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MINERAIS ACESSÓRIOS Apatita, Zircão, Monazita, Rutilo, Titanita, Turmalinas, Epidotos , Granadas, Carbonatos e Minerais Opacos Apatita ? LN ? Refringência muito elevada ? Incolor ? LP ? Birrefringência muito fraca (no máximo: cinza azulado do início da 1ª. Ordem) ? Seções alongadas tem extinção reta, alongamento negativo Apatita – 50 x Cristais muito pequenos, se destacam pelo relevo maior que quartzo e feldspato. Seções basais: formas hexagonais frequentes, extintas em LP Seções prismáticas : tabulares, mais ou menos alongadas, birrefringência baixa LN LP Apatita LN ~100x São incolores. O relevo é mais alto que dos feldspatos mas mais baixo que dos piroxênios. Apatita LP ~100x É um mineral comum em rochas ígneas, sempre em pequenas quantidades. Aqui aparece inclusa em plagioclásios bordejados por ortopiroxênios de relevo alto – bem destacado nas seções amarronzadas). Zircão ? LN ? Refringência extremamente forte ? LP ? Birrefringência muito elevada (tintas mais ou menos vivas do início da 3ª. Ordem) ? Ocorrência ? Seguidamente em inclusões bordejadas de uma auréola pleocróica (biotita, cordierita, turmalina) Zircão LN – 500 x Cristais muito pequenos, como inclusões em vários minerais, relevo muito alto, às vezes zonados, às vezes com núcleo mais antigo. Seções euédricas : prisma e bipirâmides. Às vezes cantos arredondados no transporte. Zircão LP – 500 x Tintas de birrefringência muito vivas e variáveis numa única seção, extinção reta em seções alongadas. O zoneamento indica fases distintas de crescimento, que podem ser separadas por milhões ou até bilhões de anos. Seções basais extintas. Monazita comparada do zircão LN Incolor à levemente colorida em amarelo, em LN. Monazita comparada do zircão LP Extinção oblíqua para a monazita. Extinção reta para o zircão. Hornblenda gabro – inclusões orientadas de baddeleyíta em uma seção de plagioclásio LN 500x As inúmeras agulhas de cor amarronada e a seção losangular ao centro são de baddeleyita. A seção central é que permite identificar as demais (ver próxima imagem). Inclusões de Baddeleyita (ZrO2) em plagioclásio ‐ LN 1000x Parcamente tratada na literatura, pois adquiriu importância só nas ultimas décadas com as datações U‐Pb de rochas básicas, esse mineral possui uma cor marrom avermelhada característica, em seções losangulares truncadas nas extremidades. Os cristais são tabulares, mas muito achatados. Assim geralmente é confundida com agulhas de rutilo. Os raros cortes losangulares permitem a identificação. Prismas muito achatados produzem seções laterais losangulares. Os vértices agudos são truncados Seções laterais de folhas produzem as aparentes agulhas. Inclusões de Baddeleyita (ZrO2) em plagioclásio ‐ LP 500x Em LPA a baddleyita mantém a cor do mineral em luz natural, assim como o rutilo. A extinção não é, entretanto, reta. Titanita (ou esfeno) ? LN ? Refringência muito forte ? Incolor ou rosa amarelada. Bem colorida c/ pleocroísmo nítido. ? LP ? Birrefringência enorme (tintas amareladas de ordens superiores, com múltiplas irisações ? Leucoxênio é uma variedade resultante da alteração de diversos minerais titaníferos (ilmenita, rutilo, ...) Titanita LN – ~200 x Inclusões em vários minerais. Relevo muito alto. Diversas cores, às vezes pleocróica. Cristais médios, prismáticos ou losangulares (seção basal) Frequentes inclusões. Titanita LP – ~200 x Birrefringência enorme (tintas amareladas de ordens superiores, com múltiplas irisações) Sienito – Titanita – LN 100x Seções anédricas de titanita ocuparam vazio deixado entre as placas de sanidina e hornblenda. Possuem pleocroísmo nítido (ver próxima imagem para comparação) Titanita Hornblenda Sanidina Biotita Sienito – Titanita – LN 100x Mesma seção à 900 da anterior, mostra pleocroísmo inverso, com a cor marrom claro na posição de alongamento paralela ao polarizador. Titanita Hornblenda Sanidina Biotita Sienito – Titanita – LP 100x Na posição de máxima iluminação a tinta marrom clara da titanita é semelhante à cor em luz natural. Percebem‐se maclas polissintéticas. Titanita Máxima iluminação e maclas polissintéticas Hornblenda Sanidina Biotita Sienito – Titanita – LN 100x Na posição de extinção há um conjunto de indivíduos das maclas que não se extinguem. Titanita Posição de extinção e maclas polissintéticas Hornblenda Sanidina Biotita Leucoxênio em xisto azul – LN – 1000x É um mineral de alteração de diversos minerais titaníferos, como ilmenta, rutilo, ... Com a ilmenita forma uma textura chamada de ninho, onde o mineral opaco, originalmente em tabletes, resta como pequenos ovos negros envolvidos por uma massa leitosa. Ilmenita inalterada Restos de Ilmenita no “ninho” de leucoxênio Leucoxênio em xisto azul – LP – 1000x Como a titanita, o leucoxênio possui birrefringência alta, obscurecida pela cor, e assim pouco muda em LPA. Ilmenita inalterada Restos de Ilmenita no “ninho” de leucoxênio Rutilo ‐ ~ 100 x Refringência muito forte. Cores profundas nos tons de marrom amarelado obscurecem a birrefringência muito elevada e assim há pouca mudança de tintas entre LN e LP. Seções alongadas possuem extinção reta. Inclusões de rutilo em titanita – LN 1000x Seções de rutilo de cor marrom a marrom escuro (pleocróicas) pré‐datam a titanita (rugosa) e a biotita (marrom claro). O relevo é acentuado em relação à titanita e também desta em relação à muscovita. Rutilo Biotita Titanita Pleocroísmo: Incolor à marrom claro Ilmenita (opaco) Inclusões de rutilo em titanita – LPA 1000x O rutilo possui extinção reta e birrefringência alta (tintas de ordem superior) que o tornam mais claro em LPA, mas sem mudança na cor (c0mparar com a imagem anterior LN). Extinção reta das seções alongadas Turmalinas ? LN ? As turmalinas ferríferas são coloridas (cores variáveis, seguidamente zonadas). Pleocroísmo inverso sempre nítido. ? As turmalinas magnesianas e litiníferas são incolores ou fracamente coloridas em amarelo e rosa. ? LP ? Seções alongadas à extinção reta, alongamento negativo. ? Possíveis confusões ? As turmalinas mais correntes distinguem‐se facilmente de outros minerais por : ausência de clivagem, zoneamento na cor, pleocroismo inverso, uniaxiais negativas Turmalina ~ 200 x – pleocroísmo inverso em LN A turmalina, ao contrário da maioria dos minerais pleocróicos, possui absorção mais forte da luz polarizada, quando o alongamento está perpendicular ao polarizador. Isso facilita a distinção das micas negras e da maioria dos anfibólios. Turmalina em quartzo mica xisto (~ 200 x) A turmalina ocorre em prismas alongados com seções hexagonais e triangulares de cantos naturalmente arredondados. Tintas de birrefringência de 2ª. O que podem descer até o laranja de 1ª. O nas variedades pobres em Fe. Schorlita (turmalina negra) – LN – 50 x Cristais geralmente médios à pequenos. Zoneamento de cores é característico. Cores muito variáveis (ver abaixo), depende da composição. Partição perpendicular ao alongamento dos prismas. Clivagem ausente. Schorlita (turmalina negra) – LP – 20 x Seções alongadas à extinção reta. Alongamento negativo. Seções basais são extintas. Figuras de interferência uniaxiais negativas. Turmalina – crescimento fibro‐radial Como mineral pneumatolítico hidrotermal (líquidos + gases) a turmalina pode se formar no preenchimento de espaços vazios, como vênulas, veios, filões, ... Neste exemplar precipitou em inúmeros cristais irradiados à partir de alguns núcleos de crescimento. Turmalina zonada – LN – Explique,se puder ... O zoneamento indica sempre algum tipo de variação no meio à partir do qual um mineral está se formando. Às vezes sua observação demonstra o quanto a progressão na cristalização pode ser complexa. Observe a seção basal no centro. Ela possui em seu interior 2 núcleos distintos ... Epidotos ? Zoisita ? Clinozoisita ? Pistacita ? Piedmontita ? Alanita Zoisita ? LN ? Refringência forte ? LP ? Birrefringência muito fraca. Tintas de polarização anormais (azul escuro, cinza amarelado) ? Seções alongadas à extinção reta ? Ocorrência ? Como a pistacita, com a qual é associada frequentemente Clinozoisita ? LN ? Refringência forte ? LP ? Birrefringência fraca. Tintas de polarização anormais (azul escuro, amarelo esverdeado). Extinção oblíqua. ? Ocorrência ? Como a pistacita, da qual é o termo pouco ferrífero MET 09 ‐ Clinozoisita em actinolita xisto – LN – 500x Incluída em porfiroblastos de quartzo, como alguns outros epidotos, a clinozoisita apresenta a característica cor amarelo limão e relevo pronunciado. Diferente da pistacita, aparece em prismas alongados, com partições transversais ao alongamento e seções basais losangulares. Seção alongada com partições transversais. Seção basal losangular MET 09 ‐ Clinozoisita em actinolita xisto – LP – 500x Com nicóis cruzados, as seções alongadas possuem birrefringência baixa (tintas anômalas – azul de Berlim nas extremidades ‐ são comuns). As seções basais podem assemelhar‐se às de pistacita, com fantasia de arlequim. A zoisita difere da clinozoisita pela extinção reta. Azul de Berlim cinza e alaranjado Cinza e branco de 1ª. ordem Seção basal Arlequim Pistacita (epidoto sensu strictu) ? LN ? Refringência forte ? Incolor à colorido em amarelo limão, com pleocroísmo direto mais ou menos nítido ? LP ? Birrefringência variável, mesmo no interior de uma mesma seção. Tintas de polarização vivas e variadas de 1ª. e 2ª. Ordens, resultando em uma espécie de fantasia de Arlequim característica ? Ocorrência ? Zoisita, clinozoisita e pistacita são minerais de alteração frequentes de plagioclásios (saussuritização) e numerosos silicatos cálcicos. ? São também minerais primários de rochas metamórficas ricas em cálcio : anfibolitos, mica‐xistos, escarnitos,... Pistacita (epidoto sensu strictu) LN ‐ ~ 50 x Normalmente forma agregados de pequenos cristais granulares, raramente euédricos . Pode ser incolor ou amarelo limão característico e ter pleocroísmo fraco. Possui relevo acentuado. Se associa com freqüência à clorita e o quartzo em meta‐basaltos oceânicos. Pistacita (epidoto sensu strictu) LP ‐ ~ 50 x Em LPA, às vezes, parece fantasiado de arlequim. A birrefringência é variável mesmo no interior de uma mesma seção, enquanto a seção ao lado mostra tinta homogênea. Assim, é mais fácil perceber sua continuidade em LN (compare à foto anterior). Pistacita em xisto azul – LN 500 x A pistacita aparece, nesta lâmina de xisto azul, associada ao glaucofano, ilmenita, leucoxênio, quartzo e carbonatos. Tipicamente os epidotos possuem uma suave cor amarelo limão, relevo pronunciado e formam grânulos, raramente de formas geométricas definidas. pst glf lcx ilm qz cb Pistacita em xisto azul – LP 500 x A pistacita aparece, nesta lâmina de xisto azul, associada ao glaucofano, ilmenita, leucoxênio, quartzo e carbonatos. As tintas de birrefringência da pistacita são variadas no interior de um mesmo grão. pst glf lcx ilm qz cb Pistacita em xisto azul – LN 1000 x Com maior aumento, percebe‐se a superfície rugosa e o aspecto sujo dos epidotos, assim como os bordos arredondados. pst glf qz cb clz Pistacita em xisto azul – LP 1000 x A rugosidade adquirida pela pistacita durante o polimento possivelmente está na origem da fantasia de arlequim – variações de tintas de birrefringência no interior de uma mesma seção. Outro epidoto, a clinozoisita (clz) não apresenta, em geral, este fenômeno. glf qz cb clz pst Piedmontita ? LN ? Refringência forte ? Fortemente colorida, com pleocroísmo pouco intenso ? LP ? Birrefringência elevada Piedmontita LN – pleocroísmo amarelo – rosa LP ‐ birrefringência elevada Ocorrência : Mineral acessório. Como inclusão pode produzir halo pleocróico na biotita Alanita ? LN ? Refringência forte ? Incolor à fortemente colorida com pleocroísmo pouco nítido ? LP ? Birrefringência variável (desde isótropa até o início da 2ª. Ordem) ? Ocorrência ? Pode ocorrer como inclusões, com auréolas pleocróicas na biotita. Alanita – LP – 100 x No exemplo : tintas de inferência do final da primeira ordem : cinza, branco, amarelo pálido, dependendo da fase de crescimento. O zoneamento é uma característica da alanita, um epidoto que pode conter quantidades apreciáveis de ETR, Th e U. Alanita – frentes de crescimento A desintegração de U e Th causa destruição progressiva da estrutura interna. A circulação de água leva à oxidação (material amarronzado que permeia também as fraturas nos minerais adjacentes). Granadas ? LN ? Refringência forte à muito forte. Seções mais ou menos arredondadas com relevo muito forte. Seções límpidas, fraturadas. Inclusões muito frequentes, às vezes em conjunto na forma de hélices (textura helicítica). ? Incolores ou fracamente coloridas. A uvarovita é verde. ? LP ? Isótropas e raramente birrefringentes (granadas cálcicas) ? LC ? Nenhuma figura. ? A distinção das variedades é praticamente impossível ao microscópio. ? Alterações ? Frequente em cloritas, serpentinas, talco, epidotos, limonitas. A quelifitização é uma epigênese por clorita muito verde, seguidamente acompanhada de epidotos, que aparece em auréola irregular em torno da granada e penetra nas fraturas. Granada LN – Relevo muito forte. Fraturas irregulares. Incolor à levemente colorida. Muitas inclusões. LP – Isótropas. Inclusões de minerais diversos como quartzo, plagioclásios, epidoto, ... Granadas As formas podem ser perfeitamente euédricas. As seções tendem a ser equidimensionais. Algumas variedades cálcicas podem apresentar uma birrefringência baixa (até 0,005), anômala. Embora colocados aqui, entre os minerais acessórios, os carbonatos muitas vezes são minerais essenciais, como nas rochas carbonatadas de origem sedimentar ou magmática (carbonatitos) e seus derivados metamórficos (mármores, ...) Embora facilmente reconhecíveis ao microscópio como grupo de minerais, a determinação das variedades é muito complexa neste instrumento. Quando é necessária a determinação de proporções, ou estudos de relações temporais, por exemplo entre dolomita e calcita, podem ser utilizados corantes específicos, antes da confecção das lâminas. Esse assunto será melhor abordado na disciplina de Petrografia Sedimentar. Carbonatos Carbonatos – birrefringência de ordens superiores É possível identificar rapidamente os carbonatos pela birrefringência elevada . As tintas, deslavadas, são chamadas genericamente de tintas de ordens superiores. No bordo dos grãos é possível observar, como neste caso, sua ordem. Com cuidado você contará 8 ordens consecutivas. Carbonatos – clivagem romboédrica , combinada com as clivagens romboédricas, encontradas em praticamente todas as seções. Carbonatos – maclas polissintéticas Em LP, os carbonatos podem apresentar maclas polissintéticas, às vezes entrecruzadas, e de espessura variável. Entretanto, a birrefringência é muito distinta de outros minerais com esse tipo de geminação. Carbonatos – extinção mosqueada Assim como as micas e o talco, os carbonatos são facilmente deformados durante o processo de polimentopara confecção das lâminas delgadas. A rugosidade na superfície se traduz pelo aspecto mosqueado, facilmente observado na posição de extinção. Minerais opacos e quase opacos ? O estudo destes minerais se faz de maneira completa com microscópios de luz refletida. ? Recomendamos aos interessados a disciplina eletiva de Mineralogia de Minerais de Minério. Minerais acessórios Apatita Apatita – 50 x Apatita LN ~100x Apatita LP ~100x Zircão Zircão LN – 500 x Zircão LP – 500 x Monazita comparada do zircão LN Monazita comparada do zircão LP Hornblenda gabro – inclusões orientadas de baddeleyíta em uma seção de plagioclásio LN 500x Inclusões de Baddeleyita (ZrO2) em plagioclásio - LN 1000x Inclusões de Baddeleyita (ZrO2) em plagioclásio - LP 500x Titanita (ou esfeno) Titanita LN – ~200 x Titanita LP – ~200 x Sienito – Titanita – LN 100x Sienito – Titanita – LN 100x Sienito – Titanita – LP 100x Sienito – Titanita – LN 100x Leucoxênio em xisto azul – LN – 1000x Leucoxênio em xisto azul – LP – 1000x Rutilo - ~ 100 x Inclusões de rutilo em titanita – LN 1000x Inclusões de rutilo em titanita – LPA 1000x Turmalinas Turmalina ~ 200 x – pleocroísmo inverso em LN Turmalina em quartzo mica xisto (~ 200 x) Schorlita (turmalina negra) – LN – 50 x Schorlita (turmalina negra) – LP – 20 x Turmalina – crescimento fibro-radial Turmalina zonada – LN – Explique, se puder ... Epidotos Zoisita Clinozoisita MET 09 - Clinozoisita em actinolita xisto – LN – 500x MET 09 - Clinozoisita em actinolita xisto – LP – 500x Pistacita (epidoto sensu strictu) Pistacita (epidoto sensu strictu) LN - ~ 50 x Pistacita (epidoto sensu strictu) LP - ~ 50 x Pistacita em xisto azul – LN 500 x Pistacita em xisto azul – LP 500 x Pistacita em xisto azul – LN 1000 x Pistacita em xisto azul – LP 1000 x Piedmontita Piedmontita Alanita Alanita – LP – 100 x Alanita – frentes de crescimento Granadas Granada Granadas Carbonatos Carbonatos – birrefringência de ordens superiores Carbonatos – clivagem romboédrica Carbonatos – maclas polissintéticas Carbonatos – extinção mosqueada Minerais opacos e quase opacos
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