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Olimpíada em Roma

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Roma - 1960
Em 1955, Roma foi escolhida para sediar a decima quarta olimpíada em 1960, 54 anos depois havia sido obrigada a desistir das Olimpíadas de 1908, por conta da erupção do vulcão Vesúvio (o que obrigou a transferência do evento para Londres). 
Um dia antes da abertura, o Papa João XXIII recebeu em uma emocionante audiência quase todos os atletas participantes na Praça São Pedro. Com isso, o mesmo mostrou que a igreja estava errada quando aconselhou o imperador Teodosio a considerar os Jogos uma festa pagã. 
 Há uma estimativa de que foram gastos 45 milhões de dólares na construção. O estádio Olímpico foi reformado, foi construído o Estádio Del Nuato, local das provas aquáticas com uma piscina coberta, sessenta estatuas brancas que representavam deuses esportivos, da maior vila olímpica até então, do velódromo para 20 mil espectadores e de um ginásio com ar-condicionado com capacidade para 16 mil pessoas. 
Já o Lago Albano, próximo a residência de verão do papa, ocorreram as provas de canoagem e remo, onde o mesmo assistiu as provas da sua janela. Já as provas de ginastica foram realizadas nas ruínas das Termas de Caracalla. 
Um fato inédito nessas Olímpiadas, foi a Basílica de Maxientius (nenhuma igreja até então havia sido utilizada para os Jogos) ser o palco das lutas. 
A cerimônia de abertura ocorreu no dia 25 de agosto de 1960 no Estádio Olímpico. O grande destaque dessa abertura foi evolução tecnológica nas transmissões de tv. Os Jogos de Roma foram os primeiros a ter cobertura ao vivo para dezoito países da Europa. Estados Unidos, Canadá e Japão assistiram ao evento com atraso de algumas horas, já que as fitas eram enviadas a esses países por avião. Cerca de 5.348 atletas (611 deles mulheres) de 83 países participaram da cerimônia. 
Os Jogos em Roma foram os últimos Jogos em que a África do Sul foi autorizada a participar por um período de cerca de 32 anos. O Comitê Olímpico Internacional não tolerava as políticas racistas do governo sul-africano. 
Foram disputadas 19 modalidade – Atletismo, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Esgrima, Futebol, Ginástica, Halterofilismo, Hipismo, Hóquei sobre a grama, Lutas, Natação, Pentatlo moderno, Polo aquático, Remo, Saltos ornamentais, Tiro e Vela. 
A participação do Brasil foi bem discreta. Sua delegação foi de 81 atletas, entre eles uma mulher. Conquistando apenas 2 bronzes, terminou em 39º lugar no quadro de medalhas. O brasileiro Manuel dos Santos Júnior, conquistou o bronze nos 100m livres. O brasileiro só não conquistou a medalha de prata por 0s2. O basquete também conquistou a medalha de bronze com uma bela campanha. Na primeira fase, ganhou todas as partidas. Em oito jogos, venceu seis e perdeu dois. Outro brasileiro fez história mesmo sem conquistar se quer uma medalha: Adhemar Ferreira da Silva. Adhemar não chegou às finais do Salto Triplo, mas viveu uma das maiores emoções de sua vida. 
“Ao caminhar lentamente para deixar a pista, após sua participação, agradeceu aos aplausos. Mas percebeu que algo diferente atravessava a atmosfera do estádio – era como se alguém tivesse estabelecido novo recorde mundial. Ao olhar para trás, notou que a prova havia sido paralisada e atletas e arquibancadas o aplaudiam, numa autêntica ovação. Aquela atitude era o sinal mais claro de respeito ao bicampeão que se retirava da cena olímpica.” (ALCANTARA,2011) 
O etíope Abebe Bikila, um dos países mais pobres do continente africano e era soldado da guarda imperial etíope. Conquistou a medalha de ouro em Roma, batendo o recorde mundial da maratona. Visto como “zebra”, foi ridicularizado por pessoas comuns e por grande parte da imprensa, especialmente pelos jornalistas que não o conheciam. Bikila correu descalço os mais de 42 quilômetros da prova, sob um calor de 30ºC e não teve grandes problemas para cruzar a linha de chegada em primeiro. 
A norte-americana Wilma Rudolph, sofreu inúmeras doenças quando criança, incluindo poliomielite, que a deixou sem andar até os oito anos. Ganhou três medalhas de ouro nos 100 metros, 200 metros e no revezamento 4X 100 metros, igualando a holandesa Fanny Blankers-Koen. 
O americano Cassius Clay, “futuro Muhammad Ali” tinha apenas dezoito anos quando conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Roma, categoria meio-pesados. 
O dinamarquês Knut Jensen foi o segundo atleta a morrer em uma Olimpíada, por insolação, nos 100 km contrarrelógio do ciclismo. Houve suspeita de doping. Alguns autores falam em uso de anfetaminas. 
Um dos casos que mais estranhos nas Olimpíadas é das irmãs Press. Juntas elas bateram 25 recordes mundiais, porem quando iniciou o teste de determinação de sexo, elas sumiram e nunca mais foram vistas. 
COLLI, Eduardo. Universo Olímpico: uma enciclopédia das Olimpíadas. Conex, 2004
OLIMPÍADA DE 1960: A tradição grega no solo da Roma Antiga. Terceiro Tempo. Disponível em: http://terceirotempo.bol.uol.com.br/que-fim-levou/olimpiada-de-1960-5424. Acesso em: 23 fev. 2018.
XVII Jogos Olímpicos da Era Moderna: Roma 1960. Educação Física. Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos2/xvii-jogos-olimpicos-de-verao-roma-1960/>. Acesso em: 23 fev. 2018.
XVII Jogos Olímpicos da Era Moderna: Roma 1960. Educação Física. Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos2/xvii-jogos-olimpicos-de-verao-roma-1960/>. Acesso em: 23 fev. 2018.
1974 - Munique
Em 1972, Munique foi escolhida para sediar o vigésima Olimpíada, com 121 países participantes, 195 modalidades em 23 esportes e 7170 atletas participando dos jogos. O planejamento para as disputas foi bem efetuado com os locais das competições bem próximos da vila olímpica e dos locais de treinamento, facilitando a locomoção dos atletas. 
O complexo construído recebeu o nome de Oberwiesenfels e teve o investimento de US$ 600 milhões, nele foi construído o Estádio Olímpico com capacidade para 80 mil pessoas, piscina para 8 mil espectadores, ginásio com 10 mil lugares, além da vila olímpica e os locais de treinamento. 
Tivemos a abertura dos jogos em 26 de agosto de 1972 e o encerramento em 10 de setembro de 1972, com a abertura de Gustav Heinemann, juramento do atleta Heidi Schüller e a entrada da tocha com Günther Zahn, no Estádio Olímpico. 
O Brasil participou das modalidades: atletismo, boxe, judô, halterofilismo, ciclismo, tiro, hipismo, futebol, remo, vôlei, basquete e iatismo. Conquistando duas medalhas de bronze a primeira no atletismo com Nélson Prudêncio e a segunda no judô com Chiaki Ishii (Japonês naturalizado brasileiro). 
Era esperado que os Jogos de 1972 fossem marcados por seu grande investimento e ótimo planejamento porém não é por isso que hoje são lembrados, no dia 5 de setembro, 11 atletas da delegação olímpica de Israel foram feitos de refém por um grupo de terroristas palestinos (Setembro Negro), os terroristas pediam a libertação de 200 árabes prisioneiros em Israel, durante as negociações a Vila Olímpica foi cercada por 4000 policiais, a policia conseguiu convence-los a ir ao Cairo – Egito disponibilizando dois helicópteros, chegando ao aeroporto a policia efetuou um ataque mal sucedido que resultou na morte de 18 pessoas, entre elas 9 reféns, 5 terroristas palestinos, 1 policial e 1 piloto de helicóptero. 
Após 34 horas de paralisação e a desistência de Holanda e Noruega, o COI decidiu retomar os jogos, homenagens aos mortos foram realizadas, porém a sensação não era boa, e o restante dos jogos não animavam. 
A competição terminou então com a União Soviética vencendo com 99 medalhas no geral, sendo 50 de ouro, 27 de prata e 22 de bronze.
XX JOGOS Olímpicos da Era Moderna: Munique 1972. Educação Física.Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos2/xx-jogos-olimpicos-da-era-moderna-munique-1972/>. Acesso em: 25 fev. 2018.
OLIMPÍADAS de Munique - 1972. Sua Pesquisa. Disponível em:<https://www.suapesquisa.com/olimpiadas/olimpiadas_1972_munique.htm>.Acesso em: 20 fev. 2018.
Gwercman, Sergio. Munique, 1972. Super Interessante,2005.

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