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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA “Só existem duas coisas certas na vida: a morte e os tributos!” (Benjamin Franklin) "Quanto maior a pressão tributária sobre a sociedade,tributária sobre a sociedade, maior será a atenção que a população dará a ela. Por isso, os impostos têm muito peso no início das revoluções" (Alcides Jorge Costa) Fatos Tributados • Tributação sobre o lucro: IRPJ, IR s/ ganho de capital e CSLL. • Tributação sobre o comércio: PIS, COFINS, ICMS, CIDE. • Tributação sobre a indústria: PIS, COFINS, IPI, ICMS, CIDE. • Tributação sobre os serviços: PIS, COFINS, ISSQN. • Tributação sobre a folha de salários: FGTS, “pro labore”, “terceiros”, SAT.“terceiros”, SAT. • Tributação sobre comércio exterior: IE, II, PIS/importação, COFINS/importação, IPI, ICMS. • Tributação sobre operações financeiras: IOF e extinta CPMF. • Tributação sobre a propriedade: IPTU, ITR, IPVA. • Tributação sobre transferência de bens: ITBI, ITCMD. Atividade Financeira do Estado (I) • O estado tem como função principal, em sentido amplo, administrar os serviços públicos, executando para os cidadãos diversas ações previstas na legislação, como por exemplo educação, saúde, segurança pública etc. (bem comum);comum); • O estado pode atuar no setor privado, conforme Art. 173, CRFB/88. “Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.” Atividade Financeira do Estado (II) • Atualmente o estado é visto como um grande prestador de serviços públicos com incalculáveis obrigações. • Tem por objetivo principal a obtenção dos recursos• Tem por objetivo principal a obtenção dos recursos necessários para que o estado satisfaça as necessidades públicas; Manifestações da Atividade Financeira (I) • Pode-se dizer que 4 são as manifestações da atividade financeira do Estado: - Receitas Públicas- Receitas Públicas - Despesas Públicas - Orçamentos Públicos - Créditos Públicos (Dívida Pública) Manifestações da Atividade Financeira (II) • Receitas Públicas “é o capital arrecadado, coercitivamente, do povo, tomado por empréstimo ou produzido pela renda de seustomado por empréstimo ou produzido pela renda de seus bens ou pela sua atividade, de que o Estado dispõe para fazer face às despesas públicas.” Alberto Deodato Receita Originária (também conhecidas como receitas patrimoniais, de domínio privado ou receitas de direito privado): são aquelas provenientes das fontes de riqueza próprias do Estado em razão de seu patrimônio ou do Manifestações da Atividade Financeira (III) próprias do Estado em razão de seu patrimônio ou do exercício de uma indústria ou de um comércio, ou seja, são denominadas de originárias, porque tem origem no próprio patrimônio do Estado. Manifestações da Atividade Financeira (IV) Receitas Derivadas (também conhecidas como receitas não patrimoniais, receitas de direito público ou receitas tributárias): são aquelas que o Estado recebe patrimônio dos indivíduos, seja em decorrência de ordem política, dedos indivíduos, seja em decorrência de ordem política, de determinação legal ou da vontade de terceiros. São receitas provenientes de transferências monetárias, que os indivíduos, de forma coercitiva ou não, fazem em favor do Estado. A maioria dessas receitas são provenientes da utilização pelo Estado, de seu poder fiscal. Manifestações da Atividade Financeira (V) • Despesas Públicas – tratam-se dos gastos associados as obrigações públicas. • Orçamento Público “é o ato através do qual o poder legislativo prevê e autoriza o poder executivo, por certo período e em detalhes, a realização das despesas destinadas à prestação dos serviços e ao atendimento dos seus fins em geral, bem como a obtenção das receitas a tanto necessárias” Hugo de Brito Machado Segundo Manifestações da Atividade Financeira (VI) • Orçamento Público (Cont) -O orçamento é veiculado através de lei. - A previsão de uma despesa no orçamento é condição- A previsão de uma despesa no orçamento é condição para que possa ser realizada. - Art. 165, CRFB/88 – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais. Manifestações da Atividade Financeira (VII) • Créditos Públicos (Dívida Pública) – é função da celebração de empréstimos públicos, ou seja, decorre de contratos assinados junto a instituições financeiras, emissão de títulos ou concessão de garantias.emissão de títulos ou concessão de garantias. Estado Democrático de Direito • Conceito: Estado democrático de direito designa qualquer Estado que tenha por objetivo garantir o respeito as liberdades civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do estabelecimento de normas de imposição compulsóriaestabelecimento de normas de imposição compulsória (Soberania). • Em um estado de direito, as próprias autoridades políticas estão sujeitas as mesmas normas jurídicas que regem o estado com base em princípios e direitos fundamentais previstos na Constituição da República. • Direito Público é a parcela do ordenamento jurídico pátrio incumbida de disciplinar tanto a relação entre os particulares e o estado, assim como a conduta dos indivíduos que representam o poder público. • Direito Constitucional • Direito Tributário Direito Público • Direito Tributário • Direito Administrativo • Etc. Divisão do direito em ramos atende a fins didáticos, pois o ordenamento jurídico é uno e indivisível! Direito Financeiro (I) Direito Financeiro – é o ramo do direito que busca disciplinar como são obtidos, geridos e aplicados os recursos necessários ao funcionamento do poder público, ou seja, tem por objeto o estudo das finanças públicas. O Brasil adotou a forma de governo federalista (Art. 3°, CRFB/88),O Brasil adotou a forma de governo federalista (Art. 3°, CRFB/88), de forma que há uma repartição de poderes entre seus entes, a saber, União, Estados, Distrito Federal (que acumula as competências estadual e municipal) e os Municípios, de forma que haverá uma repartição da atividade financeira entre os mesmos. Direito Financeiro (II) As normas gerais a serem observadas pelos entes das federação encontram-se na CRFB/88, na Lei n° 4.320/64 e na Lei Complementar n° 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Fontes do Direito Financeiro: CRFB/88 (Arts. 163, 164, 165, 166, 167, 168 e 169) LC (Lei Complementar 101/2000) LO (Lei n° 4.320/64 – status de lei complementar) MP (Para abertura de créditos adicionais extraordinários, conforme Art. 167, § 3°, CRFB) Leis Orçamentárias (LOA, LDO e PPA) Decretos e outros atos normativos como portarias e resoluções. Direito Tributário Conceito: É o ramo autônomo do direito público que regula uma parte da receita pública, a saber, os tributos, tendo como objeto também a relação jurídica tributária. Tributos Art. 3°, CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tributos (I) Características essenciais inerentes aos tributos: - Prestação : objeto da obrigação tributária é o ato de realizar o pagamento. - Pecuniária: tributo é uma prestação em dinheiro. - Compulsória : obrigatoriedade é traço primordial do tributo, o - Compulsória : obrigatoriedade é traço primordial do tributo, o tributo é uma prestação compulsória assim como todas as receitas derivadas. Não existe facultatividade. - Em moeda ou cujo valor se possa exprimir: em regra o tributo deve ser pago em dinheiro(moeda) corrente no país. Existe possibilidade de ser pago segundo o art 162 do CTN, no nossoordenamento jurídico não existe o tributo devido in natura e in labore. Tributos (II) - Que não constitua sanção de ato ílicito: “o tributo se distingue da penalidade exatamente porque esta tem como hipótese de incidência um ato ilícito, enquanto a hipótese de incidência de tributo é sempre algo lícito. - Instituído por lei: somente lei formal, aprovada pelo legislativo poderá instituir leis.poderá instituir leis. - Cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada: Art; 142, § único, CTN. Classificação dos Tributos (II) - Quanto a competência do ente instituidor - Quanto à vinculação a atividade estatal - Quanto a espécie • Impostos • Taxas • Contribuições de Melhoria • Empréstimos Compulsórios • Contribuições Especiais Classificação dos Tributos (III) - Quanto a função: - Fiscais – tem por objetivo arrecadar recursos para o orçamento público. - Parafiscais – geram receita para entidades que exercem função pública. Exemplo: CREA, CRQ, CRA, além das contribuições da seguridade social (PIS/PASEP/COFINS/INSS) - Extrafiscais – servem de ferramenta de intervenção estatal na- Extrafiscais – servem de ferramenta de intervenção estatal na economia. Exemplo: Imposto de Importação, CIDE - Quanto a cumulatividade e não-cumulatividade -Não cumulativos – IPI, ICMS, Competência Residual (Art. 154,I, CF), Expansão Seguridade Social (Art. 195, §4°, CF) - Quanto a repercusão tributária – contribuinte de direito (pessoa designada pela lei para pagar o imposto) x contribuinte de fato (pessoa que de fato suporta o ônus fiscal) Impostos •Art. 16, CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Art. 145, § 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica dopessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. • Competência*: Arts. 153 a 156, CRFB/88 Taxas Art. 145, CRFB/88 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; Art. 78, CTN Considera-se poder de polícia atividade daArt. 78, CTN Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Contribuições de Melhoria Art. 81, CTN A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar paralimite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Os Art. 82, CTN denota os requisitos para sua criação. Empréstimos Compulsórios • São tributos restituíveis, criados exclusivamente pela União, por meio de lei complementar e vinculados ao atendimento das despesas que os originaram. • Não se sujeita ao princípio da anterioridade, Art. 148, I, 150,• Não se sujeita ao princípio da anterioridade, Art. 148, I, 150, III, c, 150, § 1°, CRFB/88. • São instituídos para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidades públicas, guerra externa, investimento urgente e relevante interesse nacional. Contribuições “Especiais” Características: Tratam-se de tributos vinculados a determinada atividade estatal, devidas por determinado grupo, ao passo que os valores arrecadados podem ser destinados ao fisco ou a entidade paraestatal. Trata-se de espécie de tributo com finalidade constitucional definida. “Entidade paraestatal ou serviço social autônomo é uma pessoa jurídica de direito privado criada por lei para, atuandopessoa jurídica de direito privado criada por lei para, atuando sem submissão à Administração Pública, promover o atendimento de necessidades assistenciais e educacionais de certas atividades ou categorias profissionais, que arcam com sua manutenção mediante contribuições compulsórias”.Marçal Justen Filho São entidades paraestatais as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos, a exemplo o SESI, o SESC, o SENAI e o SENAC. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) • Ferramenta de intervenção na economia. (Art. 149, CRFB/88) • Características (de acordo com EC n.° 33/2001, regulamentada pela Lei n.° 10.336/2001): - Não incidem sobre as exportações - Podem incidir sobre importações de petróleo e derivados, gás natural e álcool combustível - Podem ter alíquotas específicas ou ad valorem Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas • Destina-se a propiciar a organização da categoria fornecendo os recursos necessários a órgãos associativos que atuarão na fiscalização de profissões regulamentadas. - Exemplos: CRA, CREA, CRQ – (OAB não)- Exemplos: CRA, CREA, CRQ – (OAB não) Obs: O conselho de classe só pode exigir o pagamento da contribuição de pessoa jurídica caso a mesma tenha como atividade fim aquela regulada e fiscalizada pelo conselho. Contribuições de Seguridade Social (I) • Art. 194, CRFB - A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social •Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a•Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro; Contribuições de Seguridade Social (II) (Cont.) a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro;c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201 III - sobre a receita de concursos de prognósticos. IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. • Nos termos do Art. 149, CF/88 apenas União tem competência para a instituição de contribuições sociais. • Art. 149, § 1°, CF “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão Contribuições de Seguridade Social (III) “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União” Contribuições de Seguridade Social (IV) • Faturamento e receita – Pis/Cofins• Folha de salários – INSS, PASEP, SAT – Seguro de Acidente de Trabalho. •Art. 195, I, II, II e § 4° c/c 154, I, todos da CRFB/88 - entendimento STF. • Obs: As contribuições para a seguridade social que utilizem fontes diversas do Art. 195, CF necessitam ser instituídas por lei complementar, devem respeitar ao princípio da não- cumulatividade, entretanto, podem ter fatos geradores e bases de cálculo próprios daqueles impostos já discriminados na CF. Competência Tributária (I) •A Constituição federal confere a União, Estados, Distrito Federal e Municípios a aptidão para a criação e cobrança de tributos. A CRFB/88 Define as competências tributáriasA CRFB/88 Define as competências tributárias Limitações ao poder de tributar Especifica tributos Em casos específicos dispõe sobre as normas gerais de incidência de tributos Competência Tributária (II) • Características: Privatividade (exclusividade) Indelegabilidade (Art. 7°, CTN) IncaducabilidadeIncaducabilidade Inalterabilidade Irrenunciabilidade Facultatividade (Art. 8°, CTN) Competência Tributária (III) • Competência comum – esta relacionada as taxas e contribuições de melhoria – mais de um ente da federação pode instituí-las. • Competência privativa – apenas um ente pode instituir os tributos. Exemplo: impostos são de competência privativa. • Competência cumulativa – também denominada múltipla. Art. 147, • Competência cumulativa – também denominada múltipla. Art. 147, CF • Competência residual – competência da União de estabelecer im- postos não previstos na esfera de competência de qualquer dos entes políticos, por meio de lei complementar. (Art. 154, I, CF) • Competência extraordinária – caso de guerra (Art. 154, II) Competência Tributária (IV) • Competência Tributária x Capacidade Tributária Ativa - Competência é a aptidão para instituir um tributo ao passo que capacidade é a aptidão para cobrar, arrecadar e fiscalizar o tributo. capacidade é a aptidão para cobrar, arrecadar e fiscalizar o tributo. (instituir x cobrar) Competência Tributária (V) TRIBUTO UNIÃO ESTADOS DISTRITO FEDERAL MUNICÍPIOS Imposto Arts. 153 e 154. (Nos Territórios, também os dos Arts. 155 e 156, caso não haja separação do território em municípios na forma do Art. 147) Art. 155 Art. 155 e 156 Art. 156 na forma do Art. 147) Taxa Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Contribuição de Melhoria Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Aquelas relativas aos serviços de sua competência. Contribuições Especiais Arts. 149; 177, §1°, 195; 212, §5°, 239 e 240 Art. 149, §1° (devida pelos seus servidores) Art. 149, §1° (devida pelos seus servidores) e Art. 149-A (Ilum. Pub.) Art. 149, §1° (devida pelos seus servidores) e Art. 149-A (Ilum. Pub.) Empréstimo Compulsório Art. 148 Fonte: João Luís de Souza Pereira e Davi Marques da Silva - Dir. Tribut. Vol. 7 - Ed. Lumen Juris Legislação Tributária (I) - Lei em sentido lato: É a expressão da vontade geral. É a norma emanada do Poder Legislativo, que estabelece regras de conduta (de forma genérica). - Emenda Constitucional – Visam alterar a constituição. - Lei Complementar: São leis que versam sobre matérias determinadas de forma exclusiva (Arrt. 62, §1°, III, CF), com odeterminadas de forma exclusiva (Arrt. 62, §1°, III, CF), com o objetivo de complementar preceitos básicos determinados pela Lei Fundamental. Ex: CTN aprovada por maioria absolutaArt. 69, CF) - Lei Ordinária: São as leis comuns: federais, estaduais e municipais. Ex: instituição de tributos, majoração, fixação da alíquota e base de cálculo, definição do fato gerador, penalidades, hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, dispensa ou redução de penalidades. (aprovada pormaioria simplesArt. 47, CF) - Medidas Provisórias – Assim como as leis ordinárias podem criar tributos, a menos que a matéria seja reservada a de lei complementar. MP x Lei Delegada. - Decreto Legislativo – Introduzem tratados internacionais no direito interno, que por sua vez são fontes do direito tributário. Legislação Tributária (II) - Resoluções do Senado Federal – Podem dar efeito extensivo a decisões do STF sobre a inconstitucionalidade de leis tributárias, além de fixar a alíquotas de impostos como ITD, ICMS e IPVA, Art. 155, § 1°, IV, § 2°, IV, V, CF/88. - Decretos – Visam a fiel execução da lei e não podem exorbitá-la. Art. 84, IV, CF. Legislação Tributária (III) Art. 96, CTN. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes. Normas Complementares: Art. 100, CTN – portarias, ordensNormas Complementares: Art. 100, CTN – portarias, ordens de serviço, instruções normativas, parecer normativo, praticas reiteradas, convênios entre os entes da federação. “Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.” Normas Complementares: Art. 100, CTN – portarias, ordens de serviço, instruções normativas, parecer normativo, praticas reiteradas, convênios entre os entes da federação. “Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo Legislação Tributária (IV) exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.” Legislação Tributária (IV) - Fases de elaboração de uma lei: a) iniciativa b) discussão c) votaçãoc) votação d) aprovação e) promulgação (fase executória) f) publicação - (ato obrigatório que impacta na vigência da norma) Princípios no Direito - CRFB/88 – Constituição Principiológica. Prevalência do princípio a norma. Superioridade hierárquica dos princípios sobre as normas. - Normas jurídicas superiores que norteiam a formação e interpretação dos demais diplomas normativos.interpretação dos demais diplomas normativos. - De acordo com Celso Bandeira de Mello trata-se do “mandamento nuclear de um sistema” Limitações ao Poder de Tributar • Princípios gerais tributários • Vedações constitucionais • Imunidades• Imunidades • Isenções • Não incidência Princípios gerais tributários (I) Legalidade Tributária ou Reserva Legal (não existe tributo sem lei) • Em regra basta uma lei ordinária para criar ou aumentar tributos. Dependem de Lei Complementar: Competência residual (Art. 154, I, CF) Empréstimos compulsórios (Art. 148, I, CF) Imposto sobre grandes fortunas (Art. 148, 153, VII, CF) Normas gerais em matéria tributária (Art. 146, CF) Regular limitações constitucionais ao poder de tributar (Art. 146, CF) Contribuição para a Seguridade Social (Art. 195, § 4°, CF) Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o Princípios gerais tributários (II) IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos,ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. Princípios gerais tributários (III) • Como regra apenas mediante lei são possíveis a criação e aumento de tributos. Exceção: O executivo tem autorização para, atendidos os pressupostos contidos na Constituição e, sem autorização legislativa, alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF por decreto.alíquotas do II, IE, IPI e IOF por decreto. • Os tributos podem ser instituídos por meio de medidas provisórias (EC 32/2001 que inseriu o § 2°, no Art. 62, CF) • Uma lei não pode delegar ao poder executivo poder para que este, por meio de decreto ou regulamento delegado, venha a disciplinar matérias tributárias previstas no Art. 97, CTN Princípios gerais tributários (IV) • Qualquer matéria tributária não expressa no Art. 97, CTN pode ser disciplinada por meio de normas infralegais, como por exemplo os decretos. Não se tratando de violação do princípio da legalidade. - Atualização monetária da base de cálculo do tributo – por meio de normas infralegais (decreto) - Súmula 160 do STJ: "é defeso ao Muni- cípio atualizar o IPTU mediante Decreto, em percentual superior ao cípio atualizar o IPTU mediante Decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária”. - Obrigações tributárias acessórias – por meio de normas infralegais ou Lei ??? - Fixação do prazo de recolhimento de impostos – por meio de norma infralegais (decreto). Princípios gerais tributários (V) Capacidade Contributiva • Art. 145, § 1º, CF - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentosdireitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. • Duas Formas: i) Autorização para dedução de despesas na base de cálculo do imposto. ii) Progressividade de alíquotas em função do valor atribuído a base de cálculo. Princípios gerais tributários (VI) Anterioridade e Irretroatividade Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, Independentemente da profissional ou função por eles exercida, Independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; Princípios gerais tributários (VII) Anterioridade e Irretroatividade (cont.) (exceções) Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". Princípios gerais tributários (VIII) Princípio da anterioridade (exceções) (Art. 150, §1°, CF) -II – Imposto de Importação * - IE – Imposto de Exportação * - IPI – Imposto sobre produtos industrializados * - IOF – Imposto sobre operações financeiras * - IEG – Imposto Extraordinário de Guerra- IEG – Imposto Extraordinário de Guerra - Empréstimos compulsórios instituídos em caso de guerra externa ou sua eminência - Empréstimos compulsórios instituídos em caso de calamidade pública - Contribuições para financiamento da seguridade social * Representam também exceção a legalidade estrita na medida em que podem ter suas alíquotas alteradas por decreto. Princípio da Igualdade (Isonomia) Art. 150, II, CF – princípio pelo qual contribuintes em condições equivalentes não podem sofrer tratamento diferenciado. Princípio do Não Confisco Princípios gerais tributários (VIII) Art. 150, IV – “utilizar o tributo com efeito de confisco”. Crivo do Poder Judiciário. Princípio da Não Cumulatividade Trata-se da autorização dada ao sujeito passivo para que este compense o valor do imposto devido em uma operação com o imposto cobrado nas operações anteriores. Exemplos: IPI e ICMS Art. 175, CTN: “Excluem o crédito tributário: I - a isenção;” Art. 151, III, CF : “ É vedado à União: instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.” Isenções e Imunidades (I) Obs: A isenção sempre se dará por meio de lei ordinária, ao passo que as imunidades estão previstas no texto constitucional, conforme Art. 150, VI e Art. 9, CTN Princípio da Imunidade Recíproca Art. 150, VI, a, CF – “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:” Isenções e Imunidades (II) “VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;” - As imunidades estão previstas na constituição, exemplos: Art. 153, §3º, III da CF, Imunidade do IPI sobre as exportações. Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração (I) A legislação tributária é vigente quando a partir de determinada data e dentro de determinados limites geográficos ela se torna obrigatória. Art. 101 a 112, CTN Vigência – Sinônimo de aplicação – é a aptidão da norma para produzir efeitos jurídicos. - As contribuições sociais entram em vigência 90 dias após sua publicação; - Atos Administrativos entram em vigor na data de sua publicação; - Decisões administrativas entram em vigor 30 dias após sua publicação; - Salvo disposição em contrário, a lei entra em vigor 45 dias após ser publicada oficialmente. (Art. 1°, LICC – Lei de Introdução ao Código Civil) Art. 2°, LICC Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. § 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. Vigência, Aplicação, Interpretação e Integração (II) matéria de que tratava a lei anterior. § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Elementos do Tributo • Fato Gerador • Contribuinte/Responsável • Base de Cálculo •Alíquota •Adicional (ex. adicional do IR de 10% sobre o lucro que exceder R$ 20.000,00) • Prazo de Pagamento (Lei Ordinária – Ente arrecadador) Fato Gerador (I) • É a concretização da hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que gera a obrigaçãotributária. Trata-se do fato que faz nascer a obrigação de pagar o tributo. Também conhecido como: fato imponível, base imponível, suporte fático, hipótese de incidência, fato tributável.fato tributável. Exemplos de fatos geradores: circular mercadorias – ICMS, prestação de serviços – ISS, auferir renda – IR, propriedade “ Art. 114 – fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.” Fato Gerador (II) “Art. 114 – fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.” Obrigação Principal – é de natureza pecuniária, ou seja, pagar o tributo. (Art. 113, §1°, CTN) “Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.” Obrigação Acessória – formalidades complementares cujo objetivo é comprovar a ocorrência da operação a ser tributada, assim como sua extensão. (Art. 113, §§ 2° e 3°, CTN) Contribuinte/Responsável (I) Sujeito Ativo – trata-se do credor do tributo que possui o direito subjetivo de exigir o pagamento. Sujeito Passivo – é o contribuinte ou o responsável pelo pagamento do tributo. É quem possui o dever jurídico de efetuar o pagamento da prestação.pagamento da prestação. Contribuinte – sujeito passivo que tem relação direta com o fato gerador. Responsável – sujeito passivo a quem a legislação tributária atribui a responsabilidade de fato, em lugar do contribuinte, devido as dificuldades operacionais de cobrar diretamente Contribuinte/Responsável (II) Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. Base de Cálculo É o valor sobre o qual se aplica a alíquota a fim de determinar o valor do tributo a ser pago. A base de cálculo e definida em lei complementar. A alteração da base de cálculo está sujeita aos princípios da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade. Alíquota - % que incidirá sobre a base de cálculo ou valor fixo por unidade do bem, ou seja, alíquotas ad valorem ou específicas, respectivamente. Etapas da Cobrança de um Tributo • Para a correta compreensão do fenômeno tributário, é necessário visualizar todas as etapas da cobrança de um tributo: 1) Momento Anterior ao Processo Legislativo 2) Processo Legislativo 3) Publicação e Vigência da Lei3) Publicação e Vigência da Lei 4) Ocorrência do Fato Gerador 5) Nascimento da Obrigação Tributária 6) Constituição do Crédito Tributário (Lançamento) 7) Processo Administrativo 8) Inscrição na Dívida Ativa (CDA) 9) Execução Fiscal Crédito Tributário Nada mais é do que o direito do estado de exigir do contribuinte que pague o tributo uma vez que tenha ocorrido o fato gerador. Lançamento (I) Quando o fato gerador ocorre in concreto, nasce a obrigação tri- butária apresentando um sujeito ativo, um sujeito passivo, umbutária apresentando um sujeito ativo, um sujeito passivo, um objeto e um vínculo legal. Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Lançamento (II) O lançamento é o ato administrativo de aplicação da norma tributária material ao caso concreto. Trata-se de mecanismo jurídico que dá liquidez, certeza e exigibilidade ao tributo, que lhe é lógica e cronologicamente anterior, sendo ato administrativo vinculado não fazendo nascer o tributo, que tem por fonte a lei, dela derivando imediatamente.dela derivando imediatamente. O lançamento determina alguns dos elementos da obrigação tributária, tais como o contribuinte, o quantum devido ao Fisco, o local onde se deve efetuar o pagamento do tributo, assim como a forma e quando que se deve efetuar o pagamento. Lançamento (III) De ofício - Quando é feito por iniciativa da autoridade administrativa, independentemente de qualquer participação do sujeito passivo. Por declaração - Deve ser feito em atuação conjunta da Administração e do sujeito passivo da obrigação tributária. É feito em face de declaração fornecida pelo próprio contribuinte ou porem face de declaração fornecida pelo próprio contribuinte ou por terceiros, se assim a lei permitir. Por homologação - Corresponde a tributo cuja iniciativa de apuração e de pagamento competem ao sujeito passivo, devendo ser homologado por parte da autoridade administrativa. Extinção do Crédito Tributário (I) Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termosVII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Extinção do Crédito Tributário (II) I - o pagamento - Forma ordinária de extinção do credito tributário, o pagamento e a entrega ao sujeito ativo, pelo sujeito passivo ou por qualquer outra pessoa em seu nome, do valor correspondente ao objeto do crédito tributário. Obs: Art. 157, CTN – a aplicação de sanção (multa) não desobriga o contribuinte do pagamento do tributo. Art. 163, CTN - Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: Extinção do Crédito Tributário (III) regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes. Extinção do Crédito Tributário (IV) II - Compensação: Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. Extinção do Crédito Tributário (V) III - Transação: Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessõesmútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. Extinção do Crédito Tributário (VI) IV – Remissão - Art. 172 - A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário;III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. (CTN) V – Prescrição: O fisco tem 5 anos para receber a cobrança do Crédito Tributário por via judicial (contados dia a dia); Inércia de 05 anos – perda do direito de cobrar; Pgto. de CT prescrito não gera direito à repetição de indébito. Extinção do Crédito Tributário (VII) Decadência: O poder tem 05 anos fazer o lançamento do crédito tributário (contados por Exercício Fiscal); Inércia de 05 anos (s/ lançamento) – perda do crédito; Pagamento feito pelo contribuinte gera direito à repetição do indébito Exclusão do Crédito Tributário (I) Anistia (Art. 175, CTN) - O cometimento de infração a legislação tributária enseja a aplicação de penalidades pecuniárias, multas, e estas ensejam a constituição do credito tributário correspondente. Impede-se a constituição do crédito tributário. A anistia decorre diretamente da lei quando tem caráter geral. Neste caso é concedida pela própria lei. Quando tem caráter restrito écaso é concedida pela própria lei. Quando tem caráter restrito é concedida mediante ato da autoridade administrativa. Neste caso depende de requerimento do interessado, com o qual este faça a prova de preenchimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. Na anistia (Causa de Exclusão do Crédito Tributário) o crédito não foi constituído e abrange apenas penalidades, ao passo que na Remissão (Causa de Extinção do CréditoTributário) o crédito já foi constituído e abrange penalidades e tributos. A isenção é sempre decorrente de lei. Trata-se da dispensa legal do tributo. Art. 177, CTN. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva: I - às taxas e às contribuições de melhoria; Exclusão do Crédito Tributário (II) I - às taxas e às contribuições de melhoria; II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. Suspensão do Crédito Tributário (I) Art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o parcelamento. § único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. Tributos em Espécie (I) Tributos da União Impostos de Importação e de Exportação (Art. 153, I e II, CF) – São tributos que se apresentam como exceções aos princípios da reserva legal e da anterioridade, razão pela qual podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou. Imposto de Renda (Art. 153, §2°, CF) – Caracteriza-se pelos critérios da generalidade, universalidade e progressividade. Obs: para que a renda seja tributada é necessário que ela esteja disponível para o contribuinte. Tributos em Espécie (II) Tributos da União Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) – poderá ser apurado com base no lucro real, lucro presumido ou lucro arbitrado, nos termos da lei. Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) – possui alíquotasImposto de Renda de Pessoa Física (IRPF) – possui alíquotas progressivas. Imposto de Renda Retido na Fonte (IRF) – responsabilidade subsidiária Art. 121, §único, II, CTN. Tributos da União Tributos em Espécie (III) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI • Fato Gerador: saída de produtos industrializados do estabelecimento industrial ou equiparado; • Possui como características a seletividade (Art. 153 §3°, I, CF) e não-cumulatividade (Art. 153, §3°, II) • Se submete apenas a anterioridade nonagesimal (Art. 150, §1°, CF) • Não incide sobre as importações (Art. 153, §3°, CF) • Tem lançamento por homologação Tributos em Espécie (IV) Imposto sobre Operação de Câmbio, Crédito, Seguro e Valores Mobiliários – IOF Da mesma forma que o II e o IE, é tributo que se apresenta como exceção aos princípios da reserva legal e da anterioridade, razão pela qual podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou majorou. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR Possui alíquotas progressivas e pode ser fiscalizado e cobrado judicialmente pelos municípios que optarem. Imposto Residual da União – Art. 154, I, CF Imposto Extraordinário de Guerra – Art. 154,II, CF Tributos em Espécie (V) Tributos do Estado Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações – ITD ou ITCMD • Se bens imóveis e os respectivos direitos o imposto compete ao estado da situação do bem. • Se bens móveis ou direitos diversos o imposto caberá ao estado onde se der o inventário. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA • Pode ter alíquotas fixadas pelos estados, por meio lei estadual, ou seja, não é uniforme em todo o território nacional, possuindo assim função extrafiscal. As alíquotas podem ser diferenciadas também em função do tipo, potência, procedência etc. Tributos em Espécie (VI) Tributos do Estado Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal de Comunicação - ICMS • O fato gerador é a saída ou entrada de mercadorias do estabelecimento para dentro do próprio ou outro estado; • É devido nas importações e não nas exportações; • O imposto é seletivo e não-cumulativo; Tributos em Espécie (VII) Tributos do Município Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU • O fato gerador é a propriedade, a posse ou domínio útil de imóvel urbano nos termos do Art. 32, CTN • Pode ter alíquotas progressivas em razão do valor do imóvel, podendo ser progressiva no sentido de assegurar a função social da propriedade. • O Lançamento do IPTU é anual e se refere ao mesmo exercício. Tributos em Espécie (VIII) Tributos do Município Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis a Título Oneroso por Ato Inter Vivos - ITBI • O fato gerador é a transmissão da propriedade de bens imóveis; •As transmissões de bens imóveis destinadas a incorporação no capital social, fusões, cisões, extinções etc. de sociedades, sãocapital social, fusões, cisões, extinções etc. de sociedades, são imunes ao ITBI; • Possui lançamento por declaração. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS • Incide sobre os serviços constantes do anexo da Lei Complementar n.° 116/2003. Trata-se de rol taxativo.
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