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AGROQUIMICOS (4)

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TOXICIDADE NO VALOR DE pH 7.0 NO
CULTIVO DO ALMEIRÃO 
(Cichorium Intybus)
Carina Sawaya Brianti( 1) ; Eduardo Augusto Perez (1); Isabela Steck Fredi(1); Júlia da Silva Forster(1); Kayene Silva Guimarães(1);
Ronaldo Teixeira Pelegrini(2) e Tatiana Santana Ribeiro(3)
(1)Estudante do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
(2)Professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
(3)Coordenador do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Centro de Ciências Agrárias –
Campus de Araras SP - Avenida Anhanguera, km 174 - SP-330 - Araras – São Paulo – CEP 13600-970 Brasil
Resumo
O almeirão é uma planta herbácea de seiva leitosa, cultivada como hortaliça de sabor amargo, originária da Ásia, Europa e África. É da mesma família da chicória, alface, dente-de-leão e serralha. Em carater de perquisa, sementes de almeirão foram usadas como organismos testes em ensaios toxicológicos usando glifosato como agente estressor.
Todas as soluções de glifosato foram preparadas em água de diluição em valor de pH 7,0. O glifosato é o ingrediente ativo da fórmula de alguns herbicidas. Porém essas formulações comerciais contêm, além de sais de glifosato, certos aditivos, tais como surfactantes de diferentes tipos e em concentrações variáveis. Análises toxicológicas sugerem que outros ingredientes em combinação com o glifosato podem ter maior toxicidade do que o glifosato isoladamente. Os estudos comprovaram que houve alteração no desenvolvimento do almeirão, e a espécie Cichorium intybus não mostrou-se resistente em presença de glifosato em todas as concentrações estudadas.
Palavras chave: Toxicidade, Cichorium intybus, 
Contatos: carinabrianti@hotmail.com; eduardoaugustoperez@gmail.com; isabelasteck@gmail.com; forsterju@gmail.com; kayene_@hotmail.com; ronaldopelegrini@gmail.com; tatiana@cca.ufscar.br.
Introdução
 O glifosato (N-(fosfometil)glicina) representa mais da metade das vendas mundiais de herbicidas e pode movimentar, em 2.020, U$S 8,5 bilhões no mercado, segundo a consultoria Grand View Research.¹ É um pesticida não seletivo, que controla e elimina todas as plantas as quais tem contato; pós-emergente, atuante em espécies já germinadas; sistêmico, o que representa que tem ação por todo o organismo e não somente no local de aplicação imediata, já que é absorvido e conduzido por toda sua estrutura. Age nos sistemas e inibe a produção de enzimas e aminoácidos, ocasionando a morte do vegetal.²
É indicado para o controle de ervas daninhas anuais ou perenes, sejam mono ou dicotiledôneas, em culturas específicas, como as de arroz irrigado, cana-de-açúcar, café, milho, soja (plantio direto ou indireto), trigo (plantio direto), eucalipto, seringueira e no plantio direto de algodão.4 Também no controle de pragas em cultivo de frutas, sendo elas ameixa, banana, cacau, nectarina, pera, pêssego, uva, maçã e citros.³
A aplicação pode ser feita em diferentes períodos e áreas da semeadura: pré-plantio, área total, pontos de mato, entrelinhas, ou pós-emergência. Costuma ser pulverizado no mato para ser absorvido, e é aplicado com jato dirigido para que não atinja partes verdes e desenvolvidas da planta útil.
 
Figura 1: Fórmula estrutural do glifosato (C3H8NO5P). Retirado de http://blog.elinsignia.com/wp-content/uploads/2017/11/glifosatooo.jpg, em 08/12/2017.
Na literatura, os autores descrevem as variadas espécies controladas pelo glifosato, visto que reduzem o rendimento e qualidade do produto final. De forma tabelada, já existem dados de concentrações e dosagens determinadas para aplicação em cada uma delas. No estudo que se segue, a planta invasora avaliada é o almeirão (Chicorium intybus), uma das hortaliças mais consumidas no Brasil. É semelhante à chicória em sabor amargo, sendo fisicamente diferente por possuir folha mais alongada e com pelo; é superior à alface no ponto de vista nutricional, rico em cálcio, fósforo, ferro e vitamina A.5 As variedades mais cultivadas no estado de São Paulo, principalmente na região de Campinas são Pão-de-Açúcar, Folha Larga e Catalonha (apresentada de forma separada da espécie).6 
Apesar de representar importante fonte na alimentação, é uma planta que tem caráter invasor em lavouras anuais e em pomares, pastagem e jardim de culturas já mencionadas, recorrentes na região Sul. Tem início de desenvolvimento no inverno, com densa população formada, florescendo na primavera posterior.7
Em caráter de estudo, desenvolveu-se um teste toxicológico com variadas concentrações do herbicida mencionado para avaliar a toxicidade crônica no Almeirão de Folha-Larga, popularmente conhecido como Radiche. Foi utilizado como meio de cultura, gel de nutrientes com solução tampão para manutenção de pH, conforme técnicas de artigo já publicado.8
Materiais e Métodos
 Os experimentos foram realizados na Universidade Federal de São Carlos, na cidade de Araras SP – Brasil, com o objetivo de determinar a toxidade sobre Cichorium intybus entre as concentrações de um agente estressor.
 Á vista de todo o processo preparou-se uma solução caracterizada como água de nutrientes com um pH 7,0, a qual continha concentrações de substâncias diferentes e soluções tampão que caracterizavam a germinação da planta. As concentrações são expressas na tabela [1]. A solução em questão era adicionada juntamente com as concentrações do agente estressor. 
Iniciou-se os experimentos com as concentrações do estressor em: 500mg/L,1000mg/L,2000mg/L,5000mg/L com duração de 168 horas até a verificação do desenvolvimento. 
Os testes foram realizados em triplicata e as concentrações de glifosato foram preparadas em água de diluição. Utilizou-se frascos PET transparente de 200 mL, onde o suporte para o crescimento da plantas sem fungos foi o ágar bacteriológico (2 gramas). Sobre a camada suporte, foram adicionadas cerca de 30 sementes para o desenvolvimento dos ensaios. 
	Nutrientes
	K
	P
	N
	Ca
	Mg
	B
	Mo
	mg.L-1
	61
	41
	35
	30
	38
	0,3
	0,06
Tabela 1: Médias das concentrações optimizadas de macro e micro nutrientes para a germinação das sementes.
Após do início do experimento, os resultados foram analisados a fim de observar a toxicidade através da inibição do crescimento causado pelas diferentes concentrações de glifosato e assim pode-se estabelecer curvas de toxidade relativa as concentrações e estados de germinação.
Resultados e Discussão
O estudo da toxicidade crônica expõe variações tais como o desenvolvimento da raiz, tamanho das folhas e taxa de germinação de plantas em meio de cultura com agentes nocivos a seu crescimento, sendo que, no estudo apresentado, as características foram observadas no almeirão de Folha-Larga (Cichorium intybus intybus). O agente estressor utilizado foi glifosato, com variadas concentrações entre 5,0 mg/L e 300 mg/L, e os crescimentos observados nas amostras seguem em tabela abaixo.
Tabela 2: Taxa de toxidade em Cichorium intybus
Conforme tabela 2, observou-se um decaimento na taxa de germinação do almeirão a partir do momento em que se iniciou a adição de glifosato no meio de cultura, visto sua ação pesticida. Este declínio passou a ser significativo após a concentração atingir 100mg/L, sendo que alcançando 150 mg/L o crescimento foi quase totalmente inibido, valor no qual foi constatado a toxicidade crônica para a devida planta.
Nas imagens que seguem, observam-se crescimentos em concentrações entre 100 e 230 mg/L, havendo também fotos do controle feito com água destilada, no qual a germinação é total, enquanto nas amostras há a inibição deste.
Figura 2: Controle com água destilada.
Figura 3: Germinação em concentração 100 mg/L de glifosato e pH=7,0.
Figura 4: Germinação em concentração 150 mg/L de glifosato e pH=7,0.
Figura 5: Controle e germinações em concentrações de 200 mg/L a 230 mg/L de glifosatoe pH=7,0. 
Conclusão
Analisando os dados finais obtidos pelo grupo, conclui-se que a hortaliça almeirão de folha larga, apresentou toxicidade a partir da concentração de 100mg/L, segundo a porcentagem de germinação pode-se notar que a partir dessa concentração de glifosato o almeirão teve uma queda significativa em sua germinação.
 A planta observada teve boa resposta aos ensaios, mas os estudos continuam em andamento, pois a toxicidade começou a partir de 100mg/L e até a concentração de 150mg/L, que foi quando notou-se que houve inibição total na taxa germinação. Portanto consite a necessidade de se iniciar um ensaio com as concentrações entre 100 a 150mg/L de glifosato.
De forma geral pode-se dizer que os resultados encontrados pelo grupo foram satisfatórios e que os objetivos foram alcançados, considerando que o processo experimental proporcionou ao grupo a oportunidade de analisar como são realizaados os ensaios toxicológicos .
Referências Bibliográficas
1.	http://revistagloborural.globo.com/Noticias/Pesquisa-e-Tecnologia/noticia/2016/05/polemica-do-glifosato.html, Acesso em Dezembro de 2017.
2.	https://www.jardineiro.net/herbicidas-e-sua-aplicacao-em-jardinagem.html, Acesso em Dezembro de 2017.
3.	repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/66920/2-s2.0-0036657231.pdf?sequence=1, Acesso em Dezembro de 2017.
4.	http://www.adapar.pr.gov.br/arquivos/File/defis/DFI/Bulas/Herbicidas/glifosato480agripec.pdf, Acesso em Dezembro de 2017.
5.	http://e-revista.unioeste.br/index.php/scientiaagraria/article/view/5133/6459, Acesso em Dezembro de 2017.
6.	http://flores.culturamix.com/informacoes/almeirao-a-popular-chicoria, Acesso em Dezembro de 2017.
7.	https://www.agrolink.com.br/culturas/problema/almeirao-do-campo_594.html, Acesso em Dezembro de 2017.
8.	http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1980-993X2014000200016&lng=es&nrm=iso&tlng=es, Acesso em Dezembro de 2017.
 BOCHI-SILVA, N.; DOS SANTOS, E. M. R.; BRITO-PELEGRINI, N. N.; PELEGRINI, R. T. E PATERNIANI, J. E. S. Avaliação de toxidade crônica do pecolado de aterro sanitário e substancias químicas: denol e cromo em sementes de: balsamina; dianthus caryophllus; celósia cristata e celósio argenta visando o uso na agricultura de flores. Conferência Internacional em Saneamento Sustentável: Segurança alimentar e hídrica para a América Latina. ECOSAN- Fortaleza – Brasil, 2007.  
MONTEZANO, Z. F.; CORAZZA, E. J. e MURAOKA, T. Variabilidade espacial da fertilidade do solo em área cultivada e manejada homogeneamente. Revista Brasileira Ciência do Solo, pg. 840 e 841, 2006. 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3860133/#B1. Acessado em Dezembro de 2017.

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