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AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 1- O que é a Ação Declaratória de Constitucionalidade? É um instrumento de controle abstrato de constitucionalidade, consubstanciado por uma ação cujo objetivo é obter a declaração do Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade de determinada lei ou ato normativo federal. Portanto, transfere ao STF a apreciação sobre a constitucionalidade de um dispositivo legal objeto de controvérsia entre juízes e demais tribunais. 2 – Qual sua fundamentação? Está fundamentado no art. 102, I, a e art. 103 da Constituição Federal. Lei n° 9.868 de 10 de novembro de 1999, dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 3 – Qual o objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade? O objeto da referida ação é lei ou ato normativo federal. 4 – Qual o órgão competente para apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade? O órgão competente para apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade é o STF de acordo com o artigo 102, I, a, da Constituição Federal de 1988. 5 – Quem pode propor a Ação Declaratória de Constitucionalidade? Os mesmos que possuem legitimidade para propor a Ação Direta de Inconstitucionalidade, os quais são: a) o Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; f) o Procurador-Geral da República; g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; h) partido político com representação no Congresso Nacional; i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional 6 – Procedimentos para a Ação Declaratória de Constitucionalidade: O procedimento na Ação Declaratória de Constitucionalidade é o mesmo a ser seguido que na Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, só que aqui o Advogado-Geral da União não será citado, visto que não há ato ou texto impugnado. É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura. A petição Inicial indicará o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado, os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações e a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. A petição deve ser acompanhada de procuração específica para o advogado ajuizar a ação. O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado, que deverão ser prestadas no prazo de 30 dias. Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Procurador-Geral da República, que deverá manifestar-se, cada qual, no prazo de quinze dias. Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. 7 – Efeitos da ADC Sua decisão de mérito será dotada de eficácia contra todos (erga omnes), efeitos retroativos (ex tunc) e força vinculante aos demais órgãos do poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. A decisão em ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 8 - Medida Cautelar Competência – a competência para decidir sobre a medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade cabe ao Supremo Tribunal Federal. Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida cautelar sempre será incidental, nunca preparatória. Concessão da medida - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da ação até seu julgamento definitivo. (art. 21 da Lei 9868/99).
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