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Acidente de Trabalho é todo o evento inesperado e indesejável que interrompe a rotina normal de trabalho, podendo gerar perdas pessoais, materiais ou pelo menos de tempo. a) Acidentes típicos: São os que provocam lesões imediatas (a capacidade para o trabalho se reduz logo após o acidente), tais como cortes, fraturas, queimaduras etc. b) Doenças profissionais: São doenças, como a silicose e o saturnismo, inerentes a determinado ramo de atividade, paulatinamente contraídas em função da exposição continuada (ou seja, são lesões mediatas) a algum agente agressor presente no local de trabalho. c) Acidente de trajeto: São os acidentes sofridos pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho, como os ocorridos no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquele. Riscos mecânicos são aqueles provocados pelos agentes que demandam o contato físico direto com a vítima para manifestar sua nocividade. Por exemplo, a existência de uma gilete sobre uma mesa de escritório, irregularidades no piso, riscos de incêndio; Riscos físicos são aqueles ocasionados por agentes que têm capacidade de modificar as características físicas do meio ambiente, que, no momento seguinte, causará agressões em quem estiver nele imerso. Por exemplo, a existência de um tear numa tecelagem, ruídos, iluminação, calor, vibrações; Riscos químicos são os provocados por agentes que modificam a composição química do meio ambiente. Por exemplo, a utilização de tintas à base de chumbo, já que a simples inalação dessa substância pode ocasionar doenças como o saturnismo; poeira e fumos ou neblina e névoas. Riscos biológicos são aqueles introduzidos nos processos de trabalho pela utilização de seres vivos (em geral, micro-organismos) como parte integrante do processo produtivo, tais como vírus, bacilos, bactérias etc., potencialmente nocivos ao ser humano. Tal problema pode viabilizar, por exemplo, a presença de animais transmissores de doenças (ratos, mosquitos etc.) ou de animais peçonhentos (como cobras) nos locais de trabalho. Riscos ergonômicos são aqueles introduzidos no processo de trabalho por agentes (máquinas, métodos etc.) inadequados às limitações de seus usuários. Por exemplo, a realização da atividade de levantamento manual de cargas com o método das “costas curvadas” pode vir a provocar problemas lombares; postura viciosa de trabalho; dimensionamento e arranjo inadequados das estações de trabalho, provocando movimentação corpórea excessiva. Riscos sociais são aqueles ocasionados pela forma de organização do trabalho adotada na empresa, que podem provocar comportamentos sociais (dentro e/ou fora do ambiente de trabalho) incompatíveis com a preservação da saúde. Outros exemplos de riscos sociais são: divisão excessiva do trabalho, jornada e intensificação do ritmo de trabalho, O emprego de turnos de trabalho alternados entre equipes; Riscos ambientais Por fim, cumpre destacar que a tipologia anteriormente apresentada visa simplesmente mostrar as diversas formas pelas quais o trabalho pode gerar prejuízos à saúde das pessoas, para assim facilitar o processo de identificação de riscos nas situações reais de trabalho; logo, o “nome” que venha a ser dado a esse risco é de menor importância. A opção pelo grupo prospectivo ou pelo retrospectivo como meio de elaboração do plano de trabalho depende: a) da existência ou não de um sistema de registro de acidentes na empresa: se não existir, ou se ele não for confiável, devem-se preferir os métodos prospectivos; b) do uso de novas tecnologias na empresa: afinal, como existem riscos que demandam tempo para se manifestar, o fato de a empresa usar métodos/técnicas/equipamentos novos deve apontar no sentido de usar métodos prospectivos; c) da gravidade da situação: se na empresa existem riscos sérios e evidentes, o principal é dar logo início à intervenção concreta, e os métodos restrospectivos são os mais indicados. Para possibilitar uma busca mais sistemática de soluções, podemos dizer que essas estão classificadas quanto: a) ao tipo de elemento preventivo: físicas ou organizacionais; b) ao ponto de inserção: na fonte, no meio ou no receptor; c) ao momento de utilização: preventivas ou corretivas. No primeiro item, o que se pretende lembrar é que é possível pensar em soluções que demandem a introdução de novos elementos físicos no processo de trabalho, o que caracteriza as soluções físicas. É o caso, por exemplo, de solucionarmos o problema do ruído, em uma sala de tecelagem, por meio: a) da substituição dos teares por outros modelos mais silenciosos; b) da colocação de painéis acústicos absorvedores, que dificultem a propagação do som; c) do fornecimento de protetores auriculares. No entanto, é possível também se pensar em soluções em que não sejam necessários novos elementos físicos, bastando apenas se modificar a forma de utilização daqueles mesmos recursos; isto é, soluções organizacionais. Para o mesmo problema acima citado poderíamos ter como soluções: a) a mudança do sistema de manutenção, de corretivo para preventivo; b) a modificação do layout da seção; c) redução da jornada de trabalho daquele setor, impondo aos trabalhadores menores períodos de exposição ao ruído. No segundo item, a ideia básica é que os riscos se originam em algum ponto concreto do processo de trabalho (a fonte do risco) e se propagam pelo ambiente (através do seu meio específico) até que atinjam alguma pessoa (o receptor ou vítima da agressão). Tal concepção permite vislumbrar soluções que atuem nos diversos pontos deste processo de criação/propagação/concretização de riscos. As respostas apontadas para o problema do ruído são exemplos típicos de cada uma dessas opções. Deve-se registrar que existem, entre essas alternativas, profundas diferenças. Do ponto de vista técnico, as ações sobre a fonte de risco tendem a ser mais eficientes do que as relacionadas ao meio de propagação e, principalmente, ao receptor. Na perspectiva financeira, entretanto, as ações sobre a fonte de risco tendem a ser mais caras do que os outros dois tipos, em especial os EPIs. Já no terceiro item, a ideia é que nem sempre é possível garantir que as medidas preventivas implantadas terão êxito, tornando necessário pensar também em práticas que evitem a propagação dos danos. Técnicas ligadas a primeiros socorros e a combate a incêndios são exemplos típicos de soluções corretivas. Cabe ao empregador a) Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade. b) Exigir seu uso. e) Substituir imediatamente o EPI quando danificado ou extraviado. Cabe ao empregado a) Usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina. b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI. c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para uso. Cabe ao fabricante nacional e ao importador a) Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. b) Solicitar a emissão do Certificado de Aprovação (CA). e) Responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao CA. Cabe ao Ministério do Trabalho e do Emprego a) Cadastrar o fabricante ou o importador do EPI. b) Receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA do EPI. c) Estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios do EPI. d) Emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou importador. A ação técnica compreende o conhecimento técnico necessário à determinação do tipo adequado de EPI correspondente ao risco no trabalho que se pretendeneutralizar; a educacional tem a função de ensinar ao empregado o correto uso do equipamento. A educacional tem a função de ensinar corretamente ao empregado como se usa o equipamento. E a psicológica contribui para a compreensão do trabalhador sobre a real necessidade de usar EPI. Os Equipamentos de Proteção Individual são empregados nas seguintes situações: a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção ao trabalhador contra as consequências dos riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais e de trabalho; b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; c) para atender a situações de emergência. Uma disfunção não é apenas fruto de falhas ou quebras; isto é, não é consequência somente da não obtenção plena do resultado principal do produto: pode advir também de um resultado secundário, que não tenha função construtiva no processo de produção. Quando, por exemplo, uma guilhotina, sem a devida afiação da lâmina, corta de forma irregular algum material, é evidente que aconteceu uma disfunção. Mas, mesmo que ela corte de maneira correta, a emissão de ruídos, a geração de calor, a vibração e outros resultados secundários constituem também disfunções. Tal disfunção indica a perda de confiabilidade do sistema, pois degradará o contexto de trabalho. Ajustes terão de ser feitos (retrabalhos, compensações, desgastes etc.), fora de uma situação planejada de trabalho. Essa situação de per si já representa uma condição insegura de trabalho e, mais ainda, poderá induzir o cometimento de atos inseguros. O AT, assim, é apenas uma etapa a mais desse processo de perturbação do sistema, que poderá resultar num dano fisiológico, mas que certamente já provocou algum tipo de perda. A doença profissional é aquela adquirida em consequência ao exercício do trabalho. Por exemplo, uma pessoa que trabalha com digitação e desenvolve problemas e dores no antebraço devido ao movimento repetitivo exigido pela ocupação se enquadra na doença profissional. Isso porque não há uma forma alternativa de realizar a função de digitador ou usar um equipamento de proteção. A doença acontece devido ao tipo de trabalho desenvolvido; Já a doença do trabalho é decorrente das condições especiais em que o trabalho é realizado, apesar de não ser uma regra. Um bom exemplo é de quem que trabalha em local de muito ruído, como um orientador de aeronaves. Esse profissional deve usar protetores auriculares, para evitar perda da audição. Mas se agir de forma negligente e não utilizar o protetor, pode ter sérios problemas de saúde, comprometer ou mesmo perder a audição. Se isso acontecer, estará enquadrado em doença do trabalho.
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