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Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Doença valvar significativa acomete 12-13% dos indivíduos > 75 anos; Febre reumática é a principal causa em países pobres; Endocardite infecciosa tem aumentado a prevalência em decorrência do avanço da idade, uso de dispositivos cardíacos e vasculares e emergência de microrganismos multirresistentes e DM; Crescente aumento na sobrevida de pacientes com cardiopatia congênitas; Aproximadamente 25% das valvulopatias; 80% dos pacientes com são homens; 3% da população > 75 anos apresenta EAo grave de causa degenerativa; Etiologia reumática → acompanha comprometimento mitral e IAo; **Etiologia degenerativa ou reumática!!! Associada a tradicionais fatores de risco CV: o ↑ LDL; o ↑ Lp(a); o DM; o Tabagismo; o DRC; **Anda em paralelo com a doença aterosclerótica; Comprometimento mitral e IAo; Ocorre fusão das comissuras (na etiologia degenerativa é calcificação das comissuras); Importante calcificação dos folhetos; 1. Obstrução da via de saída; 2. Hipertrofia concêntrica do VE; 3. ↑ gradiente de pressão transaórtico; 4. Dilatação do VE; 5. Declínio da função sistólica do VE + disfunção diastólica; 6. Fibrose miocárdica irreversível; 7. ↓ débito cardíaco; 8. ↓ gradiente de pressão transaórtico (não tem mais força) → sinal de terminalidade; 9. ↑ das pressões no átrio esquerdo, HAP, sobrecarga VD; Hipertrofia de AE para tentar compensar o gradiente de pressão reduzido → hipertrofia transmitida para veias pulmonares → capilares pulmonares → hipertensão pulmonar → hipóxia, dispneia → transmissão da hipertensão para o lado D (a. pulmonar D → AD → VD) Hipertrofia do VE → sinal de fibrose; ** Lembrar que na fisiopatologia, inicialmente, gradiente pressórico sobe e, posteriormente, diminui; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Típicos: o Dispneia ao esforço (sobrevida 50% em 2 a); o Síncope (sobrevida 50% em 3 a); o Angina (sobrevida 50% em 5ª); Assintomática até área valvar < 1cm2; Sintomas típicos de IC: ortopneia; dispneia paroxística noturna (DPN); edema agudo de pulmão (EAP); hepatomegalia; regurgitação de tricúspide (RT); ** Angina se dá pela hipertrofia: aumento da massa muscular gerado pela hipertrofia reduz a reserva coronariana (aumento do fluxo sanguíneo basal para atender à demanda miocárdica), gerando um desequilíbrio entre oferta e demanda de O2 → dor torácica/angina; ** Síncope: débito cardíaco deficitário → hipofluxo cerebral; Ritmo regular; PA: hipotensão no estágio terminal; Pulso parvus et tardus: (lento e tardio → amplitude diminuída e duração da pulsação aumentada) boa especificidade para EAo severa; Ictus desviado à esquerda; Frêmito na base do coração, a direita do esterno e carótidas; Sopro sistólico, irradiado para carótidas; o Quanto mais grave a estenose, mais prolongado; o Desaparece se valva muito calcificada; o B3 se disfunção de VE; ECG: hipertrofia do VE, depressão ST/inversão T; RX tórax: discreto aumento área cardíaca; calcificação de valva no perfil, congestão pulmonar; Cateterismo: reservado para casos com discrepância clínica/exame (multivalvular, obstrução subvalvar/supravalvar); TC: avaliação da morfologia/planimetria, programação TAVR; Indicativo de estenose grave: Calcificação: >2000 homens; >1300 nas mulheres; Ecocardiograma Características visuais da valva → mobilidade, calcificação, bicúspide, orifício; Avaliação do VE (hipertrofia, tamanho, função sistólica); Gradiente transvalvar; ECO com dobutamina para casos com disfunção VE 1. Realização de ECO sem dobutamina com gradiente baixo; 2. Aplicação de dobutamina e realização de novo ECO Gradiente começa a elevar: estenose grave; Gradiente não eleva: origem não valvar; Classificação Vmáx (m/s) ΔPméd (mmHg) AVA (cm2) AVAi (cm2/m2) Discreta 2,6 a 2,9 < 20 > 1,5 > 0,85 Moderada 3,0 a 3,9 20 a 39 1,0 a 1,5 0,6 a 0,85 Importante ≥ 4 ≥ 40 < 1 < 0,6 ** Tratamento medicamentoso NÃO funciona, é paliativo; Evitar esforços, mesmo nos assintomáticos; Evitar desidratação; BB, IECA, nitratos são seguros em assintomáticos com VE bom; PACIENTES SINTOMÁTICOS!!! Em 10 anos 30% das válvulas biológicas degeneram e 30% das mecânicas apresentam hemorragias; Valvulopatias: jovens, sem calcificação e como ponte para tratamento definitivo; Válvula mecânica: definitiva; necessita de anticoagulação com cumarínico (NOACs não pode); Colocação da válvula através de cateter → não é cirurgia aberta; Pacientes sintomáticos com elevado risco cirúrgico (sobrevida 2 anos = cirurgia); Prótese biológica; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Maior risco de AVC, regurgitação paravalvar e bloqueio AV; Permite valve in valve (colocar a valva artificial “por cima” da fisiológica); Geralmente via femoral; INDICAÇÕES CIRÚRGICAS Estenose aórtica sintomática Classe Nível A intervenção é recomendada em pacientes sintomáticos com estenose aórtica grave e de alto gradiente – gradiente médio >40 mmHg, velocidade de pico ≥ 4 m/s e área valvar <1,0 cm2 (ou AVAi < 0,6 cm2/m2) I B A intervenção é recomendada em pacientes sintomáticos com baixo fluxo grave (Áres de superfície corporal (SVi) <35 mL/m2), estenose aórtica de baixo gradiente (<40 mmHg) com fração de ejeção reduzida (<50%) e evidências de reserva de fluxo (contrátil). I B Pacientes assintomáticos com EAo grave Classe Nível A intervenção é recomendada em pacientes assintomáticos com EAo grave e disfunção do VE (LVEF <50%) sem outra causa I B A intervenção é recomendada em pacientes assintomáticos com EAo grave e sintomas demonstráveis em testes de exercício I C Modo de intervenção Classe Nível Substituição cirúrgica da válvula aórtica (SAVR) é recomendado em pacientes mais jovens com baixo risco de cirurgia (<75 anos e STS- PROM/EuroSCORE I i <4%) ou em pacientes que são operáveis e inadequados para TAVR transfemoral I B O TAVR é recomendado em pacientes mais velhos (≥75 anos), ou naqueles de alto risco (STS- PROM/EuroSCORE IIf >8%) ou inadequados para cirurgia I A Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Regurgitação = insuficiência; Alteração da valva, raiz da aorta ou combinação; ¾ dos homens; Etiologias agudas: EI, trauma, dissecção; ETIOLOGIAS Valvular Congênito (bicúspide) Endocardite Febre reumática Mixomatosa (prolapso) Traumático Sífilis Espondilite Anquilosante Doença de base Dissecção aórtica Degeneração medial cística Síndrome de Marfan Válvula aórtica bicúspide Aneurisma familiar não sindrômico Aortite Hipertensão 1. ↑ do volume regurgitante (da aorta para o VE); 2. ↑ do volume diastólico final do VE; 3. ↑ do stroke volume; 4. Dilatação e hipertrofia excêntrica do VE; 5. ↓ da função sistólica do VE; 6. Dilatação do VE; 7. Isquemia miocárdica (dilatação, sobrecarga pressórica, perfusão coronária); 8. Elevação das pressões no átrio esquerdo, HAP, sobrecarga VD; Dispneia aos esforços; Balançar da cabeça (diagnóstico diferencial de depressão); Angina → repouso/esforço; Sintomas típico de IC: ortopneia, DPN, EAP, hepatomegalia, RT → em casos avançados; Pressão arterial: ↑ PAS com ↓ PAD → batimentos sistólicos podem ser audíveis até mesmo com o manguito desinflado; o Nesse caso, considerar a fase IV dos sons Korotkoff (abafamento dos sons como a pressão diastólica do paciente); Pulso em martelo d’água; Sinal de Traube: ruído em “tiro de pistola” auscultado na artéria femoral; Ictus desviado à esquerda e inferiormente, com tamanho aumentado; Frêmito diastólico na borda esternal esquerda; o Frêmito pode ocorrer na incisura supraesternal → não necessariamente indica estenose aórtica concomitante; Sopro diastólico aspirativo, decrescente, na borda esternal esquerda; o Intensidade e duração associadas com severidade da regurgitação; o Aumenta com manobra de handgrip; Ecocardiograma Patologias associadas → VAB, aneurisma/ectasia de aorta ascendente, dissecção aórtica; Insuficiência aórtica severa: o Volume regurgitante ≥ 60mL/ batimento; o Fração regurgitante ≥ 50%; o Comprimento de jato regurgitante > 65% do fluxo de saída do VE; Avaliação da FE do VE; Avaliar patologias da raiz da aorta; ** Avaliar a valva e a aorta!! Outros exames ECG: hipertrofia de VE; depressão ST/inversão T; RX tórax: ápice deslocada para a esquerda e para baixo; VE aumentado posteriormente; presença de patologias associadas (aneurisma de aorta); Cateterismo: realizado rotineiramente antes de cirurgia em valva aórtica; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 RNM cardíaca: é o exame mais acurado para avaliar gravidade de insuficiência aórtica, estando indicado quando a avaliação ecocardiográfica é subótima; Sem TTO específico que previna a progressão da insuficiência; Sintomas de dispneia: respondem a diuréticos em estágios iniciais; IECA, Hidralazina e BCC: usados na tentativa de melhora dos sintomas por diminuição da pós-carga; PAS deve ser mantida < 140 mmHg; Betblaqueadores, IECA e ARA-II: úteis para reduzir progressão de aneurisma ou dilatação de aorta; Tempo cirúrgico ideal: APÓS disfunção miocárdica, mas antes do aparecimento dos sintomas; Indicações: o Pacientes sintomáticos; o Pacientes assintomáticos com: FE < 50%; Diâmetro sistólico final > 50 mm; Diâmetro diastólico final > 65 mm; IAo crônica não apresenta sintomas até depois do estabelecimento de disfunção miocárdica; Tratamento cirúrgico após 1 anos dos sintomas, geralmente não se consegue reestabelecer função cardíaca; Pacientes crônicos devem ser avaliados clinicamente e com exames de imagem (ecocardio) a cada 6-12 meses; Regurgitação aórtica grave Classe Nível A cirurgia é recomendada em pacientes sintomáticos, independentemente da função do VE I B A cirurgia é recomendada em pacientes assintomáticos com diâmetro sistólico final do VE (LVESD) >50 mm ou LVESD >25 mm/m2 (em pacientes com tamanho corporal pequeno) ou FEVE em repouso ≤ 50% I B Principal causa é de origem reumática; EM pura ou predominante ocorre em cerca de 40% dos pacientes com doença cardíaca reumática e histórico de febre reumática; Inflamação crônica acarreta em espessamento difuso dos folhetos valvares (tecido fibroso e calcificação), em uma última instância diminuem o orifício de abertura valvar; o Fusão de comissuras; o Rigidez das cúspides; o Cordoalha tendínea encurta; Principais causas da estenose mitral Febre reumática Congênito (válvula de paraquedas, cor triatriatum) Calcificação do anel mitral grave com envolvimento de folheto LES, AR Мixoma Endocardite Inflamação crônica; Espessamento difuso dos folhetos valvares; Obstrução ao fluxo de sangue entre AE e VE → acarreta ↑ no gradiente pressórico atrioventricular; Estenose mitral severa: o Área valvar mitral <1,5 cm2 (↓ do orifício de abertura valvar - normal 4-6 cm2); o ↑ Pressão AE > 25mmHg; o Pressão de meio tempo > 150 ms; o Fusão das comissuras; o Rigidez das cúspides; o Encurtamento das cordoalhas tendíneas; Aumento na pressão venosa e arterial pulmonar → justifica sintomas de dispneia aos esforços; Gradiente diastólico médio AE/VE ≥ 10mmHg; Hipertensão arterial pulmonar (PAS pulmonal >50mmHg em repouso e > 60 mmHg no esforço); Aumento na resistência vascular pulmonar → hipertensão pulmonar: o Sobrecarga de VD (volumétrica e pressórica); Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 o Regurgitação tricúspide e pulmonar; o Insuficiência cardíaca direita; Estenose severa da valva mitral → DC normal em repouso, porém, não eleva conforme deveria durante exercício; o Estenose muito severa (orifício efetivo valvar < 1 cm2) o DC é reduzido em repouso e pode permanecer igual ou diminuir durante esforço; Predominantemente, sintomas de IC e congestão pulmonar!!! Dispneia aos esforços; Ortopneia; Dispneia paroxística noturna; Palpitações (instalação de fibrilação atrial); Hemoptise; Embolia pulmonar; Infecções pulmonares de repetição; Fibrose da parede alveolar → ↓ capacidade vital pulmonar, Embolização sistêmica decorrente de trombos no AE em pacientes fibrilados → pode ser a primeira manifestação em paciente previamente assintomático; 2 décadas entre o acometimento cardíaco por febre reumática e o aparecimento de sintomas; Em estágios iniciais, se apresentar sintomas, será apenas em situações que aumentem a FC ou DC (exercício intenso, febre, taquiarritmias...); Aparecimento de FA permanente em paciente com EM → aceleração na progressão dos sintomas, aumentando a mortalidade; FA se desenvolve após dilatação e perda de função do AE, secundárias a sobrecarga de volume; Pacientes com EM moderado ou severa NÃO se deve utilizar NAOCs (apenas varfarina)!!!! Impulso na borda esternal esquerda → aumento importante do VD; Aumento na onda a do pulso venoso jugular → sístole atrial direita aumentada; B1 atrasada e hiperfonética em estágios iniciais; Estalido de abertura da valva mitral no início da diástole → aumenta na expiração; Ruflar diastólico → mais bem audível em decúbito lateral esquerdo, aumenta com exercício; Sopro sistólico que aumenta com manobra de Rivero Carvalio → insuficiência tricúspide; Sinais de ICD → edema de MMI, hepatomegalia, derrame pleural, etc. ECG: sobrecarga de AE + sobrecarga de VD; avaliar presença de FA; RX tórax: aumento da trama vascular pulmonar, deslocamento do esôfago secundário a aumento do AE, aumento do VD; Cateterismo cardíaco: solicitado quando há discrepância entre clínica e outros exames de imagem, avaliar lesões concomitantes, avaliar anatomia coronariana antes da cirurgia; Ecocardiograma: o Avaliar gradiente AE-VE; o Estimar PAS da artéria pulmonar (PASP); o Avaliar FE; o Orifício efetivo valvar; o Lesões associadas; o Presença de trombos no AE → eco transesofágico é mais acurado; o Dimensões das câmaras cardíacas; Após estabelecimento de sintomas severos (NYHA-IV), sem intervenção, o paciente costuma evoluir a óbito em 2-5 anos; Penicilina profilática para doença reumática em infecções por streptococos beta-hemolítico do grupo A; Profilaxia para endocardite bacteriana antes de procedimentos odontológicos; Anticoagulação para FA (conforme recomendações); Se FA de início recente em paciente sem indicação de intervenção cirúrgica, a cardioversão para controle de ritmo está indicada; Betabloqueadores, BCC cardiosseletivos ou digitálicos → controle de FC em paciente com FA; Redução na ingesta de sódio; Diuréticos (baixas doses); Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Valvotomia mitral: Indicada em pacientes sintomáticos com estenose mitral severa isolada; Valvotomia mitral percutânea com balão: resultados similares ao da valvotomia cirúrgica, porém com menos morbimortalidade perioperatória; o Contraindicações: insuficiência mitral moderada ou severa; trombo em AE; evento embólico recente; Pode resultar em regurgitação mitral residual; Troca valvar mitral: Indicada em pacientes com EM severa em NYHA III: o Insuficiência mitral significativa concomitante; o Válvula deformada por valvuloplastia/manipulação cirúrgica prévia; o Cirurgião julgar que apenas valvotomia não irá ser resolutivo para sintomatologia; Recomendações sobre indicações para valvotomia mitral percutânea (VMP) e cirurgia da válvula mitral em estenose mitral clinicamente significativa (moderada ou grave) (área da válvula <1,5 cm2) Recomendações Classe Nível A VMP é recomendada em pacientes sintomáticos sem características desfavoráveis para VMP I B A PMC é recomendada em qualquer paciente sintomático com contraindicação ou um alto risco de cirurgia; I C A cirurgia da válvula mitral é recomendada em pacientes sintomáticos que não são adequados para PMC na ausência de futilidade. I C Contraindicações para VMP na estenose mitral reumática Área valvar mitral >1,5 cm2 Trombo de AE Regurgitação mitral leve Calcificação grave ou bi-comissural Ausência de fusão comissural Doença valvar aórtica concomitante grave ou estenose tricúspide grave combinada e regurgitação que requer cirurgia Doença arterial coronariana (CAD) concomitante que requer cirurgia de bypass Valva não permanece fechada conforme deveria durante a sístole; Pode ter instalação aguda: principalmente em ruptura de cordoalha tendínea após IAM ou em vigência de endocardite bacteriana; Instalação crônica pode ser primária (afeta os folhetos e as cordoalhas) ou secundária (estrutura relativamente normal, a regurgitação ocorre após remodelamento do VE); Ruptura de cordoalha pós IAM; Endocardite bacteriana; IM transitória durante períodos de isquemia ativa; Reumática; Congênita; Degeneração mixomatosa; Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva; Secundária a remodelamento do AE por FA; Pôs-carga do VE é reduzida na IM; Sangue regurgita para o AE durante a sístole (antes mesmo da abertura da valva aórtica) → VE compensa esvaziando totalmente; Aumento progressivo do volume do VE; Perda progressiva da função contrátil do FE; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 Como parte do sangue retorna ao AE, a FE do VE aumenta na IM → FEVE < 60% = disfunção miocárdica importante; Sobrecarga volumétrica no AE acarreta em dilatação da câmara, podendo levar ao desenvolvimento de FA; IM severa: o Vol. Regurgitante > 60mL por batimento; o Fração regurgitante > 50%; o Orifício valvar regurgitante > 0,4cm2; Área do jato ≥ 40% da área do AE; Fração regurgitante ≥ 50%; Volume regurgitante ≥ 60 mL/batimento; Vena contracta ≥ 0,7 cm; Área efetiva do orifício regurgitante ≥ 0,40 cm2; IM crônica → sintomas apenas quando a regurgitação é severa; Dispneia aos esforços; Ortopneia; DPN; Palpitações - FA; Sinais de ICC (edema de MMII, hepatomegalia, turgência julgar, etc.); IM aguda → comum apresentar edema agudo de pulmão; Pressão Arterial costuma ser normal (reduzida na IM aguda); Frêmito sistólico pode ser palpável em foco mitral; Ictus deslocado para a esquerda; B3 pode estar presente; Fechamento precoce da valva aórtica pode ocorrer Sopro sistólico de regurgitação: o Irradia para região axilar; o Holossistólico; o Encobre B1; o Aumenta com handgrip e reduz com manobra de Valsalva. Eletrocardiograma: o Aumento de AE ou biatrial quando presença de HAP; o Verificar presença de FA; o Sobrecarga de VD quando HAP; o Pode ou não apresentar sinais de hipertrofia ventricular esquerda. RX de tórax: o Aumento de câmaras esquerdas; o Congestão pulmonar, aumento da trama vascular; o Calcificações do anel valvar; o Avaliar edema agudo de pulmão em casos de IM aguda; Ecocardiograma: o Definir o mecanismo da IM; o Função do VE (volumes sistólicos, diastólicos e FE); o Outras disfunções valvares; o Presença de HAP; o Orifício e jato regurgitante; o Presença de trombos; Se paciente apresentar FA → manejo de acordo com recomendações (controle de ritmo x frequência, anticoagulação, etc.); Profilaxia para endocardite infecciosa em pacientes com IM e história prévia de endocardite; Assintomáticos, em ritmo sinusal, com IM severa e FE normal → evitar exercícios isométricos; Manejo de comorbidades (arritmias, hipertensão arterial, cardiopatia isquêmica); Manejo de ICC; Vasodilatadores; Diuréticos. Reparo valvar primário (plastia) apresenta menos complicações e riscos quando comparado com troca valvar mitral: o Prótese biológica: risco de nova disfunção valvar e necessidade de nova cirurgia, endocardite; o Prótese mecânica: risco de eventos trombombólicos, necessidade de usar Varfarina, endocardite, hemorragias; Cirurgia indicada em pacientes com IM severa sintomática (de origem não isquêmica); Cirurgia indicada em pacientes assintomáticos com IM importante e: o FE < 60%; o Diâmetro sistólico final do VE > 40mm; o PSAP > 50mmHg no repouso; o PSAP > 60mmHg no exercício; o FA de instalação recente (< 3 meses): Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM – Turma 109 o Aumento progressivo no diâmetro sistólico final; o Queda progressiva na FE. Reparo valvar transcateter: necessários mais estudos para definir o papel da técnica (MitraClip); INDICAÇÕES PARA TROCA VALVAR MITRAL Reumáticos Sintomático (classe funcional ≥ II) Assintomático, com complicadores Fração de ejeção entre 30 e 60% alou diâmetro sistólioco de ventrículo esquerdo ≥ 40 mm Pressão sistólica da artéria pulmonar ≥ 50 mmHg ou fibrilação atrial Insuficiência mitral reumática, assintomática e sem complicadores Não reumáticos Classe funcional ≥ II com anatomia desfavorável à plástica valvar Assintomático, com anatomia desfavorável à plástica valvar e complicadores: Fração de ejeção entre 30 e 60% e diâmetro sistólico de ventrículo esquerdo ≥ 40 mm Pressão sistólica da artéria pulmonar ≥ 50 mmHg ou fibrilação atrial Assintomático, insuficiência mitral por prolapso, com anatomia valvar e sem complicadores
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