Relatório Química Orgânica- Determinação de pH e solução tampão

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FACULDADE SUDOESTE PAULISTA
MARÍLIA RODRIGUES SILVA 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 5
DETERMINAÇÃO DO PH E SOLUÇÃO TAMPÃO
ITAPETININGA
2014
MARÍLIA RODRIGUES SILVA 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 5
DETERMINAÇÃO DO PH E SOLUÇÃO TAMPÃO
Trabalho apresentado à disciplina de Química Orgânica, do curso de Biomedicina da Faculdade Sudoeste Paulista.
Orientador: Prof. Dr. Ricardo A. Hakie-Silva
ITAPETININGA
2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
	O pH de uma solução é a quantidade de íons H+ e OH- presentes nela, que pode torna-la alcalina ou ácida. A escala que mede essas concentrações iônicas vai de 0 a 14, sendo o 7 um valor neutro, ou seja, quando a concentração hidrogeniônica é igual a concentração hidroxiônica, portanto não há íons livres em solução. 
	A variação drástica de pH pode interferir tanto em soluções preparadas no laboratório quanto no organismo dos seres vivos, com isso, a existência de um sistema que impeça essa mudança rápida é extremamente necessária. No corpo humano, existem dois principais sistemas tamponantes: o sanguíneo, de pH aproximadamente 7,4 e que pode variar de 7,35 a 7,45 sem gerar problemas, e o citoplasmático, que pode variar em um ponto para mais ou para menos. No sanguíneo, os íons bicarbonato e ácido carbônico são quem controlam a variação e, no citoplasmático, quem controla são os íons fosfato, sendo o monobásico de caráter ácido e o dibásico com caráter básico. O sistema tampão pode ser determinado como utilizável de acordo com sua capacidade tamponante, ou seja, a quantidade de H+ que um tampão pode absorver sem que ocorra uma mudança significativa no pH.
OBJETIVO
Preparar soluções de caráter básico e ácido, medir seu pH e utilizar para preparar uma solução tampão com capacidade tamponante real.
MATERIAIS E MÉTODOS
Balão volumétrico de 100 mL;
Béquer de 100 mL;
Béquer de 50 mL;
Vidro de relógio;
Espátula;
Balança analítica;
Pisseta;
Proveta de 50 mL;
Fita medidora de pH;
Água;
Ácido acético;
Acetato de sódio;
Hidróxido de sódio;
Ácido clorídrico;
Detergente neutro;
Leite;
Coca-Cola.
A primeira solução a ser preparada foi a de Ácido acético a 0,1 M. O balão volumétrico foi colocado na balança e tarado, em seguida a massa calculada de Ácido acético foi depositada nele com a ajuda da pisseta. Na proveta foi adicionado cerca de 100 mL de água e transferido ao balão volumétrico, ajustando o menisco. Após homogeneizar a solução, ela foi colocada em um béquer com identificação e seu pH foi medido e anotado.
A segunda solução feita foi de Acetato de sódio a 0,1 M. O vidro de relógio foi colocado na balança e tarado, em seguida a massa calculada de Acetato de sódio foi depositada nele com a ajuda da espátula. O sal foi colocado no béquer e, com a proveta, foi adicionado cerca de 100 mL de água, em seguida a solução foi transferida para o balão volumétrico e homogeneizada. Após colocar a solução já homogeneizada no béquer, o pH foi medido e anotado. As duas soluções foram armazenadas.
A terceira parte do experimento consistiu em medir o pH de diferentes substâncias, preparadas de acordo com a tabela a seguir:
	Solução
	Composição
	1
	50 mL de água mineral
	2
	30 mL de água + 10 mL de Hidróxido de sódio
	3
	30 mL de água + 10 mL de Ácido clorídrico
	4
	40 mL de água + 10 mL de Detergente neutro
	5
	40 mL de água + 10 mL de Leite
	6
	40 mL de água + 10 mL de Coca-Cola
O pH foi medido e os resultados anotados.
A última solução a ser preparada foi a solução tampão. Utilizando 20 mL de cada uma das duas primeiras soluções preparadas, a solução foi colocada em um béquer, seu pH foi medido e anotado para conferir seu grau de tamponamento. Em seguida, foram adicionadas 5 gotas de Ácido clorídrico na solução tampão e seu pH foi anotado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para determinar a massa de Ácido acético e Acetato de sódio, utilizou-se do seguinte cálculo:
	Ácido Acético
	
	Acetato de sódio
	
	O pH encontrado na solução de Ácido acético foi 3 e do Acetato de sódio foi 7. Depois de preparar a solução tampão, o pH variou para 4 e, com a adição de 5 gotas de ácido clorídrico, um ácido forte, continuou com o pH em 4, mostrando que a solução tem uma boa capacidade tamponante pois a variação aceitável é de 1 para mais ou para menos.
	O pH das outras seis soluções está descrito na tabela abaixo:
	Solução
	pH medido
	1
	6
	2
	13
	3
	1
	4
	9
	5
	6
	6
	3
	
A solução 1 manteve o pH esperado para a água coletada da torneira, que poderia variar de 6 a 7. Nas soluções 2 e 4, de Hidróxido de sódio e de Detergente respectivamente, o pH encontrado foi básico, sendo perfeitamente aceitável para o Hidróxido de sódio, uma solução altamente alcalina, mas não muito aceitável para o detergente, pois deveria ser neutro, ou seja, com o pH 7. As soluções 3 e 6 mostraram ter um pH ácido, com o ácido clorídrico que é um ácido forte e a Coca-Cola, que pode alterar drasticamente o pH estomacal, provocando degeneração da cama de muco presente na parede do estomago e, em seguida, degeneração do tecido epitelial e conjuntivo, chegando ao caso de ulcera. A solução 5, de Leite, mostrou um pH ácido, o que era esperado antes do início dos experimentos. 
CONCLUSÃO
	O pH é o determinante da concentração hidrogeniônica de determinada solução, podendo ser classificada como ácida se o pH estiver na escada de 0 a 6,9 ou básica se estiver com um pH de 7,1 a 14. Os graus de alcalinidade e acidez podem interferir no funcionamento do organismo, por isso existe um sistema que mantem a homeostase, ou seja, o equilibro interno do organismo humano, e que impede a variação drástica de pH, através da liberação de H+ pelo ácido ou pela apreensão deste íon pela base. Nos experimentos realizados, obtive-se uma solução tampão com ótima capacidade tamponante, já que não permitiu a variação de pH com a adição de um ácido, e, também, conferiu-se que nem sempre o pH encontrado nas soluções será o esperado.