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Linguística I

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Linguística I 
“A lingua é, por natureza,variável!” – Doutor em linguística José Luiz Fiorin
Não devemos ridicularizar a lingua que alguém fala, é o mesmo que ridicularizar sua identidade! A língua tem sua forma única de ser usada por cada um, depende da personagem que estamos retradando. Se estamos num meio social onde só temos amigos, familiares, etc, não seria cabível usar a norma culta da língua. 
Preconceito linguístico – é uma atitude de intolerância com determinadas variedades da língua, como as falas regionais, uma carioca não vai falar da mesma forma que um paulista. Mas é claro que, uma notícia num jornal fará o uso da norma culta, porém dois amigos numa conversa em rede social não farão o mesmo uso. Existem regras na lingua, e a partir dessas regras tomamos consciência de como falar em determidas ocasiões. 
A gramática é prescritiva, ela diz como eu devo ou não fazer o uso da língua, já a línguistica é descritiva, ou seja, ela explica a evolução da língua, ela busca todos os fatos para entender o que está sendo falado, verificando a variação linguística. 
Lingua é a base que todos utilizamos pra saber o uso certo ou errado de determinadas combinações e elementos.
Fala é o uso que cada indivíduo faz da língua, um carioca faz um uso diferente de um paulista, mas isso não significa que algum dos dois estejam errados.
Linguagem é um processo de comunicação entre pelo menos dois falantes, emitir e receber mensagens, sendo uma comunicação verbal ou não verbal. 
Consideramos a Linguística um estudo ciêntifico pois antes de julgarmos algo como errado ou certo, analisamos e descrevemos os fatos que estão sendo usados, para não ocorrer um preconceto linguístico, diferente da grámatica que apenas prescreve o que deve ser ou não usado na norma culta da língua. Ou seja, antes de eu achar que alguém falou uma frase “errada” eu observo o meio social, a região onde vive, o tipo de fala que usa, entre vários outros fatos.
Segundo Benveniste, a comunicação animal se diferencial da linguagem humana, pois só é capaz de informar uma condição, uma realidade, sem obter uma resposta, no caso da experiência com abelhas, podemos ver que a que encontra o polem só é capaz de transmitir uma mensagem dizendo onde está, e as outras que recebem essa mensagem apenas se submetem a condição do trajeto, de forma alguma dão uma resposta a abelha que indicou o local e também não são capazes de transmitir essa mesma mensagem pra uma outra comeia. O que se diferencia dos humanos, somos capazes de a partir de uma mensagem, formular inúmeras outras. Isso tudo é comprovado em seu texto no trecho em que diz “Falamos com outros que falam, essa é a realidade humana.”
O sistema de comunicação dos animais apresentam mensagens indecomponíveis! A capacidade de decompor mensagens em elementos é únicamente dos humanos, ou seja, a propriedade de articulação é uma das principais características da linguagem humana.
Segundo nosso livro de Linguística I, de Silvia Maria de Souza e Vanise Medeiros, a nossa linguagem é caracterizada por: sua natureza diálogica, seu conteúdo variado e amplo, os vários tipos de mensagens possíveis, as referências feitas a situações diversas e a possibilidade de decompor o enunciado em elementos menores, que podem ser recombinados para formar novos enunciados. 
Índice, simbolo e signo
Signos Naturais (indica):
Índice: aponta para existência de algum fenômeno da natureza, a relação se faz entre índice e o referente, por exemplo: nuvens escuras diz que há possibilidade de chuva. Não há uma ação humana e uma relação entre um emissor e um receptor.
Signos Artificiais (comunica):
O simbolo é um objeto natural sendo usado pra representar algo abstrato, como um coração quebrado, pra representar uma decepção amorosa.
Signo linguístico: é uma forma de usarmos elementos que representam outros, por exemplo, quando falamos “cavalo”, interpretamos na nossa mente um animal de quatro patas com uma crina, ou seja, consiste em dois aspectos: o significante e o significado.
Signo Linguístico
“O signo linguístico não une uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica”, dada essa afirmação de Saussure, podemos perceber que assim que pronunciamos ou pensamos numa palavra logo transmitimos a imagem dela em nossa mente, como por exemplo quando ouvimos alguém falar “gato” logo vem a imagem de um animal peludo e pequeno de quatro patas. Quando duas pessoas estão conversando, antes mesmo de dizer algo, se projeta na sua mente a “imagem acústica” do tal, em palavras Saussure, esse acontecimento denomina-se “fenômeno inteiramente psíquico”. Ou seja, ao termos um diálogo com alguém ocorre os fenômenos psíquicos (imagens representadas na nossa mente), os fisiológicos (nosso cerébro transfere aos orgão de fonação qual o som que represente tal palavra) e o, não menos importante, físico (as ondas sonoras se propagam da nossa boca até ao ouvido do receptor, que por sua vez, inicia o mesmo processo que fizemos na repesentação das palavras ouvidas e faladas).
 O conceito de signo era apenas representado pela imagem “acústica”, para resolver esse impasse, Saussure propôs que chamassemos signo a ligação entre o significado (conceito) e o significante (imagem acústica).
Para Saussure a linguagem é heteroclita e multiforme, além disso, psquico, fisiologico e físico.
Langue e Parole
Parole: a fala, a variabilidade
Langue: sistema inconciente presente no cerébro de todos os indivíduos
Fases do estudo da linguagem (gramática, filologia, gramática comparada)
Gramática tem o ponto de vista prescritivo, ou seja, é um estudo que visa ditar regras sobre o bom ou mau uso da língua; 
Filologia é a segunda fase dos estudos sobre a linguagem, busca fixar, interpretar e comentar os textos, comparando textos de diferentes épocas, determinando a língua de cada auor, decifrando e explicando inscrições redigidas numa língua arcaíca ou obscura.(compreender e decifrar textos)
Gramática comparada,ou Filologia comparada, esclare uma língua por meio de outra e explica as formas duma pelas formas de outra.
Toda falante possui conhecimento implício da língua, mesmo não sedo capaz de explicar esse conhecimento, por exemplo, eu sei falar, porém não saberia explicar o que acontece com meu corpo quando estou falando, ou seja, não tenho o conhecimento explícito da ação da fala. Qualquer pessoa que domina a língua portuguesa consegue dizer se uma expressão está certa ou não, por exemplo: “Os meninos estão quietos” e *”Meninos os quietos estão.”, obviamente saberíamos dizer a segunda expressão está errada, porém, não sabera explicar o porquê disso, podemos assim, fazer julgamentos da gramaticalidade. 
O linguista não se interessa pela normatividade, a norma culta de escrever ou falar algo, mas sim à gramaticalidade, pois não aplica normas para um bem falar ou bem escrever, ou seja, na frase “A gente somos divertidos” não está enquadrada na normatividade, mas não é por isso que a expressão é agramatical, já que é possível na língua portuguesa.
Os Neogramáticos tinham como objetivo primordial, estudar o que consideravam como as “línguas vivas”, e não mais buscar uma origem comum. Os neogramáticos buscavam entender essas mudanças e não apenas comparar o que mudava de uma língua pra outra.
Fonética e Fonologia
Fono = som
logia = estudo
Fonema:menor uidade sono produzida pelo ser-humano.
Classificação dos fonemas: vogais, semivogais e consonantais
Vogais (vocálicos): são fonemas pronunciados sem obstáculs à passagem de ar (a,e,o)
Semivogais: juntam-se às vogais sendo mais átomas (i,u)
Consonantal: são fonemas produzidos mediante a resistência que s orgãos bucais opõem à passagem do ar.(t,p, b, m)

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