Buscar

valvopatia 110718112014 phpapp01

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 87 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 87 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 87 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CARDIOPATIA VALVARES 
• As doenças valvares constituem uma das 
principais causas de Insuficiência cardíaca 
e de morte Súbita em todo mundo.
• São condições de apresentação clínica 
bastante variável. Muitos pacientes 
apresentam-se assintomáticos por 
décadas.
CARDIOPATIA VALVARES
• PROBLEMA GRAVE DE SAÚDE 
PÚBLICA, devido : 
• Ser freqüente 
• Associado à doença reumática, com 
mortalidade de 50% ou mais, das crianças na 
faixa de 5 a 12 anos 
• Seu diagnóstico, anatômico e funcional, é 
elaborado tendo-se como base a anamnese, o 
exame físico, a radiografia do tórax, o 
eletrocardiograma e o ecocardiograma.
• Acompanhamento de pacientes com valvopatia 
→ outros métodos não-invasivos : teste 
ergométrico, teste cardiopulmonar e a medicina 
nuclear permitem detectar, precocemente, 
disfunção ventricular, acompanhar a evolução, 
determinar a decisão do momento para a 
intervenção cirúrgica e avaliação do 
prognóstico.
CARDIOPATIA VALVARES
• CONTRIBUIÇÕES TECNOLÓGICAS:
ECOCARDIOGRAMA 
• Método não invasivo
• Barato
• Facilidade para realização
• Desenvolvimento de profissionais e 
aparelhos 
• Diagnóstico precoce
CARDIOPATIA VALVARES
• A precocidade e a especificidade do exame, levou ao 
aparecimento de um dos maiores desafios do momento :
• - Como cuidar do paciente a ponto de 
modificar a evolução natural da doença? 
CARDIOPATIA VALVARES
• VALVA OU VÁLVULA
CARDIOPATIA VALVARES
• VALVA ou VÁLVULA
– VALVA – conjunto de músculo papilar, 
cordoalhas e cúspides .
– VÁLVULA- conjunto de cúspides
CARDIOPATIA VALVARES
• A função da valva depende das estruturas:
– VALVA
– MIOCARDIO ( CÂMARA CARDÍACA)ex ICC
VALVOPATIAS
MITRAL
AÓRTICA
ESTENOSE INSUFICIÊNCIA
ESTENOSE INSUFICIÊNCIA
ESTENOSE MITRAL
DEFINIÇÃO – OBSTRUÇÃO DA SAÍDA DO FLUXO DE SANGUE DO 
ÁTRIO PARA O VENTRÍCULO E → SURGE GRADIETE 
DE PRESSÃO ENTRE AE E VE NA DIASTOLE.
A AREA VALVAR NORMAL VARIA DE 4 A 6 CM ² , COM 
A ESTENOSE MITRAL A ÁREA SERÁ 2CM² OU ATÉ 
MENOS .
ESTENOSE MITRAL
ETIOLOGIA-
-FEBRE REUMÁTICA ( principal causa )
-MAL FORMAÇÃO CONGÊNITA (CRIANÇAS)
-LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO 
-CARCINÓIDE MALIGNO
-ARTRITE REUMATÓIDE
-TROMBO DE ÁTRIO ESQUERDO
-VIROSES POR COXSACKIE
-AMILOIDOSE
-MUCOPOLISSACARIDOSE 
-FIBROELASTOSE
-COR TRIATRIUM( membrana côngenita que simula EM)
-MIXOMA DE ATRIO
-TUMORES OU ALTERAÇÕES VENOSAS, MESMO À MONTANTE DA VÁLVULA 
-ENDOCARDITES COM GRANDES VEGETAÇÕES 
ESTENOSE MITRAL
ESTENOSE MITRAL
• EPIDEMIOLOGIA
– Cerca de 25% dos pacientes portadores de 
de Febre Reumática, desenvolvem a EM 
pura, ao passo que 40% tem dupla lesão 
mitral.
PATOLOGIA
A LESÃO PODE OCORRER DE 4 FORMAS NOS PORTADORES DE 
FEBRE REUMÁTICA:
1- COMISSURA 30%
2-CÚSPIDE 15%
3- CORDOALHA 10%
4- MISTA 
ESTENOSE MITRAL
INCIDÊNCIA –
NO SEXO FEMININO UMA INCIDÊNCIA DE 60 A 75%
FISIOPATOLOGIA 
A área valvar normal em pacientes adultos é de 4 a 6 cm2, a patologia 
em si leva a redução da área valvar , sendo que podemos dizer que :
Área valvar de 2 cm2 - estenose mitral moderada.
Área valvar de 1 cm2 – estenose mitral importante , a pressão intra- atrial 
de 20 mmHg a 35mmHg .
A pressão atrial elevada, leva à estimulação dos barorrectores do átrio 
que levam a uma taquicardia – agravando o QC.
FISIOPATOLOGIA
Os primeiros sintomas são a dispnéia – desencadeada 
por exercícios , stress emocional, infecção , relação 
sexual, fibrilação atrial( arritmias) , anemia, gravidez.
A elevação da FC diminue o tempo de diástole , 
proporcionalmente mais que a sístole , levando a 
diminuição do fluxo transvalva mitral 
1- DISPNÉIA – a hipertensão venocapilar pulmonar diminui o fluxo 
pulmonar, com uma maior ventilação no ápice e 
maior perfusão na base 
- a diminuição do fluxo pulmonar,
- leva ao mecanismo de vasoconstrição brônquica distal 
- diminui a ventilação 
- um aumento do espaço morto 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA DISTRIBUTIVA
e drenagem deficiênte
EDEMA AGUDO DE PULMÃO
FISIOPATOLOGIA
2- ARRITMIAS - COM O AUMENTO DO ATRIO ESQUERDO, PROVOCA 
- DESARRANJO DO TECIDO ESPECIALIZADO DE CONDUÇÃO
- FAVORECENDO A INSTABILIDADE CELULAR E 
- ALTERANDO O RITMO CARDÍACO
FIBRILAÇÃO ATRIAL AGUDA/ CRÔNICA
(47% dos portadores EM) 
3- TROMBOEMBOLISMO- 20% DESENVOLVEM DEVIDO A EMi , SENDO 
QUE 10 A 15 % LEVAM Á ÓBITO, DEVIDO A FA 
↑ diâmetro AE, presença de trombo A/E
4 – HEMOPTISE – O AUMENTO DA CONGESTÃO VENOSA LEVA À 
FRAGILIDADE CAPILAR E RUPTURA DE PEQUENOS VASOS 
BRONQUICOS
FISIOPATOLOGIA
5- DOR PRECORDIAL – 15 % DOS PACIENTES PODEM APRESENTAR ICO,
DEVIDO AO DC DIMINUÍDO
6- ENDOCARDITE
7- OUTROS – COMPRESSÃO DO NERVO LARINGEO RECORRENTE E DO 
ESÔFAGO
DEVIDO AO AUMENTO DE SAE .
FISIOPATOLOGIA
FIBRILAÇÃO AGUDA
Desenvolve-se em decorrência de extensa fibrose no AE
- Na EM, é marcadora de ↑ morbidade e mortalidade
→ perda da sistole atrial → deterioração clínica
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca (pior do quadro clínico)
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca 
Diminue o tempo de diástole 
(mais volume no AE→ > gradiente de pressão atrioventricular)
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca 
Diminue o tempo de diástole 
Diminuição do fluxo transvalvar 
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca 
Diminue o tempo de diástole 
Diminuição do fluxo transvalvar 
Dimunue o DC 
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca 
Diminue o tempo de diástole 
Diminuição do fluxo transvalvar 
Dimunue o DC 
Aumenta a pressão intra átrio esquerdo
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca 
Diminue o tempo de diástole 
Diminuição do fluxo transvalvar 
Dimunue o DC 
Aumenta a pressão intra átrio esquerdo
Aumenta a pressão capilar pulmonar 
Fibrilação aguda 
Aumenta a FC cardíaca 
Diminue o tempo de diástole 
Diminuição do fluxo transvalvar 
Dimunue o DC 
Aumenta a pressão intra átrio esquerdo
Aumenta a pressão capilar pulmonar (congestão pulmonar)
Edema agudo de pulmão
GRAVIDADE DA ESTENOSE MITRAL
GRADIENTE 
MÉDIA, 
mmHg
ÁREA VALVAR, 
cm²
PRESSÃO 
SISTÓLICA 
NORMAL 0 4,0 a 6,0 < 30
LEVE < 5 1,5 a 4,0 < 30
MODERADA 5 a 10 1,0 a 1,5 30 a 50
GRAVE >10 < 1,0 > 50
QUADRO CLÍNICO
• 1- DISPNÉIA
– geralmente os primeiros sintomas iniciam 10 a 20 anos após a FR
- apresenta-se lenta e progressiva
- os primeiros episódios, podem ser desencadeados por exercício, estresse
emocional, relação sexual, infecção, febre, todas as situações que
necessite de aumento do DC
• 2- HEMOPTISE
- escarro espumoso e róseo, devido EAP ou sangue vivo devido lesão 
artéria brônquica
3 – DOR TORÁCICA-
- 15% dos pacientes tem como causa Hipertensão de VD, ICO ou embolia 
coronária 
QUADRO CLÍNICO
• 4- TEP – 10% dos casos
• 5- ARRITMIA- 40% - FAA/C
• 6- ENDOCARDITE
• 7- ROUQUIDÃO
• 8- DISFAGIA
• 9- HIPERTENSÃO VENOSA SISTEMICA
• 10- HEPATOMEGALIA , ASCITE E DERRAME PLEURAL
EXAME FÍSICO
FACE – PRESENÇA DE RUBOR MALAR
PULSO ARTERIAL - NORMAL, DE BAIXA AMPLITUDE QUANDO GRAVE (PELA 
REDUÇÃO DO ENCHIMENTO VENTRICULAR)
PULSO VENOSO JUGULAR – ONDA a PROEMINENTE ( EM RITMO SINUSAL)
PALPAÇÃO / INSPEÇÃO CARDÍACA
ICTUS – IMPERCEPTÍVEL
RUFLAR DA VALVA MITRAL ( SE FOR FOLHETO ANTERIOR )
FRÊMITO DIASTÓLICO MITRAL- NO APICE CARDÍACO
PRIMEIRA BULHA BEM PALPÁVEL
IMPULSÃO VENTRICULAR – PALPÁVEL EM REGIÃO SUBESTERNAL 
(IMPULASÃO ANÔMALA DO VD) EM PACIENTES COM HIPERTENSÃO 
PULMONAR
AUSCULTA
SOPRO DIASTÓLICO EM RUFLAR COM REFORÇO PRÉ-SISTÓLICO, 
SOPRO SECO BREVE , VIBRANTE,ORIGINÁRIO DE UMA VALVA MITRAL 
ENDURECIDA,
ENTUMECIDA , NÃO SOLDADA 
RUFLAR PROTODIASTÓLICA- COM CRESCENTE PRÉ-SISTÓLICO
RUFLAR DIASTÓLICO COM REFORÇO PRÉ-SISTÓLICO( PRINCIPALMENTE 
QUANDO O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL ESQUERDO).
ESTALIDO DE ABERTURA DA MITRAL – GERALMENTE 0,08 SEG APÓS B2
HIPERFONESE DE B2 EM FOCO PULMONAR- HP
EXAME FÍSICO
LABORATÓRIO
1- ELETROCARDIOGRAMA-
A- ALTERAÇÕES DE MORFOLOGIA -AUMENTO DA DURAÇÃO DA ONDA P, 
EM D2, COM MORFOLOGIA ENTALHADA ( DURAÇÃO SUPERIOR A 0,10 SEG), 
SOBRECARGA DO ÁTRIO ESQUERDO ( 90% DOS CASOS)
SOBRECARGA DE CAMARAS DIREITAS – DESVIO DO QRS PARA DIREITA E 
ONDA R PROEMINENTE EM VI
B- ALTERAÇÕES DE RITMO – SINUSAL , FIBRILAÇÃO ATRIAL (ARRITMIAS 
SUPRAVENTRICULARES)
RADIOGRAFIA DE TORAX
1 – RADIOGRAFIA TORAX SIMPLES
– AUMENTO DO ATRIO ESQUERDO , 
-DILATAÇÃO DA ARTÉRIA PULMONAR 
- CRESCIMENTO DE VD SE HP.
- CONGESTÃO PULMONAR 
2- RADIOGRAFIA DE TORAX COM ESÔFAGO CONTRASTADO.
-VISUALIZAÇÃO DO 3 INVERTIDO NO EXAME OBLÍQUO
ANTERIOR ESQUERDA . 
CATETERISMO
• - RARAMENTE NECESSÁRIO AO 
DIAGNÓSTICO E À AVALIAÇÃO DA 
GRAVIDADE DA ESTENOSE;
• - INDICADO QUANDO HÁ DISCREPÂNCIA 
ENTRE O QUADRO CLÍNICO E OS ACHADOS 
ECOCARDIOGRÁFICOS, OU QUANDO O 
GRAU DE HIPERTENSÃO PULMONAR NÃO 
FOR JUSTIFICAVEL PELA MAGNITUDE DA 
ESTENOSE ECOCARDIOGRÁFICA.
CATETERISMO
SOLICITADO NOS CASOS DE LESÃO CORONARIANA 
TRATAMENTO
O TRATAMENTO CLÍNICO ENVOLVE 3 ASPECTOS: CONTROLE DOS 
SINTOMAS DAS ARRITMIAS (FA) E PREVENÇÃO DO 
TROMBOEMBOLISMO
A- MEDICAMENTOSO 
1 - PENICILINA – PROFILAXIA 
2- TRATAMENTO DE ANEMIA 
3- EVITAR ESFORÇO FÍSICO
4- PACIENTES SINTOMÁTICOS 
a) DIURÉTICO
b) DIMINUIR A INGESTÃO DE SAL
c) USO DE DIGITAL
d) BETA-BLOQUEADOR 
e) TERAPIA ANTI-COAGULANTE
(FAA, TROMBO INTRACAVITÁRIO, PRÓTESE METÁLICA)
– APÓS O SURTO DE FR O PACIENTE PODE TORNAR-SE 
ASSINTOMÁTICO POR UM PERÍODO DE 15 A 20 ANOS .
EVOLUÇÃO
CIRURGIA 
A INDICAÇÃO DEPENDE DA PRESENÇA E INTENSIDADE DOS 
SINTOMAS, ÁREA VALAVAR, GRADIENTE TRANSVALVAR, PRESSÃO ARTERIAL 
PULMONAR, ANATOMIA DAS CÚSPIDES E DO APARELHO SUBVALVAR.
- EM MODERADA / GRAVE E SINTOMAS CLASSE FUNCIONAL III e IV –
INDICAÇÃO INTERVENCIONISTA 
INDICADA NOS CASOS ONDE A ÁREA VALVAR É DE 1 cm2 . PODE SER DE 
TRÊS FORMAS : 
VALVOTOMIA PERCUTÂNEA – POR BALÃO (VPB)
– CONTRA INDICAÇÃO: TROMBO AE, IM CONCOMITANTE MODERADA A 
GRAVE
-PLASTIA VALVAR 
-TROCA VALVAR 
INSUFICIÊNCIA MITRAL
• É A MAIS COMPLEXA DAS CARDIOPATIAS VALVARES, EM VIRTUDE 
DA SUA VARIADA ETIOLOGIA E COMPORTAMENTO CLÍNICO
• EVOLUÇÃO: DO PONTO DE VISTA FISIOPATOLÓGICO E 
HEMODINÂMICOS, EXISTEM DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS ENTRE IM 
AGUDA E CRÔNICA → RESULTAM DA CAPACIDADE DAS CAVIDADES 
ESQUERDAS E DO LEITO VASCULAR PULMONAR DE SE ADAPTAR À 
SOBRECARGA VOLUMÉTRICA, ESTABELECIMENTO DE FORMA 
SUBITA OU LENTA E PROGRESSIVA.
DEFINIÇÃO 
DIFICULDADE DO FECHAMENTO DA VALVA MITRAL 
EVOLUÇÃO
CRÔNICA - EVOLUÇÃO LENTA, GERALMENTE SECUNDÁRIA 
AGUDA - SÚBITO, DESADAPTAÇÃO MAIOR 
ETIOLOGIA 
Podemos dividir as causas anatômicamente – resultante de anormalidade em 
quaisquer dos componentes do aparelho valvar: 
-Folhetos valvares ( FR mais freqüente) 
-Cordas tendíneas 
-Músculo papilar
-Anel mitral ( secundária a dilatação do VE )
BRASIL – cardiopatica reumática (principal)
- Países desenvolvidos e também crescente no Brasil – cardiopatia 
isquemica, PVM, IM secundária (funcional) e endocardite infecciosa.
FISIOPATOLOGIA
Na regurgitação mitral crônica , o volume ejetado do VE para o AE ,esse 
gradiente 
de volume irá determinar o aumento das câmaras esquerdas .
Na IM Crônica as cavudades esquerdas adaptam se com a progressão da 
doença. O AE dilata-se e se torna complacente o que permite suportar grande 
volume com baixa pressão, que permite suportar grande volume com baixa pressão, 
que não se transmite para o leito vascular pulmonar – VE dilata-se para acomodar o 
excesso de volume de fluxo regurgitante mitral e manter o DC.
Na IM AGuda (como ocorre no IAM ou na ruptura de cordoalha) há 
sobrecarga volumétrica intensa e súbita, sem tempo suficiente para AE e VE se 
adaptarem – AE pequeno e não complacente transmite toda a sobrecarga pressórica 
da IM aguda para o leito vascular pulmonar – congestão e hipertensão pulmonar 
(EAP) – redução do débito cardíaco (DC) – choque cardiogênico.
O incremento dessas pressões sem adaptação do átrio , levam ao aumento 
da PCP, podendo levar em situações específicas ao EAP.
• A progressão da IM crônica e a acentuação da 
sobrecarga volumétrica levam a deterioração dos 
mecanismos compensatórios, com aumento do VSF, 
aumento da tensão sistólica da parede VE, aumento da 
pressão disastólica final e menor complacência atrial 
esquerda – fatores responsáveis pelo aparecimento dos 
sintomas de dispnéia ou fadiga e redução da 
dimunuição da FE.
QUADRO CLÍNICO
Sintomas dependem da intensidade da IM e da sua 
velocidade de instalação
-Assintomático por anos 
-Fadiga e dispnéia (ortopnéia , DPN )
-IM aguda os sintomas são mais intensos→ a congestão pulmonar aguda e 
diminuição DC efetivo – EAP e choque cardiogênico
EXAME FÍSICO
Pulso arterial – amplitude normal ou reduzido , dependendo do ↓ volume 
sistólico efetivo
- ritmo sinusal ou FA
Ictus – geralmente hiperdinamico, deslocado para a esquerda e para baixo 
(hipertrofia excêntrica VE)
Ausculta – sopro sistólico (holosistolico) - irradiando para faixa axilar ou 
para área escapular esquerda
- B1 ausente ou hipofonética
- B3 presente 
- desdobramento amplo de B2
ELETROCARDIOGRAMA 
- sinais de SVE e SAE – duração ↑onda P em D2 e fase negativa de P 
em V1 aumento da voltagem do QRS nas derivações precordiais em AVL 
infradesnível de ST em inversão de T.
-FIBRILAÇÃO ATRIAL - importante preditor prognóstico
- Se aguda lembrar das alterações de IAM.
IMI
RADIOGRAFIA DE TORAX
Se crônica - aumento das câmaras esquerdas 
Se agudo – congestão pulmonar
ECOCARDIOGRAMA
- Fundamental para estabelecimento da etiologia 
da IM bem como para avaliação mais precisa da 
sua repercussão hemodinâmica e anatômica.
Transesofágico – detecção de trombos atrias
- Vegetação valvares
CATETERISMO
Como avaliação pré-operatória, esta indicado nos 
pacientes com sintomas sugestivos ou fatores de 
risco para coronariopatia.
TRATAMENTO 
CLÍNICO
1- Profilaxia de FR até os 35 anos , e para endocardite 
2- Cardioversão das arritmias 
3- Diminuição da FC 
4- Uso de ACO 
5- Diurético
6- Vasodilatadores
7- Batabloqueadores
TRATAMENTO CIRÚRGICO
- 3 ESTRATÉGIAS CIRURGICAS: PLÁSTICA VALVAR (OPÇÃO PREFERÍVEL), 
TROCA VALVAR COM OU SEM (INDICADO EXCEPCIONALMENTE, 
ASSOCIADA A PIOR FUNÇÃO VENTRICULAR NO PÓS OPERATÓRIO) 
PRESERVAÇÃO DO APARELHO SUBVALVAR.
- INDICADO NOS CASOS DE IMI AGUDA E OS DESCOMPENSADOS 
COM REFRATARIEDADE AO TRATAMENTO CLÍNICO( DESDE QUE 
COM MIOCARDIO COMPATÍVEL).
- INDICAÇÃO DO MELHOR MOMENTO: INTENSIDADE DA REGURGITAÇÃO, 
PRESENÇA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS, FUNÇÂO DE VE, 
PROBABILIDADE DE PLÁSTICA VALVAR, PRESENÇA DE FA (MARCADOR 
DE MORBIDADE E MORTALIDADE - SEU APARECIMENTO APONTA PARA A 
NECESSIDADE DE CORREÇÃO DA LESÃO VALVAR), GRAU DE 
HIPERTENSÃO PULMONAR.
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
DEFINIÇÃO: OCORRE MÁ COAPTAÇÃO DAS CUSPIDES AÓRTICAS, O 
QUE PERMITE O REFLUXO DE PARTE DO VOLUME SISTÓLICO PARA 
O INTERIOR DO VE DURANTE A DIÁSTOLE.
Etiologia - febre reumática (principal causa nos países 
subdesenvolvidos)
- sífilis 
-mixoma 
-sind de Marfan
-doença conjuntiva
- sind de Reiter 
ANORMALIDADES DAS CÚSPIDES
ANORMALIDADES DA AORTAASCENDENTE
CARDIOPATIA REUMÁTICA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
ENDOCARDITE INFECCIOSA AORTITE (EX: SIFILIS)
TRAUMA SÍNDROME DE REITER
VALVA AÓRTICA BICÚSPEDE ESPONDILITE ANQUILOSANTE
ARTRITE REUMATÓIDE TRAUMA
DEGENERAÇÃO MIXOMATOSA DISSECÇÃO DA AORTA
ESPONDILITE ANQUILOSANTE SINROME DE MARFAN
DROGAS ANOREXÍGENAS SÍNDROME DE EHLERS- DANLOS
PSEUDOXANTOMA ELÁSTICO
DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Fisiopatologia 
Volume sistólico total = VS anterogrado + volume regurgitação para VE
Diminuição do DC 
Aumento da regurgitação 
Aumento do VE 
Dilatação de VE 
Alterações de AE
• IAo Crônica (situação mais comum) observada na cardiopatia 
reumática crônica ou aneurisma aterosclerótica da Ao Ascendente 
→ o aumento do volume diastólico final do VE ocorre de forma a 
acomodar o volume regurgitante, sem que ocorra aumento 
significativo da pressão disatólica final – hipertrofia miocardica do 
tipo excêntrica. O desenvolvimento é gradual, por naos ou décadas.
• IAo Aguda (situação hemodidamicamente diversa) – ex: dissecção 
aguda da Ao ascendente ou alguns casos de endocardite Infecciosa 
– sem tempo para o VE dilatar – aumento importante da pressão 
diastólica final e diminuição do débito cardiaco - ↑ PDVE se 
transmite retrogradamente ao AE e capilares pulmonares – Edema 
Agudo de Pulmão (EAP).
QUADRO CLÍNICO
1- PALPITAÇÕES 
2- ORTOPNÉIA 
3- DPN
4- ANGINA (coronariopatia coexistente)
5 - EDEMAS
Depende da velocidade de instalação da IAo
IAo Crônica – assisntomático, por anos
IAo Aguda – sintomas de choque cardiogênico e/ou EAP
EXAME FÍSICO
-MOVIMENTOS PENDULARES DA CABEÇA acompanhando os movimentos 
cardíacos (sinal de Musset)
-PULSO EM MARTELO D’AGUA (pulos de Corrigam)
-AUSCULTA DE PULSO TIPO TIRO DE PISTOLA
-SINAL DE DUROZIEZ (sopro vai –vem nas artérias femurais)
-PA GRANDE DIFERENCIAL
-ICTUS – PARA BAIXO , FORA (esquerdo, difuso), GLOBOSO
-SOPRO PROTO DIASTÓLICO REGURGITATIVO
-OSCILAÇÃO DA VALVULA (SINAL DE MUELLER)
EXAMES 
ECG- NORMAL 
HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA
RADIOGRAFIA DE TÓRAX - aumento de VE 
- ápice deslocado para baixo e à esquerda 
ECOCARDIOGRAMA - medida da área valvar 
- morfologia das câmaras direitas
- Informações imprescindíveis ao diagnóstico, 
quantificação do volume regurgitante, anatomia das cúspides e da raiz 
aórtica, anatomia e função do VE.
TE
RNM
VENTRICULOGRAFIA RADIOISOTÓPICA 
ESTÁGIOS ECOCARDIOGRÁFICOS DA INSUFICIÊNCIA AÓRTICA
COMPENSADO TRANSICIONAL DESCOMPENSADO
DIÂMETROS
DIÂMETRO DIASTÓLICO 
FINAL <60 60 a 70 >75
DIÂMETRO SISTÓLICO 
FINAL <45 45 a 50 >55
FUNÇÃO VENTRICULAR 
ESQUERDA
FRÇÃO DE EJEÇÃO (%) >55 51 a 55 <50
FRAÇÃO DE 
ENCURTAMENTO 
(%) >32 30 a 31 < 29
• TE - útil nos portadores de IAo grave sedentários, ou que 
apresentaram sintomas atípicos – resposta hemodinâmica 
desfavorável ou surgimento de sintomas durante o teste.
• RNM – imagem ecocardiografica de má qualidade 
- suspeita de doenças da aórta ( dissecção ou aneurisma)
• Ventriculografia (GATED) – boa alternativa quando ecocardiograma 
é de má qualidade técnica – quantificação do volume regurgitante, 
dos volumes sistólico e diastólicos finais, e fração de ejeção.
• Cateterismo Cardíaco – suspeita clínica de ICo, quando se 
programa a cirurgia de troca valvar. 
TRATAMENTO
-DIGITAL
-DIURÉTICO
-RESTRIÇÃO DE SAL
- VASODILATADORES ARTERIAIS
- CIRURGIA – TROCA VALVAR 
ESTENOSE AÓRTICA
ESTENOSE AÓRTICA –
DEFINIÇÃO – DIFICULDADE DE SAÍDA DO FLUXO SANGUÍNEO 
PELA VALVA AÓRTICA .
EVOLUI DE FORMA ASSINTOMÁTICA POR DÉCADAS.
TIPOS DE ESTENOSE – VALVAR
SUB-VALVAR 
SUPRA VALVAR
ETIOLOGIA
• BRASIL - cardiopatia reumática
• Países desenvolvidos – calcificação 
aterosclerótica
• congênita (pacientes jovens)
FISIOPATOLOGIA
ESTENOSE 
RESISTÊNCIA AO FLUXO 
AUMENTO DO GRADIENTE DE PRESSÃO SISTÓLICA
SVE
ALTERAÇÃO DO RELAXAMENTO VENTRICULAR
DILATAÇÃO
As alterações na anatomia do VE – EAo hemodinamicamente significativa 
(gradiente transvalvar > 25mmHg) – hipertrofia concentrica secundária a 
sobrecarga de pressão intra ventricular – progressão da estenose –
deterioração da função disatólica (menor complacência VE) – pode ocorrer 
isquemia miocárdica (2º aumento consumo de O2 pelo miocárdio 
hipertrófico e aumento da pressão subendocárdica).
-Agravamento da EAo – disfunção sistólica, com dilatação ventricular, 
redução FE e redução DC ao repouso.
GRAVIDADE DA ESTENOSE AÓRTICA
GRADIENTE 
MÉDIA, 
mmHg
ÁREA VALVAR, cm²
NORMAL <5 3,0 A 4,0
LEVE 5 A 25 1,5 A 3,0
MODERADA 25 A 40 1,0 A 1,5
GRAVE >40 < 1,0
ESTENOSE AÓRTICA
Diferenças entre idosos e jovens
Idoso Jovem
Etiologia Degenerativa Reumática, Congênita
Dças associadas HA, DPOC, Coronária ------
Clínica ICG (+ comum),
Angina e Síncope.
Angina (+ comum),
Síncope e ICG
Exame Físico
Pulso corotídeo Pode ser amplo “Parvus et tardus”
Sopro sistólico
Musical, baixa inten-
sidade, área apical
Área aórtica, 
irradiação para pescoço.
Hipertensão sistólica Pode  pressão de 
pulso
Raro; pequena pressão
de pulso 
“Click ejeção Raro Comum
FA Freqüente Raro
QUADRO CLÍNICO 
-ANGINA 50 A 70% 
-SINCOPE 15 A 30%
-ICC
-MORTE SÚBITA 15 A 20%
-DISPNÉIA - DPN
EXAMES COMPLEMENTARES
• RX TÓRAX
• ECG – SUGESTIVO DE SVE
• ALTERAÇÕES DE SAGMENTO ST E ONDA T (INVERSÃO) SUGESTIVA 
DE ISQUEMIA SUBENDOCARDICA.
• ECOCARDIOGRAMA
• PERMITE AVALIAÇÃO DA ANATOMIA DA VALVA, QUANTIFICAÇÃO DO 
GRAU DE ESTENOSE E REPERCUSSÃO DA EAo NA ANATOMIA E 
FUNÇÃO DO VE. 
• CATETERISMO CARDÍACO
• INDICADO: DIAGNÓSTICO DE ICO EM PORTADORES DE EAo GRAVE 
E QUE APRESENTAM SUSPEITA OU FATOR DE RISCO PARA DOENÇA 
CORONÁRIA
• DISCREPÂNCIA ENTRE QUADRO CLÍNICO E RESULTADO DO 
ECOCARDIOGRAMA
TRATAMENTO
• FUNDAMENTAL CONSIDERAR A PRESENÇA DE SINTOMAS 
(DISPNÉIA, ANGINA OU SÍNCOPE)
• EAo GRAVE E SINTOMATICA – TRATAMENTO CIRÚRGICO 
(TROCA VALVAR POR PRÓTESE)
• EAo ASSINTOMÁTICO, COM FUNÇÃO VENTRICULAR 
ESQUERDA PRESERVADA (FE>50%) – NÃO INDICAR 
CIRÚRGIA

Continue navegando