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1 Prof Maiquel Santos Auditoria Ambiental Prof Maiquel Santos HISTÓRICO 1977 – 1a auditoria abrangente nas áreas ambiental, de saúde e segurança ocupacional. Objetivo: verificar se os requisitos legais e os padrões exigidos pela corporação estavam sendo cumpridos; 1978 – Allied Chemical estabeleceu um programa corporativo de auditorias de meio ambiente, saúde e segurança ocupacional; 1980 – Problemas causados por acidentes, custos do controle de poluição e aumento das pressões sociais com os movimentos ambientalistas – PREVENÇÃO (Programas de prevenção) – TECNOLOGIAS LIMPAS e segurança inerente. 2 Prof Maiquel Santos HISTÓRICO Programa de Atuação Responsável das indústrias químicas foi um dos produtos dessa evolução do pensamento industrial sobre o meio ambiente. 1986 – Environmental Protection Agency (EPA), agência ambiental americana, lançou uma declaração de princípios da auditoria ambiental, condicionando pedidos de licenças ambientais à realização de auditorias; 1992 – International Organization for Standartization (ISO) anunciou, no RJ, 1992, a decisão de desenvolver uma série de normas sobre gestão ambiental. ISO 14000 – Normas com diretrizes para sistemas de gestão e auditorias. Prof Maiquel Santos A implementação de sistemas de gestão integrados em segurança, meio ambiente e saúde é relativamente recente (final dos anos 80) na indústria petrolífera mundial. Um marco histórico que culminou no desenvolvimento destes sistemas, no mundo, foi o acidente ocorrido no Mar do Norte, em 1988, na plataforma Piper Alpha, destruída após uma série de explosões e incêndio, culminando com a morte de 167 pessoas. 3 Prof Maiquel Santos Prof Maiquel Santos 4 Prof Maiquel Santos Prof Maiquel Santos A partir deste episódio, várias outras iniciativas de implementação de programas de gestão integrada, ocorreram em todo o mundo, incluindo a utilização de auditorias. Como exemplo cita-se a norma API RP-75, que trata de um programa de gerenciamento visando à promoção de segurança e proteção ambiental durante o desempenho das operações de petróleo e gás fora do continente, ou seja, em instalações marítimas de produção de petróleo. 5 Prof Maiquel Santos DEFINIÇÃO A auditória é um instrumento de gestão que tem o objetivo de identificar se uma determinada organização cumpre certos requisitos estabelecidos. Características 1.São feitas por profissionais que conhecem o assunto a ser auditado 2. São realizadas por pessoas que não estão envolvidas na atividade auditada 3. Podem ter escopo variado, havendo necessidade de definição de sua abrangência. 4.Dela participam três personagens bem definidos: cliente, o auditado, o auditor Prof Maiquel Santos Auditorias Ambientais São procedimentos que tem seu objetivo ligado às questões ambientais. [...] um processo sistemático, objetivo e documentado, de obtenção e avaliação de evidências ligadas a um sistema de gestão e informações, eventos ou atividades ambientais específicas, buscando a verificação da conformidade destes com relação a critérios definidos a priori, e a posterior comunicação do resultado deste processo ao cliente (Câmara Internacional do Comércio) 6 Prof Maiquel Santos Auditorias Ambientais São procedimentos que tem seu objetivo ligado às questões ambientais. [...] avaliação interna efetuada por empresas ou agências governamentais a fim de verificar sua conformidade com relação a exigências legais, assim como com relação a suas próprias políticas e normas internas (órgão de meio ambiente do Canadá) [...] um processo de avaliação sistemático e documentado que visa obter e avaliar objetivamente as evidências que determinam se as atividades específicas, acontecimentos, condições e sistemas de gestão relativos ao meio ambiente, ou informações sobre essas questões, estão em conformidade com os critérios de auditória e comunicar os resultados desse processo ao cliente (ABNT 1997, p. 2). Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS PARTE AUDITORA CRITÉRIOS DE AUDITORIA OBJETIVOS DA AUDITORIA AMBIENTAL De acordo com: 7 Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PARTE AUDITORA Subdivide-se em: Auditoria ambiental de primeira parte (auditoria interna): Realizada por equipe formada por membros da própria organização auditada. Exemplo: O cliente da auditoria é, em geral, a própria alta administração da organização. Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PARTE AUDITORA Auditoria ambiental de segunda parte (auditoria externa): Realizada por uma equipe formada por membros ou representantes de uma parte interessada diretamente na gestão ambiental da organização auditada e que tenha poder legal ou de negociação para exigir a auditoria. Exemplo: Auditorias realizadas por clientes em fornecedores 8 Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A PARTE AUDITORA Auditoria ambiental de terceira parte (auditoria externa): Realizada por uma instituição isenta que não tem interesse direto nos impactos ambientais das atividades da organização auditada. Exemplo: Auditorias de certificação dos sistemas de gestão ambiental ISO 14001. Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS PARTE AUDITORA CRITÉRIOS DE AUDITORIA OBJETIVOS DA AUDITORIA AMBIENTAL De acordo com: 9 Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE AUDITORIA Auditoria de conformidade legal ambiental Auditoria de desempenho ambiental Subdivide-se em: Auditoria de sistemas de gestão ambiental Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE AUDITORIA Auditoria de conformidade legal ambiental: Os critérios da auditoria são os requisitos da legislação vigente. Auditoria de desempenho ambiental: São verificados indicadores de desempenho, a serem comparados com padrões, geralmente setoriais, ou com metas definidas Exemplo: Auditoria de passivo ambiental, que representa de alguma forma o mau desempenho 10 Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DE AUDITORIA Auditoria de sistemas de gestão ambiental: Avalia o cumprimento das normas, critérios e procedimentos de gestão ambiental estabelecidos pela própria organização auditada. Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DAS AUDITORIAS AMBIENTAIS PARTE AUDITORA CRITÉRIOS DE AUDITORIA OBJETIVOS DA AUDITORIA AMBIENTAL De acordo com: 11 Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA AUDITORIA Auditoria ambiental de certificação Auditoria ambiental de acompanhamento Auditoria ambiental de verificação de correções Auditoria ambiental de responsabilidade Auditoria compulsória Auditoria Pontual ou de Processos Prof Maiquel Santos Auditoria ambiental de certificação CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA AUDITORIA Tem por objetivo produzir uma declaração ou certificado atestando que os critérios de auditoria são cumpridos pela organização auditada. Exemplo: 12 Prof Maiquel Santos Auditoria ambiental de acompanhamento CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA AUDITORIA Verifica se as condições de certificação continuam sendo cumpridas. Auditoria ambiental de verificação de correções Verifica se as não-conformidades de auditorias anteriores foram corrigidas. Prof Maiquel Santos Auditoria ambiental de responsabilidade CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA AUDITORIA Avalia o passivo ambiental das empresas, ou seja, suas responsabilidades ambientais efetivas e potenciais. Em geral, contabiliza-se comopassivo ambiental, os seguintes custos: multas, taxas e impostos ambientais a serem pagos 13 Prof Maiquel Santos Auditoria ambiental de sítio CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA AUDITORIA Destinada a avaliar o estágio de contaminação de um determinado local; Auditoria compulsória Visa cumprir exigência legal referente a realização de auditoria ambiental. Prof Maiquel Santos CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM OS OBJETIVOS DA AUDITORIA Auditoria Pontual ou de Processos: Destinada a otimizar a gestão dos recursos, a melhorar a eficiência do processo produtivo e, consequentemente, minimizar a geração de resíduos, o uso de energia ou de outros insumos. 14 Prof Maiquel Santos AS ETAPAS DA AUDITORIA AMBIENTAL Prof Maiquel Santos PLANEJAMENTO DA AUDITORIA 15 Prof Maiquel Santos PLANEJAMENTO DA AUDITORIA De acordo com Souza (2006) o planejamento é uma componente de qualquer ação coletiva embasada programaticamente e voltada para a mudança social construtiva. O autor afirma ainda “[...] diga-se de passagem, mesmo no plano puramente individual não se vive sem algum tipo de planejamento.” Ainda segundo Souza (2006), quatro são os elementos fundamentais de qualquer atividade de planejamento: 1 – Pensamento orientado para o futuro; 2 – Escolha entre alternativas; 3 – Consideração de limites, restrições, potencialidades e etc.; 4 – Possibilidade de diferentes cursos de ação. Prof Maiquel Santos PLANEJAMENTO DA AUDITORIA De acordo com D’Avignon e Rovere (2001) o planejamento em uma auditoria ambiental é essencial para que sejam definidos, basicamente: O OBJETIVO; O ESCOPO; OS CRITÉRIOS; OS RECURSOS NECESSÁRIOS; A EQUIPE TÉCNICA E; AS DATAS DE REALIZAÇÃO DA VISTORIA. 16 Prof Maiquel Santos DEFINIÇÃO DO OBJETIVO • O objetivo deve ser claramente definido desde o início dos trabalhos de auditoria. Define-se nesta etapa se a auditoria pretende verificar a conformidade da empresa para com a legislação, com sua política ambiental, com seu sistema de gestão ambiental, dentre outros objetivos possíveis. Prof Maiquel Santos DEFINIÇÃO DO ESCOPO • O escopo também deve ser definido de forma clara e objetiva entre o cliente e o auditor líder. Nesta seção deve- se levar em consideração - a localização geográfica; os limites organizacionais (em toda empresa? Em todas as áreas de atuação? Somente a questão ambiental?); o objeto de auditagem (isolada ou em conjunto com outros setores como saúde, segurança do trabalhador...?); o período de auditagem (apenas uma visita? Uma semana?); tema ambiental (poluição do ar? Poluição da água? Avaliação de riscos e desastres ambientais?). 17 Prof Maiquel Santos DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS • Os critérios correspondem às políticas, práticas, procedimentos ou regulamentos (legais, organizacionais, normas) que serão utilizados pelo auditor como referência para a coleta das evidências da auditoria. Prof Maiquel Santos DEFINIÇÃO DOS RECURSOS USADOS NA AUDITORIA • Devem ser fornecidos recursos humanos, físicos e financeiros suficientes para o pleno exercício da auditoria. 18 Prof Maiquel Santos SELEÇÃO DA EQUIPE DE AUDITORES • Delimitados o objetivo e o escopo da auditoria é então definida a equipe de auditoria. • Esta deve ser independente e imparcial. Prof Maiquel Santos PREPARANDO A AUDITORIA AMBIENTAL 19 Prof Maiquel Santos PREPARAÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL Deve haver aceitação e colaboração do auditado em relação à auditoria que estará sendo realizada. É importante que sejam disponibilizadas informações completas e adequadas aos temas objeto de auditoria. Isto minimiza o tempo necessário para a investigação, além de contribuir para a qualidade dos resultados apresentados. Os auditores solicitam por meio de um questionário ou um check list informações a respeito dos seguintes aspectos: • Razão social, registros, licenciamentos e etc.; • Organograma gerencial com identificação de responsabilidade; • Planta da unidade auditada...[perfil geral da empresa]. Prof Maiquel Santos PREPARAÇÃO DA AUDITORIA AMBIENTAL A partir da análise destas primeiras informações fornecidas pelo cliente auditado o auditor líder pode identificar a necessidade de convocar um especialista sobre determinada área do conhecimento; Todos os trabalhadores da Unidade devem ter conhecimento da auditoria (pg. 35); Deve ser entregue a empresa auditada uma carta confirmando a data de aplicação da auditoria ambiental, os objetivos, o escopo e os critérios que serão analisados durante os trabalhos (pg. 35). Do planejamento, seguimos para a aplicação in loco... 20 Prof Maiquel Santos APLICAÇÃO DA AUDITORIA NO LOCAL Prof Maiquel Santos APLICAÇÃO DA AUDITORIA NO LOCAL • A duração pode variar de acordo com: – O tamanho da unidade auditada; – Tamanho e qualidade da equipe de auditores 21 Prof Maiquel Santos APLICAÇÃO DA AUDITORIA NO LOCAL • O sucesso da auditoria depende da boa realização das etapas anteriores; • Objetivos da aplicação: – Observar e analisar evidências de atendimento aos critérios estabelecidos para a auditoria; – Verificar procedimentos e atribuições • Confirmação das não-conformidades. Prof Maiquel Santos ETAPAS DA APLICAÇÃO DA AUDITORIA NO LOCAL • Etapas: – Apresentação; – Compreensão da unidade e sua gestão; – Coleta de evidências; – Avaliação das evidências; – Apresentação de resultados. 22 Prof Maiquel Santos APRESENTAÇÃO DA AUDITORIA • Reunião de abertura – Presença do gerente, membros da unidade; – Presença da equipe de auditoria; – Expor objetivos, métodos e critérios; – A empresa discorre sobre como pode auxiliar os auditores. Prof Maiquel Santos COMPREENSÃO DA UNIDADE E DE SUA GESTÃO As cinco perguntas: QUEM? O QUE? QUANDO? ONDE? COMO? 23 Prof Maiquel Santos COMPREENSÃO DA UNIDADE E SUA GESTÃO • Identificação de evidências de conformidades ou não- conformidades, os riscos, atribuições de indivíduos; Prof Maiquel Santos • Deve se ter uma ampla visão das atividades desenvolvidas e análise das informações disponíveis (período de pré- auditoria). COMPREENSÃO DA UNIDADE E SUA GESTÃO 24 Prof Maiquel Santos • Etapas desta fase: – Reuniões de trabalho: reunião entre auditores e membros da empresa. Sistematização das diretrizes; – Visita de reconhecimento – Revisão do plano de auditoria COMPREENSÃO DA UNIDADE E SUA GESTÃO Prof Maiquel Santos COLETA DE EVIDÊNCIAS • É a maior parte do tempo de trabalho; • Pode ser obtida por: – Entrevistas, observação de práticas internas, revisão de documentação, observação de equipamentos, etc. – Uso de listas de verificação e treinamento da equipe auditora. 25 Prof Maiquel Santos AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS • Avaliação minuciosa de acordo com os critérios que levaram os auditores à observar as evidências; • Deve ser feita concomitantemente à coleta de evidências, evitando perdas de tempo ou observações tardias; • Deve-se ao final, discutir as avaliações. Prof Maiquel Santos APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS • Deve ser apresentado os resultados ao final do trabalho de auditoria, em forma de reuniões, documentos, etc. Objetiva-se com isso: – Demonstrar as evidências encontradas; – Sanar dúvidas Deve ser apresentada pelo auditor líder. 26 Prof Maiquel Santos RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL Prof Maiquel Santos RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL • Registra formalmente o resultado da AA; • É o documento onde a equipe de auditores apresentaas evidências de conformidades e não- conformidades da empresa; • O escopo deste deve ser coerente com o objetivo da auditoria; • O conteúdo e a forma serão influenciados pelo objetivo da AA e destinatário final; • Diferentes relatórios diferentes fins. 27 Prof Maiquel Santos CONTEÚDO DO RELATÓRIO • Elementos essenciais: – INTRODUÇÃO: • Identificação da unidade auditada e do cliente da auditoria; • Objetivos e escopo; • Critério utilizados; • Data da condução da auditoria período coberto pela auditoria; • Identificação dos membros da equipe de auditores; • Identificação dos membros da unidade auditada com participação mais efetiva na auditoria (“Ecotime”); Prof Maiquel Santos CONTEÚDO DO RELATÓRIO • Elementos essenciais: – SUMÁRIO: obstáculos encontrados e evidências-chaves detectadas; – Critérios utilizados e evidências objetivas encontradas; – CONCLUSÃO; – Certificação de confidencialidade; e – Lista de distribuição do relatório. 28 Prof Maiquel Santos CONTEÚDO DO RELATÓRIO • ATENÇÃO: as notas do trabalho, comprovando as evidências, devem ficar sob a guarda de um membro da equipe de AA por um período de tempo, não inferior a 3 anos, para serem apresentadas se solicitadas. • ISO 14011 (documentos usados para definir o critério da AA): – Evidências de conformidade do SGA da unidade auditada com critérios usados da AA; – Indicação de que o SGA está propriamente implementado e mantido; e – Indicação de que o processo de revisão da gestão interna é capaz de assegurar a continuidade da adequação e efetividade do SGA. Prof Maiquel Santos FORMATO DO RELATÓRIO • Clareza, objetividade, precisão e concisão; • Formato padrão para cada cliente; • Evitar o uso de jargões técnicos; • Identificar as bases das não-conformidades: – Exemplos: • O teor de mercúrio no efluente geral da fábrica é de 0,02 mg/1 Hg (Resolução CONAMA nº 20/86); • Não foi apresentada documentação comprobatória do treinamento do operador da estação de tratamento de efluentes líquidos (Política de Meio Ambiente da empresa). 29 Prof Maiquel Santos FORMATO DO RELATÓRIO • ATENÇÃO: – A parte mais densa do relatório é a descrição das conformidades, não-conformidades e observações; – As não-conformidades têm maior destaque nos relatórios; – As conformidades são relatadas geralmente em parágrafos simples, destacando de maneira geral o que foi observado, eventualmente destacando os principais documentos ou instalações vistoriadas; – As não-conformidade são relatadas de uma maneira estruturada, incluindo geralmente três itens: fato, atribuição e explicação. Prof Maiquel Santos FORMATO DO RELATÓRIO • Deve-se evitar: – Conclusões precipitadas; – Emitir opiniões de natureza jurídica; – Estimar consequências; – Generalizar; – Usar mensagens contraditórias; – Focar a crítica em um indivíduo; – Usar adjetivos ou locuções adjetivas aumentativos e superlativos. 30 Prof Maiquel Santos “A Gestão Ambiental é o conjunto dos aspectos de gerenciamento global que as empresas econômicas devem adotar, com a função de realizar o planejamento, o desenvolvimento, a implementação e a manutenção de uma política ambiental em sintonia com o desenvolvimento sustentável.” “Por Gestão Ambiental entende-se o conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e procedimentos para proteger a integridade dos meios físico e biótico, bem como a dos grupos sociais que deles dependem. Esse conceito inclui, também, também, o monitoramento e o controle de elementos essenciais à qualidade de vida, em geral, e à salubridade humana, em especial”. DEFINIÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL Prof Maiquel Santos DEFINIÇÃO DE AUDITORIA AMBIENTAL Auditoria ambiental é o processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria, e para comunicar os resultados deste processo ao cliente. [NBR ISO 14010 (ABNT 1996c)] 31 Prof Maiquel Santos AUDITORIA AMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO DE GESTÃO AMBIENTAL Prof Maiquel Santos • As auditorias ambientais são utensílios da gestão ambiental e contribuem para o bom funcionamento do SGA, e quando utilizadas adequadamente permitem: Reduzir as repercussões sobre o ambiente, Melhorar a imagem da empresa perante o exterior, Cumprir a legislação ambiental, AUDITORIA AMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO DE GESTÃO AMBIENTAL 32 Prof Maiquel Santos • O sistema de gestão ambiental está intimamente ligado à auditoria ambiental. O SGA depende da auditoria para poder evoluir na perspectiva de melhoria contínua. Ao se implementar um sistema de gestão ambiental, automaticamente implementa-se a auditoria ambiental periódica. Assim, é necessário o conhecimento da auditoria ambiental como instrumento de gestão ambiental que irá “pilotar” o SGA. AUDITORIA AMBIENTAL COMO UM INSTRUMENTO DE GESTÃO AMBIENTAL Prof Maiquel Santos DINÂMICA 33 Prof Maiquel Santos Considerando a visão sistemática da Auditoria Ambiental, o que realmente pode ser avaliado em uma empresa? RESPOSTA O processo de auditagem ambiental em uma empresa avalia a eficácia das ações de controle aferindo a qualidade final do processo de controle ambiental e gestão ambiental. Prof Maiquel Santos O Brasil dispõe de algum instrumento legal que obriga a aplicação de auditorias ambientais em empresas que desenvolvem atividades potencialmente poluidoras? RESPOSTA Sim. No Brasil vigora desde 2002, a Resolução do CONAMA nº. 306 e a Resolução CONAMA complementar) nº. 381/06, através das quais são estabelecidos os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. A referida Resolução regulamentou o artigo 9º da Lei Federal nº 9.966 de abril de 2000, que proíbe o lançamento de resíduos oleosos em águas jurisdicionais brasileiras. Comentário: A referida Lei dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional, e o art. 9o dispõe que: As entidades exploradoras de portos organizados e instalações portuárias e os proprietários ou operadores de plataformas e suas instalações de apoio deverão realizar auditorias ambientais bienais, independentes, com o objetivo de avaliar os sistemas de gestão e controle ambiental em suas unidades. 34 Prof Maiquel Santos Qual o objetivo das Resoluções (306/02 e 381/06), em relação à Auditoria Ambiental e a Gestão Ambiental? RESPOSTA O objetivo desta resolução é o de elencar procedimentos de avaliação da auditagem dos sistemas de gestão e controle ambiental nos portos organizados e instalações portuárias, plataformas e suas instalações de apoio e refinarias, sendo o principal instrumento de avaliação do cumprimento da legislação ambiental vigente e do licenciamento ambiental das atividades acima listadas. Prof Maiquel Santos Considerando que as Resoluções (306/02 e 381/06), são instrumentos que se coadunam com a Lei nº. 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente), as auditorias são realizadas pelo Estado? RESPOSTA Não. As auditorias, auditores e plano de ação são de responsabilidade do empreendedor responsável pela atividade (portos organizados e instalações portuárias, plataformas e suas instalações de apoio e refinarias). Entretanto, as auditorias podem ser exigidas e os resultados finais (relatórios) podem e devem ser analisados pelosórgãos ambientais. Caso o órgão ambiental verifique incoerências entre o relatório da auditoria e a realidade do funcionamento a equipe responsável pela auditória poderá responder por omissão e etc. De acordo com o art. 7º. da Resolução o relatório de auditoria ambiental e o plano de ação deverão ser apresentados, a cada dois anos, ao órgão ambiental competente, para incorporação ao processo de licenciamento ambiental da instalação auditada. 35 Prof Maiquel Santos Quais as maiores evidencias de não conformidades resultantes de relatórios de auditórias realizadas em portos brasileiros e instalações portuárias? RESPOSTA Os maiores problemas são: A inexistência de: licenças de operação (LO) e do Licenciamento de dragagem; Ausências de: unidades de gestão ambiental; Planos de emergências individuais (PEI); Planos de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS); Auditorias ambientais; Programas de gerenciamento de riscos; Planos de controle de emergência (PCE); Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA - obrigatório pela NR nº 9) e Controle e monitoramento ambiental. Prof Maiquel Santos Qual a diferença entre: -Perito Ambiental -Auditor Ambiental -Gestor ambiental RESPOSTA O Perito ambiental busca responder questionamentos feitos por um juiz a respeito de um assunto, ou seja, o juiz não tem conhecimento técnico para solucionar a culpa pela ocorrência de um dano ambiental e por isso chama um perito para responder suas perguntas; O Auditor ambiental busca NÃO CONFORMIDADES.. ele pega uma norma padrão e vai em busca de ocorrências que estão em desacordo com o estabelecido na norma, tirando fotos, registrando, enfim.. No entanto, há todo um "ritual" que deve-se seguir na realização de uma auditoria; Já a gestão ambiental é algo mais amplo... O Gestor ambiental trabalha de forma geral, com conhecimento para atuar em vários campos, desde elaboração de projetos ambientais até operação de sistemas de gestão ambiental. 36 Prof Maiquel Santos Quem pode fazer auditoria ambiental? RESPOSTA Ela pode ser realizada internamente por funcionários da empresa em causa, ou por peritos independentes. Também pode acontecer em muitos níveis diferentes, por exemplo, na indústria, municípios e governos, e em um nível menos formal, nos lares e escolas. Uma auditoria pode conduzir a alterações simples, como uma escola adota um programa de reciclagem, ou por mudanças mais complexas, como a indústria introduzindo práticas de poupança de água Prof Maiquel Santos Como caracteriza-se uma Auditoria Ambiental Compulsória? RESPOSTA A auditoria ambiental compulsória é uma atividade de política ambiental e enquadra-se na categoria de auditoria pública utilizada como instrumento de ações de controle pelo poder público. Uma de suas principais características é a imposição da sua execução, independente da vontade da unidade auditada. Ademais, destaca-se que as diretrizes e a sua obrigatoriedade são determinadas por lei. 37 Prof Maiquel Santos CONCLUSÃO • As auditorias ambientais se destinam não apenas a avaliar a conformidade, mas, principalmente, auxiliar no processo de melhoria do programa de controle ambiental a atuar como ferramenta de prevenção ambiental. Esta ferramenta quando utilizada auxilia na investigação sistemática de problemas ambientais, no atendimento das conformidades legais, na redução de custos ambientais e como instrumento de gestão ambiental. Prof Maiquel Santos CONCLUSÃO • Através da auditoria ambiental é possível anteceder os possíveis danos ambientais. A auditoria é um diagnóstico ambiental que identifica os pontos fortes, fracos e os limites da atividade relacionados ao meio ambiente, além de contribuir no processo de melhoria contínua da atividade. 38 Prof Maiquel Santos
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