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PROCESSOS DE SEPARAÇAO POR MEMBRANAS Micro e ultrafiltração Fabiana V. da Fonseca Microorganismos Macromoléculas e vírus Átomos 10-2 10-3 10-4 10-5 10-6 10-7 Técnica de Separação Filtração 1 µm 1 Å Microfiltração Água Sais Macromoléculas Microorganismos, colóides, materiais em suspensão Membrana Moléculas de média massa molar Ultrafiltração Nanofiltração Osmose Inversa Macromoléculas Moléculas de média massa molar Água Sais Moléculas de média massa molar Água Sais Sais Água Moléculas de média massa molar Moléculas de baixa massa molar e íons Dimensões das par@culas e moléculas (mm) Processos de Separação com Membranas que utilizam o gradiente de pressão como força motriz Membrana Membrana Membrana ΔP ΔP Adaptado de Habert et al, 2006 Microfiltração (0,1 – 10 µm) Filtração Convencional Ultrafiltração Microfiltração 1Å 0,01 µm 10Å 100µm 10µm 1µm Osmose Inversa Nanofiltração Diâmetro de Poros de Membranas de MF, UF, NF e OI Staphilococus bacteria (1 µm) Pseudonomas diminuta (0,28µm) Leveduras e fungos (1 – 10 µm) Células bacterianas (0,3 – 10 µm) (1000 nm) (100 nm) 0,1µm (10 nm) (1 nm) colóides (0,1 – 10 µm) Adaptado de Habert et al, 2006 ΔP < 3 bar Ultrafiltração (1 – 100 nm, ou > 1000 Da) Filtração Convencional Ultrafiltração Microfiltração 1Å 0,01 µm 10Å 100µm 10µm 1µm Osmose Inversa Nanofiltração Diâmetro de Poros de Membranas de MF, UF, NF e OI vírus (30 – 300 nm) (1000 nm) (100 nm) 0,1µm (10 nm) (1 nm) polissacarídeos MM: 1.000-‐100.000 Da (2 – 10 nm) proteínas MM: 10.000-‐100.000 Da (2 – 10 nm) enzimas MM: 1.000-‐100.000 Da (2 – 5 nm) Adaptado de Habert et al, 2006 ΔP: 2 -‐ 10 bar Processos de Separação por Membranas Membrana Porosa Membrana Densa Conceituação Básica Força Motriz para o Transporte E p C µ T Tipos de membranas Na seleção da membrana: Membranas porosas: Porosidade Morfologia da seção transversal Material – Resistência química, térmica e mecânica Interações físico-químicas técnica de preparo geometria Prof. Mierzwa Tipos de membranas n As membranas comumente uWlizadas no tratamento de água e efluentes podem ser: n Tubulares; n Planas. n Membranas tubulares, em função do diâmetro, são classificadas em: n Fibra oca (φ < 0,5 mm) n Capilar (0,5 < φ < 5 mm) n Tubular (φ > 5 mm). Exs. de morfologia: Membrana Plana Seção Transversal Superfície Superior Superfície Inferior 10 µm 1 µm ST próximo à superfície interna Superfície externa ST próximo à superfície externa Superfície interna Seção Transversal Exs. de morfologia de Fibra Oca Materiais Poliméricos Cerâmicos Polisulfona, poliétersulfona Polimida, poliéterimida Acetato de celulose, Poliacrilonitrila, policarbonato Al2O3, ZrO2, Módulo Placa e Quadro. Módulo Espiral Módulos com membranas na forma Fibras Ocas e Capilares Habert et al. (2006). PERMEADO (isento de materiais em suspensão, micro- emulsionados, complexados, microorganismos e bactérias) CONCENTRADO Água ou Efluente Bruto Tipos de módulos Módulos com Membranas Placa e Quadro Fonte: Viana (2004) J K S P xv = − ε η ε 3 2 21. . .( ) .Δ Δ Konezy-Carman J r xv = ε η τ . . . 2 8 Δ Δ P Hagen-Poiseuille Modelos do Escoamento em Poros • Fluxo de Solvente Transporte em Membranas Porosas PLJ pv Δ= . permeabilidade Permeabilidade depende das caracterisWcas da membrana (raio, porosidade, espessura) e do fluido que permeia a membrana (viscosidade) Esferas Poros cilindricos J K S P xv = − ε η ε 3 2 21. . .( ) .Δ Δ Kanezy-Carman J r xv = ε η τ . . . 2 8 Δ Δ P Hagen-Poiseuille Modelos do Escoamento em Poros • Fluxo de Solvente • Fluxo de Soluto J J C D dC dxi v i m i i= − Lei de Fick Transporte em Membranas Porosas ConvecWva – quanWdade de soluto que atravessa a membrana (por área e tempo) Difusiva – quanWdade de soluto que atravessa a membrana devido a um gradiente de concentração ao longo da espessura da membrana Fluxo do Solvente Puro PSM que utilizam Pressão como força motriz Contribuição difusiva desprezivel: Fluxo de permeado dependência linear com a pressão Recuperação (q) Percentual de volume recuperado no permeado em relação ao volume de alimentação. Coeficiente de Rejeição (R) Fluxo Permeado (Jp) Determinada pela rejeição ao soluto, ou seja, percentagem de soluto reWdo pela membrana. ( ) 100(%) 0 0 x C CC R p ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − = A P Q Q =Θ Seletividade tA QpJp . = FILTRAÇÃO CONVENCIONAL “DEAD END FILTRATION” FILTRAÇÃO COM ESCOAMENTO TANGENCIAL “CROSS FLOW FILTRATION” Tempo F lu xo P er m ea do F lu xo P er m ea do Tempo Tipos de Escoamento alimentação permeado alimentação permeado alimentação Membrana x permeado Teoria do Filme – Polarização de Concentração J .c J.cperm cm permeado 0 Direção do escoamento calim. alimentação Membrana Camada limite δ x permeado Teoria do Filme – Polarização de Concentração J .c cp J.cperm cm D . dc dx permeado 0 Direção doescoamento calim. alimentação Membrana Camada limite δ x permeado Teoria do Filme – Polarização de Concentração J .c cp J.cperm cm D . dc dx permeado 0 Direção do escoamento x=0 => c=cm x=δ => c= calim J(c-‐cp)= -‐ D .dc dx J= k ln (cm-‐cperm) (calim-‐cperm) onde: k= D/δ Coeficiente de transferência de massa calim. Solvente (água) Solução J Δ P Fluxo permeado Solvente (água) Solução J Δ P Re δ k= k(velocidade de escoamento, caracterísWcas do fluido, coef. difusão, f formas e dimensões do módulo) Fluxo permeado - efeito do Re 10 223 C (g/l) Re 10 1726 10 664 Água Pura Soluções de dextrana - D70 Fluxo permeado - efeito do Re Re Adaptado de Habert et.al, 2006 Solvente (água) Solução J Δ P Para maior Calim. Fluxo permeado – efeito da concentração de alimentação Água Pura C (g/l) Re 10 664 20 523 Calim= 20 g/L Fluxo permeado – efeito da concentração de alimentação Adaptado de Habert et.al, 2006 Soluções de dextrana - D70 Calim= 10 g/L Solvente puro Tempo Fluxo do Permeado Solução Polarização de concentração Deposições (incrustações) Fluxo permeado ΔP = cte Incrustação alimentação polarização de concentração adsorção bloqueio camada gel Fluxo permeado membrana Formação de incrustações: o queda do fluxo permeado, o maior demanda de energia o aumento da perda de carga nos módulos de permeação o precipitação de orgânicos pode atuar como fontes de nutrientes para microorganismos o degradação da membrana o diminuição dos intervalos entre as limpezas químicas o redução do tempo de vida útil das membranas Incrustações alimentação Rm Rpc Ra Rb Rg Fluxo permeado Permeação – Modelo das Resistências J = LP ΔP ηRt LP = 1 Rt= Rm + Ra + Rb + Rg + Rpc Solução-‐ Viscosidade Δ P Fluxo permeado Solvente (água) Solução J Fluxo limite Calim. 1) P baixa: aumento do fluxo 2) P alta: aumento da retenção, queda do fluxo 3) P mais alta: fluxo limite Operação em alta pressão Solução Solvente Puro Fluxo permeado Fluxo permeado tempo Operação em baixa pressão Solução Fluxo permeado tempo Solvente Puro Fluxo permeado Concentração de soluto das espécies reWdas Re elevado P baixa Operação em baixa pressão Operação em alta pressão Solução Fluxo permeado Solução Fluxo permeado tempo Tempo Fluxo Permeado Solvente Suspensão retrolavagem permeado permeado com retrolavagem sem retrolavagem Suspensão permeado permeado operação normal Recuperação do Fluxo Permeado – Retrolavagem membranas de MF e UF Volume de permeado: 100 ou 500 mL Δp = 30 psi (valor mínimo) Membrana com tamanho de poros de 0,45 µm Índice de densidade de sedimentos (“Silt density index”) ]min[% T 100) t t-(1 SDI 1- t t 1 ⋅ ⋅ = Potencial de ocorrência de incrustações (“fouling”) 1. Tanque da alimentação 2. Bomba 3. Célula de permeação 4. Medidor de pressão 5. Válvula reguladora de pressão 6. Válvula para coleta do permeado Membrana Millipore 0.45 µm Pressão = 30 psi Volume = 500 mL Potencial de ocorrência de incrustações (“fouling”) Recuperação do Fluxo Permeado – Retrolavagem membranas de MF e UF Superucie da membrana com incrustação Tempo de retrolavagem: Membrana de acetato de celulose Pressão de retrolavagem: 3 psi Adaptado de R.W.Baker, 2004 • Lavagem com água quente, maior velocidade de escoamento; • Solução acida ou alcalina (depende do depósito); • Solução aquecida com detergente. • Lavagem do sistema; • Medida do fluxo de água (condições pré-estabelecidas). Recuperação do Fluxo Permeado – Limpeza química membranas de MF e UF Membrana de ésteres de celulose P = 0,5 bar 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 20 40 60 80 100 120 tempo operação (h) Fl ux o (L /m ².h ) Operação utilizando lavagem ácida Operação utilizando lav . detergente Parada e lavagem com detergente Parada e lavagem ácida Recuperação do Fluxo Permeado – Limpeza química membranas de MF no processamento da água de produção de petróleo Sistema para microfiltração de vinho, Koch Algumas aplicações da microfiltração Clarificação de sucos, Ameridia/Eurodia (membrana de aço inox sinterizado SCEPTER® 0,1 µm, 50 m3/h, 480 m2) (módulo de fibras ocas poliméricas-‐ 0,2 µm) • Recuperação de Wntas na indústria automobilísWca Algumas aplicações da ultrafiltração ultrafiltração Unidade da Asahi Kasei microza Exemplos de aplicações em operação Tratamento de efluentes de refinaria para reúso de águas (REVAP – Refinaria do Vale do Paraíba/ PETROBRAS), combinando UF e OI. Capacidade: 2040 m3/dia São José dos Campos-‐SP A.C. Costa, Semin. Pesq. COPPE/UFRJ, 2010 Tratamento de efluentes de refinaria (Kwinana Refinery), combinando MF e OI. Capacidade: 8700 m3/dia Kwinana, Australia h}p://www.water-‐technology.net/projects/kwinana/kwinana3.html OSMOSE INVERSA OSMOSE INVERSA Osmose: Quando uma membrana semipermeável (permeável somente ao solvente) separa uma solução de um determinado soluto do solvente puro, ou uma solução de menor concentração, haverá um fluxo de solvente no senWdo do solvente puro para a solução, ou da solução diluida para a solução concentrada. Fluxo de água Fluxo Osmótico Solução diluída Solução concentrada membrana µ1 < µ2 Osmose inversa A presença do soluto ocasiona uma queda do potencial quimico d o s o l v e n t e n a solução Fluxo Osmótico Osmose inversa Fluxo Osmótico Osmose inversaΔπ (Pressão Osmótica) Equilíbrio Osmótico µ1 = µ2 Fluxo de água ΔP > Δπ ΔP Osmose inversa Osmose inversa Osmose Inversa ΔP Osmose inversa ΔP Osmose Inversa Osmose inversa Osmose Inversa ΔP Osmose inversa ΔP Osmose Inversa Osmose inversa Modelo da Solução - Difusão Membranas densas (OI) PA J z Δ= Fluxo Permeado do Solvente Puro P µ 1 m,II membrana Difusão Sorção Dessorção 1 µ I µ m,I 1 µ 1 II Fase II Fase I m 1 C P1 P2 Mecanismo de Transporte: Difusivo Afinidade (Sorção) Mobilidade (Difusão) Espessura da membrana PA J z Δ= Fluxo Permeado do Solvente Puro Membranas densas (OI) A = f (CaracterísWcas do par membrana/fluido que permeia) Modelo da Solução - Difusão iiz C BJ Δ= z J iiz ∂ µ∂ α µ 1 m,II membrana Difusão Sorção Dessorção 1µ I II C 1 µ m,I 1 m,II 1 C m,I 1 C I 1 C µ 1 II Fase II Fase I z P J iz ∂ ∂ α z C J iiz ∂ ∂ αe Membranas densas (OI) Fluxo Permeado do Soluto P1 P2 Módulo do Tipo Espiral MEMBRANA ENTRE DOIS ESPAÇADORES Canal coletor de permeado Escoamento da alimentação Aumento da turbulência As membranas e os espaçadores são enroladas em torno de um duto, por onde escoa o permeado. Superucie da Membrana RevesWmento de fibra de vidro Tubo de Permeado Concentrado Produto Concentrado Superucie da Membrana Cola. Espaçador (canal de alimentação) “non woven” Canal coletor do permeado Escoamento do Permeado Alimentação Alimentação Selo para o concentrado Produto
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