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Estágio Supervisionado

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES
LICENCIATURA PLENA EM LETRAS
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LÍNGUA MATERNA I
PROFESSORA: MARTHA CHRISTINA FERREIRA ZONI DO NASCIMENTO
Projeto de Intervenção Pedagógica
TEMA: As Figuras de Linguagem por meio do Gênero Textual Histórias em Quadrinhos (HQs)
Acadêmicos: Maria Auxiliadora B. da Rocha
Nixon Rocha Sarges
Sabrina dos Santos Gualberto
Romário Estrão Pelaes
MACAPÁ-AP
2016
Projeto de Intervenção Pedagógica
As Figuras de Linguagem por meio do Gênero Textual Histórias em Quadrinhos (HQs)
1– Público Alvo: esta proposta pedagógica é voltada para os estudantes do projeto UniENEM no Campus Marco Zero da Universidade Federal do Amapá - Unifap.
2- Justificativa:
Ao longo de dois anos que já se passaram do nosso curso, muitas foram as discussões em relação ao que deveria ser ensinado, no que diz respeito a língua portuguesa e de que forma se ensinar. Sabemos pelo que foi exposto ao longo desse tempo em sala de aula que se deve atentar para o ensino de língua portuguesa atrelada aos gêneros textuais e é isso que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Língua Portuguesa (1998) propõem: a utilização dos gêneros textuais como objeto de ensino para a prática de leitura e produção, e ainda defendem os gêneros como fortes aliados no processo de ensino aprendizagem da Língua Portuguesa.
Os gêneros textuais são classificações de textos de acordo com o objetivo e o contexto em que são empregados. Para Marcuschi “os gêneros textuais são os textos que encontramos em nossa vida diária e que apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais, objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas, sociais, institucionais e técnicas”. (2008, p. 155)
Segundo BRONCKART (1994), os gêneros textuais constituem ações de linguagem que exigem do interlocutor, competência para escolher dentre os diversos gêneros o mais adequado ao contexto e sua intenção comunicativa, além da aplicação e decisão que acrescentará algo a forma destacada recriando-a. Em vista disso e levando-se em conta que no processo de ensino-aprendizagem, não basta disponibilizar aos alunos modelos de textos prontos, pois é necessário refletir sobre as formas de utilização de cada um, e que se deve trabalhar com textos que fazem parte da realidade do cotidiano dos educandos, escolhemos como gênero textual para as atividades deste estágio as Histórias em Quadrinhos (HQs), atividades estas que serão realizadas em uma turma de Pré-ENEM da Universidade Federal do Amapá.
Além do motivo exposto acima, temos nos fundamentado na questão de que os HQs estão presentes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), desde sua primeira versão, e isso implica de forma prática, mostrar aos alunos de que forma esse gênero é trabalhado no exame, quais competências são exigidas e a importância de se trabalhar este gênero para que se faça uma boa prova. Além disso a HQ é um gênero bastante expressivo e são uma alternativa agradável de ser trabalhada em sala de aula. Como afirma Rezende: As HQs são “[...] obras ricas em simbologia – podem ser vistas como objeto de lazer, estudo e investigação. A maneira como as palavras, imagens e as formas são trabalhadas apresenta um convite à interação autor-leitor (2009, p. 126)
Vale lembrar ainda que as HQs não se limitam ao público infantil, elas são lidas por leitores das mais diferentes faixas etárias, e que, além do entretenimento encontrado no decorrer da leitura, há, dentre outras possibilidades, a edificação do conhecimento, pois as HQs aumentam a capacidade interpretativa dos alunos e permitem alcançar mais do que apenas o conteúdo decodificado, mas o subentendido.
Os PCN (2000) para o ensino médio também ressaltam para disciplina de Língua Portuguesa a inclusão das HQs, uma vez que esse gênero veicula aspectos da realidade social, propiciando ao aluno a reflexão sobre temas sociopolíticos, econômicos e culturais que, muitas vezes, permeiam o conteúdo das histórias.
Ressaltamos ainda que as HQs prendem a atenção do aluno e fazem com que visualizem os conceitos, ampliando a possibilidade de compreensão e segundo Ramos & Vergueiro (2009), as histórias em quadrinhos ampliam o vocabulário do aluno, por mais que elas sejam escritas com linguagem acessível a todos os públicos, pois abordam temas variados, introduzindo vocábulos novos, de forma imperceptível.
Trabalharemos por meio desse gênero o tema Figuras de Linguagem, pois é um dos temas mais recorrentes na prova de Linguagens e Códigos do Enem. Entre questões sobre gêneros textuais, literatura e interpretação de texto, elas aparecem cobrando do candidato atenção e bom domínio da linguagem literária. 
No que tange o seu ensino em sala de aula, é de grande importância para o aluno que ele saiba que a língua é multifacetada, e se apresenta de diferentes formas e em diferentes contextos, a depender do sentindo que se quer dar a determinado discurso. Segundo o portal da educação A importância em reconhecer figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento, além de auxiliar a compreender melhor os textos literários, deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao significado simbólico das palavras e dos textos (PORTAL EDUCAÇÃO, 2008). Portanto, a compreensão das figuras de linguagem é muito importante para um bom entendimento do texto, se soubermos identificá-las e qual o seu significado, saberemos a finalidade da mensagem transmitida pelo autor.
Por fim, destacamos a importancia do estágio supervisionado, pois é um momento privilegiado da formação que permite termos contato com a prática na relidade escolar, o que nos favorecerá na tomada de decisões quando formos exercer a profissão. Segundo o Art. 1º da Resolução N. 02/2010 – CONSU/UNIFAP: 
Estágio é um modo especial de capacitação em serviço, caracterizado por conjunto de atividades de prática pré-profissional, exercidas pelo acadêmico em ambiente real de trabalho, sob supervisão, e que possibilita a apreensão de informações sobre o mercado de trabalho, desenvolvimento de conhecimentos e habilidades específicas à formação profissional, e ainda, aperfeiçoamento cultural e de relacionamento humano.
Percebemos que os conhecimentos que teoricamente adquirimos ao longo do processo acadêmico, agora nos será apresentado como nossa realidade profissional e entendemos que seria um desgaste caso não houvesse interesse em aprender e preparar-se para a nossa futura profissão. Pois como afirma Mafuani, 2011:
A experiência do estágio é essencial para a formação integral do aluno, considerando que cada vez mais são requisitados profissionais com habilidades e bem preparados. Ao chegar à universidade o aluno se depara com o conhecimento teórico, porém muitas vezes, é difícil relacionar teoria e prática se o estudante não vivenciar momentos reais em que será preciso analisar o cotidiano.
3. Objetivos:
3.1 Objetivo Geral: Fazer com que o aluno leia, escreva e compreenda os discursos a serem desenvolvidos em sala de aula, levando-os assim, a refinarem e desenvolverem suas capacidades em relação a leitura, escrita, oralidade e conhecimentos linguísticos gramaticais inseridos nos gêneros a serem abordados e também os levando a reconhecerem os gêneros e saber, produzir quando lhe for solicitado.
3.2 Objetivos Específicos:
Conceituar e exemplificar as principais figuras de linguagem.
Reconhecer a função das figuras de linguagem na construção de sentidos dos textos.
Apresentar o gênero textual Histórias em Quadrinhos (HQs), sua estrutura, função e características.
Construir HQs com diálogos que possuam as figuras de linguagem trabalhadas.
4 - Metodologia
Para executarmos o que preconiza este projeto optamos pelo uniENEM da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) que é um cursinho preparatório destinado a pessoas de baixa renda que pretendem fazer o Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM). Divididos em duas turmas cada uma com aproximadamente 45 de alunos, optamos por observar e intervir nas aulas de Língua Portuguesa (interpretação de texto) nas duas turmas, tanto na A quanto na B, cada uma com duas aulas de 50 minutos semanais. Nossas atividades serão divididas da seguinte maneira: 4 semanas de observação sendo cada semana com 4 horas/aula e 2 semanas de regência totalizando 8h/aulas ministradas. Nas semanas de observação tínhamos como propósito analisar o comportamento dos alunos perante os conteúdos expostos em sala de aula, e só então intervir nas duas semanas restantes.
A prática pedagógica utilizada foi dividida em 4 fases, cada fase equivalente a 1h/aula. A primeira fase será iniciada resgatando conhecimentos prévios dos alunos, na qual indagações serão feitas, tais como: De que forma você costuma dar ênfase a uma palavra em textos? Você já conseguiu convencer alguém de algo só porque mudou o jeito de falar? Como? Diante das respostas dos alunos, partiremos para a próxima fase que consiste no desenvolvimento do conteúdo Figuras de Linguagem, na qual serão trabalhadas algumas com maior evidencia, sendo estas: anáfora, aliteração, prosopopeia ou personificação, metonímia, metáfora, onomatopeia, ironia, comparação, pleonasmo, hipérbole e paradoxo. Vale ressaltar que existem outros tipos de figuras de linguagens as quais não irão ser trabalhadas no momento.
Na terceira fase iremos desenvolver o gênero quadrinhos dando uma breve definição de sua importância para melhor absorção do assunto, com o objetivo de fazer a relação entre gênero e conteúdo. Pois sabemos que como metodologia de ensino, este gênero facilita a absorção dos conteúdos pelos alunos, uma vez que sua compreensão é de fácil entendimento e de certo modo tem um caráter de divertir os leitores. 
Na quarta e última fase para complementar o estudo sobre as figuras de linguagem, os alunos deveram praticar a capacidade de identifica-las nas atividades a serem propostas em sala de aula a respeito do assunto exposto, estruturadas com questões de múltipla escolha e cruzadas.
5. Referências:
BRONCKART, Jean Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. Trad. Anna Rachel Machado. São Paulo: Educ, 1994.
MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário. Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível em:
http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=125 Acesso em: 11 de julho de 2016.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais no ensino de língua. In: MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. p.146-225
Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC/SEF, 1998.106 p.
RAMOS, Paulo & VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. – 3. ed., 3ªreimpressão – São Paulo: Contexto, 2009. 
REZENDE, Lucinea Aparecida de. Leitura e Formação de Leitores
Vivências Teórico-Práticas. Londrina: Eduel, 2009.

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