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INTERDISCIPLINAR 201
7
.
1
CURSO DE 
NUTRIÇÃO
	
BRUCELOSE
Alunos: Amanda Veríssimo, Bianca Maria Araújo de Almeida, Jaize Beatriz, Klarysa Holanda, Luciana Felipe Nunes, Mirna Elena Gomes, Patrícia Souza, Rayssa Kelly.
Professora Fomentadora da Turma: Mariana Barros
Turma: Nutrição 3MB
E-mail do responsável: raayssakc@outlook.com
Instituto Brasileiro de Gestão e Marketing (IBGM)
Curso de Nutrição–Interdisciplinar 2017.1
Recife, PE.
Palavras-chave: Brucelose humana, zoonose, intoxicação alimentar.
Introdução 
A saúde humana e animal estão extremamente relacionadas. O Homem depende dos animais para alimentação, desenvolvimento socioeconômico e companhia. Todavia, os animais podem transmitir aos humanos um grande número de doenças. Estas doenças são designadas zoonoses e algumas delas podem ser potencialmente devastadoras (PESSEGUEIRO, 2012).
Na sociedade moderna o ser humano está cada vez mais distante da produção dos alimentos que consome. Não se sabe como o alimento é produzido, manipulado e se é adequado ao nosso consumo. Designando a doenças de origem alimentar podendo ser identificadas quando uma ou mais pessoas apresentam sintomas similares, após a ingestão de alimentos contaminados com micro-organismos patogênicos, suas toxinas, substâncias químicas tóxicas (FERRAZ et al, 2015).
A Brucelose é uma doença causada pela bactéria Brucella, e a principal via para a intoxicação é a ingestão de leite e/ou laticínios vindos de animais infectados pela bactéria. Pode ser também por meio de carnes cruas e pela própria manipulação de carcaças e vísceras durante o abate sanitário (SOLA et al, 2014). As principais manifestações clínicas são caracterizadas por febre, calafrios e dores musculares, e o período de incubação varia entre cinco a trinta dias (POESTER, 2013).
A brucelose é uma das mais importantes zoonoses bacterianas, com mais de meio milhão de casos novos em humanos reconhecidos anualmente, principalmente em países em desenvolvimento (PAULA et al, 2012). É uma doença subdiagnosticada, e para cada 1 caso, cerca de 25 casos não são reconhecidos (DIAS, 2011). Apresenta-se como uma enfermidade de grande impacto na saúde pública e no setor econômico com prejuízos volumosos. É considerada uma doença reemergente e agente potencial para bioterrorismo.
Objetivos
Este trabalho tem como objetivo esclarecer a brucelose humana, apontando fatores associados às medidas preventivas e contaminação.
Materiais e Métodos 
Foi realizada uma revisão bibliográfica utilizando-se bases específicas direcionadas a temática: artigos científicos e pesquisa nos banco de dados, Scielo, Decs (Diretores em Ciência da Saúde), Organização Mundial da Saúde (OMS), ANVISA e Ministério da Saúde (Brasil), CFN, ONU. 
Selecionaram-se trabalhos pelo título, resumo e sua pertinência ao objetivo da pesquisa. Dessa forma escolhemos produções científicas (artigos) publicados em língua portuguesa e inglesa entre os anos de 2002 a 2017(e uma publicação de 1997).
Resultados e Discussão
A brucelose é uma zoonose que tem como agente infeccioso a bactéria do gênero Brucella, e produz infecção crônica nos animais, podendo também infectar o homem (Aparício, 2013). A doença ocorre em humanos por quatro principais espécies: Brucella melitensis, Brucella abortus, Brucella suis, e Brucella canis (MAURELIO et al, 2016).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das mais importantes zoonoses bacterianas, com incidência de mais de meio milhão de casos novos reconhecidos, embora ainda seja uma doença subestimada e subdiagnosticada. Geograficamente localiza-se em todo mundo, com maior prevalência nas regiões do Mediterrâneo, Península Arábica, Subcontinente Indiano, México, América Central e do Sul (MAURELIO et al, 2016). 
Por ser uma doença que acomete com maior intensidade a zona rural, a incidência humana varia de acordo com a densidade dos rebanhos, o grau de endemia animal, nível socioeconômico e os hábitos alimentares da população (MAURELIO apud CARVALHO, 2016). Além da desigualdade regional na disposição dos casos, também ocorre desproporção na distribuição por sexo, com maior incidência no sexo masculino na faixa etária dos 55 aos 64 anos (MAURELIO apud PESSEGUEIRO, 2016).
A brucelose, na fase crônica, compromete vários órgão e tecidos. Os sintomas comuns são fadiga em atividades físicas, febre, perda ponderal, mal estar, sopro cardíaco, tosse, hepatomegalia (o que prejudica o metabolismo), humor depressivo, anorexia, alterações no transito intestinal, alterações do sono, entre outros (DIAS, 2011).
A prevenção da brucelose humana dar-se pelo controle e erradicação da infecção nos reservatórios animais. Tais procedimentos passam pelo cumprimento da higiene nos locais de produção e transformação, além de medidas sanitárias e médicas. Todas estas medidas não poderão ser realmente eficazes sem uma educação sanitária e mobilização de profissionais preocupados com o assunto (MAFRA, 2002).
As vias de transmissão da doença para a espécie humana é por inalação, contato com as secreções do animal infectado, pelo consumo de produtos  cárneos não maturados e mal cozidos e produtos lácteos não pasteurizados (LOPES, 2014). Este último é responsável por cerca de 25% dos casos, e o microrganismo pode permanecer viável de duas semanas até três meses (MAURELIO apud CARVALHO, 2016). 
Os principais alimentos implicados na transmissão da doença ao homem são leite e queijos processados com leite crus (não pasteurizados). A carne não é um meio de transmissão comum, devido à baixa concentração do microrganismo na musculatura. Com a temperatura abaixo de 5º C o seu crescimento e multiplicação são inibidos, mas persistem mesmo a temperaturas de congelamento (MAURELIO, 2014).
Entende-se por pasteurização o aquecimento do leite a uma determinada temperatura, por um determinado tempo, visando eliminar bactérias patogênicas e reduzir as deterioradoras,  seguido de resfriamento, aumentando a vida útil do leite, sem alteração sensível da sua  composição nutricional e sensorial. O processo, se bem executado, permite destruir a totalidade das bactérias nocivas à saúde. O leite pasteurizado, portanto, dura mais e não oferece riscos para o consumo. A pasteurização é um tratamento indispensável e obrigatório. (SANTOS et al, 2013).
A contaminação biológica na indústria de alimentos representa um perigo para a saúde do consumidor, uma vez  que o leite e os produtos lácteos podem veicular  microrganismos associados a surtos de origem  alimentar, além de ocasionar prejuízos econômicos. Os processos de aquecimento são os mais amplamente  utilizados no âmbito industrial, como forma de eliminar ou reduzir a carga bacteriana, podendo variar conforme os diferentes valores do binômio tempo/temperatura. Dentre os tratamentos térmicos, os mais empregados são a pasteurização e a esterilização (OTA, 2013).
O controle e erradicação da brucelose nos animais, através de vacinação ou identificação e banimento de animais contaminados com brucelose são as medidas preventivas contra a infecção da doença no homem (DIVE, 2012). 
Porém a sensibilização e atuação da comunidade é muito importante. É fundamental que o nutricionista, agente de desenvolvimento comunitário, tenha conhecimento técnico-científico, bem como humanização do atendimento e a preocupação com o bem-estar da coletividade (CFN, 2004). 
Desenvolvendo ações que visem ensinar a população a respeito do consumo de leite e derivados devidamente pasteurizados, vindos de lugares de ótima procedência e que ateste qualidade dos produtos, bem como que sejam fiscalizados por órgão competente e que tenham controle sanitário dos animais. (DIVE, 2012).
 Sendo assim, baseado num diagnóstico participativo da situação alimentar e nutricional local, o agente de desenvolvimento auxilia a comunidade a idealizar e executar projetos e atividades interativas, estabelecendo metas para solucionar cada um dos seus problemas priorizados, discutindo a viabilidade das atividades e determinandoresponsabilidades mútuas de pessoas e grupos da comunidade. (FAO ONU, 1997).
Conclusões
Tendo em vista os aspectos observados, a Brucelose é uma doença de grande relevância por se tratar de uma zoonose, evidenciada por ser infecciosa de caráter crônico, promovendo processos inflamatórios específicos.
Verifica-se ainda que esta zoonose seja uma endemia em todos os estados da Federação, mas heterogenia em relação a sua frequência nas regiões, sendo evidenciado principalmente nas zonas rurais, pois a fonte mais importante de contaminação para humanos é o  contato com animais infectados ou os seus produtos, sendo o leite o principal veículo de transmissão de microrganismos causadores da doença.
Logo, a prevenção deve ser baseada, sobretudo,  do  controle ou erradicação  da doença nos animais. Sendo também  fundamental a adoção de medidas  que reduzam o risco de infecção como: medidas de proteção; atividades como vacinação, diagnóstico, erradicação dos animais infectados, respeito ao cumprimento das medidas higiênico-sanitárias, além da mobilização de profissionais da saúde na promoção da educação sanitária e conscientização para a participação da comunidade, merecem destaque especial.
É imprescindível que, diante dos fatos expostos, todos se conscientizem e se mobilizem: Governo, através de políticas públicas de combate, prevenção e fiscalização. Profissionais da saúde, na promoção da educação sanitária e atendimento médico e nutricional; Indústrias lácteas, respeitando as normas técnicas para pasteurização do leite e derivados; População, na conscientização sobre a gravidade da doença, mantendo os aspectos higiênico-sanitários na manipulação e higiene alimentar. Entendendo a importância da adoção de medidas profiláticas em todas as etapas da cadeia alimentar possibilitará a redução dos casos de zoonoses transmitidas pelo leite e derivados.
 Portanto, concluímos que, por ter conhecimento técnico-científico, faz-se necessária a participação efetiva do nutricionista em todas as etapas no processo de produção, fiscalização sanitária, educação nutricional, visando a qualidade e boa procedência dos produtos lácteos, bem como difundir informações necessárias para melhorar o nível de educação sanitária de produtores e de consumidores.
Referências
DIVE. (janeiro de 2012). Protocolo estadual de vigilância e manejo clínico da brucelose humana. Santa Catarina, Brasil: Diretoria de vigilância epidemiológica.
LOPES, E. S. (março de 2014). Identificação de Brucella sp.isoladas no Brasil por Bruce- Ladder e estudo da susceptibilidade das cepas de B. abortus e B. canis à rifampicina. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.
MAFRA, P. (2002). Impacto da Brucelose no Ambiente e Saúde Pública Estratégias de Controlo em Zonas Endémicas1. Acesso em 15 de abril de 2017, disponível em http://www.catraios.ipb.pt: http://www.catraios.ipb.pt/profs/salarecursos/matcn/brucelose.pdf
MAURELIO, A. P. (5 de Dezembro de 2014). SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA BRUCELOSE E TUBERCULOSE BOVINA EM PROPRIEDADES FORNECEDORAS DE LEITE PARA O PROGRAMA "LATICÍNIO ESCOLA"NO MUNICIPIO DE BOTUCATU-SP. Acesso em 12 de abril de 2017, disponível em https://repositorio.unesp.br: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/131997/000849427.pdf?sequence=1
MAURELIO, A. P. (2016). Situação epidemiologica mundial da brucelose humana. veterinária e zootecnia , 23 (4), 547-560.
OTA, E. T. (2013). DETECÇÃO DE Brucella abortus EM PRODUTOS LÁCTEOS PRODUZIDOS EM SANTA CATARINA PELA TÉCNICA DE. Acesso em 15 de abril de 2017, disponível em REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL DA UFSC: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/122666/325496.pdf?sequence=1

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