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IDPP Gabarito da AD1 (2016.1)

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 1 – AD 1 – PERÍODO – 2016/1º 
 
Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado 
Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho 
 
Conteúdo: Aulas 1 a 4 
Data-limite para entrega: 28/02/2016 (23:55h) 
Total de Pontos: 100 (Cem) 
GABARITO: 
 
Após estudar as aulas 1 a 4 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo às 
questões que se seguem: 
 
1. O que é o território de um Estado e quais os seus limites? (25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 O território é a base geográfica do Estado, sobre a qual exerce ele sua sobera-
nia. Abrange o solo, os rios, lagos, mares interiores, águas adjacentes, golfos, baías e portos. 
 
Os limites do território são os seguintes: 
 EM TERRA FIRME: são os Estados limítrofes. 
 NO MAR: o primeiro critério adotado foi o do alcance das armas. No século XVII, o limi-
te era o de um tiro de canhão. Embora, no passado, o Brasil tenha fixado o seu mar ter-
ritorial em 200 milhas (Decreto-lei n.º 1098/70), em dezembro de 1988 ratificou a Con-
venção da ONU sobre direitos do mar, ajustando o direito interno, através da Lei 8617, 
de 04/01/1993, que reduziu a 12 milhas marítimas o alcance do nosso mar territorial e 
adotou o conceito de zona econômica exclusiva para as 188 milhas adjacentes. Nesta 
faixa, o Brasil tem direitos exclusivos de exploração dos recursos naturais do mar. 
Além das 200 milhas, temos o alto-mar (ponto do mar de onde não se avista a terra e 
que se encontra fora do domínio de qualquer Estado internacional). 
 NO AR: é o espaço aéreo, ou seja, a coluna de ar existente sobre a terra firme e o mar 
territorial. Fora desses limites, encontramos o Espaço Aéreo Livre, que corresponde ao 
espaço infinito que se situa fora da coluna atmosférica e fora das águas de um país. 
Esse espaço é franqueado à navegação por aeronaves de todos os povos e uso co-
mum, regulado pelo código do ar. 
 
2. Identifique os diversos tipos de maioria praticados pelo Congresso Nacional brasi-
leiro, em razão de previsão na nossa Constituição Brasileira e discorra sobre cada 
uma delas. (25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
Maioria absoluta - compõe-se a partir do primeiro número inteiro acima da metade de 
uma assembleia. Por exemplo, a lei complementar necessita, para ser aprovada, deste tipo de 
maioria. Assim, se a Câmara dos Deputados compõe-se de 513 deputados, por exemplo, sua 
maioria absoluta será de 257 deputados. 
Maioria relativa ou maioria simples – utilizada, dentre outras situações, para a votação 
de leis ordinárias. É a que exige o maior número de votos, dos que estejam presentes no ple-
nário da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal. Em caso de lei ordinária, é necessário 
que estejam em plenário um mínimo de parlamentares equivalente a metade do total, respecti-
vamente, de deputados e de senadores. Por exemplo: se na Câmara dos Deputados temos 513 
deputados, para que haja votação é necessário que estejam presentes em plenário 254 deles, 
ou seja, sua maioria absoluta. Existindo este número, pode haver então deliberação ou vota-
ção e a maioria relativa ou simples será aquela que expressar a vontade da maioria daqueles 
254 deputados. Assim, se 100 votaram “sim”; 94 votaram “não”; e 60 se abstiveram, prevalece 
a vontade dos 100 que votaram “sim”. 
Maioria qualificada – refere-se sempre a um número fracionário. Por exemplo: a Consti-
tuição Federal só pode ser modificada por 3/5 dos votos totais dos senadores e dos deputados 
federais. Assim, considerando que a Câmara dos Deputados tem 513 deputados federais, se-
rão necessários 308 votos de deputados federais para que a modificação possa acontecer. No 
caso do Senado Federal, se são 81 senadores a modificação da Constituição exigirá 49 votos. 
3. Considerando os estudos realizados no caderno didático, devidamente atualizado pelas erra-
tas e complementado pelo material postado na plataforma ao longo das diversas aulas, mos-
tre a diferença entre o Direito Positivo, o Direito Objetivo e o Direito Subjetivo. (25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
Como foi visto no material complementar ao caderno didático, o conceito de Direito 
Positivo é bastante amplo pois abrange não só o direito em vigor (direito vigente também de-
nominado direito objetivo) como o já fora de vigor (direito histórico), o direito escrito (direito 
codificado e legislado) como o direito não-escrito (direito costumeiro ou consuetudinário). 
 
Do exposto, podemos concluir que o Direito Objetivo é o direito vigente, e que ele é 
parte do Direito Positivo. 
 
Em outras palavras, o Direito Objetivo é a parte do Direito Positivo em vigor, isto é, 
quando em condições de ser aplicado, de alicerçar nossa pretensão jurídica. O Direito Objetivo 
se refere ao que é determinado pela lei, a algo que se deve fazer para se estar de acordo com a 
lei, como, por exemplo, “não fumar em elevadores”. 
 
Acrescente-se a isto o fato de que o Direito Subjetivo e o Direito Objetivo são indisso-
ciáveis, visto que aquele só existe com base neste. Os romanos denominavam facultas agendi 
(faculdade de ação) ao direito subjetivo e norma agendi (norma de ação) ao direito objetivo. 
 
Portanto, o DIREITO SUBJETIVO significa a possibilidade, a faculdade de alguém exer-
citar um direito contido em norma do ordenamento jurídico vigente, ou seja, do DIREITO OB-
JETIVO. 
 
Não devemos, portanto, confundir Direito Objetivo e Direito Positivo. 
 
Como dizem MAX & ÉDIS (in “Manual de Direito Público e Privado”. São Paulo: RT, 
2002, pp. 28-29): 
 
“O direito objetivo designa o Direito enquanto regra de ação (norma agendi), isto é, o 
conjunto de regras vigentes num determinado momento, para reger as relações humanas, e 
que são impostas, coativamente, à obediência de todos. Assim, quando eu me reporto ao Có-
digo Penal, ao Código Civil, à Lei do Inquilinato, ao Estatuto da Cidade etc., bem como a qual-
quer uma de suas regras, estou me referindo ao direito objetivo. 
 
O direito subjetivo encerra o poder de ação derivado da norma (facultas agendi), isto é, 
a faculdade ou prerrogativa de o indivíduo invocar a lei na defesa de seu interesse. Assim, ao 
direito subjetivo de uma pessoa corresponde sempre o dever de outra, que, se não o cumprir, 
poderá ser compelida a observá-lo através de medidas judiciais. 
 
Melhor explicitando: a Constituição Federal garante o direito de propriedade, ao dispor 
no art. 5.°, XXII, que "é garantido o direito de propriedade". Essa regra é um preceito de direito 
objetivo. Agora, se alguém violar a minha propriedade, poderei acionar o Poder Judiciário para 
que a irregularidade seja sanada. Essa faculdade que tenho de movimentar a máquina judiciá-
ria para o reconhecimento de um direito que a lei me garante é que constitui o direito subjeti-
vo. Disso resulta que o direito objetivo é o conjunto de leis dirigidas a todos, ao passo que o 
direito subjetivo é a faculdade que tem cada um de invocar essas leis a seu favor sempre que 
houver violação de um direito por elas resguardado”. 
 
4. A partir de que momento histórico o Estado passou a ter o sentido que hoje lhe é atribuído? 
Como passou a ser então entendido? Quais passaram a ser os seus elementos constitutivos? 
Fale sobre eles. (25 pontos) 
 
Expectativa de Resposta: 
 
 A partir da REVOLUÇÃO FRANCESA. Foi quando passou a ser entendido como na 
definição de MARCELO CAETANO (in Direito Constitucional - vol. 1): “um povo fixado num 
território, de que é senhor, e que dentro das fronteiras desse território institui, por autoridade 
própria, órgãos que elaborem as leis necessárias à vida coletiva e que imponham a respectiva 
execução” . 
 A partir dessadefinição, a existência de um Estado hoje em dia pressupõe três ele-
mentos constitutivos: 
 1º) um elemento humano, denominado povo, embora alguns estudiosos denominem-
no população ou nação; 
 2º) um elemento físico ou geográfico, denominado território; 
 3º) um elemento político, denominado soberania. 
 
Boa atividade! 
 
Em caso de dúvida, procure preferencialmente o seu tutor presencial, 
pois a correção da AD é de responsabilidade dele(a). 
 
As regras das ADs estão discriminadas no Guia da Disciplina.

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