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Fisioterapia Ortopédica funcional Prof. Erika Gomes Alves Mestre em Saúde, sociedade e endemias da Amazônia Especialista em Traumato Ortopedia Especialista em Gerontologia e Saúde do idoso Irritabilidade do tecido: Estágios de inflamação e regeneração ESTÁGIOS DA INFLAMAÇÃO E REGENERAÇÃO 1ª Fase: Aguda, Inflamatória ou Reacional. 2ª Fase: Subaguda, Reparo Cicatricial ou Regenerativa. 3ª Fase: Crônica ou Remodelação. APÓS QUALQUER AGRESSÃO AO TECIDO CONJUNTIVO, SEJA DEVIDO A LESÃO MECÂNICA ( INCLUINDO CIRURGIA), SEJA A UM IRRITANTE QUIMICO, A RESPOSTA VASCULAR E CELULAR É SEMELHANTE. A IRRITABILIDADE OU SENSIBILIDADE DO TECIDO, É RESULTADO DESSAS RESPOSTAS, E É GERALMENTE DIVIDIDA EM TRÊS ESTÁGIOS DE INFLAMAÇÃO E REGENERAção COM OS SINAIS E SINTOMAS CLINICOS CARACTERISTICOS. 3 SINAIS FLOGÍSTICOS ESTÁGIO AGUDO - REAÇÃO INFLAMATÓRIA Calor ( Metabolismo, Vasodilatação, Gasto de Energia). Rubor (Vasodilatação = Extravasamento de Sangue: Hiperemia). Edema (Vasodilatação = Acúmulo de Líquido no Interstício). Dor (Irritação das TNL - terminações nervosas livres, edema ou efusão articular, defesa muscular). Perda de Função. DURAÇÃO: 4 A 6 DIAS Sinais Flogísticos OS SINAIS DE INFLAMAÇÃO ESTÃO PRESENTES : EDEMA, RUBOR , CALOR, DOR E PERDA DA FUNÇÃO. QUANDO SE TESTA A ADM, O MOVIMENTO É DOLOROSO E GERALMENTE O PACIENTE RELATA SE PROTEGE CONTRA O MOVIMENTO ANTES QUE SEJA POSSIVEL COMPLETAR A ADM DURAÇÃO DE 4 A 6 DIAS, APENAS QUE A AGRESSÃO CONTINUE A hiperemia é um aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pela dilatação arterial, pelo número de vasos sanguíneos funcionais, ou por congestão Espaço intersticial Tnl: Terminações livres são receptores sensoriais ligados ao tacto. Formam-se na derme, praticamente em todo o corpo e ramificam-se até à epiderme. Captam estímulos dolorosos e relacionados com a temperatura. -Efusão Articular: Pode haver edema articular (efusão) devido a trauma ou doença. O derrame articular rápido geralmente indica sangramento dentro da articulação e pode ocorrer com trauma ou em doenças tais como hemofilia. O 4 SINAIS FLOGÍSTICOS Perpetue = se mantenha 5 FASES INFLAMATÓRIAS 1ª Fase: Aguda, Inflamatória ou Reacional. Reações Adversas ocorrem logo após a Lesão Tecidual onde o corpo promove uma resposta Celular e Humoral, caracterizando: Vasodilatação (aumento da permeabilidade dos vasos). Exsudação (de fluidos e produtos químicos). Extravasamento de Sangue (formação de coagulo). Estímulos Nocivos (irritação das terminações nervosas livres). Migração Leucocitária (deslocamento de células fagocitárias e de defesa para a neutralização dos agentes irritantes). Angiogênese (formando novos leitos capilares). Atividade Fibroblástica (com o objetivo de produzir os elementos necessários para o processo de cura). Duração da Fase: 4 a 6 dias. Sinais Flogísticos: Presentes. Resposta Humoral é uma resposta mediada por anticorpos, que são proteínas Imunoglobulinas (Ig), formadas por Plasmócitos exsudação: No caso de exsudação sanguínea por ferimento há passagem de proteínas do plasma, leucócitos, plaquetas e hemácias Exsudato (do latim exsūdāre significa fluir pra fora) se refere a saída de líquidos orgânicos através das paredes e membranas celulares, tanto de animais quanto de plantas, por lesão ou por inflamação Os fibroblastos são as células da derme responsáveis pela secreção das fibras de elastina e de colagénio bem como dos glicosaminoglicanos que formam a matriz de suporte da derme. processo de ingestão e destruição de partículas sólidas, como bactérias ou pedaços de tecido necrosado, por células ameboides chamadas de fagócitos [ 6 2ª Fase: Subaguda, Reparo Cicatricial ou Regenerativa. A fase Subaguda inicia antes do final da fase Aguda e é caracterizada pela síntese e deposição de colágeno (imaturo, delicado e pouco resistente). Migração Leucocitária (deslocamento de células fagocitárias e de defesa para a neutralização dos agentes irritantes e limpeza da lesão). Angiogênese (formando novos leitos capilares levando nutrientes e O2). Atividade Fibroblástica (com o objetivo de produzir os elementos necessários para o processo de cura, por exemplo, síntese e deposição de novo colágeno - imaturo, delicado e pouco resistente - e desenvolvendo tecido de granulação. Fechamento de ferida em: Músculos e pele: 5 a 8 dias. Tendões e ligamentos: 3 a 5 semanas. Sinais Flogísticos: Diminuídos. FASES INFLAMATÓRIAS TECIDO DE GRANULAÇÃO fibroblastos estarão em grande número a partir do 4º dia após a lesão e continuarão até o 21º dia, havendo uma grande deposição de colágeno (gradativa e aleatória), período em que podem ocorrer aderências teciduais indesejáveis. Os fibroblastos irão produzir tecido conjuntivo fino e desorganizado produzindo uma estrutura frágil e fácil de ser lesada. As características finais do tecido fibroso que se formará dependerão da atividade motora, especialmente na fase de remodelação, ou seja, o crescimento e alinhamento adequado desse tecido podem ser estimulados colocando-se uma carga de tensão apropriada, alinhadas com as sobrecargas normais daquele tecido. Tecido fibroso que se forma durante o processo de cicatrização de uma ferida ou de uma lesão na pele, de aparência rosada e granular no local da lesão, é formado por brotos capilares que se organizam das mais variadas formas, por estroma, leucócitos e hemáceas; caracteriza-se por fazer parte do período cicatricial, dando origem posteriormente à cicatriz. 7 FASE SUBAGUDA, REPARO CICATRICIAL OU REGENERATIVA. TENDÃO CALCÂNEO (AQUILES) 3ª Fase: Crônica ou Remodelação. Caracteriza por: Maturação do tecido conjuntivo. Retração da cicatriz formada. A Remodelação do tecido conjuntivo: Ocorre à medida que as fibras de colágeno se tornam mais espessa e reorientadas em resposta a sobrecarga nesse tecido. Devido ao modo como as moléculas imaturas do colágeno são mantidas unidas (pontes de hidrogênio) e aderem-se aos tecidos vizinhos, elas podem ser facilmente remodeladas com tratamento delicado e persistente, sendo possível por 8 a 10 semanas. À medida que a estrutura do colágeno apresenta ligações químicas mais fortes, ele se torna mais resistente a remodelação e com 14 semanas, o tecido cicatricial não responde a remodelação. Retração Cicatricial: Vantagens: diminui o defeito no tecido lesado. Desvantagens: pode limitar o movimento e causar dor. Sinais Flogísticos: Ausentes. FASES INFLAMATÓRIAS FASE CRÔNICA OU REMODELAÇÃO. FERIDA ABERTA TECIDO DE GRANULAÇÃO CICATRIZ O aumento da permeabilidade vascular ,levando ao extravasamento de fluido rico em proteina (exsudato) para o tecido extravascular ,e uma caracteristica fundamental da inflamaçao aguda. A perda de proteina do plasma reduz a pressao osmotica no fluido intersticial. ... O aumento do fluido extravascular causa o edema 11 INFLAMAÇÃO CRÔNICA - LER Classicamente, então, a inflamação crônica é composta por células do sistema mononuclear macrofágico (linfócitos, plasmócitos e macrófagos), por destruição tecidual, decorrente da permanência do agente agressor (fase degenerativo-necrótica), e por tentativas de reparação (fase produtivo-reparativa), traduzida pela formação de vasos sangüíneos (angiogênese) e pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose). A inflamação crônica acontece dentro de semanas ou meses e é caracterizada por inflamação ativa (infiltrado de células mononuclear es), com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização). Pode ser a continu ação de uma reação aguda, mas, muitas vezes, acontece de maneira insidiosa, como uma reaç ão pouco intensa e, freqüentemente, assintomática. Os macrófagos ativados secretam vári os mediadores da inflamação, os quais, se não controlados, podem levar à destruição tecidu al e fibrose características desse tipo de inflamação. As causas da inflamação crônica são, principalmente : infecções persistentes; exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, endóge nos ou exógenos; auto-imunidade, dentre outras. Os monócitos circulantes são recrutados para a área de inflamação, aderem ao endotélio vascular e emigram para o tecido, transformando-se em macrófagos teciduais, que serão ativados. Tal ativação pode ocorrer por via não-imu nológica, através da endotoxina, fibronectina e mediadores químicos ou através da vi a imunológica, com a presença de células T ativadas, que produzem citocinas, sendo a princip al delas o Interferon gama (IFN- γ ). A ativação macrocitária vai causar lesão tecidual, de vido à produção de metabólitos tóxicos de oxigênio, proteases, fatores quimiotáticos dos neut rófilos, fatores de coagulação, metabólitos do ácido aracdônico e óxido nítrico. A fibrose ocor rerá porque os macrófagos produzem ainda fatores de crescimento (PDGF, TGF, TGF- β ), citocinas fibrinogênicas, fatores de angiogênese (FGF) e colagenases de remodelamento. A presença de macrófagos do tecido cronicamente inf lamado é garantida pelo recrutamento de monócitos no sangue, proliferação l ocal de macrófagos e imobilização local dos macrófagos, sendo o primeiro mecanismo o mais i mportante. A destruição tecidual é uma das características mai s marcantes da inflamação crônica. Outras substâncias podem contribuir para o dano tis sular, além daquelas produzidas pelos macrófagos. As próprias células necróticas do tecid o inflamado podem iniciar a cascata inflamatória, ativando o sistema das cininas, coagu lação e fibrinolítico e liberação de mediadores pelos leucócitos responsivos ao tecido n ecrótico. Outras células também estão envolvidas na inflamaçã o crônica, como linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, mastócitos e neutrófilos. As citocinas produzidas pelos macrófagos, principal mente IL-1 e TNF, serão importantes no recrutamento de leucócitos, prolongando a respos ta inflamatória. Linfócitos e macrófagos interagem de maneira bidirecional, estimulando-se m utuamente. Os macrófagos ativados apresentam antígenos para os lintócitos T CD4+, alé m de expressarem moléculas co- estimulatórias. Esses linfócitos serão ativados, pr incipalmente na linhagem Th1, com a produção de IL-12, o que, por sua vez, estimula a a tivação de outros macrófagos, amplificando a resposta. Outra possibilidade é a estimulação sub seqüente de linfócitos B, com sua diferenciação em plasmócitos e a produção de antico rpos específicos. Essa via requer sinais moleculares diferentes da anterior (IL-4, por exemp lo). A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de reação inflamatória crônic a, caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos ativ ados, que geralmente desenvolvem uma aparência epitelióide (semelhante ao epitélio). Oco rre em algumas condições imunomediadas, em doenças infecciosas e em doenças não-infecciosas . A tuberculose, a sífilis, a hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condiçõ es em que esse tipo de inflamação se desenvolve. As causas da inflamação crônica são, principalmente : infecções persistentes; exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, endóge nos ou exógenos; auto-imunidade, dentre outras. 12 INFLAMAÇÃO CRÔNICA Classicamente, então, a inflamação crônica é composta por células do sistema mononuclear macrofágico (linfócitos, plasmócitos e macrófagos), por destruição tecidual, decorrente da permanência do agente agressor (fase degenerativo-necrótica), e por tentativas de reparação (fase produtivo-reparativa), traduzida pela formação de vasos sangüíneos (angiogênese) e pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose). A inflamação crônica acontece dentro de semanas ou meses e é caracterizada por inflamação ativa (infiltrado de células mononuclear es), com destruição tecidual e tentativa de reparar os danos (cicatrização). Pode ser a continu ação de uma reação aguda, mas, muitas vezes, acontece de maneira insidiosa, como uma reaç ão pouco intensa e, freqüentemente, assintomática. Os macrófagos ativados secretam vári os mediadores da inflamação, os quais, se não controlados, podem levar à destruição tecidu al e fibrose características desse tipo de inflamação. As causas da inflamação crônica são, principalmente : infecções persistentes; exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, endóge nos ou exógenos; auto-imunidade, dentre outras. Os monócitos circulantes são recrutados para a área de inflamação, aderem ao endotélio vascular e emigram para o tecido, transformando-se em macrófagos teciduais, que serão ativados. Tal ativação pode ocorrer por via não-imu nológica, através da endotoxina, fibronectina e mediadores químicos ou através da vi a imunológica, com a presença de células T ativadas, que produzem citocinas, sendo a princip al delas o Interferon gama (IFN- γ ). A ativação macrocitária vai causar lesão tecidual, de vido à produção de metabólitos tóxicos de oxigênio, proteases, fatores quimiotáticos dos neut rófilos, fatores de coagulação, metabólitos do ácido aracdônico e óxido nítrico. A fibrose ocor rerá porque os macrófagos produzem ainda fatores de crescimento (PDGF, TGF, TGF- β ), citocinas fibrinogênicas, fatores de angiogênese (FGF) e colagenases de remodelamento. A presença de macrófagos do tecido cronicamente inf lamado é garantida pelo recrutamento de monócitos no sangue, proliferação l ocal de macrófagos e imobilização local dos macrófagos, sendo o primeiro mecanismo o mais i mportante. A destruição tecidual é uma das características mai s marcantes da inflamação crônica. Outras substâncias podem contribuir para o dano tis sular, além daquelas produzidas pelos macrófagos. As próprias células necróticas do tecid o inflamado podem iniciar a cascata inflamatória, ativando o sistema das cininas, coagu lação e fibrinolítico e liberação de mediadores pelos leucócitos responsivos ao tecido n ecrótico. Outras células também estão envolvidas na inflamaçã o crônica, como linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, mastócitos e neutrófilos. As citocinas produzidas pelos macrófagos, principal mente IL-1 e TNF, serão importantes no recrutamento de leucócitos, prolongando a respos ta inflamatória. Linfócitos e macrófagos interagem de maneira bidirecional, estimulando-se m utuamente. Os macrófagos ativados apresentam antígenos para os lintócitos T CD4+, alé m de expressarem moléculas co- estimulatórias. Esses linfócitos serão ativados, pr incipalmente na linhagem Th1, com a produção de IL-12, o que, por sua vez, estimula a a tivação de outros macrófagos, amplificando a resposta. Outra possibilidade é a estimulação sub seqüente de linfócitos B, com sua diferenciação em plasmócitos e a produção de antico rpos específicos. Essa via requer sinais moleculares diferentes da anterior (IL-4, por exemp lo). A inflamação granulomatosa é um padrão distinto de reação inflamatória crônic a, caracterizada pelo acúmulo focal de macrófagos ativ ados, que geralmente desenvolvem uma aparência epitelióide (semelhante ao epitélio). Oco rre em algumas condições imunomediadas, em doenças infecciosas e em doenças não-infecciosas . A tuberculose, a sífilis, a hanseníase e a doença da arranhadura do gato são algumas condiçõ es em que esse tipo de inflamação se desenvolve. As causas da inflamação crônica são, principalmente : infecções persistentes; exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, endóge nos ou exógenos; auto-imunidade, dentre outras. 13 SÍNDROME DA DOR CRÔNICA ESTADO PERSISTENTE ALÉM DOS SEIS MESES . INCLUI DOR , QUE NÃO PODE SER VINCULADA A UMA FONTE DE IRRITAÇÃO OU INFLAMAÇÃO E LIMITAÇÕES FUNCIONAIS E INCAPACIDADE QUE ENVOLVEM PARAMETROS FISICOS, EMOCIONAIS E PISCOLOGICOS. As SDC podem ser classificadas de acordo com a região acometida: cervicobraquialgia, lombalgia, fibromialgia, cefaléia, etc. Nesta classificação não há compromisso com etiologia ou patologia. Algumas classificações envolvem etiologias e mecanismos patogênicos, mesmo que estes sejam controversos: lesão por esforços repetitivos, lesão por traumas repetitivos, síndrome de uso excessivo, fibromialgia, distrofia simpática reflexa. A sintomatologia dolorosa pode ser atribuída a alguma patologia localizada, como em síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, tenossinovite, etc. Outras classificações são baseadas em aspectos psicológicos. Em algumas, predominam as descrições fenomenológicas, enquanto em outras são realçados aspectos sociológicos. O Diagnostic and Statistical Manual IV (DSM-IV) 19 classifica as síndromes dolorosas crônicas entre os transtornos somatoformes, transtornos factícios e a simulação. A dor também pode ser manifestação de doença psiquiátrica, como depressão, ansiedade e psicose. Nos transtornos somatoformes a dor pode fazer parte do transtorno de somatização, quando é acompanhada de sintomas gastrointestinais, sintoma sexual e sintomas pseudoneurológicos. Quando a dor é o único sintoma, é classificada como transtorno doloroso. Os transtornos somatoformes são considerados de natureza inconsciente e involuntários, ao contrário dos transtornos factícios e simulação, que são conscientes e voluntários. Somatização é diagnosticada quando a pessoa apresenta 14 TRATAMENTO DURANTE A FASE AGUDA 1. EDUCAR O PACIENTE Informar o paciente sobre a duração dos sintomas ( 4-6 dias) Limitações durante esta fase Proteção dos tecidos lesionados PROTEGER O LOCAL 24 – 48 HORAS O PAPEL DO FISIOTERAPEUTA DURANTE ESSA FASE DE RECUPERAÇÃO É CONTROLAR OS EFEITOS DA INFLAMAÇÃO, FACILITAR A REGENERAÇÃO DA FERIDA E MANTER A FUNÇÃO NORMAL NOS TECIDOS E REGIÕES DI CORPO QUE NÃO FORMA AFETADOS 15 TRATAMENTO DURANTE A FASE AGUDA 2. CONTROLE DA DOR, EDEMA, ESPASMO Frio, compressão, elevação, massagens Imobilizar o segmento acometido Protocolo PRICE P= Protection ( proteção ) R= Rest (repouso ou restrição de atividade) I= ICE (gelo) C= Compression (compressão) E = Elevation (elevação) 16 TRATAMENTO DURANTE A FASE AGUDA 3. MANTER A INTEGRIDADE E A MOBILIDADE DOS TECIDOS MOLES E DA ARTICULAÇÃO Dosagem apropriada de movimentos passivos dentro do limite da dor, especifica a estrutura envolvida Dosagem adequada de isométricos intermitentes leves ou estimulação elétrica A IMOBILIZAÇÃO COMPLETA OU CONTINUA DEVE SER EVITADA SEMPRE QUE POSSIVEL , JÁ QUE PODE LEVAR A ADERENCIA DE FIBRILAS EM DESENVOLVIMENTO NOS TECIDOS VIZINHOS, ENFRAQUECIMENTO DO TECIDO CONJUNTIVO E ALTERAÇÕES NA CARTILAGEM ARTICULAR PARA DESENVOLVIMENTO DE UMA CICATRIZ ORGANIZADA, COMEÇAR O TRATAMENTO DURATNE O ESTAGIO AGUDO, QUANDO TOLERADO, COM MOVIMENTOS PASSIVOS , CUIDADOSAMENTE CONTROLADOS 17 TRATAMENTO DURANTE A FASE AGUDA 4. MANTER A INTEGRIDADE E A FUNÇÃO DAS ÁREAS ASSOCIADAS Exercícios ativo-assistidos, livres, resistidos e/ou aeróbicos modificados, dependendo da proximidade com áreas associadas e dos efeitos na lesão primária. Dispositivos adaptativos ou auxiliares conforme a necessidade de proteção durante as atividades funcionais. Fortalecimento muscular Circulação Atividades funcionais Durante a fase de proteção , manter o estado mais fisiologico possivel nas areas relacionadas do corpo Incluir tecnicas para manter e melhorar o quadro clinico 18 INTERVENÇÕES E DOSAGENS ESPECÍFICAS ADM PASSIVA: dentro do limite da dor, importante para manutenção da mobilidade de tecidos moles e articulações, melhora da circulação MOBILIZAÇÃO ARTICULAR: separação/ deslizamento graus I e II, inibição da dor e nutrição articular ISOMÉTRICOS: contrações suaves ativam a circulação local, manutenção da força muscular Lesão muscular: músculos devem estar na posição encurtada Lesão articular: posição de repouso articular é a mais confortável MASSAGEM: ativa a circulação, prevenir aderências SE O MOVIMENTO AUMENTAR A DOR E A INFLAMAÇÃO, A DOSAGEM FOI GRANDE DEMAIS OU O MOVIMENTO NÃO DEVERIA TER SIDO FEITO. É PRECISO CUIDADO NESSA FASE 19 TRATAMENTO DURANTE A FASE AGUDA PRECAUÇÕES é preciso usar uma dosagem apropriada de repouso e movimento durante o estágio inflamatório. Os sinais de movimento excessivo são aumento da dor ou da inflamação. CONTRA INDICADO Exercícios de alongamento e de resistência. TRATAMENTO DURANTE A FASE SUB AGUDA 1. EDUCAR O PACIENTE Informar sobre o Tempo previsto para regeneração Ensinar exercícios domiciliares, atividades funcionais Monitorar e realizar modificações a medida que o paciente progride O papel do fisioterapeuta durante este estágio é decisivo. A dor não é mais constante e o movimento ativo pode ser iniciado. A chave é iniciar e progredir com exercicios e atuvudades não destrutivos , dentro da tolerancia do tecido em regeneração, para que reajam a eles sem que haja novo processo inflamatorio 21 TRATAMENTO DURANTE A FASE SUB AGUDA 2. PROMOVER A REGENERAÇÃO DOS TECIDOS LESADOS Monitorar a resposta do tecido à progressão do exercício Reduzir a intensidade caso a inflamação aumente Proteger o tecido em regeneração com dispositivos auxiliares Aumentar gradativamente a mobilidade articular A fase subaguda é o periodo de transição durante o qual os exercicios ativos dentro da adm disponivel livre de dor do tecido lesado podem começar a ser progredidos com cuidado para exercicios de resistencia muscular á fadiga e fortalecimento , dentro da tolerancia do paciente 22 TRATAMENTO DURANTE A FASE SUB AGUDA 3. RESTAURAR A MOBILIDADE DOS TECIDOS MOLES, MÚSCULOS E /OU ARTICULAÇÕES Progredir para ADM ativo – assistida dentro dos limites da dor Aumentar a mobilidade cicatricial Aumentar progressivamente a mobilidade das estruturas relacionadas caso haja retração TRATAMENTO DURANTE A FASE SUB AGUDA 4. DESENVOLVER CONTROLE NEUROMUSCULAR, RESISTÊNCIA A FADIGA E FORÇA NOS MÚSCULOS ENVOLVIDOS E ADJACENTES. Exercícios isométricos em múltiplos ângulos dentro da tolerância do paciente Progredir para resistência com cargas leves A medida que a ADM ativa, mobilidade intra-articular e a regeneração aconteçam, iniciar exercícios isotônicos com >repetições Controle e biomecânica apropriada TRATAMENTO DURANTE A FASE SUB AGUDA 5. MANTER A INTEGRIDADE E A FUNÇÃO DAS ÁREAS ASSOCIADAS Aplicar exercícios progressivos de fortalecimento e estabilização, monitorando o efeito na lesão primária Mobilização articular graus III e IV: restaurar a ADM Reassumir atividades funcionais de baixa intensidade envolvendo o tecido em regeneração, sem exacerbar os sintomas INTERVENÇÕES E DOSAGENS ESPECÍFICAS ISOMETRIA SUBMÁXIMA EM MÚLTIPLOS ÂNGULOS: controle e fortalecimento muscular, sem dor. ADM ATIVA: desenvolver controle da mobilidade articular, dentro das habilidades musculares disponíveis RESISTÊNCIA MUSCULAR À FADIGA: fibras de contração lenta são as primeiras a atrofiar com o desuso. Aplicar Exercícios de baixa intensidade e alta repetição com resistência leve (em caso de lesão muscular utilizar exerc. concêntricos) EXERCÍCIOS EM CADEIA FECHADA: com apoio parcial, impor carga ao segmento afetado estimulando a contração dos músculos estabilizados. SE O MOVIMENTO AUMENTAR A DOR E A INFLAMAÇÃO, A DOSAGEM FOI GRANDE DEMAIS OU O MOVIMENTO NÃO DEVERIA TER SIDO FEITO. É PRECISO CUIDADO NESSA FASE Exercicios excentricos e com resistencia pesada podem causar trauma adicional ao musculo e não são usados no estagio subagudo inicial após uma lesao muscular 26 TRATAMENTO DURANTE A FASE SUB AGUDA PRECAUÇÕES Os sinais de inflamação e edema articular normalmente diminuem nesse estágio Ocorrerá algum desconforto a medida que o nível de atividade for progredido, mas não deve durar mais que algumas horas Sinais de movimento ou atividade em excesso são dor em repouso, fadiga, aumento de fraqueza e espasmo muscular TRATAMENTO DURANTE A FASE CRÔNICA 1. EDUCAR O PACIENTE Instruir o paciente sobre progressões seguras dos exercícios e do alongamento e fortalecimento. Ensinar meios de evitar novas lesões Ensinar mecânica corporal segura e orientações ergonômicas O papel do fisioterapeuta é elaborar uma progressao de exercicios que sobrecarreguem com segurança o tecido conjuntivo que está amadurecendo, tanto em termos de flexibilidade e força muscular, para que o paciente retorne as atividades funcionais e profissionais. 28 TRATAMENTO DURANTE A FASE CRÔNICA 2. AUMENTAR A MOBILIDADE DOS TECIDOS MOLES, MÚSCULOS E/OU ARTICULAÇÕES Técnicas de alongamento específicas a tecidos retraídos Articulações ( mobilização articular) aderências em ligamentos, tendões e tecidos moles ( massagem transversa) Músculos (alongamento passivo, massagem, exercícios de flexibilidade) TRATAMENTO DURANTE A FASE CRÔNICA Progredir os exercícios aeróbicos usando atividades seguras Continuar usando dispositivos de suporte e/ou auxilio até que a articulação esteja funcionalmente com mobilidade intra-articular e força mm. Adequada Fortalecimento muscular progressivo Atividades funcionais avançadas 3. MELHORAR A RESITÊNCIA CARDIOVASCULAR À FADIGA E PROGREDIR PARA ATIVIDADES FUNCIONAIS TRATAMENTO DURANTE A FASE CRÔNICA PRECAUÇÕES Não deve haver sinais de inflamação Algum desconforto pode ocorrer a medida que o nível de atividade for progredido, não devendo durar mais que algumas horas Sinais de dosagem de exercícios inadequada: edema articular, dor que dura > 4 horas ou requer medicação para alivio, diminuição da força e fadiga TRATAMENTO INFLAMAÇÃO CRÔNICA Referências KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen; BORSTAD, John. Therapeutic exercise: foundations and techniques. Fa Davis, 2017. Cap. 8.
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