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FITOTERAPIA X PLANTAS MEDICINAIS Dezembro de 2017 Anna Erika Pinheiro FACULDADE DE TECNOLOGIA DO PIUÍ O consumo de fitoterápicos e de plantas medicinais tem sido estimulado com base no mito “se é natural não faz mal”. Porém, ao contrário da crença popular, eles podem causar diversas reações como intoxicações, enjoos, irritações, edemas (inchaços) e até a morte, como qualquer outro medicamento. Você sabe a diferença entre fitoterápico e planta medicinal? As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la, e como prepará-la. Normalmente são utilizadas na forma de chás e infusões. Quando a planta medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. O processo de industrialização evita contaminações por micro-organismos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso. Os fitoterápicos industrializados devem ser regularizados na Anvisa antes de serem comercializados. Fitoterápicos também podem ser manipulados em farmácias de manipulação autorizadas pela vigilância sanitária e, neste caso, não precisam de registro sanitário, mas devem ser prescritos por profissionais habilitados. 1 História da Fitoterapia Animais silvestres (plantas tóxicas x espécies alimentares); Antigas Civilizações (alimento ou remédio); 3000 a.C, na China descreveu as propriedades do Ginseng e de Cânfora); A história da fitoterapia confunde-se com a própria história do homem, inicialmente o consumo de plantas por animais era utilizado como fator para classificar a planta como tóxica ou espécie alimentar ( Este empirismo impede que acidentes com plantas tóxicas aconteça) Na evolução das civilizações as plantas começaram a ser descritas e incluídas nas culturas tanto como alimento como remédio Documentos históricos mostram o uso de plantas medicinais em várias culturas e civilizações, como podemos citar na civilização mesopotâmica onde-se data a criação da agricultura e pecuária, onde as mulheres eram quem tinham a função de cultivar plantas para a alimentação e para tratar alguns males Muitas civilizações antigas antigas como a chinesa e indiana tem cultura de utilização de plantas para fins medicinais a milênios Documentos mais recentes mostram que cada vez mais as culturas mais desenvolvidas contribuíram para sistematizar o conhecimento sobre as propriedades Medicinais das plantas ( Egito, mirra , canela usadas como perfumes e/ou até antissépticos) 2 História da Fitoterapia Em um papiro 1500 a.C., mencionou-se aproximadamente 700 drogas diferentes Bíblia: Hissopo (Família do orégano), Alcaparra, açafrão; hortelã, coentro, mostarda, alho, mirra, cebola e alho. (CUNHA, 2015) História da Fitoterapia Hipócrates (460-377 a.C.), “Pai da Medicina”, reuniu em sua obra Corpus Hipocratium, indicações do medicamento vegetal, e o tratamento adequado para cada doença; No início da Era Cristã, em sua obra “De Materia Médica”, catalogou e ilustrou aproximadamente 1000 drogas e 600 plantas utilizadas na medicina, em que descreveu a aplicação terapêutica; Muitos nomes são utilizados até hoje na Botânica e na medicina; Pendamius Dioscorides (Dioscórides) História da Fitoterapia (ALVES, 2013) Grego , lembrar de dar a atenção que cada vez mais o senso comum está sendo sistematizado... Catalogado de forma a “eternizar o conhecimento” sobre as plantas medicinais de forma a ele não ser distorcido com o passar dos anos 5 160 e 180 d.C. inicia a Farmácia Galênica Utilizou somente vegetais. Galeno o "Pai da Farmácia". Sua grande contribuição foi a transformação da patologia humoral numa teoria racional e sistemática, em relação à qual se tornava necessário classificar os medicamentos. Galeno (ALVES, 2013; CUNHA, 2015) História da Fitoterapia 1560 a 1580: detalhamento das plantas comestíveis e medicinais do Brasil em suas cartas ao Superior Geral da Companhia de Jesus. “Erva boa“: a hortelã-pimenta. Práticas indígenas. José de Anchieta (Informativo Herbarium, no 29, 2004) História da Fitoterapia Anchieta contribuiu para a sistematização do conhecimento empírico dos índios , catalogando as propriedades medicinais relatadas por pajés indígenas que tinham conhecimentos repassado por seus antepassados 7 PLANTAS MEDICINAIS O homem utliza as plantas para o tratamento de diversos males; Utlizadas inicialmente in-natura, passaram a ser utilizadas como infusos, decoctos, extratos; avanço da química de síntese de medicamentos causou declinio no uso das plantas medicinais. As plantas medicinais respondem, hoje, por 26% do total das prescrições m As farmacopéias nacionais (adoção obrigatória), descrevem a qualidade da matéria –prima utilizada na fabricação de medicamentos e os métodos utilizados na sua análise. É dicas em países industrializados; Fitoterapia “Se é natural não faz mal” Diferentes reações Planta medicinal Industrializado Fitoterápico Anvisa/ magistral Embalagem 10 Por que o retorno da Fitoterapia? Efeitos colaterais; O alto custo do tratamento com medicamentos sintéticos; Boa aceitação pela população. 11 Conceitos Droga vegetal: é a planta medicinal ou suas partes, após processo de coleta, estabilização e secagem. Pode ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Fitoterápico: medicamento preparado a partir de plantas medicinais, ou de seus derivados, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa e paliativa. 12 Conceitos Fitoterapia: a fitoterapia é uma “terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de subtâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal”. A palavra Fitoterapia vem do idioma grego e quer dizer phyton “vegetal” terapia “tratamento”. 13 Conceitos Medicamento: Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa, ou para fins de diagnósticos. Planta Medicinal: Segundo Organização Mundial de Saúde, “é toda aquela que administrada ao homem ou ao animal por qualquer via ou forma, exerça alguma espécie de ação farmacológica”. 14 Remédio Conceitos Princípio ativo: Substância responsável pelo efeito terapêutico presente na planta medicinal. Remédios caseiros: Preparações caseiras com plantas medicinais, de uso extemporâneo, que não exigem técnicas especializadas para manipulação e administração. 16 Conceitos Farmacógeno: É a parte do vegetal que contém o princípio ativo, antes de ser manipulado e transformado em um medicamento Marcadores: Componentes ou classes de compostos químicos (ex: alcaloides, flavonoides, ácidos graxos, etc.) presentes na matéria-prima vegetal Pode ser o próprio princípio ativo, e preferencialmente que tenha correlação com o efeito terapêutico É utilizado como referência no controle de qualidade da matéria-prima vegetal e dos medicamentos fitoterápicos 17 Conceitos Adjuvante: Substância de origem natural ou sintética adicionada ao medicamento com a finalidade de prevenir alterações, corrigir e/ou melhorar as características organolépticas, biofarmacotécnicas e tecnológicas do medicamento 18 Conceitos Extrato: É um preparado a partir da droga vegetal obtido com etanol, misturas hidroalcoólicas em várias concentrações, éter ou misturas destes 19 Conceitos Preparações extemporâneas: É uma preparação medicamentosa cuja utilização (prescrição, dispensa e/ou administração) envolve algum elemento de receita ou fórmula. Essa receita ou formulação deve estar presente em pelo menos um passo na prescrição, dispensa e/ou administração, mas não tem de estar presente em todas as etapas. Atenção! Para melhor contribuir com a equipe de saúde procure conhecer o Formulário Fitoterápico da Farmacopéia Brasileira (www.anvisa.gov.br) onde estão descritas as Preparações Extemporâneas com plantas medicinais regionais. 20 Infusão e Decocção Características organolépticas Nomenclatura popular Boldo Babosa Espirradeira Capim-santo Nomenclatura botânica Nomenclatura botânica oficial completa - gênero, espécie, variedade, autor do binômio, família Nomenclatura botânica oficial - gênero, espécie e autor Nomenclatura botânica - gênero e espécie Considerações gerais: Portaria 06 de 1995 – Secretária Nacional de Vigilância Sanitária – Exigia de todos os produtos registrados e não registrados a comprovação clínica da eficácia e da segurança de uso. RDC n° 17 de 24 de fevereiro de 2000, os quais deverão apresentar comprovação de eficácia, segurança e qualidade. Antes de falar, “ Bem, a regulamentação da fitoterapia no brasil passou por grandes modificações, onde irei fazer um breve apanhado pra vocês” 25 Considerações gerais: RDC n° 48, de 16 de março de 2004 – Regulamento de registro de fitoterápicos; Resolução RDC nº 14, de 31 de março de 2010. Requisitos mínimos para o registro de medicamentos fitoterápicos. Resolução RE n°88/04 – Lista de referências bibliográficas para avaliação de segurança e eficácia de fitoterápicos; 26 Considerações gerais: Resolução RE n°89/04 – Lista de registro simplificado de fitoterápicos; Resolução RE n° 90/04 – Guia para realização de estudos de toxicologia pré-clínica de fitoterápicos; RDC n° 91/04 – Guia para realização de alterações, inclusões, notificações e cancelamentos pós-registro de fitoterápicos. Mostrar.... Que a fitoterapia brasileira é regulamentada pelo formuláro nacional elaborado pela equipe da farmacopeia brasileira 28 Lembrar de sugerir que eles consultem pois os fitoterápicos são organizados por atividade farmacológica 29 Citar .... Exemplo .. Antiemético Zingiber. ( gengibre) e matricária recutita ( camomila) 30 Fitoterapia ≠ Homeopatia Utiliza plantas medicinais, material de origem vegetal e animal. Doses mínimas Método racional e alopático. (FINTELMANN et al., 2014) A Alopatia, do grego "cura pelo contrário" nada mais é do que a Medicina Comum ou Tradicional, ou seja, a que consiste em utilizar-se de medicamentos que produzem no nosso organismo reações contrárias ao sintoma apresentado para minimizar ou exterminá-los. As experimentações na alopatia geralmente são em pessoas ou animais doentes. Os medicamentos alopáticos portanto são aquele produzidos em larga escala ou em farmácias de manipulação de acordo com uma prescrição médica. Eles são os principais produtos que são vendidos em farmácias e drogarias, e seus principais defeitos são os seus possíveis efeitos colaterais e a sua carga tóxica. Já a Homeopatia visa o indivíduo como um todo analisando além do seu corpo, a sua mente. Ao contrário da Alopatia, a Homeopatia cura pelo seu semelhante, e trata da pessoa doente e não da sua enfermidade que a incomoda no momento. Os medicamentos utilizados na Homeopatia não são agressivos, e estimulam o organismo a reagir para forçar seus mecanismos de defesa naturais. Os medicamentos homeopáticos podem ser utilizados em qualquer idade, desde que acompanhados pelo médico homeopata. 31 Fitoterapia Plantas medicinais; Utilização: integral ou fitocomplexo; Composição: várias substâncias; Fitomedicamentos: são substâncias quimicamente definidas isoladas das plantas; (FINTELMANN et al., 2014) 33 Fitomedicamentos São medicamentos de origem vegetal elaborados com extrato padronizados. (Yunes & Calixto, 2001) 20 substâncias ativas que respondem juntas pelo efeito terapêutico, sem a totalidade simultânea das quais, o mesmo efeito não se alcança na plenitude para a obtenção de uma atividade farmacológica. (FINTELMANN et al., 2014) Definimos como fitomedicamentos os medicamentos de origem vegetal elaborados com extratos padronizados. O fitomedicamento é elaborado por um complexo processo químico que visa concentrar os princípios ativos da planta em um extrato. A padronização química (ou estandardização) garante o teor de princípios ativ 20 substâncias ativas que respondem juntas pelo efeito terapêutico, sem a totalidade simultânea das quais, o mesmo efeito não se alcança na plenitude.os para obtenção de uma atividade farmacológica. (FINTELMANN et al., 2014) 34 É possível descobrir todas as substâncias contidas em uma planta? Existem técnicas que identificam componentes ativos das plantas? Fatores ambientais e genéticos podem influenciar a composição de uma planta? Quais disciplina identifica uma planta e sua composição química? Fitoterapia x Plantas Medicinais FITOTERAPIA FITOQUÍMICA FITOFARMÁCIA FITOFARMACOLOGIA Constituintes das plantas; Avalia “as partes” e não “o todo”; Droga vegetal; Métodos de preparo; FITOTERAPIA Farmacocinética; Farmacodinâmica; Plantas medicinais; Farmacêutico Magistral; (FINTELMANN et al., 2014) A fitoterapia é uma ciência que embloba várias ciências, cada uma com uma finalidade... 36 As plantas medicinais respondem, hoje, por 24% do total das prescrições médicas em países industrializados; Nos países em desenvolvimento, a participação de plantas medicinais no arsenal terapêutico alcança 80%. Uso de Fitoterápicos Formas Farmacêuticas Líquidas Tinturas: soluções alcoólicas ou hidroalcoólicas preparadas a partir de vegetais. Exs: Tinturas de Valeriana, Maracujá. Xaropes: preparações viscosas para uso interno, que contêm entre 60-65% de açúcar (sacarose). Exs: Xaropes de menta. Óleos medicinais: óleos fixos ou ceras líquidas que contém soluções ou extratos de drogas vegetais. Exs: Óleos de Lavanda. Formas Farmacêuticas Líquidas Alcoolaturas: solução de uma substância volátil em álcool ou em água e álcool. Ex: Alcoolatos medicinal de menta, melissa,... Sucos de plantas: produzidos por maceração a partir de plantas medicinais que não contêm químicos muito ativos. São remédios de venda livre contribuindo principalmente para automedicação. Exs: Folhas de bétula, agrião, alho, dente-de- leão, melissa, ... Formas Farmacêuticas Sólidas Grânulos: são agregados de material em pó mantidos juntos por ligantes. Usados no tratamento de problemas gastrointestinais. Comprimidos não revestidos: feitos pela compressão de material em pó ou granulado, contendo adjuvantes técnicos. Comprimidos revestidos: granulados comprimidos revestidos com uma camada de açúcar, corantes, gordura e cera ou com agentes formadores de filmes. Formas Farmacêuticas Sólidas Cápsulas: duras de gelatina, embalagem cilíndrica para o enchimento com droga em pó ou granulada (extrato oleoso de alho, lecitina,...). Pastilhas: são moldadas ou cortadas de massas flexíveis de composição variável. Sistema Nervoso Central Sistema Respiratório Sistema Cardiovascular Sistema Digestivo Trato urinário Indicações ginecológicas Pele, trauma, reumatismo e dor Agentes imunomoduladores. Indicações para o uso de Fitomedicamentos Apenas citar... ( exemplificar que os fitoterápicos tem propriedades medicinais sobre todos os sistemas do corpo) 42 FITOTERAPIA (Etnofarmacologia, Etnobotânica e Legislação) Etnofarmacologia “É definido como exploração científica interdisciplinar dos agentes biologicamente ativos, tradicionalmente empregados ou observados pelo homem , que não se trata de superstições, e sim do conhecimento popular relacionado a sistemas tradicionais de medicina, uma disciplina devotada ao estudo do complexo conjunto de relações de plantas e animais com sociedades humanas, presentes ou passadas”. (SILVA et al., 2015) 2 SISTEMA MEDICINA CONHECIMENTO POPULAR Profissionais ou Equipes Preparadas Material Vegetal (Exsicata) Época de Colheita Condições de Cultivo Parte e Qtd. da Planta Modo de Preparo 4 Abordagem da Etnofarmacologia 45 5 CARACTERIZA O INÍCIO DA PESQUISA MELHOR FORMA DE USO DA PLANTA ETNOFARMACOLOGIA INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS ESTUDO QUÍMICO E FARMACOLÓGICO Importância Fitoterápico tradicional é aquele elaborado a partir de planta medicinal de uso alicerçado na tradição popular, sem evidências, conhecidos ou informados de risco à saúde do usuário, cuja eficácia é validada através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentação tecnocientífica ou publicações indexadas 9 Resolução RDC n.17 de 24/02/2000 Recomendações do OMS Inclusão de práticas integrativas no contexto de saúde pública; BRASIL Decreto 5.813/2006 – Políticas Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 2009 – Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos 16 48 Brasil X Fitoterapia Um dos sete países com os maiores índices de biodiversidade; Primeiro do ranking quanto ao número de plantas superiores; País com diversas etnias indígenas e culturas que englobam: populações de quilombolas, afro-brasileirios, caiçaras, ribeirinhos, jangadeiros, dentre outras. 18 A fitoterapia praticada no Brasil é originária de várias tradições diferentes criando um sistema heterogêneo de plantas medicinais. 49 Prescrição Fitoterápica Magistral Possibilidade de prescrição a partir de uma mesma planta medicinal; Utilização: diversas formas extrativas (como extrato seco, extrato fluido, tintura, infuso ou até mesmo, em casos especiais, a própria droga vegetal na forma pulverizada (pó)) e formas farmacêuticas. 50 Prescrição Fitoterápica Magistral Prescrição Fitoterápica Magistral Publicações Relacionadas a Plantas Medicinais e Fitoterápicos 53 Publicações Relacionadas a Plantas Medicinais e Fitoterápicos 54 Publicações Relacionadas a Plantas Medicinais e Fitoterápicos 55 56 57 58 Atividade O que é fitoterapia? Qual a diferença entre um medicamento fitoterápico e um fitofármaco? Como os fitoterápicos e as plantas medicinais podem auxiliar no tratamento de feridas? Há programas de fitoterápicos implantados em nosso país? Quais são alguns dos fitoterápicos utilizados nesses programas implantados no país? Atividade 6. Quais fitoterápicos podem ser utilizados na cicatrização de feridas? 7. No Brasil, quais são as políticas públicas que amparam o uso de fitoterápicos? 8. Como o profissional de saúde pode incorporar a fitoterapia em sua prática clínica? 9. Quais os benefícios da escolha do tratamento com fitoterápicos aos clientes portadores de feridas? 60 POLÍTICA NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS Origem Foi instituída pelo Ministério da Saúde (MS) em 2006. (Decreto nº 5.813 de 22/06/2006) Constituição Federal confere a União a competência de elaborar e executar políticas nacionais para o desenvolvimento econômico e social. Políticas Públicas - configuram decisões de caráter geral que apontam rumos e linhas estratégicas de atuação governamental. Politícas Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) Finalidades: Constitui parte essencial das políticas de saúde, meio ambiente e desenvolvimento econômico e social; Promoção de melhorias na qualidade de vida da população brasileira. Uso sustentável para biodiversidade brasileira; Fortalecimento da agricultura familiar Desenvolvimento industrial e tecnológico; Perspectiva de inclusão social e regional; Participação popular e do controle social; Politícas Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) Prevalência das Práticas Tradicionais OMS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO - MEDICINA TRADICIONAL 80% PRÁTICAS TRADICIONAIS EM SEUS CUIDADOS BÁSICOS 85%PLANTAS OU PREPRAÇÕES Reconhecimento da Importância das Plantas Medicinais Pesquisa farmacológica e o desenvolvimento de drogas; Utilização como agentes terapêuticos, matérias-primas para síntese ou modelos para compostos farmacologicamente ativos. 40% medicamentos: 25% de plantas; 12% microrganismos; 3% animais 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986) Recomendações: Introdução de práticas alternativas de assistência à saúde no âmbito dos serviços de saúde, possibilitando ao usuário o acesso democrático de escolher a terapêutica preferida. 67 Conquistas da Fitoterapia Inclusão de Fitoterapia no SUS (sob supervisão médica); 1992: Método Terapêutico; 1995: Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde instituiu e normatizou o registro de produtos fitoterápicos no ano de 1995. 10º Conferência Nacional de Saúde (1996) SUS Fitoterapia (Assistência Farmacêutica) Homeopatia Acunputura Recomendações de Incorporação RENISUS (RELAÇÃO NACIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS DE INTERESSE AO SUS) Antes da Criação do RENISUS 2007: pacientes atendidos no SUS tinham acesso a medicamentos fitoterápicos; Secretaria estaduais e municipais disponibilizavam esses medicamentos; (Maytenus ilicifolia) – tratamento de Espinheira santa úlceras e gastrites e Guaco (Mikania glomerata) – sintomas de gripe 2 Antes da Criação do RENISUS Criação do Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (2008); Objetivo do programa: - Garantir à população o acesso seguro e o uso racional a plantas medicinais e aos fitoterápicos e inserir serviços relacionados à fitoterapia no SUS. 3 Antes da Criação do RENISUS Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos; Promoção e o reconhecimento das práticas populares e tradicionais de uso de plantas medicinais e remédios caseiros. Mais de duas mil plantas brasileiras sejam usadas como remédios naturais pela população. 4 RENISUS Criação: 2008 pelo Ministério da Saúde; Baseado: Na lista de espécies vegetais já utilizadas nos serviços de saúde estaduais e municipais; Conhecimento tradicional e popular e em estudos químicos e farmacológicos. 5 Como foi feito o levantamento do RENISUS? TÉCNICOS DA ANVISA E DO MINISTÉRIO DA SAÚDE E PESQUISADORES 6 REGIÕES BRASILEIRAS PLANTAS MEDICINAIS COM INDICAÇÕES DE USO E DE ACORDO COM CID-10 ESPÉCIES EXÓTICAS OU AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO FORAM EXCLUÍDAS DA LISTA (BRASIL,2012) O que é a RENISUS? É uma lista constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse ao SUS. 9 Finalidades do RENISUS Subsidiar o desenvolvimento de toda cadeia produtiva relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, produção, comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos. 10 FARMACOVIGILÂNCIA NA FITOTERAPIA Conceito de Farmacovigilância FARMACOVIGILÂNCIA Identificação ciência Avaliação Compreensão Prevenção Efeitos Adversos PRM’s (Fármacos, plantas medicinais, medicina tradicional e complementar) OMS SEGURANÇA DO PACIENTE EM RELAÇÃO AOS MEDICAMENTOS 2 Funções da Farmacovigilância Verificar: 3 Medicamentos de baixa qualidade Notificações de perda de eficácia Notificações de casos de intoxicação aguda e crônica Avaliação da Mortalidade relacionadas a medicamentos Abuso e uso indevido de medicamentos Objetivos da Farmacovigilância 4 Melhorar o cuidado com o paciente, saúde pública e a segurança em relação ao uso de medicamentos; Contribuir para a avaliação dos benefícios, danos, efetividade e riscos dos medicamentos, incentivando sua utilização de forma segura, racional e mais efetiva; clínica em Promover a compreensão, educação e capacitação farmacovigilância e sua comunicação efetiva ao público. Farmacovigilância X Fitoterapia Concepção de fitoterápicos: “É natural é seguro, ou seja, não faz mal algum ”. Uso prolongado de um medicamento assegura sua eficácia e segurança. Ex.: pílula contra, aguardente alemã e sabugueiro. A automedicação agrava os riscos aos pacientes 6 Farmacovigilância X Fitoterapia Notificações de fitoterápicos de 1999 a março de 2009: 165 RAMs (77 notificações) 18,3 % RAMs graves 1/3 plantas medicinais ou seus derivados sem registro na ANVISA Exemplos de óbitos por plantas: Aplasia medular (Garcinia cambogia) – 1 caso Hepatite fulminante (Piper methysticum) – 2 casos. Empresas Farmaceuticas – 11 % das notificações de fitoterápicos 7 Farmacovigilância X Fitoterapia 8 Referências FINTELMANN,V.; WEISS, R.F. Manual de fitoterapia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 11 ed. 2014. A Fitoterapia na História do Brasil. Informativo Herbarium, no 29, 2004. ALVES, L.F. Produção de Fitoterápicos no Brasil: História, Problemas e Perspectivas . Rev. Virtual Quim., 2013, 5 (3), 450-513. CUNHA, A.P. Aspectos históricos sobre plantas medicinais, seus constituintes activos e fitoterapia. Disponível em:<http:/ppmac.org/sites/default/files /aspectos_historicos.pdf> Referências RIBEIRO, A.Q.;LEITE, J.P.V.; DANTAS-BARROS, A.M.. Perfil de utilização de fitoterápicos em farmácias comunitárias de Belo Horizonte sob a influência da legislação nacional. Revista Brasileira de Farmacognosia. 15(1): 65-70, Jan./Mar. 2005. FERNANDES, P.; BOFF, P.; BOFF, M. I. C.; SANTOS, K. L. Etnobotânica de plantas medicinais: potencialidades do uso de fitoterápicos nas unidades básicas de saúde no Planalto Serrano Catarinense. Resumos do VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia – Porto Alegre/RS – 25 a 28/11/2013. ELISABETSKY, Elaine. Etnofarmacologia. Cienc. Cult. [online]. 2003, vol.55, n.3, pp. 35-36. ISSN 2317-6660. EVANGELISTA,S. S. ; SAMPAIO, F. C.; PARENTE R. C. ; BANDEIRA, M. F. C. L. Fitoterápicos na odontologia: estudo etnobotânico na cidade de Manaus. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.15, n.4, p.513-519, 2013. 19 86 Referências 18 BRASIL. PORTAL BRASIL. . SUS tem fitoterápicos para doenças simples. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2012/11/sus-tem-fitoterapicos-para-doencas-simples>. Acesso em: 03 abr. 2017. BRASIL. PORTAL BRASIL. Aumena Lista de Medicamentos Oficiais do SUS. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2012/03/aumenta-lista- oficial-de-medicamentos-no-sus> Acesso em: 03 abr. 2017. MUNIZ et al,. Plantas Medicinais Da Renisus De Atuação Central . Infarma, v. 24, n.1, 2012. Referências Organização Mundial da Saúde. Departamento de Medicamentos Essenciais e Outros Medicamentos. A importância da Farmacovigilância / Organização Mundial da Saúde – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/importancia.pdf Balbino, EE & Dias MF. Farmacovigilância: um passo em direção ao uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, Rev Bras Farmacogn 2010 10 Referências Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
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