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Pragas de arroz

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Universidade Federal de Minas Gerais 
Instituto de Ciências Agrárias 
Insetário G.W.G. de Moraes 
 
 
 
PRAGAS DO ARROZ 
 
 
Germano Leão Demolin Leite 
Verônica Alves Mota 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom dia pessoal! Hoje nós iremos falar de uma cultura que está no prato de todo 
brasileiro, o arroz. O arroz é uma das culturas mais cultivadas no mundo, sendo a china 
o maior produtor mundial. O Brasil está como nono colocado produzindo 13 milhões de 
toneladas por ano. Os estados brasileiros que mais produzem arroz são Santa Catarina, 
Mato Grosso, Maranhão, Pará, Tocantins e Goiás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portanto, amigo para manter toda a produção, se faz necessário à aplicação de táticas de 
controle para prevenção das pragas que atingem o arroz, tanto no plantio de sequeiro 
quanto no plantio de várzea ou de tabuleiro, ou seja, os dois últimos inundados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ou seja, no final desta aula vocês serão capazes de identificar as principais pragas e 
danos no arroz, como amostrar para ver se é necessário fazer um controle bem como as 
principais táticas de controle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, nós vamos iniciar falando sobre as principais pragas que atacam o arroz de 
sequeiro, ou seja, não inundado. Pessoal, nós temos os cupins ou formigas brancas, que 
são insetos que vivem debaixo do solo. 
 
 
Os cupins atacam as raízes das plantas do arroz que foi semeado, reduzindo o número 
de plantas por hectare, ou seja, o campo fica apresentando falhas, reduzindo a 
produtividade. 
 
 
Amigos, quando o cupim ataca, a planta fica com aspecto seco e desprende-se do solo 
facilmente. 
 
Pessoal, nas horas mais quentes do dia elas murcham. Nós vamos ter mais problemas 
com cupins quando plantamos arroz em áreas antes plantadas com pastagens, 
principalmente. 
 
 
 Amigos, outro inseto que atrapalha o desenvolvimento do arroz de sequeiro pessoal 
é a lagarta elasmo ou broca do colo, que é uma lagarta que pode atacar de 5 a 10 colmos 
de plantas jovens, comprometendo bastante a cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
O sintoma principal do ataque desta praga sobre plantas de arroz é o coração morto, 
pois a lagarta perfura o colmo, e rasga a folha central que desprende e dá origem ao 
sintoma, que solta a folha central com facilidade quando é puxada. 
 
 
Quando a gente transplanta o arroz, é o período mais crítico, pois o ataque da lagarta 
elamos pode ocasionar muitas falhas no campo, sendo necessário o replantio nas áreas 
falhadas. 
 
 
 
 
 
 
Amigos, outra praga que ataca o nosso arroz de sequeiro é o bicho bolo, ou cascudo 
preto ou pão – de – galinha. 
 
 
 
 
 
Este besouro coloca seus ovos no solo. As larvas nascem e causam os problemas na 
cultura do arroz, pois elas se alimentam das raízes e causam amarelecimento e 
definhamento da planta e até a morte das plantas. 
 
 
 
 
 
 
Amigos, o ataque do bicho bolo também pode ocasionar falhas na lavoura de arroz, 
reduzindo a produtividade. 
 
 
Amigos, ainda nós temos uma outra praga que fica no solo, chamada por larva arame. A 
larva arame são larvas claras, com cabeça vermelha, e tem hábito de ficarem no solo. 
 
Os adultos da larva arame, são besouros de cores variadas, mas o principal é pardo com 
manchas pretas nas costas. Para o arroz de sequeiro, o que importa é o ataque da larva, 
que destrói as raízes e deixa as folhas amarelas, ocorrendo morte da planta. O sintoma 
que caracteriza a larva arame é que as touceiras soltarem-se facilmente, parecido com o 
ataque de cupim, não é mesmo? 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, nós agora vamos falar de algumas pragas que atacam tanto o arroz de sequeiro 
como os inundados. Isso acontece por atacarem as partes aéreas. O primeiro e mais 
importante é um grupo de percevejos, chamados de percevejos dos grãos de arroz. Essa 
praga suga o grão de arroz. 
 
 
Pessoal, quando os grãos de arroz estão na fase leitosa, os percevejos podem sugar tanto 
os grãos que os deixam completamente vazios, chochos, ou muito atrofiados. É fácil 
perceber isto no campo, pois teremos pendões de arroz para baixo, os que estão cheios e 
alguns ficam para cima, por estarem leves, vazios. 
 
 
 
 
 
Outro problema dos percevejos dos grãos, amigos, é que quando o grão de arroz já está 
mais desenvolvido e é atacado por esta praga, o local da picada desta praga fica branco 
leitoso, conhecido como grão de barriga branca, o que reduz a qualidade, pois na hora 
do beneficiamento o grão se parte, além de uma pequena perda de peso devido ao 
percevejo também sugar este grão. 
 
 
Amigos, em grãos mais desenvolvidos formam pontos escuros na casca. Os grãos ficam 
com menor peso e murchos. 
 
Grão de arroz manchado pelo ataque do percevejo 
 
 
 
 
 
Outro percevejo que ataca o arroz, tanto de sequeiro como o inundado, é o percevejo do 
colmo. 
 
 
São percevejos marrons e pequenos, sugam os colmos das plantas, tornando as 
panículas chochas e introduzem na planta tóxinas. 
 
Sintoma do ataque do percevejo do colmo 
 
 
 
 
Pessoal, o ataque do percevejo do colmo leva a planta ao definhamento e chochamento 
das panículas pela ação tóxica das substâncias introduzidas. 
 
 
Amigos, ainda não acabou, nós temos ainda algumas pragas que atacam o arroz de 
sequeiro e o inundado. Nós temos algumas lagartas desfolhadores, ou seja, comem as 
folhas do arroz, reduzindo a sua produtividade. 
 
 
 
 
 
 
O problema destas lagartas é quando a planta está na sua fase vegetativa, que é a fase 
que a planta expande suas folhas, aí vêm às lagartas e comem tudo. Essas lagartas 
ocorrem muito em lavouras de milho e em pastagem, portanto, devemos evitar o plantio 
de arroz, principalmente o de sequeiro, próximos às pastagens ou lavouras de milho, 
pois estas pragas podem sair do pasto ou do milho e ir atacar o arroz. 
 
 
Amigos, nós temos uma outra lagarta que ataca as plantas de arroz de sequeiro e o 
inundado, sendo conhecida como a broca da cana. 
 
Adulto da broca da cana 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, o problema é que a broca da cana coloca também os seus ovos nas plantas de 
arroz. 
 
 
Destes ovos vão sair lagartas, que são lagartas lentas, branco-amareladas, com pontos 
escuros no corpo. 
 
Lagarta broca da cana. 
 
 
 
 
Amigos, a lagarta da broca da cana ataca as plantas novas, causando sintoma conhecido 
por coração morto. Nos grãos, ataca a base da panícula provocando o sintoma panícula 
branca que é caracterizada pela ocorrência parcial ou total de grãos chochos. A broca da 
cana, como pelo próprio nome, é praga severa em cana de açúcar. Ou seja pessoal, 
devemos evitar o plantio de arroz próximo a lavoura de cana. 
 
 
Pessoal, nós também temos as cigarrinhas das pastagens, que também ataca milho e 
arroz. 
 
 
 
 
 
 
Amigos, as cigarrinhas das pastagens sugam as plantas de arroz, tanto os adultos como 
os seus filhotes, introduzem toxinas, deixando as plantas amarelas e necrosadas. 
 
Arroz atacado por cigarrinhas 
 
Nós ainda temos uma cigarrinha conhecida como Tagosodes orizicolus, ou seja, ataca 
preferencialmente o arroz. 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, tanto a forma jovem como a adulta da cigarrinha injetam toxinas nas plantas de 
arroz. 
 
Então amigos, devido a injeção de toxinas nas plantas de arroz,as plantas ficam 
amareladas e necrosadas posteriormente. 
 
Arroz atacado por Tagossodes. 
 
Gente, agora vamos falar das pragas que atacam o arroz no sistema alagado ou 
inundado, de tabuleiro ou de várzea. 
 
Amigos, além das pragas que atacam a parte aérea, falado anteriormente, nós temos as 
que atacam as raízes do arroz inundados, ocasionando muito prejuízo, sendo conhecidas 
como bicheira da raiz. 
 
 
Amigos, a bicheira do arroz ou gorgulho aquático é um inseto típico de arroz irrigado. A 
bicheira ataca em reboleira, ou seja, atacam plantas umas pertos das outras. Os adultos 
são besouros castanhos e alimentam de folhas novas. 
 
 
 
Pessoa, no entanto as larvas são claras com cabeça amarela e pêlos ralos sobre o corpo. 
 
 
Amigos, as larvas da bicheira do arroz inundado são mais prejudiciais, pois comem as 
raízes, causando amarelecimento e murchamento das folhas podendo provocar a 
destruição total da cultura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, nós conhecemos então as principais pragas do arroz de sequeiro e do inundado 
e seus danos. Agora nós vamos ensinar a vocês como contar as pragas, ou seja, como 
fazer amostragem nas suas lavouras de arroz de quatro em quatro dias. Pessoal, para 
avaliarmos todas as pragas, temos primeiro que dividir a nossa lavoura de arroz de 
sequeiro ou inundado em talhões. Geralmente um talhão tem 10 hectares. Pessoal, 
nesses talhões vamos, em cinco pontos bem espalhados no talhão, avaliar as plantas de 
arroz presentes em um metro quadrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Área de 10 ha. Área de 10 ha com 5 pontos escolhidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso de pragas de solo, que atacam o arroz de sequeiro, como os cupins, larva 
arame, bicho bolo e lagarta elasmo, vamos contar a percentagem de plantas com 
sintomas dos seus ataques. Ou seja, se em um ponto temos cinco plantas de arroz e uma 
tiver com sintoma, nós teremos 20% de ataque de pragas de solo neste ponto. Mas 
temos que avaliar os outros quatro pontos presentes a cada 10 hectares. Amigos, para 
coletarmos os nossos dados, ou seja, a quantidade de ataque das pragas, nós vamos 
caminhar em ziquezaque dentro de cada talhão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nestes mesmos pontos de amostragem, vamos avaliar também, com o uso de uma rede 
de varredura, passando a rede sobre as plantas de arroz, os percevejos do grão, 
percevejo do colmo e cigarrinhas. 
 
Rede de varredura 
 
No caso das lagartas desfolhadoras nas mesmas plantas avaliadas anteriormente nos 
mesmos pontos, fazemos visualmente a avaliação, dando uma percentagem de folhas 
desfolhadas. Como exemplo, digamos que todas as cinco plantas de arroz ou mais em 
um metro quadrado por ponto tenham cada uma 10 folhas e destas 10 folhas cinco estão 
comidas por lagartas, nós vamos ter 50% de desfolha naquele ponto. Lembrando que 
nós temos que avaliar os outros quatro pontos a cada 10 hectares. O bom que os pontos 
amostrados servem para todas as pragas, assim ganhamos tempo! 
 
Amigos, no caso da bicheira do arroz, vamos fazer um levantamento através da 
verificação das raízes com uma peneira nas plantas presentes em um metro quadrado em 
cinco pontos a cada 10 hectares, como fizemos para as pragas acima. Mas agora 
retiramos as plantas e peneiramos as raízes para contar o número de larvas da bicheira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pois bem amigos, já contamos as pragas, mas qual o número de pragas encontrados que 
nós devemos ou não entrar com uma tática de controle? Amigos, no caso de pragas de 
solo, ou seja, lagarta elasmo, larva arame, cupins e bicho bolo, se tivermos 5% das 
plantas atacadas temos que controlar nos pontos com sintomas de ataque. Uma outra 
coisa que podemos fazer em relação às pragas de solo é quando no plantio anterior, de 
qualquer cultura, a área antiga tiver sido danificada com 10% da área total, podemos já 
fazer o tratamento preventivo com inseticida sistêmico, mas neste caso procurem um 
extensionista da EMATER ou agrônomo para lhe passarem maiores informações. 
 
 
 
 
 
Ainda em relação a estas pragas de solo, podemos também fazer uma pré-amostragem, 
o que é isto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Covas com sementes de milho. 
Podemos para fazer a pré-amostragem para pragas de solo colocando, novamente em 
cinco pontos a cada 10 hectares, em covas abertas no solo 200 grãos de milho, tampa 
com terra. Cinco dias depois abrimos os buracos e contamos as pragas de solo presente 
comendo estes grãos. Se encontrarmos duas ou mais larvas destas pragas, qualquer uma 
delas, teremos que usar inseticida sistêmico no plantio do arroz de sequeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, no caso dos percevejos do colmo, percevejos dos grãos e das cigarrinhas das 
pastagens, se encontrarmos, em média, dois percevejos do colmo, ou dois percevejos 
dos grãos ou duas cigarrinhas na rede, ou seja, já que avaliamos cinco pontos, isto daria 
um total de 10 percevejos do colmo, 10 percevejos dos grãos ou 10 cigarrinhas a cada 
10 hectares nos nossos pontos amostrais, também temos que entrar com o controle na 
praga que tenha alcançado este número. 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, já para as lagartas desfolhadoras, se encontrarmos 20 % das plantas com 
desfolha também temos que fazer o controle. 
 
 
No caso da bicheira do arroz em arroz inundado se encontrarmos 10 larvas nas cinco 
amostras a cada 10 hectares nós temos que controlar esta praga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, com a amostragem a gente somente pulveriza com inseticida se for realmente 
necessário, o que vamos evitar gastar dinheiro à toa. Ou seja, com a amostragem a gente 
economiza dinheiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se for o caso de usar inseticidas, consultar um extensionista da EMATER ou um 
agrônomo, para lhe recomendar o mais adequado. Além disso, nós devemos usar 
inseticidas seletivos, ou seja, que mata a praga e preserva os inimigos naturais. Lembre 
sempre de respeitar o período de carência do produto, ou seja, são os dias que tem que 
dar da última pulverização até a colheita, para não fazer mal para quem está colhendo 
como também para quem está consumindo o produto. Usando inseticida, não se esqueça 
de usar equipamento de proteção individual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, nós agora vamos falar de algumas táticas que nos ajudam a evitar que as 
pragas atinjam uma população alta ou que servem para controlar as pragas. Nós 
devemos evitar plantios de arroz próximos de outras gramíneas como pastagem, milho, 
sorgo, cana de açúcar, pois as cigarrinhas das pastagens, as lagartas desfolhadoras e a 
broca da cana também são pragas destas culturas, ou seja, uma lavoura fica fornecendo 
praga para a outra. 
Canavial 
 
Milharal Pastagem
 
 
 
 
Não devemos plantar arroz logo após termos plantado arroz, ou seja, nós temos que 
fazer rotação de cultura, como feijão. Isso se deve ao fato de se plantar novamente 
arroz, as pragas tendem a aumentar. Lembrando que na rotação de cultura não podemos 
usar outra gramínea, pois as pragas são basicamente as mesmas do milho, cana e sorgo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fazer uma boa aração e gradagem, pois assim expomos as pragas de solo à ação do sol e 
servemde alimentos a pássaros. Além disso, quando se ara e gradeia, mata muita praga, 
não somente as de solo, mas também de lagartas desfolhadoras que vão até o solo para 
se tornarem adultas. 
 
 
Após a aração e gradagem, deixar 15 dias o solo nu, em repouso, isto mata muita praga, 
principalmente as pragas de solo, por falta de comida. 
 
 
 
 
 
Utilizar a adubação recomendada evitando excessos com adubação nitrogenada. Pois 
quando se aduba exageradamente com nitrogênio, a planta fica mais favorável ao ataque 
de pragas. 
 
 
Amigos, nós temos sempre que destruir os restos culturais, incorporando ao solo, logo 
após colher a lavoura de arroz, pois assim reduz bastante as pragas por não terem o que 
comer ou onde abrigar dos seus inimigos naturais e dos fatores climáticos como a chuva 
e o sol. 
 
 
 
 
 
 
No caso do arroz inundado, eliminar depressões do terreno de tal forma que a camada 
de água fique baixo e uniforme. Isso vai facilitar o controle da bicheira do arroz. 
Quando se é necessário o controle da bicheira do arroz, basta retirar a água do tabuleiro 
por dois dias, assim mata a bicheira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nós podemos criar peixes junto com arroz de tabuleiro, inundado. Em algumas regiões 
do país, como o Rio Grande do Sul, está sendo utilizada a rizipsicultura, que é a 
consorciação de plantios de arroz pré-germinados irrigado juntamente com a criação de 
peixes. Além de ser outra atividade lucrativa os peixes controlam a bicheira do arroz, 
comendo as suas larvas, bem como também comem as plantas daninhas que aparecem 
no arroz inundado. É muito vantajoso está pratica, pois o uso de herbicidas e inseticidas 
em arroz inundado não são eficientes e ainda podem contaminar rios, lagos, lençóis 
freáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, nós devemos manter as florestas nas nossas propriedades, pois assim 
aumentamos o número de inimigos naturais e, portanto, reduz a incidência de pragas no 
arroz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nós devemos manter ou aumentar o controle biológico natural ou mesmo fazer 
liberações de inimigos naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os inimigos naturais são os nossos melhores amigos no combate ás pragas! Quando 
usamos inseticidas continuadamente para controlar as pragas, também acabamos agindo 
nos animais considerados benéficos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, por isto nós temos que amostrar as pragas e somente aplicar defensivos se for 
necessário, usando os inseticidas seletivos, ou seja, que mata a praga e preserva os 
inimigos naturais. Nós agora vamos apresentar a vocês alguns inimigos naturais 
importantes para vocês conhecerem e saberem preservá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nós temos insetos que são predadores de pragas. Como exemplo nós temos as 
joaninhas, tesourinhas e os bicho lixeiro que comem ovos de mariposas e borboletas. 
 
Adulto de tesourinha 
 
Adulto de joaninha 
 
Adulto de bicho lixeiro 
 
Amigos, as vespas predadoras comem lagartas. 
 
 
 
 
Também nós temos percevejos que comem lagartas e besouros, além das aranhas que 
comem diversos insetos pragas. 
 
 
 
 
Pessoal, nós também temos algumas vespas que colocam os seus ovos dentro de ovos de 
mariposas e borboletas ou dentro da lagarta e também em ovos de percevejos. Assim, 
nós não teremos pragas, pois as formas jovens das vespas parasitóides vão comer os 
ovos ou as lagartas. 
Vespa 
colocando ovos dentro da lagarta 
 
Vespinha parasitando ovos 
de percevejos 
 
 
Vespinha colocando ovos dentro dos ovos da mariposa 
 
 
 
 
 
Amigos, a mais famosa parasitóide de ovos de mariposas e borboletas 
pragas do mundo é o Trichogramma. 
 
Trichogramma parasitando ovo de mariposa 
 
Amigos, quando percebemos adultos das mariposas desfolhadoras na nossa lavoura de 
arroz ou massas de seus ovos, nós podemos liberar esta vespinha, assim nós não vamos 
ter lagartas na lavoura. Bastam três cartelas comerciais de Trichogramma para combater 
as mariposas e borboletas em uma área de um hectare. 
 
Cartela com vespinhas Trichogramma 
 
 
 
 
 
Essas vespinhas, o Trichogramma, são vendidas por empresas no Brasil, consultar um 
extensionista da EMATER ou um engenheiro agrônomo para lhe indicar as empresas. 
Mas lembre-se novamente que essa vespinha parasita ovos. Portanto, devemos liberar as 
vespinhas no início do plantio, quando se detectam os primeiros adultos de mariposas e 
seus ovos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, nós ainda temos alguns fungos e bactérias que causam doenças em insetos 
pragas, pois os insetos também ficam doentes. A bactéria se chama Bacillus, sendo 
vendidas por empresas no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contudo, temos que pulverizar a nossa lavoura com esta bactéria no final do dia, pois os 
raios ultra violetas do sol da manhã mata esta bactéria, reduzindo a sua eficiência. Não 
se preocupem esta bactéria é completamente inofensiva para as aves, os mamíferos, 
incluindo o homem, e para as plantas, além de não ter efeito poluente no ambiente. 
Mata apenas as lagartas quando pequenas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amigos, alguns fungos também matam insetos. 
 
 
Esses fungos são produzidos no Brasil, lembrando que deve ser pulverizado no fim do 
dia por causa dos raios ultra violeta do sol da manhã bem como em períodos de alta 
umidade relativa do ar para que o fungo germine e mate as lagartas. 
 
 
 
Amigos, as lagartas morrem duras e em geral brancas. 
 
 
Pessoal, estamos terminando a nossa aula. Nós vamos fazer uma pequena revisão do 
que foi visto e depois vocês irão responder algumas questões. Nós vimos hoje as 
principais pragas do arroz, como os percevejos do colmo e dos grãos e a bicheira da 
raiz. 
 
 
 
 
 
 
Vocês aprenderam como fazer a amostragem e tomar a decisão de controlar ou não as 
pragas. O importante de se fazer há amostragem é que reduz o número de pulverizações, 
economizando dinheiro e afetando menos o ambiente e a nossa saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vocês foram apresentados aos inimigos naturais, como o trichogramma, que parasita 
ovos de mariposas e borboletas, dentre outros. 
 
 
 
Vespinha colocando ovos dentro dos ovos da mariposa 
 
Vespinha parasitando ovos de percevejos 
 
Vespa colocando ovos dentro da lagarta 
Adulto de tesourinha 
Aprenderam também outras táticas de controle, como exemplo e muito importante, que 
não se deve plantar arroz perto de pastos, milharal, sorgo ou canavial. Que nós temos 
que fazer rotação de cultura, mas nunca com outra gramínea, como o milho. Que nós 
devemos eliminar os restos culturais para eliminar as pragas logo após a colheita. E 
mais importante, que o manejo integrado de pragas, com várias práticas integradas e não 
isoladas, nos ajudam a reduzir as pragas nas culturas. 
Canavial 
 
Milharal Pastagem
 
 
 
 
Pessoal, agora vocês irão fazer uma pequena prova. Boa sorte! 
 
TESTE 
 
Questão 1- Quantos pontos amostrais a gente deve avaliar a cada 10 hectares de arroz? 
a) quatro 
b) cinco 
c) dez 
d) vinte 
 
Questão 2- Qual ou quais as vantagens dese fazer a amostragem de pragas na lavoura 
de arroz? 
a) Economiza dinheiro, pois somente aplica inseticida quando necessário. 
b) Ajuda a preservar o meio ambiente. 
c) Ajuda a preservar a nossa saúde. 
d) Todas as questões acima. 
 
Questão 3- Qual o inimigo natural mais utilizado no mundo que parasita ovos de 
mariposas e borboletas? 
a) Joaninhas 
b) Trichograma 
c) Bicho lixeiro 
d) Tesourinhas 
GABARITO 
 
QUESTÃO RESPOSTA 
1 B 
2 D 
3 B 
 
 
Referências consultadas ou indicadas 
GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo, 
2002. 920p. 
PICANÇO 2000. Apostila Didática. UFV- Viçosa, 308p. 
Acesse os seguintes sites e procure saber mais sobre a atividade da rizipsicultura e sobre 
o plantio de arroz. 
www.embrapa.br 
www.embrapa.br/arrozefeijão 
http://www.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/n4/05-relato.htm 
www.ciat.cgiar.org/riceweb/esp/mas_noticias.htm 
www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-8478200400... 
 
Literatura Indicada para crianças que aborda pragas e como combatê-las: 
� Demolin, G. A grande Guerra. Ed. Armazém de Idéias, Belo Horizonte, 2006. 
80p. 
� Demolin, G. Um conto no Velho Chico. Ed. Armazém de Idéias, Belo 
Horizonte, 2003. 40p.

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