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Forma de Solução de Dissídios Individuais

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FAAT – Direito Processual do Trabalho - 2018
FORMAS DE SOLUÇÃO DOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
	A existência de conflitos é inerente à vida em sociedade, existindo três modalidades para solução deles: autodefesa, autocomposição e heterocomposição.
I- AUTODEFESA ou autotutela
	Quando a solução é imposta por uma das partes à outra. 
Hoje em dia é proibida, conforme art. 345 do Código Penal - exercício arbitrário das próprias razões: "Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite".
 Assim, algumas formas são autorizadas, como é o caso da legítima defesa, do estado de necessidade e do estrito cumprimento do dever legal ou do exercício regular de direito (desde que não haja abuso), consoante artigos 23 e 24 do Código Penal. 
	No Direito Civil temos, por exemplo, o caso de retenção e desforço imediato, prevista no art. 1.210, § 1º: “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo: os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse”.
	Também o corte de raízes e ramos de árvores limítrofes, conforme art. 1.283: “As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortadas, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido”).
	No Direito do Trabalho temos a greve e o direito de resistência.
II- AUTOCOMPOSIÇÃO
	A solução é encontrada pelas partes, auxiliadas ou não por um terceiro, de forma unilateral ou bilateral. 
É unilateral quando há renúncia por parte do autor ou reconhecimento do direito por parte do réu e bilateral quando ocorre transação.
	A autocomposição se expressa na conciliação e pela mediação.
CONCILIAÇÃO
	Pode ser: a) judicial – CLT, arts. 846, 850 e 764, § 3º.
 b) extrajudicial – Lei 9.958/00 – CLT, arts. 625-A a H
 c) facultativa 
 d) obrigatória. 
 
 2. MEDIAÇÃO
	Enquanto o conciliador (em tese) apenas aproxima as partes, o mediador teria uma atuação mais efetiva.	
	Pode ser facultativa ou obrigatória (CLT, 616, § 1º)
III – HETEROCOMPOSIÇÃO
	A solução do conflito ocorre pela decisão de terceiro(s).
	Temos a jurisdição e a arbitragem.
JURISDIÇÃO
	Desde que a formação do Estado se consolidou a solução judicial se tornou o padrão, inclusive como maneira de demonstração da soberania.
	É a modalidade mais adequada porque os juízes recebem garantias do Estado para atuar, mas hoje em dia, pelo aumento da demanda, deixa muito a desejar.
 2. ARBITRAGEM
	a) Conceito
 Trata-se de meio alternativo de solução de controvérsias, no qual a solução do conflito é atribuída a terceiro(s).
	Pode ser pública ou privada, facultativa ou obrigatória.
	b) Natureza jurídica – Teorias: contratualista ou privatista, jurisdicional ou publicista e mista.
	c) Obstáculos para utilização:
 desconhecimento, cultura da beligerância, custos.
	d) Histórico
e) Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996 – alterações importantes do instituto: -- força obrigatória da convenção de arbitragem;
Novas alterações ocorreram com a Lei nº 13.129, de 26/5/2015, inclusive possibilitando a utilização do instituto pela administração pública.
- laudo arbitral deu lugar à sentença arbitral
f)Arbitragem e os dissídios coletivos trabalhistas – CF, art. 114, §1º
g) Arbitragem e dissídios individuais
	A arbitragem só é possível com relação aos direitos disponíveis, sendo proibida com relação aos direitos indisponíveis.
- Que são direitos indisponíveis? 
O legislador não especifica, mas aponta os caminhos para identificá-los, mediante regras esparsas, como aquelas referentes à prescrição, revelia, confissão e conciliação.
- Os direitos trabalhistas são direitos indisponíveis?
No Direito do Trabalho não havia dispositivo legal sobre a matéria e a Jurisprudência majoritária não acolhia a aplicação da arbitragem para solução dos dissídios individuais. 
Conforme art. 507-A da Reforma Trabalhista instituída pela Lei nº 13.146, que entrou em vigor aos 11/11/2017, foi facultada a utilização da arbitragem, observados dois parâmetros:
a) que a remuneração do empregado seja superior a duas vezes o teto dos benefícios da Previdência Social, isto é, R$11.291,60 (onze mil, duzentos e noventa e um reais e sessenta centavos). pois atualmente o valor do teto "comum" é de R$5.645,80 (cinco mil, seiscentos e quarenta e cinco reais e oitenta centavos);
b) que a arbitragem seja pactuada por iniciativa do empregado ou mediante sua concordância expressa.
Iara Alves Cordeiro Pacheco

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