Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Antiplaquetários, anticoagulantes e trombolíticos Introdução A distinção entre anticoagulantes, antiplaquetários e trombolíticos é baseada na etapa da cascata de coagulação que estes interferem e nos componentes nos quais atuam. Elementos envolvidos na coagulação do sangue e formação do trombo: 1- Ativação das plaquetas (impedida pelos antiplaquetários) 2- Ativação dos fatores de coagulação no plasma (impedida por anticoagulantes) 3- Formação do trombo 4- Quebra e ruptura do trombo quando este não é mais necessário (induzida pelos trombolíticos) O organismo não consegue distinguir entre os trombos que estão estancando um sangramento ou ocluindo uma artéria/veia, por isso ele dissolve os trombos indiscriminadamente (ou reduz a capacidade de coagulação de forma indiscriminada): • Quando for utilizar fármacos que alteram a coagulação, atentar para um possível risco de sangramento exacerbado • Fazer redução ou suspensão da medicação antes de uma cirurgia para ter um nível aceitável de coagulação (ex: AAS – repensar a posologia 14 dias antes; clopidogrel - 1 semana antes) Respostas Plaquetárias 1. Tudo se inicia com uma lesão endotelial, exposição de algum componente/proteína tecidual, ou uma carga diferente na membrana – Isso induz incialmente um processo de vasoconstrição reflexa para reduzir o fluxo que passa no local e evitar uma perda de sangue 2. A exposição da MEC (colágeno) ou das proteínas de membrana que estão abaixo do endotélio são um ponto de partida para o reconhecimento, ligação e adesão de plaquetas na região lesada 3. Ocorre uma série de reações que provocam a ativação dessas plaquetas aderidas – Plaquetas ativadas aumentam o nível de cálcio intracelular e reduzem os níveis de ATP e AMPc – Plaquetas ativadas modificam sua conformação esférica característica para uma forma mais achatada e emite prolongamentos (semelhantes a pseudópodes) isso ajuda na interação com outras plaquetas para formar a rede inicial primária – Pelo aumento do Ca+2, elas passam a liberar por exocitose os grânulos com mediadores pré-formados (ADP, Tromboxano A2, serotonina, trombina e fator de ativação plaquetária) para atrair e ativar mais plaquetas 4. Os mediadores químicos liberados recrutam as plaquetas circulantes, ativando-as e iniciando a agregação plaquetária 5. Começa então a se formar o tampão primário (plaqueta ligada a plaqueta) – Ocorre mais ativação da agregação plaquetária – Nas plaquetas ativadas (receptor PY1 e PY2 para ADP e o receptor para TXA), o receptor GP IIb/IIIa da plaqueta torna-se ativado (fica mais ávido) e se liga ao fibrinogênio, que medeia a ligação cruzada entre duas plaquetas essa ligação com o fibrinogênio não é tão estável e duradoura 6. Essas plaquetas começam a recrutar e aprisionar hemácias e fibrinogênio também 7. Ocorre ativação da cascata de coagulação, pelos fatores teciduais liberados pelo endotélio lesado e pelos mediadores liberados pelas plaquetas – Isso resulta n a formação da trombina ativa (fator IIA) 8. A trombina ativa o fibrinogênio preso no tampão primário e o converte em fibrina por hidrólise – Ocorrem as ligações cruzadas subsequentes das tiras de fibrina (mais gelatinosa, tem uma melhor aderência e ligação mais firme ao receptor), que estabilizam o coágulo com uma rede mais fixa e rígida 9. É formado o tampão secundário (mais eficaz e forte na contenção do sangramento) Lembrar: A própria agregação plaquetária é um estímulo para a cascata de coagulação! Mediador mais importante Resumindo: Agregação e ativação plaquetária + ativação da cascata de coagulação concomitante depois há formação e ativação de trombina converte fibrinogênio em fibrina forma o tampão secundário Fisiologicamente, o organismo sempre está liberando fatores para contrapor a ativação plaquetária (como o óxido nítrico e a PGI no leito vascular) os sistemas de coagulação e anticoagulação devem estar controlando o outro • Normalmente, o sistema de anticoagulação está mais ativo, mas uma vez que ocorre exposição de fator tecidual, de fator de von Willebrand, a plaqueta reconhece o ligante e fica ativada, iniciando o processo de coagulação • Mesmo quando há um foco de coagulação, em toda a sua vizinhança e onde não é necessária a coagulação o sistema de anticoagulação está sendo majoritário Se não houvesse esse controle fino, quando se iniciasse uma coagulação, em 8 minutos todo o sangue do corpo estaria coagulado • Pacientes que usam fármacos doadores de NO não tem um risco de ter sangramento, pois o seu papel como anticoagulante é modesto e autolimitado e não é o suficiente para provocar um sangramento, só basal para impedir a ativação • A PGI também faz vasodilatação para minimizar o contato da plaqueta com o endotélio controla um ajuste fino com o TXA2 (mas quando ele é liberado da plaqueta, ativa mais a sua própria síntese e liberação) Obs.: Os fármacos inibidores da agregação plaquetária (antiplaquetários) podem inibir a síntese de TBXA2 (necessário para a ativação das plaquetas), podem ser antagonistas de receptor de ADP e antagonistas de receptor GPIIb/IIIa Quando se passa o tempo necessário para o sangramento ser contido (12 a 13hs), começa a cicatrização e regeneração para reparar a ruptura inicial do endotélio, até chegar a um ponto em que o trombo não é mais necessário começa então a ser ativado o processo de fibrinólise (ou trombólise) para dissolver o trombo • Para isso, o fator de ativação de plasminogênio é ativo faz a conversão do plasminogênio em plasmina (enzima que cliva a rede de fibrina do trombo) • O fígado produz sempre fator de ativação do plasminogênio e fatores de coagulação • Seja por sua produção no tecido endotelial ou, principalmente, pela presença de fibrina, o ativador de plasminogênio é ativado Ou seja, a própria formação do coágulo, em condições fisiológicas, é um estímulo para a dissolução desse coágulo A antiplasmina (imagem) é um inibidor da plasmina circulante produzido pelo fígado Cascata de Coagulação A cascata de coagulação consiste num festival de eventos em que um substrato é convertido a outro e leva a uma cascata de ativação de enzimas, que ativam outras enzimas, até chegar na última etapa (a mais importante para a prova) em que ocorre a conversão da pró-trombina (fator II) em trombina (fator IIa - forma ativa) • A trombina é uma enzima que faz a conversão do fibrinogênio em fibrina (que forma um emaranhado/rede muito mais ávida e consegue conter o sangramento de maneira mais efetiva), formando assim um trombo • A trombina também ativa seu receptor na plaqueta clivando uma parte dele, induzindo a agregação plaquetária Interessante: Zimogênios são enzimas presentes na cascata de coagulação e na cascata da plasmina, em sua forma inativa, e que são convertidas para sua forma ativa durante o processo. A cascata de coagulação pode ser ativada pela via intrínseca ou extrínseca • A via intrínseca é ativada quando o fator de Hageman (fator XII) que está no sangue encontra um grupo proteico do colágeno que está exposto no vaso lesado, que realiza sua conversão em fator ativado (XIIa) • A cascata extrínseca é principalmente ativada por lesão tecidual, que expõe o fator tecidual no sangue, onde se liga e ativa o fator VII não consegue ser mimetizada fora do organismo As duas vias seguem com sistemas de amplificação (com vários fatores de coagulação envolvidos trabalhando de maneira coordenada) e culminam numa via comum,em que o fator Xa realiza a ativação da pró-trombina em trombina Obs.: Se houver algum tipo de comprometimento na síntese de um fator de coagulação, pode ocorrer uma patologia com redução da capacidade de coagulação O organismo também produz inibidores da cascata de coagulação, que executam mecanismos para reduzir e controlar essa cascata: • Moléculas semelhantes à heparina no endotélio, que se ligam à anti-trombina (fator plasmático produzido no fígado), e esse complexo se liga à trombina, reduzindo sua atividade • Inibidores da via do fator tecidual, que inibem a ativação de algum fator de coagulação • Trombomodulina é um receptor inibitório expresso no endotélio que se liga à trombina e a inibe, convertendo- a em uma forma anticoagulante • Fator de ativação do plasminogênio tecidual que promove uma cascata de fibrinólise nas imediações do trombo para regulá-lo Esses sistemas de controle da agregação e da coagulação funcionam a níveis baixos para evitar que o sangue coagule sem estímulo mas quando há um estímulo (ex: ruptura de placa de ateroma, turbilhonamento do sangue com lesão endotelial), o sistema de coagulação se sobrepõe aos mecanismos de inibição para ativar as plaquetas e a coagulação Atenção: Mediadores importantes para saber da cascata de coagulação fator X e trombina Primeiro descobriu-se a heparina, e depois que o endotélio produz uma molécula semelhante molécula semelhante Atenção: Nomes importantes para lembrar para a prova: ADP (ativa plaquetas), TXA2 (ativa plaquetas), GPIIb/IIIa (receptor da plaqueta que precisa ser ativado para se ligar ao fibrinogênio), fibrinogênio (precursor da fibrina), fibrina (componente que se liga à plaqueta para formar a rede do tampão mais rígido), plasminogênio (forma inativa da plasmina), plasmina (enzima que faz a clivagem da fibrina e dissolução do coágulo). Amarrando Informações Resumindo: existem diferentes fatores no organismo que podem inibir ou estimular a trombose, e ambos são encontrados na figura abaixo. Porém, existe um erro na figura ao dizer que o ADP inibe a trombose, quando na verdade ele ativa plaquetas e a coagulação e favorece a formação de trombos Resumo de todo o processo de agregação plaquetária, coagulação e formação de trombos De acordo com a etapa da trombogênese, existem terapias ou fármacos que: • Reduzem os fatores de risco para deixar mais estável a placa de ateroma e prevenir a ocorrência de uma lesão endotelial e consequente ativação plaquetária; • Reduzem a ativação e adesão plaquetária (antiplaquetários); • Inibem a formação de trombina, fibrina ou ativação de fator de coagulação (anticoagulantes); • Ativam a plasmina ou o plasminogênio para promover a fibrinólise, no caso de um trombo já formado, como no IAM, AVC (fibrinolíticos). Antiplaquetários Esse grupo de fármacos incluem as seguintes classes: • Inibidores da COX (ácido acetilsalicílico) – ótimo inibidor da agregação plaquetária • Antagonistas de receptor de ADP o Ticlopidina, clopidogrel (mais usado), prasugrel, ticagrelor • Inibidores de GP IIb/IIIa – pouca utilização na clínica, alguns protocolos já usam o Abciximab (anticorpo monoclonal), aptifibatide, tirofiban • Dipiridamol: inibidor de PDE (fosfodiesterases), o Bloqueia a captação de adenosina pelas hemácias (que seria importante para sua ativação) e inibe a síntese de TXA2 o Impede a degradação do AMPc e promove seu acúmulo na plaqueta estímulo inibitório para a atividade plaquetária e a ativação plaquetária Obs.: Em negrito os que são mais usados e que teremos mais contato na prática clínica. Inibição da COX pelo AAS O AAS é o único anti-inflamatório que tem uma ligação irreversível com a COX, e parece ter maior seletividade para COX-1 do que para COX-2 Por isso outros AINE’s não podem ser usados como antiplaquetário • A plaqueta não possui COX-2 (induzida) mediante um estímulo inflamatório, pois a plaqueta não tem núcleo, então não tem estímulo para a síntese de novas enzimas O uso de AAS em doses menores do que quando usado como anti- inflamatório ou analgésico (100mg em dias alternados) é suficiente para o que é absorvido ficar na circulação entero-hepática e inibir a COX irreversivelmente nas plaquetas que passarem por ali (ele não inibe todas as plaquetas) Como a plaqueta não possui núcleo e não consegue repor a COX perdida para o AAS, é preciso que ocorra a degradação da plaqueta afetada e seja produzida outra para restabelecer a síntese de COX Efeitos adversos: pode alterar o fechamento do canal arterial patente/persistente no bebê Antagonistas de receptor de ADP O receptor de ADP participa da ativação plaquetária logo, com a ação dos fármacos, a plaqueta não fica ativada e não ativa também o seu receptor Fármacos e efeitos adversos: • Ticlopidina: comum a ocorrência de discrasia sanguínea (redução da produção de hemácias) uso do fármaco foi praticamente abandonado • Clopidogrel: sem relatos de discrasia, mas sim de dispepsia, rash cutâneo e diarreia se consolidou no mercado • Prasugrel: pode causar rash, reação de hipersensibilidade e angioedema • Ticagrelor: casos de dispneia Risco de hemorragias: sempre existe nos fármacos anticoagulantes • Dependendo da situação, tem se observado que analisando com cautela a posologia ideal para cada paciente, é possível ter um uso concomitante de AAS e clopidogrel com efeito sinérgico para redução da ativação da cascata de ativação plaquetária, reduzindo o risco hemorrágico • É importante orientar e acompanhar o paciente, para que a redução da coagulação não se sobreponha à necessidade do organismo • É melhor manter um paciente no limite da hemorragia e intervir com uma bolsa de plasma se necessário, do que não usar o medicamento anticoagulante e acontecer uma trombose ou tromboembolia Atenção: alguns tipos de dietas podem provocar um excesso de vitamina K (cofator para produção dos fatores de coagulação), e alterar a metabolização desses fármacos Bloqueadores dos receptores de glicoproteína IIb/IIIa Esses fármacos sempre vêm como uma possibilidade de incrementar a farmacoterapia padrão, mas não são usados como fármacos de escolha na primeira consulta • Geralmente, são prescritos quando o paciente já está em uso de AAS ou clopidogrel ou ambos associados, e o médico faz a inclusão de algum desses fármacos como adjuvantes na inibição de agregação Possuem a capacidade de promover uma redução nas porcentagens de morte ou IAM não fatal, quando associados com a terapia padrão Fármacos: abciximabe, eptifibatida, tirofibana Resumindo: cada fármaco agindo em um local diferente na cascata de coagulação (existem alguns fármacos experimentais que atuariam reduzindo a formação da trombina, mas ainda não são utilizados, e um agonista de PGI, que tenta mimetizar a ação da PGI sobre a inibição da ativação plaquetária) K de coagulação em alemão Epoprostenol: agonista PGI Anticoagulantes Heparinas A heparina que usamos como fármaco se liga à anti-trombina para formar um complexo (heparina + anti-trombina) que se liga à trombina para inibir a cascata de coagulação, ou ao fator X de coagulação, importante no final da via comum (etapa importante na ativação da pró-trombina em trombina) A heparina que usamos como fármaco geralmente é produto de extração biológica, produzida a partir do endotélio de origem suína (geralmente pulmão de porco); é possível fazer a seleção com os tamanhos de heparina desejados Após a inativação dos fatores de coagulação pelo complexo heparina + anti-trombina, a heparina se dissocia e pode ser reutilizada, mas o complexo anti-trombina+ fator de coagulação continua inativo • Heparina não fracionada - HNF: possui vários pesos moleculares e tamanhos diferentes juntos o Mais longa, com uma maior a sequência de polissacarídeos, tem uma região que se liga diretamente à anti-trombina, conseguindo assim mediar a ligação da anti-trombina com a trombina e com o fator Xa de coagulação o Possui uma ligação mais imprevisível aos fatores de coagulação – o paciente deve ter sua coagulação monitorada e não pode receber alta, usar somente em ambiente hospitalar o Pode ser utilizada em caso de comprometimento da função renal • Heparina de baixo peso molecular - HBPM (passou por um trabalho para manter apenas as moléculas de baixo peso, as menores): o Enoxaparina, dalteparina, fondaparinux – tem ligação um pouco mais específica com a anti-trombina o Sequência polissacarídica menor não permite que o complexo interaja com a trombina, só consegue se ligar ao fator X de coagulação ativado o Garante uma inibição de coagulação mais previsível, pode ser prescrita em ambiente domiciliar o Apresenta considerável eliminação renal (contraindicada em IR) Efeitos adversos: hemorragia, trombose (via anticorpos), osteoporose, hipoaldosteronismo, reação de hipersensibilidade • Como a heparina é derivada de tecidos não humanos, pode desencadear a formação de Ac contra a heparina e gerar uma trombose • Se isso acontecer, o sulfato de protamina pode ser administrada como antídoto, pois forma um complexo irreversível com a heparina, inativando-a HNF Inibe trombina (IIa) e Xa Altera função plaquetária mediada por trombina e colágeno Exige monitoramento de TTPA*; individualização da dose via intrínseca Utilizado em Insuficiência renal HBPM Inibe Xa Altera menos Não exige monitoramento utilização mais fácil; não necessita individualizar dose Contraindicado em IR TTPA = tempo de tromboplastina ativada Não precisa saber, mas tem os inibidores seletivos diretos do fator X Antagonistas diretos de trombina São moléculas que conseguem inibir a trombina sem precisar se ligar à anti-trombina (como ocorre com a heparina) elas ligam-se diretamente à molécula de trombina Eles eram compostos inicialmente por substâncias retiradas da saliva de sanguessugas (que possui moléculas anticoagulantes e anestésicas) Fármacos: • Hirudinas: lepirudina e desirudina • Antagonista de vitamina K: varfarina e fenindiona (em pacientes com reações idiossincráticas à varfarina) o Inibe a enzima relacionada à ativação da função da vitamina K impede a ativação e regeneração do estado oxidado em reduzido da vitamina K o Sua ação é efetiva sobre o processo de formação dos fatores de coagulação, mas os que já foram formados têm um tempo de circulação de 6, 24, 48 ou até 50 horas, então o efeito do fármaco vai se estabilizando com o tempo, atingindo seu ponto máximo só quando ele compromete a síntese de todos esses fatores de coagulação A posologia só pode ser modificada após 2 a 3 dias (para que haja tempo de ter uma real dimensão do efeito exercido), do contrário a modificação feita pode ser desnecessária e contribuir para o risco de hemorragia o Podem ser transmitidos para o bebê por se ligarem à albumina e assim estarem presentes no leite materno Efeitos adversos: os antagonistas de vitamina K são teratogênicos e no final da gestação estão associados a hemorragia intracraniana no parto Atenção: outros fármacos ou intervenções podem alterar a metabolização dos antagonistas de vitamina K, podendo haver uma redução da metabolização e consequente elevação da sua concentração plasmática e aumento de sua atividade (potencializa a ação do anticoagulante), ou pode haver um aumento da metabolização e redução da concentração plasmática Lembrar: sempre suspender os anticoagulantes 30 dias antes de procedimento cirúrgico ou do parto (em gestantes suspende-se até a heparina para reduzir o risco de sangramento no parto) Fármacos que alteram o efeito anticoagulante da varfarina: Lembrar: A vitamina K atua como um cofator numa etapa final da síntese dos fatores de coagulação, na qual existe uma exposição de resíduos γ-carboxiglutamila, que acontece somente no estágio final da produção e maturação desses fatores de coagulação Se for necessário usar anticoagulantes na gestação, deve-se usar heparina ou HBPM Resumo dos Anticoagulantes Fibrinolíticos São fármacos que conseguem substituir ou ativar diretamente a conversão do plasminogênio em plasmina (pelo fator ativador de plasminogênio) a plasmina faz o trabalho de inibição e clivagem da fibrina São moléculas ou enzimas recombinantes Fármacos: • Estreptoquinase: enzima recombinante que ativa o plasminogênio (torna-se inativo após 4 dias) o Caiu em desuso, pois o uso contínuo acima de 4 dias gera uma produção de anticorpos, dessensibilização ou resistência com uma perda de uso, pois não são vistos mais efeitos interessantes • Alteplase: fatores recombinantes ativadores de plasminogênio o Mais usado nos protocolos terapêuticos • Uroquinase: enzima que converte o plasminogênio em plasmina o Quase não é utilizado Não precisa saber, mas existem inibidores diretos do fator X Resumo Final Atenção: existe a possibilidade do uso de agentes “antifibrinolíticos” quando é necessário reduzir a formação de plasmina para ter uma coagulação. A professora disse que esse termo estará errado, que o certo seria agente fibrinolítico! Mas acredito que o termo esteja certo, já que eles atuam inibindo a fibrinólise. Antídotos caso houver uma exacerbação do efeito ou complicação de algum fármaco: • Para heparina: usar o sulfato de protamina • Para a varfarina: utilizar a vitamina K • Para os antifibrinolíticos: administrar os fármacos fibrinolíticos É importante manter seus níveis constantes durante o tratamento com varfarina
Compartilhar