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Relatório de Física Geral e Experimental II Análise do Oscilador Massa- Mola, do Pêndulo Simples e do Pêndulo Físico Junho-2017 Relatório de Física Geral e Experimental II Análise do Oscilador Massa- Mola, do Pêndulo Simples e do Pêndulo Físico Introdução teórica Um corpo que executa movimento periódico encontra-se sempre em uma posição de equilíbrio estável. Quando esse corpo é deslocado do equilíbrio e em seguida é liberado, surge um troque restaurador ou força restauradora que faz com que ele retorne a sua posição de equilíbrio inicial, mas quando ele atinge esse ponto, por ter acumulado energia cinética no trajeto, ele acaba passando dele e indo parar em algum ponto do outro lado e com isso é novamente puxado, pela força ou torque restaurador, em direção ao ponto de equilíbrio. Quando a força restauradora é diretamente proporcional ao deslocamento da posição de equilíbrio, a oscilação denomina-se Movimento Harmônico Simples (MHS). Um pendulo simples é um modelo idealizado que é formado por um corpo puntiforme suspenso por um fio de massa desprezível que por sua vez está acoplado à um pivô que permite a sua livre movimentação. Quando esse pendulo é puxado lateralmente a partir da sua posição de equilíbrio e em seguida é liberado, ele começa a oscilar em torno da posição de equilíbrio por causa da força restauradora proveniente da gravidade. A trajetória descrita pelo corpo é um arco de circunferência de raio igual ao comprimento do fio. http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php Desconsiderando a resistência do ar e fazendo a decomposição das forças atuantes no sistema do pendulo físico, chegamos à: http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/texto/texto6.htm A partir disso podemos perceber que a força restauradora responsável pelo movimento é F(θ)=-m.g.senθ. No entanto essa força é diferente da força que caracteriza o MHS (F(x)=-Kx), contudo para ângulos pequenos de θ, sen(θ) é aproximadamente igual à θ. θ é dado por θ =X/L Com isso: F(θ)=-, como m (massa do corpo), g (aceleração da gravidade local) e L(comprimento da corda) são constantes, podemos chamar =K. assim F(θ)=-K.X que é uma equação que caracteriza o MHS. Portanto através da análise do pendulo simples podemos dizer que para pequenos ângulos ele executa um MHS. Para qualquer MHS o período T é dado pela equação: , mas como K= temos: , logo o período de oscilação de um pêndulo simples pode ser expresso como: Essa equação nos diz que o período de oscilação do pêndulo simples não depende do ângulo em que ele é solto, mas sim de parâmetros considerados fixos como o comprimento do fio (L) do pêndulo e da gravidade local. Dessa forma podemos concluir que não deverá haver variações no período do pêndulo podendo o mesmo ser utilizado como medidor do tempo. O pêndulo físico, ou pêndulo composto, é qualquer pendulo que usa um corpo com volume finito, diferente do modelo idealizado pelo pendulo simples onde a massa está concentrada em um único ponto. Assim como o pendulo simples, o pendulo físico, para pequenos ângulos de oscilação, também realiza MHS. https://labanimation.wordpress.com/pendulo-fisico/ A expressão que determina o período T de um pendulo físico é dada por: Onde: I é momento de inercia do corpo em relação ao eixo de rotação; m é a massa total; d é a distância entre o ponto de suspenção O e o cetro de massa (CM). O pendulo físico é usado para medidas precisas de aceleração da gravidade, assim como também para a determinação do momento de inercia de um corpo de forma complicada. Objetivos Gerais Estudar o movimento de um pendulo simples e de um pendulo físico. Objetivos Específicos Verificar a dependência do período de oscilação do pêndulo simples com a massa, com o comprimento da corda e com a amplitude de oscilação; Calcular o período para cada comprimento de corda; Fazer comparações utilizando diferentes comprimentos e amplitudes para a determinação do tempo de oscilação; Determinar a aceleração da gravidade local; Comparar os momentos de inércias obtidos com os esperados. Materiais Utilizados 01 sistema de sustentação principal Arete formado por tripé triangular, haste, sapatas niveladoras; Painel com fixação integrada; 02 massas pendulares de mesmo volume e massas diferentes (Aço e Alumínio); Corda para o pêndulo; 01 cronômetro; 01 gancho lastro de massa (8 +-1) g; 01 régua milimetrada com dois orifícios (o maior na extremidade e o menor na posição 4,0cm da escala); 01 trena. Métodos Primeira parte do experimento: Pêndulo simples Montamos o conjunto com o prumo de maior massa (aço) e nivelamos com as sapatas. Ajustamos a corda do pendulo num comprimento de 20 cm, esse comprimento da corda foi medido do ponto de suporte até o centro de massa do objeto. Utilizando a massa pendular de aço, deslocamos o pêndulo num ângulo de 10º a partir da sua posição de equilíbrio, depois saltamos e medimos o tempo que ele leva para executar 10 oscilações completas. Repetimos o mesmo procedimento, mas agora para ângulos de 15º e depois de 20º. Medimos o tempo que cada experimento levava para fazer 10 oscilações completas cinco vezes com o intuito de minimizar o erro. Repetimos o procedimento para a massa pendular de alumínio, deslocando novamente o pêndulo em ângulos de 10º, 15º e 20º. E para cada deslocamento medimos o tempo de 10 oscilações completas cinco vezes. Depois variamos o comprimento do pêndulo. Utilizamos a massa pendular de aço, aumentamos o comprimento para 40 cm, deslocamos o pendulo, para 10º, 15º e 20º e para cada ângulo medimos o tempo de 10 oscilações completas 5 vezes. Aumentamos novamente para 60 cm, repetimos o procedimento e anotamos o tempo, e depois fizemos com 80cm e 100cm e repetimos o mesmo processo. Segunda parte do experimento: Pêndulo físico. Medimos a massa da régua e em seguida penduramos ela, pelo orifício mais distante de seu cetro, no sistema de sustentação principal Arete, depois deslocamos a régua num ângulo de 15º, da sua posição de equilíbrio, soltamos, medimos cinco vezes o tempo para dez oscilações completas e anotamos. Repetimos a operação, mas agora a régua estava pendurada pelo orifício mais próximo do seu centro. Parte 1 O experimento com o Oscilador Massa-Mola não foi realizado. Parte 2 Foi deslocado o pêndulo sucessivamente para as amplitudes de 10º, 15º e 20º, medindo o tempo de 10 oscilações. Alumínio – 20 cm 10º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 9,00 ± 0,1 9,15 ± 0,1 8,93 ± 0,1 9,31 ± 0,1 9,00 ± 0,1 0,1525 15º Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Desvio P. 8,75 ± 0,1 8,81 ± 0,1 8,69 ± 0,1 8,94 ± 0,1 8,97 ± 0,1 0,1205 20º Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Desvio P. 9,22 ± 0,1 8,88 ± 0,1 8,88 ± 0,1 8,88 ± 0,1 8,66 ± 0,1 0,2007 Obtendo os seguintes resultados: Deslocamento Inicial (°) Tempo de 10 oscilações (s) Período (s) Frequência (Hz) 1 10,0 9,078 ± 0,1 0,907 1,102 2 15,0 8,832 ± 0,1 0,883 1,132 3 20,0 8,904 ± 0,1 0,890 1,123 Tabela 2 Período versus Amplitude Frequência versus Amplitude Observou-se que a relação entre os períodos e amplitude, é inexistente, visto que no gráfico Período x Amplitude, considerando os erros humanos, pequena precisão do cronômetro e margem de erro houve apenas uma diferença de 0,009Hz, entre uma diferença de amplitude de 0,034 m. É pressuposto também que o valor do Período de um pêndulo, é dado em função do comprimento do pêndulo, e do valor da gravidade. Tabela 3 -> Não foi utilizadas amplitudes de 5º no experimento. Variando o comprimento do pêndulo, medimos o tempo de 10 oscilações completas. Aço – 20 cm 10º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 9,31 ± 0,1 9,25 ± 0,1 9,25 ± 0,1 9,16 ± 0,1 8,97± 0,1 0,1331 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 9,16 ± 0,1 9,19 ± 0,1 9,03 ± 0,1 9,03 ± 0,1 9,19 ± 0,1 0,0831 20º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 9,16 ± 0,1 9,97 ± 0,1 8,75 ± 0,1 8,91 ± 0,1 8,75 ± 0,1 0,1712 Aço – 40 cm 10º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 12,88 ± 0,1 12,63 ± 0,1 12,44 ± 0,1 12,59 ± 0,1 12,84 ± 0,1 0,1828 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 12,59 ± 0,1 12,47 ± 0,1 12,66 ± 0,1 12,69 ± 0,1 12,66 ± 0,1 0,0885 20º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 12,37 ± 0,1 12,53 ± 0,1 12,56 ± 0,1 12,91 ± 0,1 12,75 ± 0,1 0,2092 Aço – 60 cm 10º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 15,15 ± 0,1 15,19 ± 0,1 15,09 ± 0,1 15,25 ± 0,1 15,28 ± 0,1 0,0763 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 15,15 ± 0,1 15,16 ± 0,1 15,16 ± 0,1 15,19 ± 0,1 15,34 ± 0,1 0,0797 20º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 15,41 ± 0,1 15,28 ± 0,1 15,38 ± 0,1 15,22 ± 0,1 15,22 ± 0,1 0,0890 Aço – 80 cm 10º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 17,47 ± 0,1 17,78 ± 0,1 17,47 ± 0,1 15,25 ± 0,1 17,61 ± 0,1 0,1325 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 17,91 ± 0,1 17,66 ± 0,1 17,47 ± 0,1 15,19 ± 0,1 17,90 ± 0,1 0,3265 20º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 17,81 ± 0,1 17,56 ± 0,1 17,56 ± 0,1 17,90 ± 0,1 17,62 ± 0,1 0,2637 Aço – 100 cm 10º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 19,69 ± 0,1 19,78 ± 0,1 19,90 ± 0,1 15,25 ± 0,1 19,66 ± 0,1 0,1483 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 19,59 ± 0,1 19,59 ± 0,1 19,68 ± 0,1 15,19 ± 0,1 19,85 ± 0,1 0,1583 20º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 19,62 ± 0,1 20,28 ± 0,1 1972 ± 0,1 17,90 ± 0,1 19,72 ± 0,1 0,2604 Obtendo os seguintes resultados: Comprimento do Pêndulo (cm) Tempo de 10 Oscilações (s) Período (s) Frequência (Hz) 1 20 9,188 ± 0,1 0,919 1,088 2 40 12,676 ± 0,1 1,267 0,789 3 60 15,192 ± 0,1 1,519 0,658 4 80 17,588 ± 0,1 1,759 0,568 5 100 19,694 ± 0,1 1,969 0,507 Tabela 4 Período versus Comprimento do Fio Visto que o período do pêndulo é diretamente proporcional ao comprimento do fio, e a frequência é inversamente proporcional ao período, resultará que a frequência será inversamente proporcional ao comprimento do fio. Logo a frequência diminuirá quando o comprimento do fio aumentar. Utilizando o Método dos Mínimos Quadrados, calculamos o valor de g: y = b + ax T= 2π log T = log (2π) log T = log2π + log () log T = log2π + log () log T = log2π + (log l – log g) b = log2π - log g b = log2π - a log g log T = y e log l = x Comprimento: 1-20 cm = 0,20m log 0,20 = -0,699 2- 40 cm = 0,40 m log 0,40 = -0,398 3- 60 cm = 0,60 m log 0,60 = -0,221 4- 80 cm = 0,80 m log 0,80 = -0,096 5- 100 cm = 1m log 1 = 0 Período: 1-0,919 log 0,919= -0,037 2- 1,26s log 1,267 = 0,103 3- 1,51s log 1,519 = 0,181 4- 1,78s log 1,759 = 0,245 5- 1,96s log 1,969 = 0,294 A= [5*(-0,0654) - (-1,414*0,786)] / [5*(0,705) – (1,414)²] A=[-0,327 + 1,111]/[3,525-1,999] A=(0,784/1,526) A=0,513 B=[(0,786*0,705) - (-1,414*-0,0654)]/ [5*(0,705) – (1,414)²] B=[0,554 – 0,092/[3,525-1,999] B=(0,462/1,526) B=0,302B = log2pi – A*log g 0,302 = 0,798 – 0,513*log g -0,496 = -0,513*log g 0,966 = log g g = 9,24 m/s² A = nΣ(xi*yi) – Σxi*Σyi nΣ(xi²) – (Σxi)² B = Σyi*Σxi² - Σxi*Σ(xi*yi) nΣ(xi²) – (Σxi)² O valor da aceleração da gravidade obtido foi de g=9,24m/s², chegando a 94% do valor comum. O que mostra também, a eficiência do método dos mínimos quadrados. Parte 3 Foi medido o intervalo de tempo que a régua gasta, para realizar 10 oscilações completas. Distancia do ponto O para o centro de massa Tempo de 10 oscilações Períodos 1 D1 = 18,3 9,30 +- 0,1 0,93 2 D2 = 9,3 8,51 +-0,1 0,85 Tabela 5 Pendulo Físico 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 9,16 ± 0,1 9,38 ± 0,1 9,37 ± 0,1 9,37 ± 0,1 9,25 ± 0,1 0,0976 15º Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Tempo 4 (s) Tempo 5 (s) Desvio P. 8,35 ± 0,1 8,47 ± 0,1 8,53 ± 0,1 8,50 ± 0,1 8,75 ± 0,1 0,1456 Como T=2𝜋√𝐼𝑚𝑔𝑑 , utilizaremos a formula para encontrar o momento de inercia da régua nos determinados períodos encontrados no decorrer do experimento. Utilizando a massa da régua igual a (40 ± 3)g = 0,04kg Para o furo grande da régua (d=18,3) encontramos I=1,333X10-² Para o furo pequeno da régua (d=9,3) encontramos I=0,066*10-² Encontramos o momento de inércia para ambos os casos usando os dados da tabela, sendo eles o período em segundos, à distância em cm, a massa em kg e o tempo de 10 oscilações, aplicando na fórmula com os dados do furo maior e furo menor da régua, encontramos dois momentos de inércias diferentes. Conclusão Referências Young, Hung, D., Física II: Termodinâmica e Ondas/ Hung D. Young., Roger A Freedman; tradução e revisão técnica: Adir Moysés Luiz; 1ª edição – São Paulo; Person Addison Wesley, 2003. http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/MHS/pendulo.php. (Acessado em 15/07/2017 às 20:34). http://www.fisica.ufpb.br/~mkyotoku/texto/texto6.htm (Acessado em 15/07/2017 às 21:01).
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