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10/03/2021 1 FITOTERAPIA, FORMAS FARMACÊUTICAS E UTILIZAÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS Dr. Douglas Rambo Salvador, 2021 Universidade Federal da Universidade Federal da BBahiaahia Faculdade de farmáciaFaculdade de farmácia Departamento do Medicamento Departamento do Medicamento Disciplina de FarmacognosiaDisciplina de Farmacognosia 1 Objetivos da Aula � Definir Planta Medicinal, Fitoterápico e Fitofarmaco � Listar plantas medicinais e suas indicações terapêuticas por sistema 2 Taxonomia de Bloom 3 Planta Medicinal Plantas Medicinais 4 PLANTA MEDICINAL: espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. DROGA VEGETAL: planta medicinal, ou suas partes� após processos de coleta/colheita, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada; DERIVADO VEGETAL: produto da extração da planta medicinal fresca ou da droga vegetal, podendo ocorrer na forma de extrato, óleo fixo e volátil, cera, exsudato e outros; FARMACÓGENO: parte da planta contendo as substâncias responsáveis pela ação terapêutica Fonte: RDC 26/2014 2.Conceitos FITOTERÁPICO: produto obtido de matéria-prima ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa, SIMPLES, quando o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal COMPOSTO, quando o ativo é proveniente de mais de uma espécie vegetal Fitofármaco 5 Fonte: RDC 26/2014 3.Etapa Farmacêutica 6 ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 EXTRATOS � Tintura, extrato fluído, mole e seco � Farmacotécnica Pré Formulação! Fonte: RAMBO e col. 2019 10/03/2021 2 4. Formas Farmacêuticas � Assegurar a eficácia e segurança do componente ativo � Facilitar a aplicação do medicamento � Permitir a administração da dose efetiva � Garantir a estabilidade química das substâncias ativas na matriz a ser inserida 7 Figura: Formas farmacêuticas de produtos fitoterápicos registrados na ANVISA. Adaptado de Carvalho et al., 2008. ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 FF Sólidas 8 CÁPSULAS COMPRIMIDOS EXTRATO SECO EXTRATO LÍQUIDO GRANULOS SECO GRANULAÇÃO VIA-SECA GRANULAÇÃO VIA-ÚMIDA COMPACTAÇÃO DIRETAPÓS SECO • Inconveniente de ingerir, • Suscetibilidade à umidade Pós/Granulados • Mascarar odor e sabor • Interação taninos e a gelatina Cápsulas • Extratos, aumentam a dureza dos comprimidos �desintegração Comprimidos ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 DROGA VEGETAL FF Líquidas 9 EXTRATO LÍQUIDO EXTRATO MOLE EXTRATO SECO DROGA VEGETAL MOÍDA DISSOLUÇÃO DILUIÇÃO ELIXIRES ADIÇÃO DE EDULCORANTESMISTURAS HIDROETANÓLICAS SOLUÇÕES TINTURAS XAROPES INCORPORAÇÃO AO XAROPE SIMPLES SUSPENSÕESAGENTES MOLHANTES INCORPORAÇÃO AO VEÍCULO ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 FF Semi-sólidas 10 EXTRATO SECO EXTRATO MOLE EMULSÕES EXTRATO LÍQUIDO DISSOLUÇÃO OU SUSPENSÃO INCORPORAÇÃO A BASE POMADAS GÉIS � Seleção do pH � natureza iônica dos tensoativos � alteração química antocianos, alcaloides � Atividade tensoativa� saponinas � Incorporação de óleos voláteis � pode causar aumento da espalhabilidade, ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 5. Ensaios Pré Clínicos 11 Pré Clínicos � Normalmente é realizada em paralelo com a etapa farmacêutica; � Estuda-se os efeitos em pelo menos, 3 espécies de animais (de ambos os sexos) e em duas vias de administração � Busca-se conhecer o mecanismo de ação e elementos para definição de parâmetros (ex: dose) = necessários para os estudos clínicos � Paralelamente, devem ser realizados estudos de toxicologia pré-clínica ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 Fonte:ANVISA e VAN BREEMEN, 2015 5. Determinação dos dados Farmacocinéticos e Farmacodinâmico 12 ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 Fonte:ANVISA e VAN BREEMEN, 2015 10/03/2021 3 6.Caracterização da Formulação Padrão � Etapa necessária para determinação dos parâmetros para realização do Controle de Qualidade. 13 ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 BPF CQ da IFAN Microbiológico Doseamento CQ FF �Teste de estabilidade �Testes contaminação microbiológica; � Peso, desintegração, dureza e friabilidade, viscosidade, consistência e dissolução; �Aparência física tais como, cor, odor, forma, tamanho e textura; �Perda por secagem ou conteúdo de água; �Quantificação dos marcadores �Testes limite para solventes residuais. Fonte:VAN BREEMEN, 2015 7. Ensaios Clínicos FASE I � Voluntários sadios � Parâmetros farmacocinéticos e tolerância FASE II � Número restrito de doentes � Parâmetros farmacocinéticos e tolerância na presença da doença � Avaliação da eficácia 14 ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 7. Ensaios Clínicos 15 ETAPA 1 2 3 4 5 6 7 FASE III � Número amplicado de pacientes e avaliação contra placebo e fármaco referência � Comprovação da eficácia + avaliação da segurança e do ganho terapêutico � MELHOR = estudo controlado duplo- cego randomizado, contra tratamento referência FASE IV � Farmacovigilância = no mercado, medicamento novo � Comprovação da eficácia � Avaliação dos efeitos não esperados ou não observados � adversos ou novas potencialidades terapêuticas Fitoterápico Brasileiro 16 Alfa-humuleno Metabólito Sistama Envolvido Ação Famacológica Indicações Droga Vegetal 17 SIMÕES e col. 2017 Ações e Sistemas https://www.todoestudo.com.br/biologia/sistemas-do-corpo-humano 18 10/03/2021 4 Ação terapêutica de plantas medicinais:19 1. Sistema Nervoso Central SNC Ansiolítico Estimulantes Antidepressivo 20 1. Sistema Nervoso Central 21 Hypericum perforatum L. MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Fonte: Barnes e col. 2011. 1. Sistema Nervoso Central 22 Paullinia cupana Kunth MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Panax ginseng C.A. Mey MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB 1. Sistema Nervoso Central 23 Passiflora incarnata L. Vitexina = 8C-gli- apigenina MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Erythrina verna Vell. MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB 2. Sistema cardiovascular Ação terapêutica de plantas medicinais: 24 Cardiocirculatório Venotônico Cardiotônico Diurético Aterosclerose 10/03/2021 5 25 Equisetum arvense L. MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Apresenta elevados Apresenta elevados Apresenta elevados Apresenta elevados teores Kteores Kteores Kteores K 2. Sistema cardiovascular (Renal) 26 Ginkgo biloba L. ginkgolídeos A MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Aesculus hippocastanum Escina MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Centella asiatica MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB Pinus pinaster 2. Sistema cardiovascular 27 2. Sistema cardiovascular Hamamelis virginiana MF IN 02/14 Form Fito RENISUS FB 2.Sistema Cardiovascular 28 Allium sativum � Inibidor da HMG-Coa- � Redutor de Colesterol Fonte: Barnes e col. 2011. 3. Sistema respiratório Respiratório Expectorante Antitussígeno 29 30 �Mikania glomerata �Glycyrrhiza glabra �Eucalyptus globulus �Polygala senega �Cephaelis ipecacuanha Malva sylvestris glicirrizina 10/03/2021 6 4. Sistema digestivo DIGESTÓRIO Laxantes Volume Fecal Antidiarrêico Dispépticos Antiespasmótico Gastrite Flatulência 31 32 �Plantago ovata �Linum usitatissimum L. � Triticum aestivum L. �Senna alexandrina �Rheum offcinale �Rhamnus purshiana 4. Sistema digestivo 1 8 33 �Eugenia uniflora �Psidium guajava �Datura stramonium �Papaver somniferum 4. Sistema digestivo 34 4. Sistema digestivo �Zingiber officinale �Peumus boldus �Achiroclines satureoides �Maytenus ilicifolia Mentha spp. � Nome Popular: Menta � Farmacógeno: Folhas Foeniculum vulgare � Nome Popular: Funcho � Farmacógeno: Sementes 35 BARNES, J. Et al. Fundamentals of Pharmacognosy and Phytoterapy.2012 BARNES, J. Et al. Fitoterápicos. 2012. 4. Sistema digestivo 5. Sistema Locomotor 36 Aparelho Locomotor Anti- inflamatório Cicatrizante Antireumáticos 10/03/2021 7 37 �Matricaria recutita �Calendula officinalis �Arnica montana �Harpagophytum procumbens �Salix alba 38 �Aloe vera �Stryphnodendron adstringens 5. Pele, trauma e dor Obrigado!! 39 Referências 40 � BARNES J.;ANDERSON, L. A.; PHILIPSON, J. D. Fitoterápicos. 3 ed ARTMED EDITORA S.A, 2011, 720p. � LEITE, J.P.V. (Editor) Fitoterapia – Bases Científicas e Tecnológicas. São Paulo: Ateneu, 2009, 328p. � LORENZI, H., MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil, nativas e exóticas. Instituto Plantarum, São Paulo, 2002. 512p. � MATOS, F.J.A. (Org.). Constituintes químicos ativos e propriedades biológicas de plantas medicinais brasileiras. Fortaleza: Editora UFC, 2004. 448p. � SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V.E. Fitoterapia racional. São Paulo: Editora Manole, 4a.ed., 2002. � BARNES, J.; ANDERSON, L.A.; PHILLIPSON, J.D.. Fitoterápicos. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2012.
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