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Biomecânica Ombro

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Ombro 
 
 
Resumo 
A articulação do ombro é a maior e mais complexa do corpo humano, possui características como cavidade glenóide 
rasa e pouca coaptação com a cabeça do úmero que a torna possível alcançar amplitudes que nenhuma outra articulação 
é capaz de alcançar, uma amplitude de movimento de 180º na flexão e abdução e essa grande amplitude gera uma alta 
instabilidade na articulação do ombro tornando propenso a subluxação e luxação, a eatabilidade é garantida pelo 
manguito rotador e ligamentos glenoumerais e coracoumerais, com a liberdade de movimento sendo auxiliada pelos 
músculos do cíngulo do membro superior. Palavras – Chave: Biomecânica, Ombro e Fisioterapia 
Biomecânica do ombro 
O ombro é uma articulação tipo esferóide, possuindo movimentos nos três planos: sagital, frontal e transverso. Fazem 
parte dessa articulação os ossos: úmero, escápula e clavícula, quatro articulações a esternoclavicular, acromioclavicular 
e glenoumeral e a escapulotorácica, os ligamentos que dão estabilidade e os dezesseis músculos envolvidos com o 
complexo do ombro. 
O complexo do ombro possui quatro grupos de movimento, no plano sagital: flexão, extensão e hiperextensão; no plano 
frontal: abdução e adução; e no plano transverso: rotação medial e rotação lateral; abdução horizontal e adução 
horizontal e circundação (LIPPERT, 2003; HAMILL & KNETZEN, 2008). 
Articulação esternoclavicular 
A articulação esternoclavicular é a que conecta o membro superior ao esqueleto axial, especificamente a extremidade 
esternal com o manúbrio do esterno. É uma articulação tipo selar com três graus de liberdade, existe um disco entre as 
duas superfícies ósseas e a cápsula é mais espessa anteriormente que posteriormente. 
O disco separa o esterno da clavícula e aumenta a estabilidade, os ligamentos dessa articulação são: o esternoclavicular 
anterior e esternoclavicular posterior que suportam a articulação anteriormente, o costoclavicular e o interclavicular, 
que limitam a elevação e o abaixamento excessivo respectivamente. Essa articulação possui os movimentos de 
elevação, depressão, protração, retração e 
rotação 
A elevação da articulação esternoclavicular é de aproximadamente 55º, a maior parte do movimento ocorrendo nos 
primeiros 90º de elevação do braço, a depressão é de aproximadamente 5º. 
Esta articulação localiza – se no sentido medial da clavícula com a parte convexa na direção superior para inferior e 
côncava na direção anterior para posterior. A artrocinemática diz que a parte côncava movimenta -se no sentido do 
movimento e a parte convexa no sentido oposto ao movimento, conforme quadro abaixo: 
Movimento fifiológico da clavícula Direção do deslizamento da clavícula 
Elevação Inferior 
Depressão Superior 
Protração Anterior 
Retração Posterior 
Rotação Espiral 
Os movimentos da clavícula são em decorrência dos movimentos escapulares de: elevação, depressão, protração e 
retração, respectivamente. A rotação da clavícula ocorre quando o úmero é elevado e a escápula roda para cima, 
isoladamente não se obtém esse movimento voluntariamente. 
A partir da posição em repouso a protração da articulação esternoclavicular é de aproximadamente 30º e a retração 
também de 30º. A rotação é de aproximadamente 45º ocorrendo após o ombro ser abduzido ou fletido a 90º e é também 
indispensável para rotação da escápula para cima (SMITH et al., 1997 & SOUZA 2001; MAGEE, 2005). 
Articulação acromioclavicular 
A articulação acromioclavicular é uma articulação artrodial, envolvendo a extremidade acromial da clavícula e o 
acrômio, esta articulação possui três liberdades de movimento, e é nessa articulação que concentra a maioria dos 
movimentos da escápula.A estabilidade é conferida pelos ligamentos acromioclavicular, coracoclavicular com a sua 
divisão em: trapezóide e conóide A articulação acromioclavicular realiza um movimento de rotação, desencadeada pela 
tensão do ligamento coracoclavicular à medida que a escápula roda lateralmente na abdução do braço, realiza uma 
rotação para cima e para baixo de aproximadamente 
60º, realiza também os movimentos de protração e retração com aproximadamente 30 a 50º e movimentos para cima e 
para baixo ou elevação e depressão de aproximadamente 30º (HAMILL & KNUTZEN, 2008). 
 
Articulação escapulotorácica 
 
A escápula faz contato com o tórax por meio da articulação escapulotorácica, a escápula está aderida a dois músculos, o 
serrátil anterior e o subescapular. A escápula se movimenta sobre o tórax como conseqüência de ações nas articulações 
acromioclavicular e esternoclavicular.Isso resulta numa amplitude de movimento para a articulação escapulotorácica de 
aproximadamente 60º para 180º de abdução ou flexão (HAMILL & KNUTZEN, 2008). 
 
Articulação glenoumeral 
 
A articulação glenoumeral é formada pela cabeça do úmero e a cavidade glenóide, é uma articulação sinovial tipo 
esferóide (bola e soqueta), possui quatro liberdade de movimento e pouca estabilidade óssea, sua estabilização é 
dependente de ações musculares. A diferença entre o tamanho da cabeça do úmero e da cavidade glenóide torna o 
contato das superfícies articulares assimétrico, somente uma parte da cabeça do úmero encontra em contato com a 
cavidade glenóide. 
O lábio glenoidal é um anel formado por fibrocartilagem que circunda a cavidade glenóide com a função de aprofundar 
dando maior espaço articular e estabilização 
A cápsula está presente na margem da cavidade glenóide e colo anatômico do úmero, é constituída externamente por 
membrana fibrosa e internamente por membrana sinovial. Com o braço em posição neutra ao lado do corpo, a parte 
superior da cápsula fica esticada e a parte inferior fica relaxada na abdução acontece o oposto a cápsula fixa a 
articulação glenoumeral reforçada por ligamentos. 
O ligamento coracoumeral reforça a parte superior da cápsula articular. Os ligamentos glenoumerais reforçam a 
cápsula anteriormente e pelo músculo subescapular, este sendo o principal estabilizador dinâmico da articulação 
glenoumeral. 
Lateralmente a cabeça do úmero é rodeada por duas camadas musculares uma profunda e a outra superficial. A camada 
profunda é constituída pelo manguito rotador (supra-espinhoso, infra-espinhoso, redondo menor e subescapular), além 
do tendão da porção longa do bíceps braquial, que envolvem a cápsula. 
Na articulação glenoumeral a parte côncava é representada pela cavidade glenóide, enquanto a convexa é pela cabeça 
do úmero, somente uma pequena parte desta fica em contato com a cavidade glenóide, favorecendo grandes amplitudes 
de movimento e instabilidade. 
A artrocinemática explica que a parte côncava movimenta – se no sentido do movimento realizado pelo úmero, e a 
convexa 
movimenta – se no sentido opsto ao do úmero, conforme o quadro: 
 
Movimentos fisiológicos do úmero Direção do deslizamento da cabeça do úmero 
Flexâo Posterior 
Extensão Anterior 
Abdução Inferior 
Adução Superior 
Rotação interna Posterior 
Rotação externa Anterior 
Abdução horizontal Anterior 
Movimentos fisiológicos do úmero Direção do deslizamento da cabeça do 
úmero 
Adução horizontal Posterior 
A camada superficial é formada pelo trapézio, deltóide, redondo maior, latíssimo do dorso, serrátil anterior e peitoral 
maior, que estão em volta da cabeça do úmero, mas um pouco distante (HAMILL & KNUTZEN, 2008; LIPPERT, 
2003). 
Movimento da Articulação Glenoumeral 
Quando observamos o movimento da articulação glenoumeral temos que levar em conta a diferença entre o tamanho da 
cabeça do úmero e da cavidade glenóide, outro ponto a ser observado é a ação do músculo deltóide que ao início da 
elevação do braço possui uma tração vertical puxando a cabeça do úmero para cima colidindo como arco 
coracoacromial e entrando em contato com o acrômio. Com tudo isso grandes amplitudes de movimento seriam 
impossíveis, o que torna possível alcançar as grandes amplitudes de movimento é a ação do manguito rotador e os 
movimentos da artrocinemática (LIPPERT, 2003; RASCH, 1991; HALL, 2000). 
Artrocinemática do Ombro 
As superfícies das articulações móveis são do tipo ovóide (com a forma de um ovo), articulação desse tipo tem uma 
relação convexo-cônvava, em articulações como a glenoumeral e o quadril podem ser classificadas como esferóides. 
Se a parte convexa da articulação move-se sobre a côncava o movimento é do lado oposto ao segmento ósseo, se a parte 
côncava da articulação move-se sobre a convexa o movimento é da mesma direção ao segmento ósseo. 
No início da abdução ou flexão o músculo deltóide tem sua força dirigida verticalmente, com isso produz um 
cisalhamento sobre a cavidade glenóide fazendo a cabeça umeral colidir com o arco coracoacromial, só que isso não 
acontece porque é impedido pelas linhas de ação horizontais e para baixo do manguito rotador. 
Quando uma articulação se movimenta três movimentos podem ocorrer entre as duas superfícies são: deslizamento, 
rolamento e rotação. Grande parte dos movimentos articulares possui alguma combinação desses três movimentos 
citados 
A combinação de deslizamento, rolamento e rotação fazem com que seja alcançada grande amplitude de movimento. Se 
apenas um desses movimentos fosse realizado a amplitude de movimento seria pequena ou então as superfícies 
articulares teriam que ser bem maiores para acomodar igual amplitude de movimento (SMITH et al, 1997; HALL, 
2000; LIPPERT, 2003). 
As grandes amplitudes de movimento na abdução ou flexão do ombro e a cabeça do úmero em contato com a cavidade 
glenóide só são possíveis por causa dos movimentos artrocinemáticos de: deslizamento, rolamento e rotação, ao fazer a 
abdução a cabeça do úmero faz um rolamento, se existisse só esse movimento ocorreria uma luxação, deslizamento 
para baixo mantendo o contato com a cavidade glenóide, e a rotação lateral necessária para livrar o acrômio do 
tubérculo maior. 
Dentro da artrocinemática temos os movimentos acessórios que não podem ser efetuados voluntariamente, e são 
fundamentais para a função articular sem dor. A rotação lateral do tubérculo maior para não colidir com o acrômio e 
sim deslizar embaixo dele e 
ir para trás, com isso o movimento acontece sem risco de lesão e dor (SMITH et al, 1997). 
Nos primeiros 30º de abdução ou nos primeiros 45 a 60º de flexão, a escápula se movimenta no sentido à coluna 
vertebral ou ainda afastando dela buscando estabilização. Depois de alcançado a estabilização a escápula se movimenta 
em movimentos de rotação para cima, protração ou abdução e elevação (HAMILL & KNUTZEN, 2008). 
Até os 30º de abdução e os 60º de flexão o movimento acontece principalmente na articulação glenoumeral, após esses 
graus é solicitado um movimento de rotação para cima da articulação escapulotorácica de 60º, sendo que desse 60º 
aproximadamente 40º vem da articulação esternoclavicular e 20º vem da articulação acromioclavicular, para a 
amplitude de movimento de 180º de abdução ou flexão, com uma relação de movimento glenoumeral e escapular de 
2:1, assim dos 180º de amplitude máxima 120º é movimento glenoumeral e 60º movimento escapular (HAMILL & 
KNUTZEN, 2008; SOUZA, 2000; HALL, 2000; LIPPERT, 2003). 
Ritmo escapuloumeral 
Para LIPPERT, 2003 & HALL, 2000 durante os primeiros 30º de abdução ou flexão do ombro não há movimento 
escapular, todo movimento está na articulação glenoumeral, quando esse ângulo de elevação ultrapassa os 30º entra em 
ação o ritmo escapuloumeral que é definido como rotação da escápula para cima em 1º para cada 2º de abdução ou 
flexão, numa relação de 2:1. 
Para alcançar as grandes amplitudes de movimento além do ritmo escapuloumeral é necessário os movimentos que 
ocorre nas outras articulações como elevação da clavícula em cerca de 45 a 50º de movimento na articulação 
esternoclavicular para realização completa de 90º de abdução ou flexão, e a rotação na articulação acromioclavicular 
que ocorre nos primeiros 30º de 
elevação. 
 
Manguito Rotador 
 
É um grupo muscular formado por quatro músculos, o M. Supra-espinhoso, o M. Infra-espinhoso, M. Redondo menor e 
M. Sudescapular, tem como função principal manter a cabeça do úmero na cavidade glenóide quando o úmero se 
movimenta garantindo a estabilização da articulação do ombro (TORTORA & GRABOWSKI, 2002; HALL, 2000). 
O M. Supra-espinhoso impede os deslocamentos superiores e pressiona a cabeça do úmero para dentro, o M.Infra-
espinhoso e o M. Redondo menor impedem os deslocamentos anteriores e pressiona a cabeça do úmero para dentro e 
para baixo, e o M. Subescapular impede os deslocamentos posterior da cabeça do úmero além de pressiona-la para 
dentro e para baixo (CALAISGERMAIN, 2002). 
Antes pensava-se que ao carregar um peso na mão a contração dos músculos deltóide, bíceps braquial e tríceps braquial 
eram os que estabilizavam o ombro por causa de suas ações verticais, mantiam a cabeça do úmero na cavidade 
glenóide, mais tarde estudos mostraram que esses músculos não esboçavam nenhuma contração ao carregar um peso, 
A estabilização do ombro ao carregar peso com a mão é realizada com os músculos horizontais do manguito rotador, 
principalmente o supra-espinhoso, infra-espinhoso e o redondo menor. 
Para a atuação do membro superior com força e destreza é necessário que a escápula possua uma boa estabilização 
contra o tronco, essa estabilização é feita basicamente pelos músculos: trapézio, rombóides, elevador de escápula e 
serrátil anterior, estes 
todo tempo estão contrapondo à ação da gravidade (MORELLI & VULCANO, 1993). 
 
Movimentos do complexo do ombro e da escápula 
 
O ombro é uma articulação com quatro liberdades de movimento que são realizadas nos planos sagital, frontal e 
transverso, para isso é necessário um sinergismo entre os músculos do cíngulo do membro superior e o complexo do 
ombro, além dos movimentos escapulotorácico de: elevação, depressão, protração, retração, rotação para cima e 
rotação para baixo. 
Através desse sinergismo conseguimos reslizar todos os movimentos do ombro com seus ângulos máximos que são: 
No plano sagital o movimento de flexão é de 0 a 180º, a extensão é o retorno à posição anatômica e a hiperextensão é 
de 0 a 45º. No plano frontal tem os movimentos de abdução e adução, com a abdução atingindo 180º e a adução o 
retorno a posição anatômica (LIPPERT,2003). 
No plano transverso tem os movimentos de rotação medial e rotação lateral. A partir da posição neutra é possível 
realizar 90º em cada direção. Ainda no plano transverso os movimentos de abdução horizontal e adução horizontal, 
estes movimentos iniciam com 90º de abdução do ombro. A abdução horizontal é de aproximadamente 30º, e a adução 
horizontal é de 120º, e circundação que exprime todos movimentos realizados pelo ombro. 
São dezesseis músculos envolvidos com todos os movimentos do ombro, e podemos dividir em cinco músculos do 
cíngulo do membro superior e onze com o ombro. Os cinco músculos do cíngulo do membro superior são: trapézio, 
serrátil anterior, rombóides, levandador da escápula e peitoral menor. E os onze músculos do ombro que são: deltóide, 
peitoral maior, redondo maior, latíssimo do dorso, coracobraquial, manguito rotador: o supra-espinhoso, infra-
espinhoso, redondo menor e subescapular, 
bíceps braquial e tríceps braquial (TORTORA & GRABOWSKI, 2002). 
 
Movimentos realizados pela escápula 
 
Elevação – a elevação é realizada pelos músculos trapézio parte ascendente, levantador da escápula e rombóides, com a 
articulação acromioclavicular movendo-sesuperiormente em aproximadamente 60º. 
 
Depressão – a depressão é realizada pelos músculos trapézio parte descendente e peitoral menor, a partir de uma 
posição de repouso é possível alcançar de 5 a 10º de depressão, esse movimento é importante na estabilização da 
escápula e elevação do 
corpo ao usar muletas, esse movimento eleva o tronco em até 15 cm. 
 
Protração – a protração é realizada pelo músculo serrátil anterior, com as margens mediais movendo para longe da 
linha média 
em até 15 cm, esse movimento também é chamado de abdução da escápula. 
 
Retração – a retração é realizada pelos músculos trapézio parte transversa e rombóides, as margens mediais da 
escápula 
aproximam da linha média, esse movimento também é chamado de adução da escápula. 
 
Rotação para cima – a rotação para cima é realizada pelos músculos trapézio parte ascendente e descendente e serrátil 
anterior (fibras inferiores), através de forças conjugadas ou conjugação de forças que é definida pela contração dos 
músculos em direções opostas para a realização do mesmo movimento, o trapézio contrai nas direções superior e 
inferior e medial com o serrátil anterior, 
alcançando 60º com a abdução ou flexão completa do ombro. 
 
Rotação para baixo – a rotação para baixo é realizada pelos músculos levantador da escápula, rombóides e peitoral 
menor, constituindo outro exemplo de forças conjugadas, o levantador contrai na direção superior, o peitoral menor na 
direção inferior e o 
rombóides na direção medial (LIPPERT, 2003; HALL,2000; SMITH, et al 1997; HAMILL & KNUTZEN, 2008). 
 
Movimentos realizados pelo ombro 
 
Flexão – a flexão ocorre no plano sagital, esse movimento é realizado pelos músculos deltóide (parte clavicular), 
coracobraquial, bíceps braquial (cabeça longa), e peitoral maior ( parte clavicular), este tendo ação como flexor até 60º, 
depois desse grau o músculo perde sua linha de ação vertical que o garante realizar a flexão. 
A flexão do ombro alcança uma amplitude de movimento (ADM), de 180º para isso além desses músculos conta com o 
ritmo escapuloumeral,que entra em ação a partir dos 30º, que é a rotação para cima da escápula em 1º para cada 2º de 
flexão, através 
dos músculos escapulotorácicos trapézio (fibras superiores e inferiores) e serrátil anterior (fibras inferiores). 
 
Extensão – a extensão ocorre no plano sagital, esse movimento é realizado pelos músculos deltóide (parte espinhal), 
latíssimo do dorso, redondo maior, tríceps braquial (cabeça longa), peitoral maior (parte esternal), este tendo ação 
quando o braço estiver a 90º, a extensão é descrita como o retorno à posição anatômica, correspondendo a 0º. 
Hiperextensão – a hiperextensão ocorre no plano sagital, esse movimento é realizado pelos músculos latíssimo do dorso 
e 
deltóide (parte espinhal), a partir da posição anatômica é possível alcançar 45º.. 
 
Abdução – a abdução ocorre no plano frontal, esse movimento é realizado pelos músculos supra-espinhoso e deltóide, 
sendo que nos primeiros 90º o supra-espinhoso tem um maior torque, a partir de 90º o deltóide se torna mais ativo, com 
o supra-espinhoso desempenhando um papel de estabilizador da cabeça do úmero 
Para alcançar a ADM de 180º é necessário além desses músculos o ritmo escapuloumeral, este entrando em ação a 
partir dos 30º, realizando uma rotação da escápula para cima em 1º para cada 2º de abdução este movimento é realizada 
pelos músculos trapézio (fibras superiores e inferiores) e serrátil anterior (fibras inferiores), e o infra-espinhoso o 
subescapular e o redondo menor 
neutralizam o deslocamento superior produzido pelas fibras médias do deltóide (HAMILL & KNUTZEN, 2008). 
 
Adução – a adução ocorre no plano frontal, esse movimento é realizado pelos músculos peitoral maior, latíssimo do 
dorso e redondo maior, a adução é classificada como o retorno à posição anatômica ou neutra, pode cintinuar além da 
posição neutra em até 75º de hiperadução, auxiliado pela rotação para baixo da escápula através dos músculos 
levantador da escápula, rombóides e 
peitoral menor. 
 
Rotação medial – a rotação medial ocorre no plano transverso, esse movimento é realizado pelos músculos 
subescapular, peitoral 
maior, deltóide (fibras clavicular), latíssimo do dorso e redondo maior, a partir da posição neutra é possível alcançar 45º 
de ADM.. 
 
Rotação lateral – a rotação lateral ocorre no plano transverso, esse movimento é realizado pelos músculos infra-
espinhoso, 
redondo menor e deltóide (parte espinhal), a partir da posição neutra é possível alcançar 45º de ADM . 
 
Abdução horizontal – a abdução horizontal ocorre no plano transverso, esse movimento é realizado pelos músculos 
deltóide (parte espinhal), infra-espinhoso e redondo menor esse movimento acontece com o ombro a 90º de abdução e é 
possível alcançar 
aproximadamente 30º de ADM. 
 
Adução horizontal – a adução horizontal ocorre no plano transverso, esse movimento é realizado pelos músculos 
peitoral maior e deltóide (parte clavicular), esse movimento acontece com o ombro a 90º de abdução e é possível 
alcançar aproximadamente 120º 
de ADM.. 
 
Circundação – a circundação é descrita coma a junção de todos os movimentos realizados pelo ombro

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