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Demografia

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Introdução à demografia com os dados do Censo
A Demografia é uma ciência que tem por finalidade o estudo de populações humanas, enfocando aspectos tais como sua evolução no tempo, seu tamanho, sua distribuição espacial, sua composição e características gerais.
Uma preocupação fundamental no estudo das populações humanas é com o seu tamanho em determinado momento e com os possíveis fenômenos que determinam ou afetam esse tamanho, tais como os nascimentos, os óbitos e
 fenômenos migratórios. É importante investigar de que modo cada um desses componentes pode ser afetado por mudanças nos demais e como esses fenômenos se relacionam entre si.
Além da preocupação com o tamanho e crescimento da população, é de fundamental importância em Demografia o estudo da composição da população por idade e sexo, principalmente pela sua repercussão sobre os fenômenos demográficos, sociais e econômicos. Existem outras características populacionais que merecem destaque pela sua importância na compreensão de outros fenômenos de natureza social e econômica, entre elas, a estrutura populacional segundo estado civil, região geográfica de residência ou de nascimento, condição de atividade econômica etc.
O tamanho e a composição são considerados aspectos estáticos de uma população. No entanto, a Demografia trata também dos aspectos dinâmicos das populações, ou seja, das mudanças e inter-relações entre as variáveis demográficas básicas – fecundidade, mortalidade e migração.
INTERRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS
1) Por um lado, a natalidade, a mortalidade e a migração são fatores que modificam a população.
Exemplo: a manutenção de uma natalidade alta leva a uma população predominantemente jovem;
2) Por outro lado, esses fatores modificadores dependem fortemente dos aspectos gerais da
população. 
Exemplo: em uma população velha morrem relativamente mais pessoas.
DEFINIÇÕES PARA POPULAÇÃO
Em Demografia, população é o conjunto de habitantes em um certo espaço geográfico. É
preciso especificar quais pessoas são consideradas habitantes da área. Por exemplo, militares e
diplomatas que estão temporariamente ausentes, são habitantes do país de origem ou do país onde
estão em serviço? Estudantes que se mudam para a cidade onde fazem o curso, mas que voltam para
casa nos finais de semana e férias, são habitantes de que cidade?
De acordo com a condição da pessoa no domicílio, há duas formas de definir população.
População presente: inclui todas as pessoas que estão, de fato, presentes no domicílio de uma certa unidade geográfica. Todas as pessoas presentes, na data de referência do levantamento de dados, são consideradas, independentemente de ser morador ou não no domicílio, incluindo visitantes e turistas.
- População residente: inclui todas as pessoas que pertencem a uma certa unidade geográfica, por cidadania ou por outro motivo que lhes dá o direito de serem moradores do domicílio. Considera todos os residentes, estando presentes ou não no domicílio, na data de referência do levantamento de dados.
A população residente é um termo vago, que permite várias interpretações, já que não especifica os critérios que levam a considerar uma pessoa como moradora do domicílio. Para obter alguma compatibilidade, as Nações Unidas recomendam que cada país produza censos com um total populacional que exclua militares estrangeiros e pessoal diplomata que atue no país e inclua pessoal atuante no estrangeiro, como das forças armadas, marinha mercante e diplomatas. 
Nos censos demográficos brasileiros, o IBGE, ultimamente, tem incluído na população residente todas as pessoas que habitualmente moram no domicílio, mesmo estando ausente na data de referência do censo, desde que o período de afastamento não seja superior a 12 meses.
Os dados do Censo Demográfico, a maior pesquisa do país, foram divulgados: somos 185 milhões de brasileiros, cerca de 16 milhões a mais do que em 2000. O que esse número diz aos alunos? Mencionar informações desse tipo sem contextualização não traz conhecimentos concretos. Por isso, a regra é aproximar a Geografia do cotidiano deles. O segredo para que a aula não fique apenas nos dados numéricos, enfatiza o professor Jorge Barcellos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é trabalhar as informações de forma sensível, colocando o aluno na discussão. "Assim, ele compreende os temas tratados na disciplina." 
Os números podem ser uma valiosa ferramenta para que as crianças a partir do 3º ano comecem a dar os primeiros passos rumo à compreensão de conceitos relacionados à população e à sua dinâmica. Para José Carlos Milléo, docente do departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), os alunos podem comparar a população brasileira com a do seu estado e da sua cidade e analisar as alterações ao longo dos anos. "Essa é uma informação básica para começar a entender que o crescimento populacional é um processo dinâmico, que se modifica ao longo do tempo e sofre transformações de acordo com as mudanças sociais", completa. 
Os antropologistas acreditam que a espécie humana data de, pelo menos, 3 milhões de anos e na maior parte da nossa história, estes distantes ancestrais viveram uma existência precária como caçadores e em bandos . Este modo de vida manteve baixo o total populacional, provavelmente menos de 10 milhões. No entanto, com a introdução da agricultura, as comunidades evoluíram, podendo sustentar mais pessoas.
No ano 1 da era cristão, a população mundial expandiu-se para cerca de 300 milhões e continuou a crescer a uma taxa moderada. Mas depois do início da Revolução Industrial no século 18, os padrões elevados de subsistência e as áreas atingidas por fome e epidemias diminuíram, em algumas regiões. A população então cresceu aceleradamente, decolando para 760 milhões em 1750 e atingiu 1 bilhão ao redor do ano 1800.
A população mundial cresceu acelerado após a 2ª Guerra Mundial, quando a população das regiões menos desenvolvidas começou a crescer dramaticamente. Durante o século 20, cada bilhão adicional foi atingido em um curto período de tempo. A população humana entrou no século 20 com 1,6 bilhão de pessoas e encerrou o século com 6,1 bilhões.
O professor também pode verificar se os alunos acompanharam o trabalho dos recenseadores (quando foram à sua casa) e como eles avaliam a utilidade de uma pesquisa como essa. Além disso, vale explicar como os dados são coletados e demonstrar que a análise deles permite compreender quem são, onde estão e como vivem os brasileiros.
Como interpretar pirâmides etárias
Objetivos 
- Conhecer e usar métodos de pesquisa na Geografia. 
- Adquirir noções da espacialidade. 
- Identificar dados sobre a população em representações e mapas. 
- Usar diferentes linguagens para representar fenômenos geográficos. 
Conteúdo
- População e diversidade em sua composição: faixas etárias. 
- Construção e significado de uma pirâmide etária. 
Anos 
4º e 5º. 
Tempo estimado 
Oito aulas. 
Material necessário 
Papel em branco, papel quadriculado, papel craft, caixas de fósforo ou palitos de sorvete, cartolina, canetas coloridas ou tintas escolares e planta da escola. 
Desenvolvimento 
1ª etapa
Forme grupos e entregue imagens de pirâmides etárias e dados do Censo 2010. Peça que os grupos discutam o que veem e montem um quadro em cartolina ou papel com duas colunas: "o que entendemos" e "o que não entendemos". Abra a roda para que os grupos exponham seus quadros. Construa um quadro-síntese numa folha de papel craft com as colocações dos grupos. Fixe o quadro na parede da sala e comente as dúvidas. Em seguida, exponha a proposta de atividade: um recenseamento na escola.
2ª etapa
Previamente, prepare a reprodução da planta da escola, dividindo-a em áreas numeradas conforme a quantidade de grupos. Apresente um vídeo sobre o Censo 2010 que mostre ferramentas dos recenseadores e lance algumas perguntas: "Quantas pessoas fazem parte da escola nesse período?" e "Como são essas pessoas quanto à idade?". Em grupos,
os alunos devem elaborar uma ficha de entrevista para a obtenção dos dados. Cada equipe expõe suas perguntas e todos colaboram na elaboração do questionário final. Distribua uma planta para cada grupo e sorteie a distribuição das áreas pesquisadas. 
4ª etapa
Dê inicio à representação tridimensional dos dados, lançando a pergunta: "Como transformar os dados numéricos em uma representação tridimensional?" Mostre o material para os alunos e problematize a questão da escala, relacionando os números coletados com as medidas dos materiais: altura ou espessura fixa para os grupos etários e comprimentos variáveis e proporcionais de acordo com o número de pessoas dentro de cada faixa de idade. Decida a escala com eles. Cada grupo constrói a sua representação com legenda, procurando a melhor forma de expor seus dados. Faça uma exposição das representações. 
5ª etapa
Para transformar a representação tridimensional em um gráfico, entregue a cada aluno um papel quadriculado e peça que represente nele a sua "pirâmide" tridimensional, considerando as devidas proporções. Promova a apresentação coletiva usando uma estratégia que verifique a eficácia das mensagens (por exemplo: um lê o gráfico do outro). Apresente variadas pirâmides etárias, associando-as às que foram construídas pelos alunos.
6ª etapa
Para trabalhar qualitativamente os dados de uma pirâmide etária por idade, introduza textos jornalistícos que falem da infância, da terceira idade etc.
Avaliação 
Observe os registros dos alunos, a participação e a aprendizagem do conteúdo conceitual com base na retomada do quadro inicial.

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