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CASO CONCRETO DIREITO INTERNACIONAL

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CASO CONCRETO 1 
O DIPe interdependência e cooperação entre Estados ―Os Estados Unidos desistiram de apelar da decisão da 
Organização Mundial do Comércio (OMC) que deu vitória ao Brasil no processo contra as medidas anti dumping aplicadas pelo governo americano na exportação de suco de laranja brasileiro.
 
Com isso, as sobretaxas ao produto nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto novamente competitivo." Essa foia primeiravez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fato foi comemorado pelo Itamaraty como umainclinação do governo americano de rever uma prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento". 
Com base no texto acima, retirado da página da Organização Mundial do Comércio discorra sobre a vertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
R: O caso em tela refere-se à atuação do Direito Internacional Público, que tem como premissa ser uma regra de vida social, aplicável à SociedadeInternacional, objetivando o bem comum e a manutenção daordemsocial, que devereinarnoâmbitointernacional. Essafonte de direitoprima portutelar as mais variadasrelações entre nações, entre elas os comerciais e políticas. No Direito Internacional, as relações ocorrem entre pessoas internacionais(Estados soberanos, OrganizaçõesInternacionais, etc.). Asrelações internacionais, assim comoasrelaçõesinternas, objetivamharmonia entre os entes dasociedade, permitindo umjustoe adequado desenvolvimento da pessoa humana. 
 A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; 
 b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; 
 c) aberta: significa que todo ente, aoreunir determinados elementos, se torna seu membro sem quehaja necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
 d) descentralizada: posto não existir organização institucionalcomo na sociedade interna dos Estados. Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; 
 e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico.
CASO CONCRETO 2 
O DIPRI e a globalização. 
Convenção deDireitoInternacionalPrivadodeHaiaUmaorganização mundial... Com maisde60Estadosmembros. Representando todososcontinentes, aConferênciadeHaiadeDireitoInternacionalPrivadoéuma organização Intergovernamental decaráterglobal. Mescla dediversastradiçõesjurídicas, eladesenvolve e oferece instrumentos jurídicos multilaterais que correspondem às necessidades mundiais. Um crescente númerode Estados não-membros está aderindo às Convenções da Haia. Assim, mais de 120 países participam hoje nos trabalhos da Conferência. Que estende pontes entre ossistemas jurídicos.... As situações pessoais, familiares ou comerciais que estão relacionadas a mais de um país são habituaisno mundo moderno. Estas podem ser afetadas pelas diferenças que existem entre os sistemas jurídicos vigentes nesses.
Com base no texto acima, retirado do site do STF, discorra sobre avertente do Direito Internacional que se ocupa da relação jurídica apresentada, seu objeto e a relevância da questão na contemporaneidade. 
R: O Direito queregula a relação jurídica acima narrada é o Direito Internacional Privado eparamelhor compreender seu papel na contemporaneidade é imprescindível reconhecer que o impacto da globalização sobre o arcabouço jurídico é muito maior do que a realidade interna de cada Estado. Em vistadessa nova ordem internacional que vem sendo alterada pela realidade política construída desde meados do século passado, diversos internacionalistas apontam a predominância de uma visão pluralista no Direito Internacional contemporâneo. Nesse sentido, CançadoTrindade (MELLO, 1999, p. 17) afirma que os antigos paradigmas da soberania irrestrita e ilimitada sucumbiram à necessidade de uma reformulação subjetiva da Sociedade Internacional em torno da pessoa humana e a proteção de sua dignidade. Na formaçãodesta Nova Ordem Internacional, a Segunda Conferência de Haia, de 1907 teve crucial importância. Eram 44 os países ali presentes, dentre os quais o Brasil, representado por Ruy Barbosa. 
Plasmava-se, então, a semente do que viria a se tornar a Corte Internacional de Justiça. Seriam traçadosali novos e importantes rumos para essa sociedade internacional, como o controle do uso da força, a importância dos Direitos Humanos e a solução pacífica de controvérsias. “Na novasociedade universal pode-se dizer que se est á embaralhando o mapa do mundo”. Nele as principais forças produtivas “compreendendo o capital, a tecnologia, a força de trabalho e a divisão transnacional do trabalho, 
ultrapassam fronteirasgeográficas, históricas e culturais, multiplicando-se assim as suas formas de articulação e contradição.
O DireitoInternacional Privado é classicamente visto como o ramo do direito interno que regula, direta ou indiretamente, as relações privadasinternacionais. Seu desafioé dar respaldo eficiente e justo a esta crescente internacionalidade das vidas privadas, das relações civis, comerciais ou de consumo, dentreoutras. Para PimentaBueno, o Direito Internacional Privado atenderia aos interesses recíprocos de dignidade, bem estar, civilização e justiça universal, ao tempo em que preserva a independência, a jurisdiçãoe a soberania de cada Estado. 
As circunstânciasatuais da Sociedade Internacional, marcadas pelos signos da globalização 
econômica (velocidade, ubiquidade e liberdade) apontam para a necessidade da cooperação entre os Estados soberanos, especialmente porque o atributo da soberania deixa de ser considerado em sua forma 
absoluta eilimitada, por força da consagração de outros sujeitos de Direito Internacional, como os organismos internacionais, as empresas transnacionais e, principalmente a pessoa humana, cuja dignidade 
constitui oeixo epistemológico do Direito Internacional Contemporâneo, consagrado pela convergência dos ramos do Direito Internacional Público, do Direito Internacional Privado e de todas as áreas correlatas ao estudo da complexidade da vida internacional. Conforme sepode constatar, o direito contemporâneo é marcado pelo dinamismo das 
instituições, incrementadopelo aumento da circulação das construções jurídicas carreadas nos variados fluxos das atividades cotidianas que extravasam as fronteiras dos Estados soberanos. Reafirma-se, nessecontexto, o Direito Internacional Privado como importante ferramenta para compreensão da realidade jurídica contemporânea em visão convergente, entre o público e o privado, em vertente inspirada em um direito cosmopolita. Portanto, aanálise do conteúdo do Direito Internacional Privado revela-se de importância estratégica para o domínio do conhecimento jurídico nesse Terceiro Milênio cuja primeira década acaba de 
ser superada. Reitera-se aquio apelo à comunidade jurídica brasileira a fim de sintonizar-se com a necessidade de abertura e recuperação do atraso na internalização de importantes tratados e convenções internacionais, bem como a atualização das normas de Direito Internacional Privado. Esperam os autores que estas páginascontribuam para a releitura da disciplina primando por uma abordagem dinâmica, pragmática 
e, sobretudo, pluralista. 
QUESTÃO OBJETIVA 
Sobre o direito internacional privado pode-se afirmar: (XI CONCURSO JUIZ FEDERAL 2006 1ª REGIÃO) 
a) Direito internacional privado trata basicamente das relações humanas vinculadas a sistemas jurídicos autônomos e convergentes; 
b) Direito uniformeespontâneo resulta de esforço comum de dois ou mais Estados no sentido de uniformizar certas instituições jurídicas; 
c) O direitointernacional uniformizado é fruto de entendimento entre Estados e que se concentram nas atividades econômicas de natureza internacional; 
d) A uniformizaçãode normas disciplinadoras de comércio internacional é realizada por meios de acordos bilaterais, multilaterais, tratados e convenções, até o 
AULA 2 
Caso Concreto 1 
Considere o texto abaixo feito a partir da compilação de obras de importantes doutrinadores: 
O eminentejurista Celso de Albuquerque Mello via no pensamento de Ignácio Ramoneta melhor descrição da sociedade internacional após a queda do muro de Berlim. Segundo esta descrição: 
“Após 1989 já houve cerca de 60 conflitos armados com mais de 17 milhões de refugiados. As 225 maiores fortunadoglobo representam 1000 bilhões de euros, que é o equivalente à renda anual de 45% dos mais pobres da 
população mundial(2,5 bilhões de pessoas). As pessoasestão mais ricas que os Estados. As 15pessoas mais ricas ultrapassam o PIB da África Subsaárica. Em 1960os 20% da população que vivia nos países mais ricos tinham uma renda 30 vezes superior a dos 20% mais pobres. Em 1995 a renda é 80 vezes superior.Para atender às necessidades sanitárias e nutricionais fundamentais custaria 12 bilhões de euros, isto é, o que os habitantes dos EUA e União Européia gastam por ano em perfume e menos do que gastam em sorvete. Morrem anualmente 30 milhões de pessoas por fome. Esta é uma arma política, uma arma de guerra e cria o "charitébusiness". As fusões de empresa têm permitido diminuir o número de empregos. Cada uma das 100 principais 
Empresas globais vende mais do que exporta cada um dos 120 países mais pobres. As 23 empresas mais importantes vendem mais que o Brasil. Elas controlam 70% do comércio mundial. (Cf. MELLO, Celso D. de 
Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Rio de Janeiro: Renovar, 14 ed, vol I, 2002, p.57).”
O textoacima descreve as consequências danosas de uma inserção internacional assimétrica feita a partir de relações verticalizadas com relação aos centros mundiais de poder, representados pelos países desenvolvidos. É melancólica aquelaimagem dos gastos com perfumes e sorvetes no mundo desenvolvido em comparação com as 
necessidades básicas de saúde, educação e alimentação no mundo periférico. Igualmente forte, o registro de que as pessoas estão mais ricas do que os Estados nacionais. Tudo issoa refletir a complexa sociedade internacional contemporânea. 
A partir da leitura do texto, disserte acerca das características da sociedade internacional que são idealmente apontadas pela melhor doutrina do direito internacional e que encontram respaldo na Carta na ONU e em outros documentos internacionais. 
Resposta: 
R: A SociedadeInternacionalé baseada na vontade legítima de seus integrantes que se associaram diplomaticamente para atingir certos interesses em comum, é um conjunto de vínculos estabelecidos por motivos políticos, econômicos, sociais e culturais. É formadapelos Estados, pelos Organismos Internacionais e, sobretudo, pelos homens, como membros atuantes dentro de cada organização. 
 A Sociedade Internacional tem como características: 
* A Universalidade: abrange omundointeiro, mesmo queo país não tenha vínculos tão profundos com os demais deve ao menos se relacionar com os Estados fronteiriços. 
• A Heterogeneidade: Integram-na Estados das mais diferentes vertentes culturais e sociais, o que influencia diretamente na complexidade das negociações. 
• A Descentralização: Não há um poder central internacional ou um governo mundial, mas há vários centros de Poder, como os próprios Estados e as Organizações Internacionais. 
• É Aberta: Todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membro sem necessidade deaprovação prévia dos demais. 
• Direito Originário: Não se fundamenta em outro ordenamento positivo ou pré-estabelecido 
A globalizaçãopossibilitou a integração entre todos os países do globo, seus respectivos povos e culturas, quebrou barreiras regionais, proporcionou a integração dos mercados financeiros, formação de blocos econômicos, acúmulo de riquezas por partes de diversos países, mas em contrapartida gerou distorções socioeconômicas muito graves. 
A globalizaçãotem levado o planeta à proximidade da catástrofe ambiental, convulsão social sem precedentes, desestruturação das economias de muitos países, aumento da pobreza, da fome, dos sem terra, da migração e do deslocamento social. 
Assim, visandoà criação de condições de estabilidade e bem-estar necessárias para a convivência pacífica entre as nações, a Carta da ONU, em seu artigo 55, estabelece que as Nações Unidas devem promover padrões de vida mais elevados, pleno emprego e condições de progresso econômico e social..
A sociedade internacional caracteriza-se por ser: 
 a) universal: porque abrange todos os entes do globo terrestre; 
b) paritária: uma vez que nela existe igualdade jurídica; 
c) aberta: significa quetodo ente, ao reunir determinados elementos, se torna seu membro sem que haja 
necessidade dos membros já existentes se manifestarem sobre o seu ingresso; 
d) descentralizada: posto nãoexistir organização institucional com o na sociedade interna dos Estados. Assim, não existe poder legislativo da sociedade internacional; 
e) O Direito que nela se manifesta é originário e não se fundamenta em nenhum outro ordenamento jurídico. 
Não sepode negar, no entanto, que o processo de globalização tende a reduzir o conceito de soberania estatal pela desconstrução do Estado interventor (WelfareState) em prol do fortalecimento das estruturas internacionais mediante a consolidação de organismos multilaterais de cooperação internacional, o queevidentemente conduz à revalorização da concepção de Estado Mínimo. 
CASO CONCRETO 2 
―...Precisamos nosassegurar de estarmos oferecendo às nossas forças militares e de segurança os meios para 
realizarem suasmissões, nos locais aos quais são enviadas. É nesseaspecto que a França e o Reino Unido trabalham em parceria por intermédio de um conjunto de sistemas, o que é útil não só para nossas forças, mas também para nossas indústrias, nossas economias e nossas populações. Uma etapaimportante será vencida hoje, com a assinatura de um protocolo de acordo que lança nossa cooperação sobre nossos futuros porta-aviões pelos 
próximos 12 meses. Mas existemtambém numerosos programas importantes como, por exemplo, o sistema PAAMS (Principal Anti Air Missile System), o míssil ar-arMeteor e o avião de transporte A 400M..‖(Artigo da ministra francesa da defesa, MichèleAlliot-Marie, e do ministro britânico da defesa, JohnReid, publicado no jornal ―Le figaro‖(Paris, 6 
de março de 2006).Analise otexto e os aspectos que destaca, dissertando sobre as forças que atuam na relação entre as pessoas de Direito Internacional e sua importância na modelagem da sociedade internacional, em especial sobre os três sentidos 
de Fred Halliday para o termo ―sociedade internacional‖ - realismo, transnacionalismo e homogeneidade. A Sociedade internacional 
RESPOSTA: As forças que influenciam a SI são forças econômicas, culturais, religiosas e políticas. Sendo que as forças econômicas e políticas são as mais importantes. 
Forças culturais: Manifestam-se pela realização de acordos culturais entre os Estados, na criação de 
organismos internacionais de fomento e desenvolvimento da cultura (UNESCO). 
Forças econômicas: Definem o sistema internacional como primariamente constituído pela atividade econômica e pela disseminação das relações sociais e econômicas capitalistas em uma escala mundial. 
Segundo Celso Mello, elas seriam despertadas pelo materialismo histórico de Marx e ainda que o seu enfrentamento exigiria uma grande cooperação interestatal. (FMI, BIRD, OMC...). 
Forças políticas: a luta pelo poder e pelo aumento do território estatal ocasionou fenômenos característicos da sociedade internacional (ditadura e imperialismo). 
Forças religiosas: catolicismo, protestantismo. Hoje, o Islamismo tem marcado presença na nova forma de terrorismo, que vem, atualmente, dando novo contorno à SI. 
Os três sentidos para o termosociedade internacional, segundo Fred Halliday são: 
1- Realismo - dentro do qual a sociedade Internacional refere-se à relação entre Estados, baseada em normas compartilhadas e entendimentos. Em um mundo constituído por potências soberanas e independentes, a guerra é o único meio pelo qual cada uma delas pode, em última instância, defender seus interesses vitais. 
2- Transnacionalismo -que se refere à emergência de laços não estatais de economia, de política, de associação, de cultura e de ideologia que transcendem as fronteiras dos Estados e constituem, em maior ou menor medida, uma sociedade que vai além destas mesmas fronteiras. 
3- Homogeneidade - que indica uma relação entre a estrutura interna das sociedades e da sociedade internacional, investigando de que maneira, como resultado das pressões internacionais, os Estados são compelidos a conformarem seus arranjos internos aos demais. É um conceito que se refere tanto ao desenvolvimento interno quanto às relações internacionais, já que o funcionamento interno dos Estados tanto influencia como é influenciado pelos processos internacionais. 
AULA 3 
Caso Concreto 1 
O litígiose dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano, relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli. O Estadoportuguês alega que havia um costume [internacional] local que concedia um direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o governante de Marathae posteriores decretos exarados por este governante, os direitos portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o rendimento". 
Quando oReino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha, encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os britânicosaceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao 
Estado português. Tal soberaniafoi aceita de forma tácita e subseqüentementereconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas como territórios encravados portugueses, em território indiano. 
A petiçãoportuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceçãode armas e munições, passavam livremente entre o Porto de Damão(território português) e ditos encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer tipo de passagem, desde a 
derrubada dogoverno português em ditos encraves. (Pereira, L.C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro: Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado). 
Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda: 
1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de direito internacional Público é 
aplicável a fim de dar solução ao litígio? 
R: A fonte éa do Costume Internacional, como prova de uma prática geral aceita como sendo o direito; Não o havia até então Tratado que regia a relação. Ocostume veioperdendo espaço para os Tratados, já que esses possuem um texto que traz mais segurança jurídica dada a sua clareza e certeza. 
A fonteaplicável ao litígio apresentado entre Portugal e Índia, para dar-lhe solução, segundo entendimento da Corte Internacional de Justiça é o costume regional 
2) Como ela é definida? 
O Costume Internacional encontra definição no art. 38, “b” do Estatuto daCorte de Justiça Internacional, trata-se de uma espécie de norma formada pela reiterada prática dos sujeitos do Direito Internacional, consiste, portanto, numa “prática geral aceita como sendo o direito”.
RESPOSTA: Ela é definidacomo costume regional, também denominado de local, que diz respeito a pedido de permissão para transposição territorial, o qual tem sido reconhecido pela jurisprudência e doutrina internacionais, a exemplo do caso em tela sobre direito de passagem entre Portugal e Índia, julgado na CIJ
de seusdireitos. Para essesautores, são sujeitos de direito apenas os Estados soberanos (aos quais se equipara, por razões singulares, a Santa Sé1) e as organizações internacionais. 
Ambas ascorrentes concordam em um ponto: a subjetividade no DIP é evolutiva, variando conforme as transformações da sociedade internacional. Prova dissoé que, até o século XIX, os Estados eram as únicas pessoas jurídicas no DI. No entanto, hoje, após a evolução da sociedade internacional, é indiscutível que as Organizações Internacionais são dotadas de personalidade jurídica internacional. 
Existem outros autores ainda que enfrentam esta problemática de uma forma diferenciada, aceitando o indivíduo com um sujeito secundário de direito internacional. Por fim, existemos que aceitam o indivíduo apenas como objeto do Direito internacional, como Sereni e Quadri. 
A maioriados autores entende que o indivíduo pode ser sujeito de Direito Internacional, principalmente em decorrência da tendência ao monismo deste ramo do direito. Assim, seaceita que, em tese, o indivíduo possa ter subjetividade jurídico-internacional, apenas dependendo da forma de como as normas deste 
ordenamento jurídico o contemple. Ou seja, se destas normas se puder retirar os requisitosde um sujeito de direito, tais como possibilidade de atuação ou mesmo responsabilização do indivíduo, diretamente pela ordem internacional, pode ser que o indivíduo seja considerado um sujeito de Direito Internacional 
QUESTÃO OBEJTIVA 
Segundo oArt. 38 doEstatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito internacional as convenções internacionais, 
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar. 
b. o costumeinternacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as resoluções das organizações internacionais. 
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações internacionais, decisões judiciárias e a doutrina. 
d. o costumeinternacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir ex aequo et bono, se as partes concordarem. 
AULA 4 
Caso Concreto 1 
Inimiga naturaldo bom senso, a intolerância costuma fazer entre inocentes a maior parte de suas vítimas. O atentadoterrorista contra a missão diplomática da Organização das Nações Unidas no Iraque, na terça-feira passada (19 de Agosto de 2003), não foge desse padrão: atingiu um organismo internacional que trabalhava pela paz, pela ordem e paramitigar os males das pessoas. A explosãomatou 23 pessoas, de diversas nacionalidades, todas elas empenhadas em pavimentar o caminho para a consolidação de um governo capaz de colocar o país de pé. Uma dasvítimas era a força motora desse esforço –o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, de 55 anos, chefe da representação da ONU no Iraque, que desde junho vinha desempenhando, com a peculiar competência, justamente o papel que se espera das Nações Unidas, qual seja, o de promover um mínimo de entendimento entre partes aparentemente incompatíveis. 
Eram 4e meia da tarde quando uma betoneira amarela parou debaixoda janela de seu escritório em Bagdá. Detonada porum fanático suicida, a carga de 700 quilos de explosivos derrubou parte do prédio. Sob osescombros, imobilizado por uma viga que lhe esmagou as pernas, Vieira de Mello chegou a fazer ligações de seu 
telefone celular, mas não resistiu e sangrou até a morte antes que o resgate chegasse, já no começo da noite. "Um grande defensorda paz e da reconciliação assassinado em um ato de niilismo", descreveu com precisão o editorial do journalThe New York Times.. 
No que se refere ao tema Responsabilidade Internacionais, responda: 
a) A Organizaçãodas Nações Unidas teria o dever de reparar os danos causados, jáque o diplomata estava a serviços da ONU? Explique. 
RESPOSTA: Existe aresponsabilidade funcional quando se trata de funcionário da Organização 
Internacional, poisesta tem o direito de proteção diplomática, podendo responsabilizar um Estado ou outra Organização Internacional por atos danosos a seus funcionários ou a seu patrimônio. O CIJjá emitiu parecer concluindo que a OI tem o direito de exigir a reparação dos danos sofridos por ela e pelas vítimas, seus funcionários ou seus bens. Sendo assim, cabe àfamília do brasileiro requerer a reparação do dano pela ONU, bem como esta pode pleitear a reparação do Estado que a lesionou 
.b) O Brasil teria o dever de reparar os danos causados, já que o diplomata representava o País no exterior? Explique 
Resposta: Sim, pois o diplomata é servidor público, passível de ser responsabilizado pelos danos causados à sua integridade. 
Caso concreto 2 
Paolo, italiano, líder de uma organização extremista que fazia oposição ao governo da Itália na década de 70, foi condenado por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979 e condenado à prisão perpétua. O julgamentoterminou em 1993, mas o ex-ativista nunca cumpriu a pena que lhe foi imposta, fugindo para a França, onde viveu até 2004, quando o então presidente francês, Jacques Chirac, se posicionou favorável à extradição. Paolo, fugindo
novamente edesta vez para o Brasil, foi preso a pedido do governo Italiano que solicita ao governo brasileiro a 
―entrega‖ dePaolo para que possa ele cumprir a pena que lhe foi imposta. Neste ínterim, Paolo solicita a concessão do status de refugiado, o que foi negado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), sob o argumento que 
não é possível comprovar a alegada perseguição política, mas concedido unilateralmente pelo Ministro da Justiça
Neste contexto, responda: 
1)Qual seria a medida de saída compulsória cabível à hipótese? Justifique. 
RESPOSTA: A medida cabívelseria a extradição. A extradição encontra fundamento legal do art. 76 ao art. 94 da Lei 6.815/80. Essa medida é tomada quando oBrasil entrega um estrangeiro a outro país, por ele ter cometido um crime naquele país. Trata-se de ato dedefesa internacional, onde há a colaboração dos países na repressão do crime. Porém, dependerá de préviaapreciação do Supremo Tribunal Federal, para analisar o caráter dessa infração. Ou seja, a extradição só será permitida depois do julgamento feito pelo plenário do STF. Dessa decisão não caberecurso.
2) A medida poderia ser concedida? Justifique com base nos requisitos para sua concessão. 
RESPOSTA: Sim, poisde acordo com o art. 77 doEstatuto do Estrangeiro, a viabilidade da concessão da extradição poderá ser verificada a partir da análise de requisitos negativos, os quais determinam os casos em que não será concedida extradição. 
Assim, emseu inciso II, podemos depreender que poderia ser concedida a extradição, uma vez que o extraditando cometeu fato tipificado como crime tanto no Brasil como em seu país. 
Essa medida visa evitar que o infrator fique impune, ainda que esse crime tenha sido cometido em outro país. Por isso, deve traduzir no sentido superior e universal de justiça. O Brasildeve entregar o estrangeiro para que ele receba a pena cabível no país onde ele cometeu o crime. No Brasil, a extradição, só é admitida em duas hipóteses: mediante promessa de reciprocidade (através de pedido formal de Estado Soberano, a se processar segundo o direito vigente no país) e com base em tratado (hipótese em que assume, a princípio, caráter obrigatório). 
,3) Se concedida a extradição, pode o Presidente da República se negar a efetivar a entrega de Paolo? 
RESPOSTA: Sim, hácerta discricionariedade ao Presidente da República. Ele podeou não efetivar a extradição. Poder conferido pelo artigo 84, inciso VII da CF. 
O STF, há tempos, vem entendendo que a competência para decidir, definitivamente, sobre a extradição ou não é do Presidente da República, por ser ele a autoridade responsável por manter relações com Estadosestrangeiros (art. 84, VII), quando o julgamento que lhe compete é favorável ao processo de extradição.. 
1ª QUESTÃO OBEJTIVA 
No que concerne à perda e à reaquisição da nacionalidade brasileira, assinale a opção correta. 
a) Eventual pedidode reaquisição de nacionalidade feito por brasileiro naturalizado será processado no Ministério das Relações Exteriores. 
b) A reaquisição de nacionalidade brasileira é conferida por lei de iniciativa do presidente da República. 
c) Em nenhuma hipótese, brasileiro nato perde a nacionalidade brasileira. 
d) Brasileiro naturalizadoque, em virtude de atividade nociva ao Estado, tiver sua naturalização cancelada por sentença judicial só poderá readquiri-la mediante ação rescisória. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
No âmbito do direito internacional, a soberania, importante característica do palco internacional, significa a possibilidade de: 
a)Igualdade entre países, independentemente de sua dimensão ou importância econômica mundial. 
b)Um estado impor-se sobre o outro. 
c)A ONU dominar a legislação dos Estados participantes. 
d)Celebração de tratados sobre direitos humanos com o consentimento do Tribunal Penal Permanente. 
 AULA 5 
Caso concreto 
Diante daconsulta feita pelo Brasil ao órgão de solução de controvérsias de determinada Organização Internacional, decide o órgão no sentido de considerar abusiva a prática de medidas antidumping ? tem comoobjetivo neutralizar os efeitos danosos à indústria nacional causados pelas importações objeto de dumping, por meio da aplicação de alíquotas específicas, ad valoremou de uma combinação de ambas - aplicadas pelos EUA na exportação de suco de laranja brasileiro de laranjas pelo Brasil, determinando que ?as sobretaxas ao produto nos últimos quatro anos terão de ser retiradas em um prazo máximo de nove meses, tornando o produto novamente competitivo.? 
Essa foi a primeira vez que os EUA desistiram de um processo na OMC antes de esgotar todas as possibilidades de apelação. O fatofoi comemorado pelo Itamaraty como uma inclinação do governo americano de rever uma prática comum nas relações comerciais, o chamado "zeroing" ou "zeramento. Com relação a hipótese acima, responda justificadamente: 
1)Qual é a organização internacional cujo órgão de solução de controvérsias teria competência para deliberar sobre o caso em questão? Fundamente. 
R: A OMCé a instituição competente para deliberar sobre a fiscalização e regulamentação do comercio mundial. Pois suafunçãoéregulamentar e fiscalizar o comercio mundial, resolver 
Conflitos comerciaisentrepaíses membros, gerenciar acordos comerciais tendo como parâmetro a globalização da economia, criar situações e momentos para que sejam firmados acordos comerciais internacionais e supervisionar o cumprimento desses acordos. 
2) Teria a Corte Internacional de Justiça competência para decidir a controvérsia sobre a prática de medi das 
antidumping? Explique e justifique.
R:Não, pois a capacidade de agir das organizações internacional limitam-se aos seus objetivos e funções. Segundo o art. 34 do Estatuto da CIJ as controvérsias que podem ser submetidas à CIJ são aquelas que podem vir a constituir ameaça à paz e a segurança internacional. 
3)A decisão proferidaobriga os EUA? Se negativa a resposta, porque então cumpre a decisão? Justifique sua resposta. 
R: Uma decisãoda OMC, enquanto recomendação, não possui caráter obrigatório, todavia em nome do princípio pacta sunt servanda, o Estado membro de um tratado se obriga a respeitar as obrigações contidas no seu texto. 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
A Conferênciade BrettonWoods (1944), realizada no ocaso da Segunda Guerra Mundial, é considerada um marco na história do Direito Internacional no século XX porque (Exame de Ordem 2010.3, Questão 99) 
(A) estabeleceu as basesdo sistema econômico e financeiro internacional, por meio da criação do Banco Mundial ? BIRD, doFundo Monetário Internacional ? FMI edo Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras e Comércio ? GATT.
(B) inaugurou umanova etapa na cooperação política internacional ao extinguir a Liga das Nações e transferir a Corte Internacional de Justiça para a estrutura da então recém-criada Organização das Nações Unidas ? ONU.
(C) criou osistema internacional de proteção aos direitos humanos, a partir da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos, do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e do Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
(D) criou o Tribunal de Nuremberg, corte ad hoc responsável pelo julgamento dos principais comandantes nazistas e seus colaboradores diretos pelos crimes de guerra cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
Constitui objetivo da Organização Mundial do Comercio (Exame de Ordem 2009.2, questão 12) 
a) solucionar controvérsias sobre tarifas do comercio internacional. 
b) Fornecer recursos monetários para incentivar o desenvolvimento econômico. 
c) Permitir a criação de zonas franças de comercio. 
d) Facilitar o empréstimo monetário internacional. 
AULA 6 
Os conhecimentos apreendidos serão de fundamental importância para a reflexão teórica envolvendo a compreensão necessária deque o direito, para ser entendido e estudado enquanto fenômeno cultural e humano, precisa ser tomado enquanto sistema disciplinador de relações de poder, a partir da metodologia utilizada em sala com a aplicação dos casos concretos, a saber: 
Caso Concreto 1 
O País GAMA celebra com os países BETA e DELTA tratado sobre pesquisa genética em seres humanos, com oobjetivo de desenvolver novos medicamentos contra a AIDS. O tratado dispõe que as pesquisas serão realizadas na região da África subsaariana, onde há grande incidência da doença. A comunidade internacional, condenando o tratado celebrado, pugna por sua nulidade, exigindo sua revogação. Com base no conceito de norma internacional e nas teorias que discutem seus fundamentos, explique o fundamento para a nulidade da norma internacional em questão, discorrendo sobre suas características e sua relevância para o Direito Internacional Contemporâneo. 
Responda fundamentando na doutrina e na Convenção de Viena sobre Tratados. 
RESPOSTA: O tratadopossui nulidade flagrante não podendo ser considerado como um tratado válido, pois seu conteúdo viola a carta de direitos humanos da ONU que se revela como uma norma internacional imperativa não podendo ser afastada pela vontade das partes. Assim oreferido tratado viola a dignidade humana e ainda não promove progresso econômico social para as pessoas desses Estados. 
A Convençãode Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969 consigna expressamente, em seu artigo 63, a impossibilidade da validade de tal Tratado, conforme segue: “Se sobreviver uma nova norma imperativa de direito internacional geral, qualquer tratado existente em conflito com essa norma torna-se nulo e extingue-se”.
Caso concreto 2 
Após os atentados do 11/09 os EUA adotaram uma postura peculiar no tratamento das questões envolvendo o terrorismo mundial, culminando com a prisão de supostos envolvidos, os quais eram detidos em prisões controladas pelos EUA, dentre as quais aquela situada em Guantánamo, em Cuba. Os EUA celebram então com a Inglaterra, sua aliada na luta contra o terrorismo, tratado prevendo a cooperação entre os dois Estados para desenvolvimento de métodos não ortodoxos para obtenção de informações secretas junto aos supostos terroristas presos. Alegam os EUA que o tratado, que prevê medidas de combate ao terrorismo islâmico, seria uma forma de proteger seus cidadãos de violações aos Direitos Humanos. A França, sendo contraria a tais medidas, leva o caso à Corte Internacional de Justiça. Com relação a situação hipotética acima, responda: 
O tratado internacional é válido nos termos descritos? Explique e fundamente sua resposta. 
Plenipotenciário. Os termosforam introduzidos por Portugal, através do seu plenipotenciário, que desconhecia a diferença lingüísticaapontada como vício. Todavia, orepresentante, plenipotenciário da República Federativa do Brasil tinha previamente conhecimento da questão, e mesmo assim alegou estar o tratado eivado de vício, o que gera 
a suanulidade. O Ministrodas Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, solicita uma análise sobre o caso supra mencionado, para que possa se posicionar perante o Presidente da República sobre o ocorrido. Com relação a situação acima responda fundamentadamente: O tratado é Válido? 
 R: Quem alega o vício não pode ter contribuído de alguma forma para a ocorrência do vício. Embora o Brasil não possa alegá-lo, pois o plenipotenciário brasileiro percebeu o vício, mas calou-se, ele agiu de má-fé. Sendo assim, o contrato possui erro de consentimento não sendo, portanto, válido. 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Julgue os itens abaixo, relativos aos tratados internacionais. 
A) Considerando queo consentimento mútuo constitui condição de validade dos tratados internacionais, terá plena validade o tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com norma imperativa de direito internacional geral, de conformidade com o que estabelece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados. ERRADO
B) Não éjuridicamente possível a exclusão, do âmbito de aplicação territorial de tratado internacional, de parte do território de um ou de ambos os Estados pactuantes. ERRADO
C) Segundo a Convenção de Viena sobre Tratados de 1969 é vício de consentimento o erro de direito. ERRADO
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
O direitodos tratados, até meados do século XX, sempre foi regulado, via de regra, pelo costume internacional. Porém, o trabalho desenvolvido pela Comissão de Direito Internacional das Nações Unidas, resultou na elaboração e conclusão da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, celebrada em 22 de maio de 1969, tendo entrado em vigor em 27 de janeiro de 1980. Tal instrumentointernacional se justificava pelo fundamentalpapel que ostratados 
significaram esignificam na história das relações internacionais, bem como pela importância, cada vez maior, dostratados como fonte do Direito Internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as Nações. Sob oprisma da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, é correto afirmar, quanto a elaboração, conclusão e entrada em vigor dos tratados internacionais, EXCETO: 
(A) Nem todos os Estados têm capacidade para concluir tratados. 
(B) Uma pessoaé considerada representante de um Estado para a adoção ou autenticação do texto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado se apresentar plenos poderes apropriados ou a prática dos Estados interessados ou outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes. 
(C) Em virtudede suas funções e independentemente da apresentação de plenos poderes, são, dentre outros, considerados representantes do seu Estado: os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relações Exteriores, para a realização de todos os atos relativos à conclusão de um tratado. 
(D) Um atorelativo à conclusão de um tratado praticado por uma pessoa que, nas formas ordináriase expressas de representação estatal previstas pela da Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, não pode ser considerada representante de um Estado para esse fim, não produz efeitos jurídicos, a não ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado. 
AULA 8 
Caso Concreto 1 
Em 2009, Maria foi nomeada depositária judicial de dois automóveis - marca Fiat - (zero kilômetro) pelo juízo da 
2ª Varade Fazenda Pública da Comarca de São José dos Campos ? SP). Em 2010, depois de não atender a 
ordem judicialde exibição dos veículos, Maria foi intimada pessoalmente para apresentá-losno prazo de 48, sob 
pena deprisão. Maria alegater se confundido ao assinar o termo de penhora de depósito, já que à época não 
estava maisnos quadros da empresa proprietária dos carros penhorados. Diante daameaça à sua liberdade de 
locomoção, Mariaimpetra habeas corpusalegando que a prisão civil do depositário infiel constitui violação aos 
direitos humanos, em especial à Convenção Americana de Direitos Humanos (art. 7º, 7) e ao Pacto Internacional 
de DireitosCivis e Políticos (art. 11). A ordemé denegada pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e, 
após osrecursos cabíveis, o remédio passa a apreciação do STF. Com relação à questão acima colocada 
responda: 
1)Procede o argumento de Maria de que a prisão civil do depositário infiel viola Tratados de Dir eitos 
Humanos? Explique. 
2) RESPOSTA: Sim. O Pacto de São José de Costa Rica foi ratificado pelo Brasil em 1991. Ao 
ratificá-lo, o Brasil estaria revogando o antigo Código Civil de 1916 em vigor com relação à prisão do 
depositário infiel. A leiposterior revoga lei anterior. No entanto, o Tratado conflitava com a Constituição 
Federal. Foi entãocriado o § 3º do art5º da CF, atravésda EC/45. Ainda, assim, a cláusula pétrea foi 
alterada. Diante disso, o STF criou a Súmula Vinculante nº 25.
Seguindo o entendimento da Corte Internacional de Justiça, a Assembléia Geral da ONU emitiu a Resolução 
RES/ES-10/15 
de 2de Agosto de 2004. Com relaçãoà Resolução da AssembléiaGeral da ONU e ao parecer emitido pela Corte 
Internacional de Justiça, responda? 
1) Qual a natureza dos apontados atos internacionais? Explique 
A naturezajurídica da Resolução da Assembleia da ONU é de recomendação. Ela nãoé obrigatória, é 
facultativa. Já o parecer da CIJ é fruto da função consultiva e também facultativo. 
2) São eles considerados fontes formais do Direito Internacional? Justifique e fundamente. 
Não, eles não estão enumerados no art 38 da CIJ. 
A CorteInternacional de Justiça considerou as recomendações dotadas de natureza de opiniojuris, ou, 
em outraspalavras, precederem ao surgimento de um direito costumeiro internacional. O direito
costumeiro évisto, sob o prisma do Estatuto da CIJ, como direito aplicável, mas as opiniojuris não o 
são porainda não gozarem de tal status. Nesse diapasão, a CIJ determinou queas recomendações 
prolatadas pela AG da ONU tem caráter de elemento constitutivo do direito internacional costumeiro. 
3) Os referidos atos obrigam os Estados? Por quê? Explique e justifique. R: 
Não. A recomendaçãoé um ato desprovido de efeitos obrigatórios. O sentido jurídico do termo 
coincide com o seu sentido corrente. Os seus destinatários não são obrigados a submeterem-se a ela 
e nãocometem infração no caso de não a respeitarem. Qualquer recomendaçãosó se torna 
obrigatória após aceitação expressa ou tácita. 
Ainda quenão sejam obrigatórias de um ponto de vista jurídico, as recomendações podem tomar-se 
politicamente coercitivas, fusionando como meios de pressão políticos, possuindo força moral e 
politica, mas não jurídica. 
4) Os Estados vem cumprindo atos desta natureza? Explique. R: ,
Cumprem quando é de seu interesse e não deixam de cumprir quando não for de seu interesse, diante do 
caráter não obrigatório 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Acerca das organizações internacionais, julgue os seguintes itens. 
1- As organizaçõesinternacionais são instituídas por meio de um tratado multilateral, denominado tratado 
constitutivo, que em geral estabelece os objetivos e as regras para a instituição dos principais órgãos e dispõe sobre 
os direitose deveres dos Estados-membros. R: Correto. As organizações internacionais, sujeitos de direito 
internacional dotadosde personalidade jurídica derivada, são instituídas pela vontade dos Estados através 
de umtratado constitutivo no qual constam as principais regras a respeito de sua organização, 
funcionamento, órgão, direitos e deveres dos membros, etc. 
2- As organizaçõesinternacionais dispõem, necessariamente, de uma única sede, estabelecida por meio de tratado 
bilateralcom um dos Estados-membros, denominado acordo da sede. Errado. Nada impede que uma organização 
internacional tenhamais de uma sede e, de igual forma, o acordo de sede não precisa se dar 
necessariamente comum Estado membro, podendo ser celebrado entre a organização internacional e um 
terceiro Estado. 
3- Às organizaçõesinternacionais são concedidos privilégios e imunidades similares aos dos Estados. Correto. Os 
privilégios concedidosàs organizações internacionais são pactuados através dos acordos de sede que esta 
estabelece com determinados países. 
4- A receita das organizações internacionais resulta basicamente das contribuições (cotizações) dos Estados-
membros, estabelecidasde acordo com o princípio da capacidade contributiva. Correto. Não sendo, inicialmente, 
dotadas decompetência para instituição de tributos, as organizações internacionais se mantem através de 
verbas oriundas de seus Estados-membros 
5- Em razãode sua própria natureza, as organizações internacionais não estão sujeitas a ação de responsabilidade 
internacional. Errado. As organizações internacionais podem ser responsabilizadas internacionalmente em 
virtude deseus atos, pois, como sujeitos de direito, elas participam ativa e passivamente na ordem jurídica 
internacional. O temada responsabilidade internacional das organizações é tratado pela Comissão de Direito 
Internacional da ONU desde 2000 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
Comparando-se as instituições de direito internacional público com as típicas do direito interno de determinado país, 
percebe-se que, no direito internacional, (39º Exame da OAB/RJ, questão 11) 
a) Há um governo central que possui soberania sobre todas as nações. 
b) Há uma norma suprema como no direito interno. 
c) H á um órgão central legislativo pata todo o planeta. 
d) Há cortes judiciais com jurisdição transnacional. 
AULA 10 
Caso concreto 
Em outubro de 2004 a Comissão Interamericana de Direitos Humanos submeteu à Corte Interamericana de 
Direitos Humanos uma demanda contra o Brasil pela violação aos direitos consagrados no art. 4º, 5º, 8º e 25º 
da Convenção Americana de Direitos Humanos. Alegou-se que D. Ximenes supostamente estaria sob 
Artigo 41º O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o emprego 
de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efectivas as suas decisões e poderá instar 
os membrosdas Nações Unidas a aplicarem tais medidas. Estas poderãoincluir a interrupção 
completa ouparcial das relações económicas, dos meios de comunicação ferroviários, 
marítimos, aéreos, postais, telegráficos, radioeléctricos, ou de outra qualquer espécie, e o 
rompimento das relações diplomáticas. 
Artigo 42º Se o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no artigo 41º 
seriam ou demonstraram ser inadequadas, poderá levar a efeito, por meio de forças aéreas, 
navais outerrestres, a acçãoque julgar necessária para manter ou restabelecer a paze a 
segurança internacionais. Tal acçãopoderá compreender demonstrações, bloqueios e outras 
operações, por parte das forças aéreas, navais ou terrestres dos membros das Nações Unidas.
manifestação porescrito daspartes acerca da opção pela arbitragem,anuência que deve ser expressa e 
específica emrelação à cláusula compromissória. Apurou oSTJ que não havia assinatura ou visto qualquer da 
A.A. Geral nacláusula de eleição da via arbitral, nada que fosse prova da manifestadeclaração autônoma de 
vontade da requerida de renunciar à jurisdição estatal em favor da arbitral. Com relação ao caso acima 
responda: 
1) É necessária a homologação de laudos arbitrais internacionais? Justifique Fundamente. 
R: Se pretender executar aqui, tem que homologar 
2)Quais são os requisitos a serem apreciados para que o laudo seja homologado? Explique -os 
fundamentadamente. 
Não podeconflitar com a lei do país homologante, não pode conflitar com a ordem pública e tem que 
ter os requisitos formais para a homologação. 
3) Está correta a decisão do STJ? 
R. Sim, poisfalta o requisito formal para validade da decisão arbitral: concordância e assinatura de 
todas as partes. 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Jogador defutebol de um importante time espanhol e titular da seleção brasileira é filmado por um celular em 
uma casanoturna na Espanha, em avançado estado de embriaguez. O vídeoé veiculado na internet e tem
grande repercussãono Brasil. Temeroso deser cortado da seleção brasileira, o jogadorajuíza uma ação no 
Brasil contrao portal de vídeos, cuja sede é na Califórnia, Estados Unidos. O juizbrasileiro (Exame da Ordem 
2010.2, questão 93) 
(A) não é competente, porque o réu é pessoa jurídica estrangeira. 
(B) terá competência porque os danos à imagem ocorreram no Brasil. 
(C) deverá remeter o caso, por carta rogatória, à justiçanorteamericana. 
(D) terá competência porque o autor tem nacionalidade brasileira. 
AULA 14 
Caso Concreto 1 
Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato de 
empreitada comuma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho da rodovia que liga a
Cidade doCabo à capital do país, Pretória. As contratanteselegem o foro da comarca de São Paulo para 
dirimir eventuaisdúvidas. Um anodepois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de 
medição dasobras e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtorabrasileira decide, 
então, ajuizar, na justiça paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com 
relação ao caso hipotético acima, responda: 
- Qual deverá ser o método de solução adotado pelo juízo que conhecerá do pedido? Explique e justifique. 
- Qual será a lei aplicável ao caso? Justifique e fundamente. 
RESPOSTA: O juizbrasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão na 
legislação sul-africana, pois os contratos se regem pela lei do local de sua assinatura. 
Caso concreto 2 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Com relaçãoaos conflitos de leis no espaço e aos elementos de conexão que viabilizam a sua resolução, 
julgue C(certo) ou E(errado) os seguintes itens: 
1.A regra geral, ante o conflito de leis no espaço, é a aplicação do direito pátrio, empregando -se o 
direito estrangeiroapenas excepcionalmente, quando isto for, expressamente determinado pela 
legislação interna de um país. CERTO 
2.A Lexdamni, com espécie de elemento de conexão, indica que alei aplicável deve ser a do local 
em quese tenha manifestados as conseqüênciasde um ato ilícito, para reger a obrigação de 
indenizar aqueleque tenha sido atingido por conduta delitiva de outra parte em relação jurídica. 
CERTO
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
As leis de outro país produzirão efeitos em nosso território se: (Exame da OAB 2004, questão 16) 
a) não ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes; 
b) forem aprovados pelo Congresso Nacional; 
c) forem sancionadas pelo Presidente da República; 
d) forem reconhecidas pelo STF; 
AULA 15 
Caso Concreto 1 
O casoPulp Mills ontheriverUruguayrefere-se a uma disputa entre a Argentina e o Uruguai a respeito da 
permissão pelogoverno uruguaio da construção de uma fábrica de celulose da empresa ENCE no rio Uruguai, 
que passapelos dois territórios. Sob oargumento de que a atividade de fabricação da celulose iria poluir o rio, a 
Argentina pleiteiajunto à Corte Internacional de Justiça a suspensão da construção da fábrica, fundamentando 
seu pedido na violação de princípios internacionais do meio ambiente. Com relação ao caso acima, discorra sobre 
a proteção internacional do meio ambiente e em especial sobre o princípio mais fortemente aplicável ao caso. 
RESPOSTA: Se o rio é limítrofe, ambos os Estados devem concordar e realizar seus estudos preliminares. 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Acerca do direito internacional ambiental, julgue C(certo) ou E(errado) os seguintes itens. 
1- Na Conferênciadas Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio de 
Janeiro, foiadotada a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, constituída de 27 princípios, 
todos de natureza obrigatória. ERRADA
2- A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima, de 1992, da qual o Brasil é parte, tem por 
objetivo, em termos gerais, estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. CERTA 
3- A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima, de 1992, criou, como seu órgão supremo, 
a Conferênciadas Partes, sendo que, na Terceira Conferência, realizada em Kyoto, no Japão, foi aprovado o 
Protocolo deKyoto, que estabelece a meta média de 6% da redução da emissão de gases de efeito estufa pelos 
países industrializados, a ser cumprida no período entre 2008 e 2012. CERTA
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
A Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, firmada em 1992 diante da Convenção 
que levao mesmo nome (também conhecida como Rio-92), prevê em seu Princípio nº 15 que os Estados devem 
adotar medidasde proteção ao meio ambiente de acordo com suas capacidades. Quando houverameaça de
danos gravesou irreversíveis, a ausência de certezacientíficaabsoluta não será utilizada como razão para o 
adiamento demedidas economicamente viáveis para evitar a degradação ambiental. Nesse caso, estamos diante 
do princípio de Direito Ambiental: 
 a) do poluidor pagador. 
 b) da certeza científica absoluta. 
 c) da tutela estatal. 
 d) da precaução. 
 e) do desenvolvimento sustentável 
AULA 16 
Caso concreto 
O petroleiro―APOLO‖, navio mercante de bandeira canadense, carregado com 10 mil toneladas de óleo diesel 
navega acerca de 9 milhas da costa brasileira quando é interceptado pelas autoridades brasileiras que exigem 
que o navio deixe esta faixa de navegação. Está corretoo procedimento brasileiro? Explique, justifiquee 
fundamente a sua resposta. 
 RESPOSTA: O naviocomoestá dentro do mar territorial brasileiro, sendo aplicada a ele a lei brasileira. 
Ele terá direito à passagem inocente caso não cause nenhum prejuízo. 
1ª QUESTÃO OBJETIVA 
Assinale a opção correta. 
a)A Convenção da Aviação Civil Internacional (Chicago, 1944) admite o direito de sobrevôo de qualquer tipo de 
aeronave estrangeira no espaço aéreo dos Estados, como norma consuetudinária de direito internacional. 
b)Tanto o direito de passagem inocente no mar territorial quanto o direito de sobrevôo no espaço aéreo 
constituem normas convencionais, somente obrigando os Estados que ratificarem as respectivas convenções. 
c)Ao contrário do direito de passagem inocente no mar territorial, que é costumeiro, o direito de sobrevôo é 
convencional eestá limitado às aeronaves civis, não sendo admitido em relação às aeronaves de propriedade de 
governos. 
d)O direito de passagem inocente e o direito de sobrevôo constituem restrições costumeira s à soberania do 
Estado sobre o seu território e estão garantidos a quaisquer navios e aeronaves. 
2ª QUESTÃO OBJETIVA 
Julgue C(certo) ou E(errado) os itens abaixo, relativos ao direitodo mar. 
1- O Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982. 
2- O Brasilajustou o seu direito interno aos preceitos da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar 
por meioda Lei n.º 8.617, de 1993, que reduziu a doze milhas a largura do mar territorial brasileiro e adotou o 
conceito de zona econômica exclusiva para as 188 milhas adjacentes. 
3- Os Estados sem litoral beneficiam-se do direito de participar, em base eqüitativa, do aproveitamento do 
excedente dos recursos vivos das zonas econômicas exclusivas dos seus vizinhos. 
TODAS CERTAS
	1a Questão (Ref.: 201202793885)
	Pontos: 0,1  / 0,1
	(IX EXAME UNIFICADO OAB) Após ter entrado irregularmente em território nacional, um estrangeiro tem a sua deportação promovida, por não se retirar voluntariamente. Assinale a afirmativa que indica o procedimento a ser adotado por esse estrangeiro, caso pretenda reingressar em território nacional.
		
	
	O deportado poderá retornar se comprovadamente não tiver condições de arcar com o pagamento da quantia devida, sem prejuízo de sua própria subsistência.
	
	O estrangeiro deportado nunca mais poderá reingressar no território nacional.
	 
	O deportado só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida.
	
	O deportado só poderá reingressar no território nacional após o transcurso do lapso prescricional quinquenal para a cobrança da quantia devida.
		
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201202625620)
	Pontos: 0,1  / 0,1
	DIANTE DAS AFIRMATIVAS ABAIXO, MARQUE O GABARITO CORRETO. I - O objetivo do Direito Internacional Privado é definir qual lei será aplicada nos conflitos legais internacionais de ordem privada. É o ramo da ciência jurídica que tem por objetivo definir e regular a condição legal das pessoas físicas e jurídicas, seus bens, atos e direitos, visando aplicar-lhes as leis dos seus respectivos países, em conexão com as dos países que as recepcionam. O chamado Direito Internacional Privado tem, portanto, por missão escolher que norma deve ser aplicada a certa situação quando podem ser invocados dois ou mais sistemas normativos para a regulação da mesma. II - Elemento de conexão é um instituto jurídico (nacionalidade, território, domicílio, situação do imóvel, local onde acontece um fato, local onde é ajuizada uma ação) escolhido pelo legislador de um país e ajuda a determinar (conectar) qual é a lei a ser aplicada num caso entre nacionais e estrangeiros ou que sua celebração e execução aconteça em países diferentes. III - A principal fonte de Direito Internacional Privado no Brasil é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Entretanto, os tratados e convenções internacionais, além de serem fontes do Direito Internacional Público, também figuram como fontes do Direito Internacional Privado quando ingressam no Direito interno através dos meios preestabelecidos. IV - A nacionalidade pode ser de duas espécies, a saber: originária e derivada. A originária é adquirida com o nascimento, em virtude do vínculo de parentesco (ius sanguinis), ou em virtude do local de nascimento (ius solis). Pelo critério do ius sanguinis, anote-se, a pessoa que for filha de um nacional de determinado país, também o será, enquanto que pelo critério do ius solis, o indivíduo será nacional do Estado em que nascer, independentemente do vínculo de parentesco.
		
	 
	Se todas proposições estiverem corretas.
	
	Se apenas as proposições I e III estiverem corretas.
	
	Se apenas as proposições II e III estiverem corretas.
	
	Se todas proposições estiverem incorretas.
	
	Se apenas as proposições I e II estiverem corretas.
		
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201202813783)
	Pontos: 0,0  / 0,1
	Tradicionalmente, podem celebrar tratados os Estados e as Organizações Internacionais e também na atualidade podem celebrar tratados outros sujeitos de Direito Internacional, exceto:
		
	 
	as ONGs
	 
	os blocos Regionais
	 
	os Estados Beligerantes
	 
	a Santa Sé
	 
	Os Estados Insurgentes
		
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201202711886)
	Pontos: 0,1  / 0,1
	Joana, funcionária de um hospital, decide adotar um recémnascido. Porém seu pedido de licença‐maternidade é negado, por falta de previsão legal. Inconformada Joana ingressa na Justiça Trabalhista, onde recebe decisões favoráveis à luz dos princípios constitucionais, inclusive do Tribunal Superior do Trabalho. Porém, em última análise do caso, o Supremo Tribunal Federal decide pela denegação do pedido de licença maternidade, operando‐se o trânsito em julgado da decisão. Segundo o Sistema Interamericano de Direitos Humanos, qual será a alternativa correta:
		
	
	B) Como a proteção da família não está garantida pelo Pacto de São José da Costa Rica, Joana terá sua petição inadmitida pela falta de cumprimento do requisito previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos.
	 
	C) Joana poderá ter sua petição admitida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que poderá continuar a analisar o mérito do assunto mesmo que o Brasil tenha alterado a legislação sobre o tema após a decisão do caso de Joana pelo STF, passando a beneficiar mães adotivas, em face da impossibilidade de retroatividade da norma para atingir coisa julgada.
	
	Nenhuma das respostas acima
	
	A) Como a questão já transitou em julgado no Poder Judiciário do país acusado, Joana terá sua petição inadmitida pela falta de cumprimento do requisito previsto na Convenção Americana de Direitos Humanos.
	
	D) Joana não poderá ter sua petição admitida, em razão de ser requisito indispensável que estivesse representada por um Estado‐membro da Organização dos Estados Americanos, para apresentar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos a petição que contém denúncia ou queixa de violação da Convenção Americana de Direitos Humanos por um outro Estado‐parte do qual é nacional.
		
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201202233759)
	Pontos: 0,1  / 0,1
	Alguns anos após a assinatura e ratificação de um Tratado Internacional, um dos países signatários decide, por questões internas, abandonar o acordo efetuado. Este ato é denominado:
		
	
	Concordata
	 
	Denúncia
	
	Renúncia
	
	Desistência
	
	Reserva

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