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0 UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL JULIANA CAPRESTANO FRONZA RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ESTUDO DE CASO SOBRE O ACOMPANHAMENTO DE EXECUÇÃO DE PROJETO SANITÁRIO DO EDIFÍCIO SAPPHIRE RESIDENCE LAGES (SC) 2013 o o o 1 JULIANA CAPRESTANO FRONZA RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ESTUDO DE CASO SOBRE O ACOMPANHAMENTO DE EXECUÇÃO DE PROJETO SANITÁRIO DO EDIFÍCIO SAPPHIRE RESIDENCE Relatório de Estágio Supervisionado apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC – como requisito necessário para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Orientação: Prof. Jackson Vidaletti Gabriel, Eng.º Florestal. Supervisão de Estágio: Carlos Eduardo de Liz, Eng. e Adm. M.Sc. LAGES (SC) 2013 o o o 2 Fronza, Juliana Caprestano Relatório de Estágio – Estudo de Caso sobre o Acompanhamento de Execução de Projeto Sanitário do Edifício Sapphire Residence / por Juliana Caprestano Fronza – Otacílio Costa, Santa Catarinense, 2013. 23 f.; 29 cm. Relatório de Estágio Supervisionado – Universidade do Planalto Catarinense – Curso de Engenharia Civil, 2013. Orientador: Prof. Jackson Vidaletti Gabriel. 1. Saneamento básico. 2. Instalações sanitárias 3. Água. I. Gabriel, Jackson Vidaletti. II. Universidade do Planalto Catarinense. III. Título: Relatório de Estágio – Estudo de Caso sobre o Acompanhamento de Execução de Projeto Sanitário do Edifício Sapphire Residence. i o o 3 JULIANA CAPRESTANO FRONZA RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ESTUDO DE CASO SOBRE O ACOMPANHAMENTO DE EXECUÇÃO DE PROJETO SANITÁRIO DO EDIFÍCIO SAPPHIRE RESIDENCE Relatório de Estágio Supervisionado apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC – como requisito necessário para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, Relatório este que foi apresentado pela acadêmica Juliana Caprestano Fronza. Lages (SC), 26 de Novembro de 2013. ____________________________________________ Prof. Jackson Vidaletti Gabriel, Eng.º Florestal. Orientador ____________________________________________ Prof. Carlos Eduardo de Liz, Eng.º e Adm. M.Sc. Supervisor de Estágio _____________________________________________ Prof. Paulo Mozart Malty de Andrade, Eng.º Esp. Civil. Coordenador de Curso ii o o 4 RESUMO O saneamento básico compreende os processos, equipamentos e instalações para o fornecimento de água potável, bem como o encaminhamento de resíduos contaminantes dissolvidos em águas para centrais de tratamento. As instalações sanitárias prediais compõem um conjunto de canalizações, conexões e demais aparelhos e ferramentas responsáveis pela coleta, armazenamento e distribuição de água dentro de edificações residenciais e comerciais. A preocupação com a correta instalação, utilização e manutenção desses tem como foco a redução e o controle das ocorrências de patologias e a proliferação de vetores. A ausência dessa prática construtiva pode gerar áreas de risco à saúde da população. Este documento visa à divulgação de instalação de rede sanitária de um prédio que vem sendo realizada no Município de Otacílio Costa, no Estado de Santa Catarina, evidenciando as etapas de execução acompanhadas durante o período de Estágio Supervisionado. Palavras chave: Saneamento Básico, Instalações Sanitárias e Água. iii 5 ABSTRACT The sanitation comprises the processes, equipment and facilities for the supply of drinking water as well as the routing dissolved contaminants in waste water treatment plants to. Sanitary facilities comprise a set of gross plumbing, fittings and other equipment and tools responsible for the collection, storage and distribution of water within residential and commercial buildings. The concern with the proper installation, use and maintenance of these have focused on the reduction and control of events of diseases and the proliferation of vectors. The absence of this practice can generate constructive areas of risk to public health. This document aims at disseminating health network installation of a building which is being held in the city of Otacílio Costa, State of Santa Catarina, demonstrating the execution steps followed during the period of supervised internship. Keywords: Sanitation, Sanitary Facilities and Water. iv 6 SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS ....................................................................................................... 7 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8 1.1 Apresentação ............................................................................................................. 8 1.2 Apresentação do Tema: ............................................................................................. 8 1.3 Descrição do Problema: ............................................................................................. 9 1.4 Objetivos:................................................................................................................. 10 1.4.1 Geral: ............................................................................................................................... 10 1.4.2 Específicos: ...................................................................................................................... 10 1.5 Justificativa: ............................................................................................................. 10 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 11 2.1 As Instalações Sanitárias ......................................................................................... 11 2.2 O Projeto Sanitário – Terminologia Aplicada ......................................................... 11 2.3 Instalação Sanitária em Condomínios ..................................................................... 13 2.4 Projeto Hidro Sanitário - Problemas........................................................................ 14 2.5 Qualidade do Projeto ............................................................................................... 15 2.6 Terminologia do Projeto .......................................................................................... 15 3 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................... 17 3.1 Metodologia ............................................................................................................. 17 3.1.1 Método de abordagem: .................................................................................................... 17 3.1.2 Técnica da pesquisa: ........................................................................................................ 17 3.1.3 Estrutura básica do Relatório:.......................................................................................... 17 4 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 19 4.1 Levantamento de Dados.......................................................................................... 19 4.2 Tratamento dos Dados ............................................................................................. 20 4.3 Integração dos Dados .............................................................................................. 20 5 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 21 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 22 7 LISTA DE SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR – Norma Brasileira Regulamentadora DN – Diâmetro Nominal OMS – Organização Mundial da Saúde UNIPLAC – Universidade do Planalto Catarinense o o o 8 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação A ciência da Engenharia abrange todas as áreas da sociedade, pois muitas são as decisões empregadas para melhorar a qualidade de vida dos seres humanos. No disposto legal, que cobre as obrigações de quem constrói ou reforma, vê-se que os efeitos da construção são a base para que se possam evitar problemas futuros tais como: catástrofes, doenças e problemas com o meio ambiente. O aspecto sanitário na construção é primordial e requer atenção e cobrança dos órgãos gestores de uma sociedade. No instante de desenvolvimento da edificação, os projetos devem ser desenvolvidos com dedicação através dos conhecimentos dos profissionais de Engenharia. O desenvolvimento do processo de instalação sanitária possui muitas características técnicas que devem ser seguidas para que se obtenha sucesso na utilização das edificações. É nesse sentido que se identifica a importância dos profissionais envolvidos no processo de urbanização. 1.2 Apresentação do Tema: A escolha do tema surgiu, primeiramente, com a exposição das áreas de abrangência do profissional engenheiro civil dentro de suas atribuições e conhecimentos adquiridos, bem como das suas possibilidades de atuação no mercado de trabalho. 9 O presente Relatório de Estágio Supervisionado contará com pesquisas bibliográficas dos estudos que vêm sendo publicados, em conjunto dos trabalhos disponíveis em formato eletrônico e Normas regulamentadoras nacionais existentes. Os estudos realizados demonstram que as questões de saneamento básico apresentam- se como desafios no planejamento e administração dos centros urbanos. A precariedade da infraestrutura e o adensamento desordenado populacional são apontados como fatores agravantes para a dispersão de doenças, além da carência de recursos de certas localidades para construção de obras civis e o desconhecimento da população sobre os riscos a que está disposta. Com o processo de urbanização, há um aumento significativo da geração de poluentes. Em contrapartida, os espaços destinados a recebê-los tornam mais distantes e representam locais de contaminação de lençóis freáticos e corpos d’água, resultando em crescentes gastos com saúde pública decorrentes da transmissão de patologias. Essa situação poderia ser amenizada, caso fossem realizados processos de tratamento público de forma efetiva e coletiva. No Brasil, predominam as desigualdades na distribuição dos serviços de saneamento básico. Grande parte da água utilizada para o abastecimento da população não é tratada, sendo insuficiente o tratamento de esgotos oferecido, o destino dos resíduos sólidos é impróprio, prejudicando outros setores, como a saúde e o meio ambiente. É dever do profissional engenheiro o uso dos conhecimentos bibliográficos para conservação da natureza, bem como de seus recursos. Em outras palavras, ações são desenvolvidas e ações tecnológicas são aplicadas para preservar o ambiente dos danos causados pelas atividades humanas. 1.3 Descrição do Problema: O problema sobre o tema está em se obter conhecimento técnico sobre as práticas de instalação sanitária e os benefícios de um projeto executado conforme as especificações normativas e as leis vigentes. 10 Os profissionais da engenharia procuram desenvolver projetos que venham a suprir as necessidades nas instalações sanitárias. Cria-se então, a questão sobre a possibilidade de se obter ou não resultados próprios da realidade de cada local. 1.4 Objetivos: 1.4.1 Geral: Desenvolver uma pesquisa bibliográfica sobre projetos sanitários prediais, tendo como comparativo a execução do Edifício Sapphire Residence. 1.4.2 Específicos: Reunir bibliografias que tratem dos processos de instalação de projetos sanitários prediais, através de pesquisas em literaturas de fontes seguras e confiáveis; Determinar os impactos que os sistemas sanitários produzem sobre a população e ao meio ambiente, quando mal dimensionados ou quando não recebem manutenção periódica; Elucidar os equipamentos e instalações que um projeto desta natureza requer. 1.5 Justificativa: Este estudo se justifica pela necessidade de atenção requerida dos profissionais de engenharia no seu dia a dia. Neste aspecto, tratar de instalação hidráulica e as propriedades deste processo, requer devida cautela no que se refere ao resultado final do trabalho, nunca esquecendo que tudo depende do tempo dedicado à elaboração do projeto e à observação das necessidades de cada caso em particular. 11 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 As Instalações Sanitárias Para qualquer localidade onde se aglomerem pessoas para conviver em sociedade, faz- se necessário que se tenha um projeto hidrossanitário para que se possa evitar a proliferação de doenças e problemas físicos na localidade. Diferente de algumas décadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preocupa-se de maneira alastrada com este aspecto, pois a falta de tratamento dos produtos e minerais contaminados pelos seres humanos proliferam doenças e causam grandes epidemias. 2.2 O Projeto Sanitário – Terminologia Aplicada Conforme doutrina de Fonseca (2005), para os efeitos do Código e do trato de assuntos nele elaborados é adotada a seguinte terminologia: - ÁGUA FRIA: água à temperatura dada pelas condições do ambiente. - ALIMENTADOR PREDIAL: tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água para uso. - APARELHO SANITÁRIO: componente destinado ao uso da água ou ao recolhimento de dejetos líquidos e sólidos. - BARRILETE: tubulação que se origina no reservatório e da qual derivam as colunas de distribuição. - CAIXA QUEBRA PRESSÃO: caixa destinada a evitar pressão excessiva nas colunas de distribuição. - COLAR DE TOMADA: dispositivo aplicado ao distribuidor para derivação do ramal predial. - COLUNA DE DISTRIBUIÇÃO: tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais. - DEMANDA: solicitação de instalação ou de uma parte desta à fonte de alimentação. - DIÂMETRO NOMINAL (DN): número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto. 12 - DISTRIBUIDOR: tubulação pública de distribuição de água. - EXTRAVASOR: tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios. - HIDRÔMETRO: aparelho destinado a medir o consumo de água predial ou a razão que passa em determinado ponto da rede de alimentação. - INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA: conjunto de tubulações, aparelhos, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a água para o reservatório superior. - INSTALAÇÃO PREDIAL: sistema composto por tubos, reservatórios, peças de utilização, equipamentos e outros componentes, destinados a conduzir água da fonte de abastecimento aos pontos de utilização.- PEÇA DE UTILIZAÇÃO: componente na posição a jusante do sub-ramal que, através de sua operação (abrir e fechar), permite a utilização da água e, em certos casos, permite também o ajuste da sua vazão. - PONTO DE UTILIZAÇÃO: extremidade a jusante do sub-ramal a partir de onde a água passa a ser considerada servida. - RAMAL: tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais. - RAMAL PREDIAL: tubulação compreendida entre o colar de tomada e o hidrômetro. - REDE DE DISTRIBUIÇÃO: conjunto de tubulações e acessórios, destinados a fornecer água aos consumidores, de forma adequada, em quantidade e pressão recomendadas. - REGISTRO DE ENTRADA: registro instalado no ramal predial, antes do hidrômetro, para permitir a interrupção do fornecimento de água. - REGISTRO DE FECHO: registro instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da passagem de água. - REGISTRO DE PASSAGEM: registro instalado em uma tubulação destinado a controlar a vazão da água utilizada. - RESERVATÓRIO INFERIOR: reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória. - RESERVATÓRIO SUPERIOR: reservatório ligado ao alimentador predial à tubulação de recalque e destinado a alimentar a rede predial de distribuição. - SUB-RAMAL: tubulação que liga o ramal ao ponto de utilização. - TORNEIRA DE BÓIA: válvula destinada a interromper a entrada da água nos reservatórios e caixas quando atingido o nível de água pré-estabelecido. - TUBO VENTILADOR: tubulação ascendente destinada a permitir o acesso do ar atmosférico, ao interior das colunas de distribuição, para evitar subpressões nesses condutos. - TUBULAÇÃO: conjunto de componentes basicamente formado por tubos, conexões, válvulas e registros, destinados a conduzir a água. - TUBULAÇÃO DE LIMPEZA: tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a sua manutenção e limpeza. - TUBULAÇÃO DE RECALQUE: tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto de descarga no reservatório superior. - TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO: tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior e o orifício de entrada da bomba. - VÁLVULA DE DESCARGA: válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal de alimentação de bacias sanitárias ou mictórios, destinada a permitir a utilização da água para suas limpezas. - VÁLVULA DE ESCOAMENTO UNIDIRECIONAL (VÁLVULA DE RETENÇÃO): válvula que permite o escoamento em uma única direção. 13 - VÁLVULA REDUTORA DE PRESSÃO: válvula aplicada a uma tubulação para reduzir a pressão. 2.3 Instalação Sanitária em Condomínios Na visão de Mota (2003) os condomínios horizontais fechados surgem para atender às novas demandas sociais, por volta da década de 1970 do século XX, remodelando a periferia das cidades médias e metropolitanas do Brasil, com destaque para o estado de São Paulo, onde esta prática teve grande crescimento nas últimas décadas do século XX e início do século XXI. Galvão (2006) ressalta que o primeiro condomínio horizontal fechado a ser instalado no Brasil foi implantado pela empresa Alphaville Urbanismo S.A., na década de 1970, no município de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, criando, a partir daí, um novo modelo de suburbanização. Até então, os subúrbios brasileiros, em geral, acomodavam as camadas mais pobres da população. Conforme foi se consolidando, esse condomínio, aos poucos, foi atraindo investimentos diversificados para dentro de seus muros. (GALVÃO, 2006: 64 apud MOTA, 2003, p. 4). Na cidade do Rio de Janeiro, afirma Mota (2003) que os condomínios fechados surgem também na década de 1970 com algumas diferenças, entretanto, com uma base comum, a de atender a um grupo seleto de moradores que já não encontravam no centro da cidade as condições de vida que desejavam. A partir desse momento, os condomínios horizontais tomam espaços da periferia, dando uma nova configuração a uma paisagem bem diferenciada daquelas já consagradas. Os condomínios fechados trazem consigo uma grande base de sustentação para a sua implantação: áreas verdes, parques infantis, escolas, clubes, salão de beleza, segurança e muros. Esse último tão valorizado quanto às habitações que ali são instaladas. Outra característica dos primeiros condomínios horizontais são as vias de acesso, que só eram possíveis, devido à distância, para quem possuísse automóvel próprio. Dessa forma, aproxima as classes sociais mais altas, o que faz desses espaços um evidente instrumento de exclusão. Os estudos sobre os condomínios fechados possibilitam ter um maior entendimento sobre questões urbanas complexas como o quadro do déficit habitacional, da falta de infraestrutura básica, a segregação espacial, a violência urbana e o uso da natureza. Segundo Vaz (2002), o mais importante elemento do ambiente construído é, sem dúvida, a habitação. 14 Ocupando parcela substancial do solo urbano, a habitação constitui um elemento básico da reprodução da força de trabalho e um elemento privilegiado de investimentos do capital na cidade. (...), a habitação interfere nas práticas sociais, apoia a memória individual e coletiva, guardando significados para os diversos segmentos da população e participando da formação das identidades sociais. Encontra-se, portanto, no centro da relação espaço-sociedade. (VAZ, 2002: 17 apud MOTA, 2003, p. 4). Explica ainda o autor que, ao considerar a habitação como um objeto de grande importância no espaço urbano, no sistema capitalista o “cidadão” é transformado em consumidor e deverá necessariamente ser dono de uma renda que lhe permita fazer o pagamento pelo imóvel ou lote desejado. 2.4 Projeto Hidro Sanitário - Problemas No que se refere aos projetos mal desenvolvidos, Silveira et al. (2002) comunica que nos projetos de instalações hidrossanitárias verifica-se a falta de detalhamentos. Outro problema observado pode ser na locação dos pontos de passagem na laje, pois estes não coincidem com a realidade de execução. Apesar de os projetos de instalações hidrossanitárias e elétrico-telefônicas serem desenvolvidos, geralmente, pelo mesmo fornecedor, estes apresentaram incompatibilidades entre si, como constatou em suas pesquisas. Como exemplo, tem-se que em um empreendimento pode-se verificar que no projeto de instalações o chuveiro é posicionado de um lado do banheiro e no projeto elétrico o ponto elétrico deste fica em outra parede. No desenvolvimento das pesquisas feitas por Silveira et al. (2002) e na busca de melhorias dos projetos hidrossanitários, anota-se que: “Durante as entrevistas realizadas com os engenheiros de obra procurou-se avaliar quais projetos atrasam a obra por não serem disponibilizados em tempo hábil. Todos os entrevistados comentaram sobre os atrasos dos principais projetos da edificação: arquitetura, estruturas e instalações e alguns projetos de produção, ressaltando-se que o projeto de instalações contra incêndio e de gás é disponibilizado em tempo hábil visto que não possuem um projeto executivo, sendo utilizado nas obras apenas o projeto desenvolvido para efeito de aprovação.”, conforme coletado pelos autores. 15 2.5 Qualidade do Projeto Ensina Duarte et al. (2002) que a qualidade do projeto tem sido definida como o resultado do atendimento a três condições básicas: qualidade do empreendimento, qualidade da solução proposta e qualidade na representação gráfica. A qualidade do empreendimento corresponde à avaliação feita pelo incorporador em relação ao público a ser atendido com o projeto proposto, seus anseios e suas necessidades. Essa fase é fundamentalpara a definição do programa de necessidades que, em última instância, definirá a solução a ser adotada para o empreendimento proposto. Além disso, a questão da viabilidade técnica, econômica, legal e social devem ser consideradas nesta fase. (DUARTE et al., 2002, p. 69) As autoras expressam ainda que, entende-se por viabilidade legal todas as restrições impostas pelo Código de Obras do Município e regulamentos especiais de Secretarias, entre outras, assim como as recomendações das concessionárias de serviços (água, luz, gás, etc.). Neste sentido, entende-se o raciocínio das autoras explicando que a viabilidade “social” estaria relacionada às características que o empreendimento deve possuir para atender ao público a que se destina, ou seja, se a sociedade aceita o empreendimento que se propõe, na região em que se pretende construir e com as características pretendidas pelo incorporador. De certa forma pode-se dizer que da qualidade do empreendimento proposto dependerá o lucro a ser obtido pelo incorporador. A qualidade da solução proposta é consequência da análise dos intervenientes levantados na etapa anterior e envolve as necessidades dos usuários das edificações a serem construídas. Atualmente para auxiliar na definição da solução a ser adotada para o empreendimento os arquitetos tem realizado pesquisas de Avaliação Pós-Ocupação, onde a satisfação do usuário é encarada como medida-chave da avaliação do desempenho do ambiente construído. A qualidade da solução adotada está relacionada com a satisfação do usuário. (DUARTE et al., 2002 p. 69) Neste parâmetro, evidenciam DUARTE et al., (2002) que a qualidade na representação gráfica refere-se à quantidade de informações expressas nas diferentes fases do projeto e sua forma de apresentação. O projeto deve “falar” ao construtor, e essa comunicação deve estar o mais isenta de ruídos quanto possível para evitar os tão comuns erros de execução que acabam gerando patologias na fase de uso-operação da edificação. A qualidade na representação gráfica é um dos fatores que define a facilidade do construtor em realizar a obra. 2.6 Terminologia do Projeto 16 Peixoto (2005) explica que uma estrutura de inter-relacionamentos lógicos para a terminologia supõe a definição de vínculos entre os termos a partir de conceitos mais gerais que exprimem a lógica adotada. Ou seja, definir semelhante estrutura é uma abordagem contextualizada desde sua formulação. É preciso delimitar o universo a ser trabalhado e caracterizar os diferentes contextos nele envolvidos. Embora todo o universo da construção seja carente de uma estruturação lógica consolidada para indexação de sua produção, tanto a material como a de conhecimento, esta demanda não tem a mesma intensidade em todos seus subsetores. Alguns já estão mais estruturados, em geral por terem sido objeto de trabalhos focados em um âmbito restrito, tal como as Normas Brasileiras, como no caso de produtos metalúrgicos. Já a edificação propriamente dita, entendida como a atividade de produção de edifícios, destaca-se como a área mais problemática, talvez por concentrar uma imensa variedade de atores. (PEIXOTO, 2005. p. 11). Explica a autora que devido a isto e também a limitações práticas, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos autores limita-se a este universo, por si só muito amplo. Para delimitar o contexto da Edificação partimos do conceito de Edificação (AURÉLIO, 1999): “1. Ato ou efeito de edificar (-se). 2. Construção de edifício(s). 3. Qualquer construção, isolada ou em grupo, que se eleva numa determinada área ocupada pelo homem; casa, prédio”, em um primeiro momento abordando tanto o aspecto do processo da construção (primeiro e segundo conceitos), como o objeto edificado em si (último). Porém ocorrem diferenças significativas neste contexto conforme ele seja abordado com objetivo de ordenar o conhecimento apenas sobre produtos, materiais ou serviços ou se for voltado a todas as questões envolvidas com o processo construtivo e os produtos dele resultantes. Para o primeiro caso, é possível limitar-se ao processo de construir, pois todos eles estarão aí incluídos. (PEIXOTO, 2005. p. 11). Conclui a autora explicando que para o segundo é preciso descrever as características do produto resultante, seja em termos de tipologia ou morfologia. Em ambos os casos, uma visão sistêmica privilegiando os processos inseridos neste universo pode facilitar a ordenação lógica do conhecimento na área. Outro recurso para o entendimento da natureza do conceito e para a formação das estruturas conceituais é o uso de facetas para sua organização, facilitando a classificação dos assuntos em categorias fundamentais. 17 3 METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1 Metodologia O desenvolvimento se deu de forma bibliográfica, com levantamento de dados através da pesquisa em fontes digitais e consultas a artigos acadêmicos, pesquisas em bibliotecas e legislação vigentes, a fim de se contextualizar os procedimentos de instalação e equipamentos envolvidos nas instalações hidrossanitárias prediais. 3.1.1 Método de abordagem: Na busca por uma análise sucinta dos dados coletados, a pesquisa foi desenvolvida através da coleta de informações em arquivos digitais e outras obras impressas publicadas relacionadas ao assunto e tendo como comparativo as ações observadas no prédio Sapphire Residence, onde a autora realizou seu período de estágio. 3.1.2 Técnica da pesquisa: A pesquisa desenvolvida é de natureza Bibliográfica, com objetivos desenvolvidos de forma Descritiva, com procedimentos técnicos Bibliográficos, com forma de abordagem do problema do tipo Qualitativa. A obtenção das informações se deu através de pesquisas na internet, livros, revistas, jornais, entre outros meios de comunicação existentes e de conteúdo seguro e confiável. 3.1.3 Estrutura básica do Relatório: Esta pesquisa foi realizada conforme o projeto exposto em aula pelo professor da disciplina de Estágio Supervisionado do décimo semestre do curso de Engenharia Civil da 18 Universidade do Planalto Catarinense – Uniplac –, sendo analisado junto ao professor Orientador para a construção de uma literatura que possa servir como embasamento bibliográfico na área de Saneamento. 19 4 MATERIAIS E MÉTODOS Neste capítulo, apresentam-se os materiais utilizados e os procedimentos realizados no desenvolvimento da pesquisa. O material é listado abaixo e os procedimentos são descritos a seguir. Para a digitalização e tratamento dos dados, foram utilizados os programas computacionais Acrobat Reader (Adobe Systems Inc.), Word 2007 (Microsoft Corporation) e Google Chrome (Google Inc). Os materiais utilizados na elaboração deste Trabalho foram pesquisas em publicações sobre o tema, artigos, monografias, trabalhos de final de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado. O método está associado à síntese destes trabalhos, com o intuito de aclarar o emprego de materiais e as técnicas de instalação hidrossanitária predial, onde a preocupação com o manejo das águas é fator essencial no processo de planejamento urbano. Por se tratar de uma análise bibliográfica, dispensa-se a realização de ensaios laboratoriais e a criação de modelos comparativos, utilizando amplamente as publicações disponíveis em meio eletrônico. 4.1 Levantamento de Dados A fase de levantamento de dados envolveu a coleta de material bibliográfico, que serviram de base para o desenvolvimento deste Relatório. Em busca do conhecimento existente sobre o tema, foram consultados alguns trabalhos disponíveis em meio eletrônico. A revisão bibliográfica efetuadaa partir deste levantamento é apresentada no Capítulo 2, juntamente com os dados gerados no desenvolvimento da pesquisa. 20 4.2 Tratamento dos Dados Um intenso levantamento dos trabalhos que tratam das instalações hidrossanitárias prediais foi realizado nas bases de dados textuais e referenciais disponíveis na Internet, possibilitando o levantamento suficiente de informações e servindo para a elaboração de uma visão geral do conhecimento existente sobre o assunto. Procurou-se observar atentamente cada publicação para que se criasse uma bibliografia ampla e focada sobre o tema. Esta coletânea é apresentada de forma conclusiva no Capítulo 5. 4.3 Integração dos Dados O país dispõe de um banco de dados de boa qualidade, servido por um conjunto de normas e leis que procuram atender às necessidades sobre o encaminhamento das águas no meio urbano (pluviais e servidas). O assunto tem sido alvo de discussões cada vez mais intensas, gerando muitas opiniões em instituições de ensino, palestras, seminários, congressos e ainda informalmente entre os profissionais do ramo da construção civil, tais como engenheiros, arquitetos, urbanistas e técnicos. Ainda assim, há práticas construtivas que estão em desacordo quanto à legislação, mas que aos poucos vem sendo observadas e corrigidas. 21 5 CONCLUSÕES Após o término de um estudo teórico, qualquer profissional comprometido, saberá que a entrada de informações colhidas nas obras em questão, fará com que se abram mais portas e que tudo aquilo que for pertinente ao processo, deve ser estudado. Na Engenharia, como já foi citado, presente em todas as faces da sociedade, muitas são as perguntas que requerem respostas imediatas, pois os resultados, que sempre são morosos, não contentam aos seres humano. No caso do tema em questão, procura-se evitar problemas que possam se tornar verdadeiras pandemias e causem danos para o planeta. Caberá sempre ao engenheiro e ao projeto da obra, serem consultados e apresentarem as soluções imediatas para cada caso. Construir sobre um erro, significa a aparência de outro erro maior ainda. Na busca do objetivo de se evitar problemas com instalações hidrossanitárias como consta neste Relatório, é muito importante salientar que a teoria, com base na prática, precisa ser definida nos projetos de cada construção. Além destes aspectos, ainda há de se considerar que a doutrina de área dos seres humanos é tida como continuidade daquilo que se construiu em função do bem-estar de todos. 22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DUARTE, Técia Maria Pereira; SALGADO, Mônica Santos. O Projeto Executivo de Arquitetura como Ferramenta para o Controle da Qualidade na Obra. IX ENTAC – Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, Foz do Iguaçu, Paraná, 2002. Disponível em: http://www.proarq.fau.ufrj.br/pesquisa/geparq/wp/22.pdf Acesso em: 20 Nov 2013. FERREIRA, Marina Baird; ANJOS, Margarida dos. Dicionário da Língua Portuguesa Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Editora Nova Fronteira, Academia Brasileira de Letras, Rio de Janeiro, 1999. FONSECA, Geraldo. Diretrizes de instalações sanitárias e hidráulica. Santa Maria: Universidade Luterana do Brasil, Rio Grande do Sul, 2005. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO - Plano Pedagógico do Curso de Engenharia Sanitária e Ambiental 2010. Universidade Federal do Recôncavo da Bahia Disponível em: http://www.ufrb.edu.br/cetec/images/documentos/Diversos/PPC%20%20%20ESA%20%20% 202010.pdf Acesso em: 20 Nov 2013. MOTA, Antonio Andrade; ROSA, Wedmo Teixeira. Os Condomínios Fechados na Dinâmica e na Estrutura Urbana de Santo Antônio de Jesus, Bahia – Brasil. Santo Antônio de Jesus, 2003. Disponível em: http://observatoriogeograficoamericalatina.org.mx/egal12/Geografiasocioeconomica/Geografi aurbana/119.pdf Acesso em: 20 Nov 2013. PEIXOTO, Lucia; AMORIM, Sérgio R. Leusin; DOMINGUES, Luis Carlos S. M.; NUNES, Roberta. Terminologia: Buscando a Interoperabilidade na Construção. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: http://www.lem.ep.usp.br/gpse/es23/anais/TERMINOLOGIA- BUSCANDO_A_INTEROPERABILIDADE_NA_CONSTRUCAO.pdf Acesso em: 20 Nov 2013. SILVEIRA, Jacson Carlos da; SALES, Alessandra Luize Fontes; MOURÃO, Yves Rabelo; SILVEIRA, Liana; BARROS NETO, José de Paula. Problemas Encontrados em Obras devido às Falhas no Processo de Projeto: Visão do Engenheiro de Obra. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2002. Disponível em: http://www.eesc.usp.br/sap/projetar/files/A022.pdf Acesso em: 20 Nov 2013.
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