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Infecções do Trato Gastrointestinal SLides

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06/04/2017 
1 
ENTEROBACTÉRIAS e 
Infecções Gastrointestinais 
Profa. Dra. Regianne Umeko Kamiya 
Setor de Microbiologia - UFAL 
Em infecções intestinais, quando não houver informações clínicas 
ou pedido específico, a rotina recomendada é a pesquisa dos 
seguintes agentes: 
 
• Salmonella, Shigella, Aeromonas, Plesiomonas, 
Yersinia: podem ser isolados em Mac Conkey e 
Salmonella-Shigella. Recomenda-se também incluir a 
cultura para Campylobacter, que exige meio 
específico. No caso de fezes com sangue, pesquisar 
EHEC. 
• Em coprocultura de crianças até 1 ano considera-se 
rotina a pesquisa de Salmonella, Shigella, EPEC, EIEC 
e EHEC. 
 
ANVISA 
Escherichia coli 
• Cepas da microbiota normal 
• Cepas patogênicas: 
• EHEC = enterohemorrágica 
• ETEC = enterotoxigênica 
• EPEC = enteropatogênica 
• EIEC = enteroinvasiva 
• UPEC = uropatogênica 
• EaggEC = enteroagregativa 
E.coli EHEC 
• Produtora da toxina de Shiga ou verotoxina 
• Sorotipo O157:H57 + comum e importante, 
entretanto existam outras centenas de sorotipos 
• Síndrome hemolítica urêmica (HUS): 
• trombocitopenia 
• anemia hemolítica 
• insuficiência renal e complicações neurológicas 
• surtos e casos esporádicos no mundo todo 
• disseminação: alimentos e leite não pasteurizado 
• não há reservatórios animais ou humanos 
 
Insuficiência renal pp em 
crianças = diálise 
E.coli EHEC 
• Diagnóstico Laboratorial: 
• Isolamento de EHEC de fezes (< 1% E.coli total) 
• Diferenciação: não fermentam sorbitol 
• Sondas de DNA em testes de hibridização in 
situ de colônias 
• Não há tratamento antimicrobiano para 
infecções por E.coli. Basicamente é realizada a 
reposição de líquidos e diálise (HUS). 
06/04/2017 
2 
EHEC 
EPEC - enteropatogênica 
• dezenas de sotoripos O peculiares 
• não produtoras de enterotoxinas e não são 
invasoras 
• diarreia em bebês e crianças, surtos 
hospitalares 
• diarreia severa, não sanguinolenta, 
prolongada, associada à má absorção e 
desnutrição 
• Importância em adulto é desconhecida 
EPEC - enteropatogênica 
• Diagnóstico Laboratorial: 
• microrganismos isolados de fezes 
• determinação de sorotipo de várias colônias com 
anti-soros polivalentes para tipos conhecidos de EPEC 
• soros monovalentes comerciais 
• sorologia para antígenos O (somáticos), K 
(capsulares) e H (flagelares) 
• Provas de virulência em laboratórios de refência 
 
EPEC aderida e destruição das microvilosidades intestinais. 
EIEC - enteroinvasivas 
• Invadem células do cólon 
• Síndrome similar a causada pela Shigella 
• diarreia, cólica e sangue 
• Menos frequente 
• Infecção alimentar, sem reservatório animal 
ou humano 
 
EIEC - enteroinvasivas 
• Diagnóstico Laboratorial: 
• Isolamento dos microrganismos das fezes 
• Teste para potencial enteroenvasivo em 
cultura celular 
• Soros polivalentes e monovalentes comerciais 
para sorotipos prevalentes 
 
 
06/04/2017 
3 
 
ANVISA 
Diagnóstico Laboratorial Salmonella enterica 
• Bacilos Gram negativos 
• São as causas mais comuns de diarreia 
associada ao alimento em países 
desenvolvidos, juntamente com 
Campylobacter; 
• mais de 2 mil espécies, dentre as quais poucas 
podem causar infecção ou diarreia 
• Todas com exceção da S. typhi e S. paratyphi 
são encontradas em animais e humanos 
Salmonella enterica 
• Alimentos contaminados (laticínios, granja) 
• Transmissão interpessoal – propagação na família 
• Transmissão pela água é menos frequente 
• S. enterica: dividida em 6 grupos 
• S. enteritidis e S. cholerae-susi (crianças e pacientes 
com anemia falciforme e câncer) 
• Diagnóstico: cultura e sorotipo 
Kauffmann-White 
Salmonelose 
• Geralmente é auto-limitada 
• Uso de antibióticos somente para casos de 
bacteremia e septicemia (150 em 30 mil casos) 
• Excreção de bactérias nas fezes por várias 
semanas após a infecção – higienização, cuidados 
na manipulação de alimentos 
• Dispensar indíviduos que trabalham com 
alimentos até que 3 amostras de fezes 
consecutivas não apresentem Salmonella 
 
Infecção sistêmica iniciada no trato 
gastrointestinal 
• Febres entéricas: tifóide e paratifóide 
• S. typhi e S. paratyphi A, B e C 
• Transmissão interpessoal através da água e alimentos 
• Portadores crônicos por meses ou até 1 ano após a 
infecção (fonte contínua de infecção – 1 a 3%): 
excreção nas fezes e urina 
• Cozinheira Mary Typhoid, Nova York, início de 1900: 
responsável por 10 surtos da doença na época 
Febre tifoide - evolução 
• Ingestão de S. typhi ou S. paratyphi – 
estômago, intestino, placa de Peyer, 
macrófagos dos linfonodos, sangue, sistema 
reticuloendotelial (fígado, baço, medula óssea, 
placas de Peyer), rins, bexiga e retorna ao 
intestino em grande quantidade = resposta 
inflamatória intensa e ulceração com perigo 
de perfuração intestinal (10% dos casos)… 
06/04/2017 
4 
Diagnóstico Clínico 
• Incubação: 7 a 21 dias 
• Sintomas inespecíficos: febre, mal estar, cefaléia, 
sintomas respiratórios semelhantes à gripe 
• Diarreia e constipação 
• Lesões maculopapulares eritematosas na pele no 
abdome superior (50% dos casos) 
• meningite 
• osteomielite 
• endocardite 
 
Diagnóstico Laboratorial 
• Hemocultura: primeira semana de infecção 
• Coprocultura: após terceira semana 
• Mielocultura: mais sensível, inclusive após o uso da 
antibioticoterapia 
• Isolamento da bactéria: padrão ouro = TSA 
• Teste sorológico de Widal: antígenos O e H de S. 
typhi e S. paratyphi na fase aguda e de 
convalescência 
 
Tratamento & Prevenção 
• Cloranfenicol, Ampicilina ou Ceftriaxona 
• Cepas resistentes a um ou mais antibióticos 
• Dificuldade de tratamento: bactérias intracelulares 
• Medidas de saúde pública, tratamento de portadores 
e vacinação 
• Portadores crônicos: remoção da vesícula biliar 
• Vacina: proteção não total 
Shigella 
• Shigelose: Sintomas brandos a graves 
• Fase tardia com sangue e muco nas fezes 
• Contaminação oral-fecal direto 
• Baixa dose infectante (cerca de 10-100 UFC) 
• Resistência mediada por plasmídeo é comum 
– TSA dos isolados 
• Antibióticos somente em casos graves 
(invasão bacteriana) 
Yersinia enterocolitica 
• Mais frequente em regiões frias 
• Habitat: Animais, inclusive domésticos 
• Invasão do íleo, necrose das Placas da Peyer e 
linfodenopatia mesentérica 
• Confunde-se com apendicite, pp em crianças 
• Febre, dor abdominal, diarreia, vômito 
Diarreia Hospitalar 
• É descrita na literatura como um episódio que 
ocorreu após 3 dias de internação. 
• Rotavírus (em crianças) 
• Clostridium difficile 
 
 (enterocolite pseudomembranosa) 
06/04/2017 
5 
Figuras. Aspectos da enterocolite pseudomembranosa em endoscopia 
Figuras. Aspectos da enterocolite pseudomembranosa em necrópsia de tecido. 
Referências Bibliográficas 
 
• Microbiologia Médica. MIMS, C. et al. 2a edição. Editora Manole. 2004. 
Capítulo 20. 
• Koneman. Diagnóstico Microbiológico. WINN, W. et al. 6a edição. 
Guanabara Koogan. 2008. 
• Microbiologia – Trabulsi 4a edição. Editora Atheneu 
• Procedimentos Laboratoriais: da Requisição do Exame à Análise 
Microbiológica. Módulo III da ANVISA 
• Manual ANVISA: Principais Síndromes Clínicas 
• Manual ANVISA: Detecção e identificação de bactérias de importância 
médica

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