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Epitélios de Revestimento

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EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
Saiba caracterizar os epitélios de revestimento à microscopia de luz (ou microscopia óptica) utilizando-
se dos seguintes critérios: 
• Observe o número de camadas e o formato das células: epitélios simples (com uma camada de 
células) possuem núcleos frequentemente em mesmo nível (que não é absoluto, e sim relativo) e 
possuem paralelismo entre a superfície do epitélio e o limite entre o epitélio e o tecido 
conjuntivo subjacente (ou seja, no local onde se encontra a lâmina basal do epitélio, que 
frequentemente não é corada em colorações de rotina). Para o formato, observe o formato e a 
disposição dos núcleos (células pavimentosas têm núcleos centrais e achatados, células cuboides 
têm núcleos centrais e arredondados, e células cilíndricas têm núcleos elípticos ou ovoides, 
geralmente situados no citoplasma basal das células); 
• Epitélios estratificados possuem várias camadas de células, com núcleos em diferentes alturas – 
geralmente, epitélios estratificados pavimentosos queratinizados e não queratinizados têm muito 
mais camadas celulares que epitélios estratificados cúbicos ou cilíndricos. Repare que as células 
em epitélios estratificados pavimentosos mudam de formato à medida que ascendem da camada 
basal em direção à superfície – isso representa um mecanismo de diferenciação celular associado 
ao aperfeiçoamento funcional das células superficiais para a resistência aos atritos sofridos pela 
superfície epitelial; esta diferenciação consiste na gradual produção de filamentos intermediários 
de citoqueratinas que vão se acumulando no citoplasma das células, de modo a lhes oferecer 
resistência aos atritos. Epitélios estratificados pavimentoso não queratinizados, que resistem a 
atritos de leves a moderados possuem células nucleadas na superfície e, portanto, não 
queratinizadas. Epitélios estratificados pavimentosos queratinizados possuem uma camada de 
células anucleadas e totalmente queratinizadas na superfície, denominada de camada córnea, 
resistente a atritos mais intensos. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
1 2 
3 4 
Cb 
1 e 2. Estas imagens mostram epitélios estratificados pavimentosos não queratinizados, 
encontrados nas mucosa do esôfago (1) e da vagina (2). Observe que este epitélio possui 
núcleos em diferentes alturas, o que denota várias camadas de células, juntamente com 
apresentar uma irregularidade em seu limite com o tecido conjuntivo frouxo subjacente 
(lâmina própria), devido à presença de papilas conjuntivas (PC). A camada basal (Cb), com 
células-tronco cuboides apoiadas sobre a lâmina basal, é responsável pela renovação 
constante deste epitélio (em função do desgaste ocorrido pelos atritos na superfície), na qual 
ocorrem mitoses, onde as células que saem desta camada iniciam seu processo de 
diferenciação celular e direção à superfície, tornando-se progressivamente poligonais, até 
assumirem um formato achatado (pavimentoso) na superfície do epitélio, mantendo-se 
nucleadas. Durante esta diferenciação, ocorre a progressiva produção e acúmulo de 
filamentos intermediários de citoqueratinas no citoplasma das células epiteliais. Col.: H&E. 
 
3 e 4. As fotomicrografias mostram cortes de pele espessa (3) e pele delgada (4). A pele possui 
um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, denominado epiderme, sustentado por 
um tecido conjuntivo subjacente, denominado de derme. Da mesma forma que os epitélios 
estratificados pavimentosos não queratinizados, os epitélios estratificados pavimentosos 
queratinizados possuem uma camada basal (Cb) responsável pela renovação constante do 
epitélio; no entanto, conforme as células-tronco se dividem na camada basal e as células-filhas 
seguem em diferenciação, a quantidade de filamentos de citoqueratinas produzida é muito 
superior, associado a processos de morte celular, o que promove a formação de células 
queratinizadas que constituem a camada córnea (CC), que torna esse epitélio mais resistente 
a atritos mais intensos. Observe as papilas conjuntivas (PC), que provocam a ausência de 
paralelismo entre a superfície do epitélio e o limite epitélio-conjuntivo. Col.: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
5 6 7 
8 9 10 
5, 6 e 7. Estas fotomicrografias ilustram a mucosa do estômago, que é revestida por um 
epitélio simples cilíndrico. Este epitélio possui uma única camada de células idênticas, todas 
de mesmos formato e altura, de citoplasma estreito e alto, dotadas de um núcleo 
elíptico/oval no citoplasma basal. Observe os núcleos essencialmente alinhados em mesma 
altura e o paralelismo entre a superfície do epitélio (seta em 5) e o limite entre o epitélio e o 
tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria. No estômago, as células deste epitélio produzem 
glicoproteínas que constituem um “muco” protetor da mucosa gástrica contra a ação lesiva 
do ácido clorídrico presente no suco gástrico. Por isso, este epitélio é conhecido como 
epitélio simples cilíndrico mucossecretor. Col.: H&E. 
 
8, 9 e 10. As imagens indicadas por estes números mostram detalhes da mucosa do 
intestino delgado, a qual é revestida por um epitélio simples cilíndrico, constituído por 
células altas de dois tipos: as células absortivas (ou enterócitos, responsáveis pela absorção 
dos nutrientes obtidos da digestão dos alimentos no trato gastrointestinal) e as células 
caliciformes (células secretoras de glicoproteínas, que constituem um “muco” protetor da 
superfície intestinal e para melhor deslizamento da matéria fecal em formação, evitando o 
atrito). As células absortivas possuem em sua superfície apical inúmeros microvilos, 
pouquíssimo visíveis à microscopia de luz, mas que, em conjunto, formam uma delgada faixa 
intensamente corada que acompanha a superfície do epitélio, denominada de planura 
estriada. As células caliciformes possuem o citoplasma apical não corado em virtude de esta 
região citoplasmática ser ocupada por grânulos de secreção contendo as glicoproteínas do 
“muco”, que não possuem afinidade tintorial pelas colorações de rotina. O nome deste 
epitélio é epitélio simples cilíndrico com planura estriada e células caliciformes. Col.: H&E. 
11, 12 e 13. A tuba uterina e o útero são segmentos da genitália tubular interna feminina 
cuja mucosa é revestida por um epitélio simples cilíndrico formado por células cilíndricas 
ciliadas e células cilíndricas secretoras não ciliadas. Observe o paralelismo entre a 
superfície do epitélio e o limite entre o epitélio e o tecido conjuntivo frouxo da lâmina 
própria, e o relativo nivelamento dos núcleos elípticos. Os cílios são projeções da 
superfície apical das células que se movimentam à custa do deslizamento dos 
microtúbulos de seu axonema, o que promove nestes órgãos a formação de uma corrente 
de fluido que auxilia a movimentação dos espermatozoides e do ovócito (ou do zigoto, 
caso haja fecundação) no trato genital feminino. Este epitélio, portanto, é classificado 
como um epitélio simples cilíndrico ciliado. Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
11 12 13 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
14 15 
16 17 
14 e 15. Estas imagens mostram a mucosa da traqueia, a qual é representativa do 
revestimento da maior parte do trato respiratório. O epitélio nesta mucosa é formado 
predominantemente por células cilíndricas – células ciliadas (A em 15) e células caliciformes 
(CC em 14 e * em 15) (com núcleos elípticos encontrados essencialmente em posições 
intermediárias do epitélio) – alternadas com células basais (B em 15, células-tronco e células 
endócrinas, com núcleos próximos à lâmina basal), que não atingem a superfície. Por isso, os 
núcleos se encontram desnivelados, sugerindo a ocorrência de várias camadas de células. 
Entretanto, observe o paralelismo entre a superfície do epitélio e o limite do epitélio com o 
tecido conjuntivo frouxo da lâmina própria, típico de epitélios simples. Por isso, este epitélio – 
apesarde aparentar várias camadas de células, devido ao desnivelamento dos núcleos – é, de 
fato, um epitélio simples. Por isso, sua denominação – em função de suas células – é epitélio 
pseudoestratificado ciliado e com células caliciformes. Os cílios movimentam partículas 
indesejáveis inspiradas com ar no trato respiratório para que sejam deglutidas ou expulsas, e 
as células caliciformes produzem glicoproteínas que constituem um “muco” que lubrifica e 
umedece as vias respiratórias. As setas em 15 indicam núcleos das células caliciformes. 
Coloração: H&E. 
 
16 e 17. As fotomicrografias demonstram cortes do ducto do epidídimo, um segmento das 
vias espermáticas onde ocorre a maturação dos espermatozoides produzidos nos testículos. O 
epitélio do ducto epididimário é um epitélio pseudoestratificado, cujas células cilíndricas 
(absolutamente predominantes) possuem longos microvilos imóveis se projetando da 
superfície, erroneamente denominados de estereocílios (Es), os quais promovem a absorção 
de substâncias no lúmen do ducto epididimário. Este epitélio é um epitélio 
pseudoestratificado estereociliado. Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
18, 19 e 20. As três imagens acima são fotomicrografias da mucosa da bexiga, representativa da maior 
parte da mucosa do trato urinário. A mucosa dos segmentos deste trato é revestida por um epitélio 
pseudoestratificado altamente especializado, denominado de urotélio ou epitélio de transição, dotado de 
uma única camada de células que vão progressivamente se diferenciando a partir da camada mais próxima 
à lâmina basal em direção à superfície, ocupando diferentes níveis no epitélio à medida que se 
diferenciam sem, no entanto, perder o contato com a lâmina basal. Quando chegam à superfície, as 
células plenamente diferenciadas exibem um citoplasma apical globoso (eventualmente portando dois 
núcleos) e um longo e delgado prolongamento citoplasmático basal (dificilmente visível), através do qual a 
célula mantém contato com a lâmina basal. Devido ao seu formato globoso e dotado de tal 
prolongamento, tais células superficiais são denominadas de células em raquete (Cr). As células em 
raquete se adaptam às diferentes condições do trato urinário, em função da passagem e/ou acúmulo de 
urina, uma vez que podem se achatar sobre as demais células em níveis inferiores e assumir um formato 
achatado, reassumindo o formato anterior após o término da pressão da urina sobre o epitélio. Coloração: 
H&E. 
18 19 20 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
21 22 23 
24 25 26 
As imagens anteriores ilustram vários cortes histológicos do rim, que é um órgão essencialmente epitelial, 
formado por inúmeras unidades morfofuncionais denominadas de túbulos uriníferos; cada túbulo 
urinífero é composto por uma região dilatada inicial (o corpúsculo renal), a qual se seguem vários 
segmentos tubulares. O corpúsculo renal e seus segmentos tubulares seguintes formam o néfron, que 
termina na última parte do túbulo urinífero, denominada de túbulo coletor. 
21 e 22. Estas imagens mostram o córtex renal (região periférica do órgão), onde se observa um 
corpúsculo renal cercado por cortes de túbulos renais componentes do néfron. O corpúsculo renal possui 
um envoltório delicado, denominado de cápsula de Bowman (CB em 22), formado por uma única camada 
de células pavimentosas, constituindo assim um epitélio simples pavimentoso. No centro do corpúsculo 
renal, observa-se o glomérulo renal, formado por um tufo de capilares enovelados, responsável pela 
filtração do sangue e pela formação da primeira urina. Os núcleos no glomérulo pertencem a células 
endoteliais de capilares e células de sustentação desses capilares. Os túbulos em corte transversal em 21 
são predominantemente túbulos proximais, formados por um epitélio simples cúbico. 
23. A fotomicrografia em maior aumento mostra dois segmentos tubulares do néfron com epitélios 
diferentes: o túbulo intermediário, revestido por um epitélio simples pavimentoso (ESP), e o túbulo 
coletor, revestido por um epitélio simples cúbico (ESC). Note também capilares (C), revestidos por seu 
delicado epitélio simples pavimentoso, denominado endotélio. 
24. Nesta fotomicrografia do córtex renal, percebe-se a grande quantidade de túbulos proximais, 
revestidos por um epitélio simples cúbico, com células de núcleo central e arredondado e intensamente 
acidófilas, devido à abundância de mitocôndrias. Seu lúmen é estreito devido a essas células possuírem 
microvilos em sua superfície apical, que formam uma borda em escova, semelhante à planura estriada do 
epitélio intestinal. 
25 e 26. Estas imagens da medula renal mostram segmentos tubulares diferentes do néfron. Em 25 
observam-se essencialmente túbulos distais em pequeno aumento, revestidos por epitélio simples 
cúbico, e em 26 destacam-se túbulos coletores, também revestidos por um epitélio simples cúbico com 
células de nítidos limites intercelulares. 
Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
27 28 29 
30 31 32 
As imagens da prancha anterior mostram cortes histológicos de vários tipos de vasos 
sanguíneos, os quais são revestidos por um delicado epitélio simples pavimentoso, formado 
por uma única camada de células pavimentosas, com núcleos achatados. Este epitélio é 
denominado de endotélio, e ele é responsável pelo revestimento de todo o sistema 
cardiovascular. 
27. Este corte é de uma artéria muscular, caracterizada imediatamente pela espessura 
significativa de sua camada intermediária, denominada de túnica média, constituída 
essencialmente por tecido muscular liso. A camada interna das artérias e veias, denominada 
de túnica íntima, contém o endotélio, que reveste seu lúmen. 
28. Neste campo são observadas uma artéria (A) e uma veia (V), cujas paredes diferem 
significativamente em espessura, onde a artéria tem sua parede mais espessa em função do 
desenvolvimento maior de sua túnica média, o que não acontece com a veia, cujas paredes 
são delgadas, com pouco músculo liso. Ambos os vasos possuem em sua túnica íntima o 
endotélio no revestimento de seu lúmen. 
29. Esta imagem em aumento maior de uma veia mostra sua delgada parede, devido à sua 
túnica média possuir pouca quantidade de tecido muscular liso, além de destacar seu 
endotélio no revestimento do lúmen. 
30, 31, e 32. As três imagens mostram cortes de vasos de pequeno calibre que constituem a 
chamada microcirculação, o que inclui as arteríolas (A), as vênulas (V), e os capilares (C), 
todos revestidos por endotélio. Os capilares e as vênulas possuem apenas o endotélio (e sua 
lâmina basal) em sua estrutura, diferentemente dos demais vasos que são compostos por 
três túnicas (íntima, média, e adventícia). 31 mostra um capilar em grande aumento no 
pulmão (junto a um alvéolo pulmonar) e 32 mostra um capilar cortado em vários setores 
devido a seu trajeto enovelado. Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
33 34 
35 36 
33, 34 e 35. As imagens acima mostram um exemplo de epitélio simples 
pavimentoso, denominado de mesotélio, encontrado na cobertura das membranas 
serosas, que são as membranas que recobrem as cavidades corporais e os órgãos 
nelas situados. Cada membrana serosa (pericárdio, pleura, e peritônio) é 
constituída por uma camada de tecido conjuntivo frouxo recoberta pelo delgado 
mesotélio, e possui um folheto parietal (que recobre a cavidade) e um folheto 
visceral (associado à superfície externa dos órgãos da cavidade). Em 33 e 34 temos 
cortes da parte externa de segmentos do trato digestório, onde se nota o mesotélio 
do peritônio dos órgãos situados na cavidade peritoneal, e em 35 o mesotélio (seta) 
da pleura que reveste os pulmões. 
36. O corte histológico da superfície do ovário mostra este órgão intraperitoneal 
possui uma cobertura formada por um epitélio simples cúbico com pequenas 
células cuboides, derivadas do mesotélio peritoneal. Este epitélio é erroneamentedenominado de “epitélio germinativo”, mas atualmente vem sendo mais 
adequadamente chamado de epitélio da superfície do ovário (ESO). 
Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
37, 38 e 39. As imagens acima mostram epitélios estratificados com poucas camadas de 
células, os quais são encontrados em poucos locais no organismo. A fotomicrografia em 37 
mostra porções do ducto de uma glândula sudorípara écrina da pele, e seu revestimento 
formado por um epitélio estratificado cúbico com duas camadas de células cuboides. Em 
38, observa-se um ducto de uma glândula salivar maior, revestido por um epitélio 
estratificado cilíndrico, com duas camadas de células, sendo a camada superficial de 
células cilíndricas e a camada basal com células cuboides. A imagem em 39 mostra a 
mucosa da uretra peniana, revestida por um epitélio estratificado cilíndrico dotado de um 
número maior de camadas celulares. Coloração: H&E. 
37 38 39 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
40 41 
42 43 
As imagens anteriores mostram cortes histológicos de órgãos recobertos por mucosas que contêm 
epitélios estratificados pavimentosos queratinizados e não queratinizados, especializados para a 
proteção contra atritos de diferentes naturezas. 
40. Observa-se a mucosa dorsal da língua, onde ocorrem projeções do tecido conjuntivo frouxo da 
lâmina própria acompanhadas pelo epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, caracterizadas 
como papilas linguais. A imagem mostra uma papila fungiforme (Pf, em formato de cogumelo, no 
centro), ladeada por papilas filiformes, de formato triangular ou cônico O tecido muscular estriado 
esquelético (TM) da língua é visto imediatamente abaixo da mucosa. 
41. O espesso epitélio da mucosa do esôfago é semelhante ao encontrado em áreas não queratinizadas 
da cavidade oral, como a bochecha e o palato mole. O epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado apresenta inúmeras camadas celulares em diferenciação no sentido da superfície epitelial, 
onde as células chegam nucleadas (área demarcada) e parcialmente preenchidas por filamentos de 
citoqueratinas. Observe as papilas conjuntivas (Pc) tornando o limite entre o epitélio e a lâmina própria 
irregular e não paralelo à superfície do epitélio. 
42. Esta imagem mostra a mucosa da gengiva, voltada para a cavidade oral. Esta mucosa é recoberta por 
um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, devido aos atritos mais intensos proporcionados 
pela mastigação dos alimentos na cavidade oral. Observe a delgada camada córnea (CC) e as extensas 
papilas conjuntivas (Pc) se projetando a partir da lâmina própria. 
43. A mucosa da vagina também é revestida por um epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado, em função do atrito sofrido durante o intercurso sexual. Repare que as células de camadas 
intermediárias e superficiais destes epitélios possuem um citoplasma palidamente corado, em função do 
acúmulo de glicogênio em seu citoplasma. 
Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO 
44 45 
46 47 
As imagens da prancha anterior mostram diferentes tipos de epitélios, de várias configurações. 
44. Esta imagem é de uma estrutura denominada de plexo corióideo. Os plexos corióideos são projeções 
de tecido conjuntivo da pia-máter (meninge mais interna do sistema nervoso central), altamente 
vascularizadas, recobertas por um epitélio simples cúbico (ESC), formado por células especializadas para o 
transporte de água e de íons, e por isso responsável pela produção do líquido cerebroespinal (ou líquor) 
no interior das cavidades do sistema nervoso central. 
45. A mucosa da vesícula biliar contém uma série de pregas anastomosadas, formadas por projeções da 
lâmina própria e revestidas por um epitélio simples cilíndrico (ESC), formado por células idênticas entre si, 
cuja função é a absorção de água e íons para a concentração da bile, que é a secreção exócrina do fígado e 
armazenada no lúmen da vesícula biliar. 
46. O epitélio de revestimento da mucosa da maior parte das vias respiratórias é o epitélio 
pseudoestratificado ciliado e com células caliciformes, se estendendo desde a mucosa nasal até os 
brônquios intrapulmonares. Observe o desnivelamento dos núcleos; os de formato ovoide ou elíptico 
pertencem predominantemente a células cilíndricas (células ciliadas e células caliciformes) e estão 
localizados em posições intermediárias no epitélio, enquanto que os basais, mais arredondados, 
pertencem essencialmente a células-tronco que não atingem a superfície. Além disso, é importante frisar 
que este é um epitélio simples, com uma única camada de células, o que pode ser atestado pelo 
paralelismo entre a superfície do epitélio e o limite do epitélio com a lâmina própria. 
47. O corte histológico da figura mostra o endocárdio (Endo), a camada interna do coração, revestida por 
um epitélio simples pavimentoso, o endotélio (end), idêntico ao dos demais vasos sanguíneos e, 
portanto, presente em todo o sistema cardiovascular. Myo, Miocárdio. 
Coloração: H&E. 
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO – LÂMINAS BASAIS 
Lâminas basais são matrizes extracelulares 
especializadas associadas à superfície basal dos 
epitélios. Colorações de rotina não evidenciam 
sua estrutura; uma das técnicas histoquímicas 
mais utilizadas para a sua evidenciação é a do 
P.A.S. (ácido periódico-reativo de Schiff), 
específica para carboidratos. Através do P.A.S., 
lâminas basais e outros componentes ricos em 
glicídios são evidenciados em uma tonalidade 
magenta (“rosa-avermelhado”) ao microscópio 
de luz. 
Mucosa do intestino delgado 
Túbulos do córtex renal 
Corpúsculo renal 
48 49 
50 
QUESTÕES COMPLEMENTARES 
• Que características podem ser utilizadas para comparar epitélios estratificados com 
epitélios pseudoestratificados? 
 
• O que é mucosa? O que é lâmina própria? O que é serosa? 
 
• Diferencie os conceitos de “camada basal”, “lâmina basal”, e “lâmina própria”. 
 
• Como podemos comparar cílios e microvilos ao M.O. e ao M.E.? 
 
• Por que as células caliciformes possuem o aspecto que apresentam ao M.O.? 
 
• Quais são as semelhanças e diferenças estruturais entre epitélios estratificados 
pavimentoso queratinizados e não queratinizados? 
 
• Por que as células em raquete do epitélio de transição mudam de formato durante os 
diferentes momentos de passagem e armazenamento da urina no trato urinário? 
Pesquise isso. 
 
• O epitélio do estômago – pelo fato de produzir muco – possui células caliciformes? Sim 
ou não? Esta pergunta procede?

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