. Se receber verbas de outra Entidade Política, como DF ou Estados, não precisa fazer licitação. Mas se a obrigação de fazer licitação estiver contida no Contrato de Gestão, será obrigatória. 
As OS são um exemplo de parceria Estado-Sociedade, onde a OS exerce atividade em seu próprio nome, com incentivo do Estado, manifestado na transferência de recursos público, permissão de uso de bens públicos, etc. 
Não precisa de concurso público (pode até fazer, mas não é obrigada).
Seus empregados serão regidos pela CLT.
Devem prestar contas ao respectivo Tribunal de Contas (TCU ou Estatal de acordo com a Entidade Política daquela ela receber recursos).
A Lei da OS instituiu o Plano Nacional de Publicização, que tem por objetivo promover a extinção de Órgãos e Entidades Administrativas, transformando-as em OS.
Segundo a Lei, o Poder Público pode promover a extinção de órgãos ou Entidades transformando-as em OS. 
Ex de OC: Instituto Candango de Solidariedade
Como nasce uma OS:
Pessoa privada sem fins lucrativos
Qualificar
Ela se qualifica no Ministério da sua área de atuação. E isso é um ato discricionário
OS
CONTRATO DE GESTÃO
Recebe recursos estatais
Fixa metas
Define recursos
Não Confundir:
CONTRATANDO 
Poder Público OS não precisa seguir a Lei de Licitação
CONTRATANDO
OS Terceiros precisa seguir a Lei de Licitação se receber verbas da União
1.3 ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP)
São Entes privados, sem fins lucrativos, instituídos pela vontade dos particulares, para desempenhar serviços sociais não exclusivos do Estado, que recebem uma qualificação jurídica do Poder Público, quando firmam o TERMO DE PARCERIA. Objetivo é receber incentivo do Poder Público. Ao mesmo tempo passam a ser fiscalizadas por ele. 
A OSCIP é regulada pela Lei 9790/99
Uma entidade sem fins lucrativos, segundo a Lei 9790/99 é aquela que não distribui, entre os sues sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objetivo social. 
No Termo de Parceria deverão estar previstos os direitos e as obrigações dos pactuantes, as metas a serem alcançadas, os prazos de execução, critérios para avaliação de desempenho, previsão de receitas e despensas, dentre outros. 
Não são passíveis de qualificação como OSCIP:
Sociedades comerciais
Sindicatos 
Associações de classe ou de representação de categoria profissional
Instituições religiosas
Partido político
Plano de saúde
Hospital não gratuito
Escola não gratuita
OS
Cooperativas
Fundações públicas ou privadas mantidas por Órgãos Públicos e Organizações Creditícias
Organizações creditícias
Entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de sócios.
Como nasce uma OSCIP:
Pessoa privada sem fins lucrativos
Qualificar
Ela se qualifica no Ministério da Justiça. E isso é um ato vinculado
OSCIP
TERMO DE PARCERIA
Recebe recursos estatais
Fixa metas
Define recursos
A OSCIP é regulada pela Lei 9790/99.
Pode atuar nas seguintes áreas: assistência social, cultura, patrimônio histórico e artístico, educação, saúde, segurança alimentar e nutricional, meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável, promoção do voluntariado, sistemas alternativos de produção, assessoria jurídica gratuita, promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais, promoção do desenvolvimento econômico e social, combate à pobreza, . 
Não precisa de concurso público.
Seus empregados serão regidos pela CLT. 
Devem prestar contas diretamente ao Ministério com quem assinou o Termo de Parceria. Dessa forma não precisa prestar contas diretamente ao TCU. Isso não quer dizer que esteja imune à fiscalização do TCU, pois a qualquer momento pode sofrer o procedimento de Tomada de Contas Especial. 
Estão sujeitas a fiscalização do respectivo Tribunal de Contas.
Aquelas que recebem verbas da União ou de outra Entidade Política (como o DF) devem seguir a Lei de Licitações. 
O não cumprimento das metas levará à desqualificação da OSCIP, mediante processo administrativo com ampla defesa
A Lei exige que as OSCIP possuam um Conselho Fiscal, mas não exigem a presença de representantes do Poder Público em algum órgão da Entidade. 
Obs
 Alguns autores ainda consideram como integrantes das 
Paraestatais as Entidades de Apo
i
o.
São PJ de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos mas em nome próprio, sob a forma de Fundação, Associação ou Cooperativa. Sua finalidade é a prestação, em caráter privado, de serviços
 sociais não exclusivos do Esta
do.
Instituições Federais de Ensino Superior e Pesquisa Científica poderão contratar as Entidade de Apoio sem licitação (Licitação Dispensável)
IMPORTANTE
Toda ONG integra o
 Terceiro Setor, mas nem toda ON
G pode ser considerada
 Paraestatal, salvo se qualificar como 
OS
 ou OSCIP.
O Estado pode repassar dinheiro
 (destinar recursos) 
a qualquer pessoa privada sem fins lucrativos que cumpra determinados requisitos.
Existem 2 espécies de CONTRATOS DE GESTÃO
Aquele utilizado pela OS para receber recursos Estatais.
Aquele previsto no art. 37, § 8º da CF/88: os Órgãos ou Entidades Adm podem firmar com o Estado o CONTR
A
TO DE GESTÃO com a finalidade de obter maior autonomia gerencial, financeira e orçamentária. 
Segundo a Doutrina esse Contrato de Gestão atende o princípio constitucional da Eficiência. 
Art. 37 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
AGENTE PÚBLICO
	É toda e qualquer pessoa, com ou sem vínculo, com ou sem remuneração, transitoriamente ou não, que exerce uma atividade do Estado. Pode ser por nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, e o indivíduo poderá ocupar/exercer mandato, cargo, emprego ou função pública. 
	Esse Agente manifesta uma vontade que é imputada ao próprio Estado. 
Agente Público é um gênero que possui 5 espécies: 
Agente Político é aquela pessoa que exerce uma atividade prevista diretamente na CF/88 com autonomia funcional. Não se submete às normas gerais aplicáveis aos servidores públicos (Lei 8112/90). Eles possuem norma própria. São aqueles que tomam as principais decisões.
São os ocupantes do Governo em primeiro escalão. São eles: Presidente/Vice; Governador/Vice; Prefeito/Vice; Senador; Deputado Federal, Estadual ou Distrital; Vereador; Ministro de Estado; Secretário de Governo; Membros da Magistratura (Juiz, Desembargador e Ministros de Tribunal); Embaixadores; Advogado da União; Membros do MP (promotor, procurador); Membros dos Tribunais de Contas, etc. 
Agente Honorífico particular, convocado pelo Estado para o desempenho de uma atividade transitória e em regra gratuita, em razão de sua condição cívica. Conta como tempo para a aposentadoria. Ex: mesários, jurados. 
Agente Delegado é aquela pessoa a quem o Estado delega o exercício de uma atividade para ser realizada em nome do particular e por sua conta e risco. Ex: oficial de cartório, permissionários, juiz de paz, etc. 
Agente Credenciado é um particular credenciado pelo Estado para representa-lo em determinada atividade específica. Ex: Pelé como Embaixador Honorário da Copa. 
Agente Administrativo é aquele que possui um vínculo funcional com o Estado, com a Administração Pública. É subdividido em 3 categorias: 
Servidor Público é a pessoa que ocupa um cargo público, possuindo vínculo estatutário (seja efetivo ou em comissão)
Obs
Para ser Servidor Público não necessariamente precisa de concurso público, pois pode ser por cargo comissionado. 
Empregado Público é a pessoa que ocupa um emprego público, possuindo vínculo contratual (CLT). É um contrato por tempo indeterminado.
Obs
Diferença básica entre Servidor e Empregado está no tipo de vínculo que ele possui com a Adm. 
 
Obs
Apenas o ocupante de cargo efetivo pode adquirir a estabilidade constitucional. Dessa forma, o Empregado Público, mesmo que admitido por concurso público, pode ser demitido sem justa causa. 
Na prática a maioria das entidades que adotam a CLT, por pressões dos sindicatos, possuem, nos acordos coletivos, cláusulas que conferem uma certa estabilidade para os seus empregados públicos
.
Servidor Temporário não ocupa cargo, nem emprego público, pois apenas exerce uma função de excepcional interesse público. Não é obrigatória a realização de concurso público. 
IMPORTANTE
Em 1988 a CFF instituiu o denominado Regime Jurídico Único para cada Ente 
Político, ou seja, a União, cada Estado, o DF e cada Município deveria
m estabelecer um único regime 
para todos os seus servidores, para todos os agentes da Adm Direta, Autarquias e Fundações Públicas. Em 1990 a Lei 8112 passou a ser o Regime Jurídico Único da União, suas autarquias e Fundações Públicas. Entretando a EC nº 19/98 extinguiu o Regime Jurídico Único. A partir de então o Poder Público poderia optar entre o vínculo estatutário e celetista. Porém o STF em 02/08/2007 declarou inconstotucional parte da EC 19/98 voltando a vigorar no Brasil o Regime Jurídico Único. Assim, atualmente a União suas Autarquias e Fundações Públicas só podem admitir servidores públicos. Dessa
 forma atualemnte o Regime de Pessoal da União, suas Aautarquias e Fundações Públicas será: 
Adm Direta 
 Direito Público 
 8112/90
Autarquias 
 Direito Público 
 8112/90
Fundações Públicas Direito Público 
 8112/90
 
Direito Privado 
 CLT
Empresas Públicas 
 Direito Privado 
 CLT
Sociedade de Economia Mista 
 Direito Privado 
 CLT
Consórcio Público Direito Público 
 8112/90
 
Direito Privado 
 CLT
Obs
Nem todos os Agentes Públicos possuem uma classificação específica, como por exemplo, os militares, estagiários e terceirizados (são agentes públicos, mas não possuem classificação). 
 
	OBS TEORIAS SOBRE AS RELAÇÕES DO ESTADO COM OS AGENTES PÚBLICOS
	Considerando que o estado é uma pessoa jurídica, ele sempre atua por meio de seus agentes públicos (que são pessoas físicas). Existem três teorias que explicam a relação do Estado com seus agentes, quais sejam:
TEORIA DO MANDATO (procuração)
MANDATO é o contrato mediante o qual uma pessoa, no caso, o mandante, outorga poderes à outra, o mandatário, para que este execute determinados atos em nome do mandante e sob a responsabilidade deste.
O instrumento de contrato de mandato é a PROCURAÇÃO.
AGENTE = PESSOA FÍSICA = MANDATÁRIO (neste caso, mandatário da pessoa jurídica). 
O mandatário age em nome da pessoa jurídica e sob responsabilidade dela, em razão de outorga específica de poderes. 
Uma crítica a essa teoria é quem teria passado essa procuração?
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO
O agente público, pela teoria da representação, seria equiparado ao representante de pessoas incapazes (incapacidade civil, como a do menor de idade)
O agente seria uma espécie de TUTOR ou CURADOR do Estado, que o representaria nos atos que necessitasse praticar.
Principais críticas á essa teoria:
Equiparar a pessoa jurídica ao incapaz
Implicar a idéia de que o Estado confere representantes a si mesmo
Quando o representante ultrapassasse os poderes de representação, o Estado não responderia por esses atos perante terceiros prejudicados.
TEORIA DO ÓRGÃO (é a teoria adotada hoje)
Teoria amplamente adotada por nossa doutrina e jurisprudência.
A pessoa jurídica manifesta sua vontade por meio dos órgãos (que são partes integrantes da própria estrutura da pessoa jurídica).
Quando os agentes que atuam nestes órgãos manifestam sua vontade, considera-se que esta foi manifestada pelo próprio Estado. Fala-se em IMPUTAÇÃO (e não em representação) da atuação do agente, pessoa natural, á pessoa jurídica. 
Essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados por FUNCIONÁRIO DE FATO, pois considera que o ato por ele praticado é ato do órgão, imputável, portanto, à administração.
FUNCIONÁRIO DE FATO expressão empregada para demonstrar a situação do agente quando há vício ou irregularidade na sua investidura em cargo ou função pública, a exemplo:
Nulidade do concurso público,
Nomeação efetuada por servidor incompetente,
Descumprimento de requisito essencial para a posse.
Não é qualquer ato que é imputado ao Estado. É necessário que o ato revista-se, ao menos, de aparência de ato jurídico legítimo e seja praticado por alguém que se deva presumir ser uma agente público (teoria da aparência). Fora desses casos, o ato não será considerado do Estado.
Portanto para que possa haver a imputação, a pessoa que pratica o ato administrativo deve fazê-lo em uma situação tal que leve o cidadão comum a presumir regular sua atuação.
O cidadão comum não tem como verificar se o agente público está atuando dentro de sua esfera de competência, ou mesmo se aquela pessoa que se apresenta para ele, com toda aparência de um servidor público, foi regularmente investida em seu cargo.
O destinatário do ato deve estar de boa-fé, ou seja, deve desconhecer a irregularidade que mancha a atuação do agente funcionário de fato. 
ÓRGÃOS PÚBLICOS
São centros de competência despersonalizados cuja atuação é imputada à pessoa que integram. Podem ser criados tanto na estrutura da Administração Direta, quanto na Indireta.
Ex: Presidência da República, Câmara, Senado, Tribunais, MP, Ministérios, Secretarias de Estado, PF, Receita Federal, TCU, Abin, etc. O CESPE integra a FUB (Adm indireta)
CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS 
Não possuem personalidade jurídica própria.
Surgem da desconcentração. (criação de órgãos)
Não possuem patrimônio próprio.
Sempre integram a estrutura de uma PJ.
Não possuem capacidade processual (estar em juízo).
Seus dirigentes podem firmar Contrato de Gestão nos termos do art. 37 parágrafo 8º da CF.
Obs 1
O Ministério Público é um órgão que possui capacidade processual ativa, podendo ajuizar as ações previstas no art. 129 da CF/88. Não é qualquer ação que o MP pode prop
or, somente as do art. 129. O MP
 não possui capacidade passiva – não pode entrar contra ele, mas ele pode entrar contra a pessoa.
Obs 2
Em regra o Órgão não
pode ir à justiça, pois não possui personalidade jurídica própria. Entretanto, o STF entende que certos Órgãos (independentes ou autônomos) podem ajuizar ações judiciais na defesa de sua competência, quando violada por outra pessoa. É possível, inclusive, impetrar mandado de segurança quando for violado direito líquido e certo. A possibilidade do Órgão ir à justiça é denominada “capacidade processual excepcional”
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS
QUANTO À DIVISÃO INTERNA
SIMPLES constituído por um só centro de competências, não havendo divisões internas. Ex: escolas públicas.
COMPOSTO possui mais de um centro de competência, com divisões internas. Ex: Ministérios.
QUANTO AO PODER DE DECISÃO
SINGULAR as decisões são tomadas por um único agente. 
Ex: Presidência da República.
 
COLEGIADO as decisões são tomadas por mais de um agente. 
Ex: tribunais, Senado, Câmara, etc. 
 
QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL (mais importante)
INDEPENDENTE previsto diretamente na CF, não é subordinado a nenhum outro órgão. Ex: Presidência da República, Câmara, Senado, TCU, MP, etc. No DF só há 3 Órgãos independentes: Câmara Legislativa, Gabinete do Governador e TCDFT. 
AUTÔNOMO subordinado ao independente, possui ampla autonomia administrativa, financeira e orçamentária. Ex: Ministérios, AGU, Secretarias de Estado, etc. 
SUPERIOR possui poder de decisão e direção, mas sem autonomia financeira. Ex: PF e Receita Federal.
SUBALTERNO órgão de mera execução, sempre subordinado a vários níveis hierárquicos superiores. Ex: escolas e delegacias
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS
São aquelas instituídas pelos Entes Políticos, para o desempenho de atividades administrativas. Sua principal característica é possuir personalidade jurídica própria (atua em seu próprio nome e por sua conta e risco). 
CRIAÇÃO
As autarquias são criadas por lei específica (é uma lei ordinária que só trata de determinado assunto), de iniciativa privativa do Chefe do Executivo. Ser criada por lei específica significa que a autarquia adquire personalidade jurídica própria no dia em que a lei entrar em vigor, sem necessidade de registro. 
As fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista são autorizadas por lei específica de iniciativa privativa do Chefe do Executivo. Nesse caso a lei apenas autoriza a criação, que ocorrerá em momento posterior. Para que tais entidades sejam efetivamente instituídas será necessário editar um decreto, bem como promover o registro nos órgãos competentes. 
Art. 37. XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;
Obs 1
As Entidades Administrativas podem ser instituídas pela União, Estados, DF e Municípios.
Obs 2
A extinção ou modificação das Entidades Administrativas também deve ser precedida de lei específica, de iniciativa privativa do Chefe do Executivo.
Obs 3
É possível a instituição de Entidades Administrativas vinculadas aos Poderes Legislativo ou Judiciário. Nesse caso, a iniciativa da lei específica será do Chefe do respectivo Poder. Atualmente não há nenhuma Entidade Administrativa vinculada ao Legislativo ou Judiciário. 
	 
PARA A PROVA
Segundo a CF/88, u
ma Lei Complementar que vai definir as áreas de atuação de todas as Fundações Públicas. Essa lei ainda não existe. Para cada nova Fundação Pública deve ser editada uma lei específica autorizativa (lei que só trata daquele assunto). 
Obs 4
Segundo a CF/88 a Empresa Pública e a Sociedade de Economia Mista serão instituídas mediante autorização em lei específica; já a instituição de subsidiárias será feita por meio de autorização legislativa (precisa ser por lei, mas não específica). 
Obs 5
Segundo o STF, é constitucional lei específica que autoriza a instituição de Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista e, desde já, deixa autorizado a instituição de subsidiárias. 
2. CARACTERÍSICAS COMUNS
Possuem personalidade jurídica própria.
Surgem da descentralização (por outorga). 
Integram a Administração Indireta
Não são subordinadas, mas apenas vinculadas aos Entes Políticos.
Sofrem o chamado Controle Finalístico1.
Possuem patrimônio próprio.
Possuem capacidade processual (estar em juízo).
Devem fazer concurso e licitação.
Devem prestar contas ao respectivo Tribunal de Contas.
Podem editar atos de caráter normativo.
Não podem legislar. 
Seus agentes estão sujeitos à Lei de Improbidade Administrativa. 
Exercem atividades administrativas.
Obs 
1
As Entidades Administrativas não são subordinadas ao ente federativo que as criou, ou seja, não há hierarquia. A relação entre uma entidade administrativa e a administração direta da pessoa política instituidora é de 
vinculação
 administrativa. A entidade política exercerá, sobre a entidade administrativa, o chamado 
controle finalístico, tutela administrativa
 ou 
supervisão
.
Tendo em conta a inexistência de hierarquia, o exercício do controle finalístico pressupõe a expressa previsão legal, que determinará os limites e instrumentos de controle. 
Pode-se afirmar que o controle finalístico visa a assegurar que a entidade controlada esteja atuando em conformidade com os fins que a lei instituidora lhe impôs. É um controle que deve se concentrar, essencialmente, na verificação do atingimento de resultados, pertinentes ao objeto da entidade. 
IMPORTANTE
Legislar significa editar lei em sentido estrito; tal lei pode inovar a ordem jurídica, criando obrigações que não existiam; apenas os Entes Políticos podem legislar. Corresponde à Lei em sentido estrito (aprovada pelo legislativo e sancionada pelo executivo)
Os atos de caráter normativo apenas complementam/regulamentam uma lei, não podendo jamais inovar a ordem jurídica, nem criar obrigações não previstas em lei. Assim a lei é o limite do ato normativo
.
Obs do IMPORTANTE
O único ato de caráter normativo que pode inovar a ordem jurídica é o decreto autônomo 
do Presidente da República, 
previsto no art. 84, VI da CF/88. 
Art. 84: VI -  dispor, mediante decreto, sobre: 
a)  organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; 
b)  extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; 
3. ENTIDADES EM ESPÉCIE
3.1 AUTARQUIAS
São Entidades Administrativas autônomas, criadas por lei específica, de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador ou prefeito), com personalidade jurídica de direito público, para o desempenho de atividades típicas do Estado. Integram a administração pública indireta, representando uma forma de descentralização administrativa.
A extinção de autarquias Tb deve ser feita por meio de lei específica. 
Ter personalidade jurídica de direito público significa possuir as mesmas prerrogativas do Estado. Assim as Autarquias podem: 
Prestar serviços públicos
Exercer poder de polícia
Fiscalizar
Regular, bem como qualquer outra atividade que exija supremacia. 
As Autarquias não podem legislar e nem explorar atividades econômicas (quem explora atividades econômicas são as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia mista). 
	
3.1.1 Natureza Jurídica
	A Autarquia é uma entidade administrativa de direito público (pode agir em supremacia). A sua personalidade inicia-se com a vigência da lei que a instituiu.
	Como sua função é meramente administrativa, elas não podem criar, de forma inaugural, regras jurídicas de auto-organização. Possuem capacidade apenas de auto-administração, que significa administrar a si próprias segundo as regras constantes da lei que as instituiu. 
	3.1.2 Principais exemplos 
	Agência Reguladora
INCRA
USP
	INSS
DENIT 
UFRJ
	IBAMA 
DETRAN-DF 
BACEN
Regime de pessoal 
Estão submetidas ao Regime Jurídico Único só podendo adotar o vínculo Estatutário.
Nomeação e
exoneração de dirigentes
A forma de investidura dos dirigentes das autarquias será aquela prevista na lei instituidora. A competência para a nomeação, nas autarquias federais, é privativa do presidente da República (e simetricamente do Governador ou do Prefeito). Para a nomeação, poderá ser exigida prévia aprovação pelo Senado Federal do nome escolhido pelo Presidente da república. Em alguns casos essa aprovação prévia é condição imposta pela própria CF/88. Em outros casos a aprovação pode ser exigência somente de lei. 
O que a lei não pode estabelecer são hipóteses de exigência de aprovação legislativa prévia para a exoneração de dirigentes, e muito menos permitir que o próprio Legislativo exonere um dirigente.
	3.1.5 Patrimônio
	As Autarquias possuem patrimônio próprio e seus bens são considerados públicos. Os bens públicos das autarquias possuem as seguintes características: 
Inalienabilidade não podem ser vendidos enquanto estiverem vinculados a uma finalidade pública. 
Impenhorabilidade não podem ser objeto de penhora judicial. As Autarquias vão pagar suas dívidas judiciais por meio de precatório, ou requisição de pequeno valor (até 60 salários mínimos). 
Imprescritibilidade não podem ser adquiridos por usucapião (aquisição da propriedade pelo decurso da posse). 
Não-onerabilidade os bens públicos não podem ser oferecidos em garantia. 
Imunidade de impostos as Autarquias não pagam impostos sobre seu patrimônio, renda ou serviços. Tal imunidade não abrange as taxas e as contribuições. As autarquias gozam da chamada imunidade tributária recíproca, que veda a instituição de impostos sobre o seu patrimônio, suas rendas e sobre os serviços que elas prestem, desde que estejam vinculados a suas finalidades essenciais, ou às que dela decorram. 
Privilégios processuais as autarquias possuem capacidade processual, ou seja, podem estar em juízo. Tal como o Estado, as Autarquias possuem privilégios quando estiverem litigando na justiça, como por exemplo prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. As Autarquias devem ser intimadas dos atos do processo na pessoa de seu procurador. Tb possuem o duplo grau de jurisdição obrigatório.
Autonomia em regra as autarquias possuem autonomia administrativa, financeira e orçamentária, não sendo subordinadas às Entidades Políticas, mas apenas vinculadas (sofrem controle finalístico, tutela ou supervisão – controle de finalidade e controle de desempenho). 
Prescrição quinquenal as dívidas passivas das autarquias prescrevem em 5 anos (dívidas e direitos em favor de terceiros contra a autarquia).
Obs
Os privilégios processuais concedidos às Autarquias não violam o princípio da igualdade pois os desiguais devem ser tratados desigualmente.
	3.1.6 Responsabilidade Civil
As autarquias responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Essa regra constitucional sujeita as autarquias á responsabilidade objetiva, na modalidade de risco administrativo. Significa que a autarquia terá que indenizar danos que seus agentes, atuando nesta qualidade, causarem a terceiros, independente de dolo ou culpa do agente. Poderá eximir-se da responsabilidade, se provar culpa exclusiva da vítima, ou que o dano decorreu de alguma causa de excludente de ilicitude. Condenada a indenizar, a autarquia tem ação regressiva contra o agente causador do dano, mas a ação só será julgada procedente se a entidade provar que o agente agiu com dolo ou culpa (responsabilidade extracontratual do agente é subjetiva). 
3.1.7 Autarquias corporativas ou profissionais 
São instituídas para desempenho de atividades de fiscalização e regulamentação de determinadas categorias profissionais. São os Conselhos de Classe. Ex: CRBM, COFEN, CRM. 
Obs 1
Os Conselhos de Classe, apesar de terem a natureza de autarquia, atualmente adotam o vínculo celetista; entretanto em dezembro de 2010 o STJ determinou que todos os Conselhos (salvo a OAB) passem a adotar o vínculo estatutário; porém os Conselhos recorreram ao STF e por isso não há decisão final sobre o tema. 
Obs 2
Existe uma grande divergência sobre a natureza jurídica da OAB: segundo a doutrina a OAB é uma autarquia corporativa, porém possui privil
égios especiais como não precis
a
r
 fazer concurso, licitação ou prestar contas; já o STF entende que a OAB não possui classificação no direito brasileiro, sendo considerada uma instituição “sui generis”. As provas seguem o entendimento da doutrina (OAB como autarquia corporativa
). 
3.1.8 Autarquias Territoriais ou Políticas 
Os Territórios, quando vierem a existir, terão a natureza jurídica de autarquia da União, autarquia federal. 
Obs
Segundo a CF/88 os Territórios serão criados por lei complementar (autarquia é criada por lei específica); cada Território elegerá 4 Deputados Federais; os Territórios podem ser divididos em Municípios. 
3.1.9 Autarquia em regime especial 
É aquela que recebeu da lei instituidora determinadas prerrogativas que lhe garantem maior autonomia, se comparada com as demais autarquias comuns. 
Ex: Bacen, Agência Reguladora, USP, etc. 
3.1.10 Agência Reguladora X Agência Executiva
Agência Reguladora é uma entidade instituída para regular e fiscalizar determinadas atividades econômicas, tomando decisões técnicas e não políticas. Atualmente todas as agências reguladoras federais possuem a natureza de autarquia em regime especial, ou seja, tem maior autonomia que as demais autarquias comuns. Isso se justifica pelo fato de estarem imunes às pressões das empresas, consumidores e do próprio Governo. Apesar de todas as Agências Reguladoras possuírem a natureza jurídica de autarquia em regime especial, não há qualquer lei que as obrigue a adotar tal regime. Assim, as Agências Reguladoras já nascem com maior autonomia, sendo que tal autonomia vai durar por prazo indeterminado. Sua principal característica é o mandato fixo de sua Diretoria, que é indicada pelo presidente da República, com aprovação do Senado Federal. A única Agência em que os Diretores não possuem estabilidade no mandato é a ANP.
A CF/88 utilizou a expressão “Órgãos Regulador” mas apenas para as atividades de telecomunicações e petróleo. O legislador infraconstitucional usou a expressão “Agência Reguladora” estendendo sua atuação para várias outras atividades. Dessa forma pode-se dizer que as únicas Agências que possuem base constitucional expressa são a ANATEL e a ANP. 
 
Agência Executiva é uma qualificação conferida a Autarquia ou Fundação Pública que possuem maior autonomia. Para que a Entidade pretendente consiga a qualificação, deverá elaborar o PLANO DE REESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL baseado no aumento de eficiência com redução de despesas. Após, deverá ser firmado, com o respectivo Ministério, um CONTRATO DE GESTÃO previsto no art, 37 § 8º da CF, com fixação de metas e definição da maior autonomia que será concedida. A qualificação formal como agência executiva ocorrerá por DECRETO do Presidente da República. Essa autonomia tem prazo determinado: dura o prazo do Contrato de Gestão. 
 
3.2 FUNDAÇÕES PÚBLICAS
São Entidades Administrativas autônomas, autorizadas por lei específica. Personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma finalidade específica não lucrativa, de cunho social. Não podem ser criadas para o desempenho de atividades econômicas em sentido estrito. Para isso o Estado deve criar Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista. Segundo a CF/88, lei complementar vai definir as áreas de atuação das Fundações Públicas; entretanto tal lei ainda não existe e, por isso, existem dois entendimentos: 
Uns defendem que as Fundações Públicas podem exercer qualquer atividade, salvo as econômicas;
Outros entendem que as Fundações Públicas devem exercer atividades de caráter social.
As Fundações Públicas podem ter:
Personalidade jurídica de Direito Público quando terão as mesmas prerrogativas do Estado (imunidade
de impostos, privilégios processuais, submetem-se ao regime jurídico único, etc). Segundo a Doutrina tais Fundações são espécies de Autarquias, denominadas “Fundações Autarquicas” ou “Autarquias Fundacionais”. Assim as Fundações Públicas de Direito Público são criadas por lei específica.
Personalidade jurídica de direito privado quando serão regidas por normas de direito privado. Entretanto, por pertencerem ao Estado se submetem a certas normas de Direito Público (concurso, licitação, etc). Dessa forma, segundo a Doutrina, tais Fundações possuem natureza híbrida, ou seja, em parte se submetem a normas de Direito Público, e em parte a normas de Direito Privado. 
PARA A PROVA
S
e falar só fundação pública, sem especificar se é de direito público ou privado, deve marcar como na CF. Se tiver o complemento, dizendo se é de direito público ou privado, deve marcar como na doutrina
.
Fundação Pública X Fundação Privada
	FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO
	FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO
	FUNDAÇÃO PRIVADA
	Instituída pelo Estado
	Instituída pelo Estado
	Instituída por particulares
	Criadas por lei específicas
	Autorizadas pro lei específica
	Testamento ou Escritura Pública
	Normas de Direito Público
	Normas híbridas (Direito Público e Privado)
	Normas de Direito Privado
	Concurso e licitação
	Concurso e licitação
	Não precisa de concurso e nem de licitação
	Regime estatutário
	Regime celetista
	Regime celetista
	Presta contas ao TCU, CGU e respectivo Ministério
	Presta contas ao TCU, CGU e respectivo Ministério
	Sofre controle permanente do MP*
	Adquirem personalidade jurídica com a edição da lei
	Só adquirem personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente
	Só adquirem personalidade jurídica com a inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente
	Podem desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império, como práticas de atos auto-executórios e atos pertinentes ao poder de polícia.
	Não podem desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império.
	Não podem desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império.
	Estão sujeitas ao regime de precatórios judiciais
	Não estão sujeitas ao regime de precatórios judiciais.
	Não estão sujeitas ao regime de precatórios judiciais.
	Ex: FUB, FUNAI, FUNASA, etc
	Ex: não há exemplo na União
	Ex: Fund. Roberto Marinho, FCC, Funinversa, Funrio, etc. 
*Esse controle é para evitar roubo após o dono da fundação morrer. As fundações públicas não precisam ser consultadas pelo MP, pois já são fiscalizadas pelo TCU, CGU e Ministérios. 
Obs
As denominadas Fundações de Apoio às Universidades Federais são apenas Fundações Privadas, não integrando a Adm Pública. 
Obs
A rigor, a distinção entre “autarquia” e “fundação pública com personalidade jurídica de direito público” é meramente conceitual: autarquias costumam ser definidas como um 
serviço público personificado
, em regra, típico de Estado; fundações públicas são, por definição, um 
patrimônio personificado
 destinado a uma finalidade específica, usualmente de interesse social. 
 
3.3 EMPRESAS PÚBLICAS (EP)
	São PJ de Direito Privado, autorizadas por lei específica, constituídas com capital exclusivamente público e sob qualquer forma jurídica, para exploração de atividades econômicas ou prestação de serviços públicos. A criação da entidade, ou seja, a aquisição de personalidade jurídica, somente ocorre com a inscrição no registro público competente. 
	Ex: Correios, Caixa, Embrapa, etc.
3.4 SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (SEM)
	São PJ de Direito Privado, autorizadas por lei específica, constituídas com capital público e privado, e sob a forma jurídica exclusiva de SA para exploração de atividades econômicas ou prestação de serviços públicos. A criação da entidade, ou seja, a aquisição de personalidade jurídica, somente ocorre com a inscrição no registro público competente.
	Ex: BB, Petrobras, etc. 
Obs
Não é qualquer serviço público que pode ser objeto das EP e SEM. As atividades exclusivas do Estado, que envolvem exercício do Poder de Império, que exijam atuação fundada no poder de polícia, só podem ser exercício por pessoas jurídicas de direito público. As EP e as SEM põem prestar aqueles serviços público que se enquadram no conceito de atividade econômica em sentido amplo, que têm potencial para ser explorados com intuito de lucro. 
A. DIFERENÇAS ENTRE EP E SEM
	
	EP
	SEM
	CAPITAL
	100% público
	Mais de 50% público e o restante privado
	FORMA JURÍDICA
	Qualquer forma, Ltda, SA, ...
	SA
	FORO (somente para as federais)
	Justiça Federal
	Justiça Comum Estadual
	EXEMPLOS
	Correios, Caixa Econômica Federal, SERPRO
	Banco do Brasil S/A e Petrobras S/A
Obs 1
A EP pode ter sócios desde que todos sejam Entidades Estatais
 (direta o indireta)
. 
Ex: Novacap (51% do DF e 49% da União).
 
Entidades Estatais
União
Administração Direta
Entidades PolíticasEstados
DF
Municípios
Autarquias
Entidades AdministrativasFundações Públicas
Administração IndiretaEP
SEM
Consórcios Públicos
Empresas Estatais
Empresas Públicas
Sociedades de economia mista
Obs 2
Se houver interesse público e desde que seja autorizado em lei, o Estado pode adquirir menos de 50% de uma empresa (se ele adquirir mais de 50% ela vira uma SEM); nesse caso tal empresa continua sendo apenas uma empresa privada. 
Obs 3
Segundo a Doutrina dá-se o nome de Empresa Pública Unipessoal àquela instituída sob a forma de 
SA 
com capital exclusivo da União.
Obs
 4
To
da SEM é uma SA, mas nem toda SA 
é uma SEM.
Obs 5
Os crimes cometidos contra EP Federal serão investigados pela PF. Já aqueles cometidos contra SEM será investigados pela PC dos Estados. 
Obs
 6
As causas trabalhistas envolvendo EP ou SEM serão solucionadas pela Justiça do Trabalho. 
B. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS EMPRESAS ESTATAIS
Segundo o art. 173 da CF/88 as Empresas Estatais (EP e SEM) serão constituídas para exploração de atividades econômicas ou prestação de serviços públicos. Segundo o texto constitucional, tanto uma quanto a outra terão o mesmo tratamento que as demais empresas privadas, inclusive quanto aos encargos tributários, fiscais, previdenciários e civis. Entretanto, segundo o STF, as Empresas Estatais que prestam serviços públicos, em especial aquelas em regime de monopólio, terão tratamento privilegiado, em decorrência do princípio da continuidade na prestação dos serviços públicos. Segundo o STF, os Correios possuem imunidade de impostos e privilégios processuais.
Desta forma as EP e SEM que exploram atividades econômicas terão as suas atividades regidas predominantemente pelo Direito Privado. Já as EP e SEM que prestam serviços públicos terão as suas atividades regidas predominantemente pelo Direito Público. 
C. SEMELHANÇAS ENTRE EP E SEM
São PJ de Direito Privado
Integram a Adm Indireta
Surgem da descentralização
São autorizadas por lei específica, de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. Para sua extinção Tb é necessária a edição de uma lei específica autorizativa, de iniciativa privativa do Chefe do Executivo. 
Necessitam de registro para aquisição de personalidade jurídica própria
Não são subordinadas aos Entes Políticos, mas apenas vinculadas 
Sofrem o chamado controle finalístico
Possuem natureza híbrida (regidas em parte por direito público, e em parte por direito privado). Aquelas que se dedicam à exploração de atividades econômicas sujeitam-se predominantemente, sobretudo no exercício de atividades-fim, ao regime jurídico próprio das empresas privadas. Já aquelas que se dedicam à prestação de serviços públicos sujeitam-se predominantemente, sobretudo no exercício de atividades-fim, ao regime jurídico de direito público.
Devem realizar concurso público e licitação, exceto para os contratos celebrados cujo objeto esteja diretamente

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