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FÓRUM DE DISCUSSÃO PRODUÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA (MATRIZ) Professor Nelson Tavares ORIENTAÇÕES GERAIS DE FORMATAÇÃO 1)As mesmas margens serão mantidas para todo trabalho científico: 3cm (superior e esquerda) 2cm (inferior e direita). 2)O corpo do texto utilizará espaço entrelinha 1,5. 3)Usar Times New Roman, 12, em todos os trabalhos. 4)Recuo inicial de 1,5 cm para iniciar cada parágrafo. 5) Não deixar linha em branco entre os parágrafos, nem deixar espaço maior (6 pt.) entre eles. 6) A numeração de página deve ser indicada no canto superior direito. 7) Os itens do projeto de pesquisa devem seguir a ordem indicada adiante. ORIENTAÇÕES GERAIS DE FORMATAÇÃO De olho na estrutura ORIENTAÇÃO PRÁTICA Para este fórum, vocês produzirão a estrutura completa do Projeto de Pesquisa que está indicada no slide 4 e explicada/exemplificada nos slides seguintes. Qualquer dúvida, estou à disposição, no fórum de discussões e no fórum de dúvidas. Aguardo vocês. NÃO DEIXEM DE USAR, OBRIGATORIAMENTE, A ESTRUTURA INDICADA. Abraço. Não se confunde com a área do Direito. É apenas o macro-recorte onde se insere o tema delimitado que o pesquisador vai estudar. Exemplos: Superendividamento do Consumidor; Vitimologia nos crimes sexuais; Lei Maria da Penha; Atos infracionais praticados por adolescentes; A distribuição do ônus probatório nas demandas consumeristas etc. A rigor, não é título, mas pode coincidir com ele. É o objeto da tua investigação; aquilo que será pesquisado. Deve ser específico dentro do assunto escolhido e deve observar os seguintes critérios científicos elencados a seguir. 1º) TEMA ESPECÍFICO! O meu tema é específico? Tem um foco? Enfrenta uma discussão concreta e controvertida, sem fazer mera descrição de um assunto? 2º) TEMA ACESSÍVEL! - o meu tema é acessível a ponto de tornar a pesquisa viável? Tenho acesso às obras mais importantes sobre ele? Há como ler tudo de mais importante sobre esse tema? 3º) ser EXEQUÍVEL! - conseguirei pesquisá-lo no tempo de que disponho e nas condições concretas da minha vida? 4º)- ser PROBLEMATIZANTE! – há problemas importantes a discutir? É relevante o tema? Ainda existem controvérsias não pacificadas? A questão é nova no ordenamento jurídico? O meio jurídico fala dele? 5º) interesse PESSOAL e a MATURIDADE INTELECTUAL! - tenho domínio teórico sobre ele? Já li os melhores autores sobre esse tema? Compreendi a discussão travada na doutrina e na jurisprudência? A função protetiva do Código de Defesa do Consumidor ao superendividado e a importância da atualização legislativa da matéria. É necessário situar o problema da pesquisa no tempo e no espaço no mundo jurídico. A situação controvertida investigada insere-se em qual contexto na área jurídica? O que está acontecendo de relevante que o pesquisador precisa mencionar para situar com clareza aquele que toma contato com o tema. A depender do tema, esses fatos contextualizadores podem ser sociais, políticos, econômicos, mas principalmente jurídicos. O crédito assumiu importante papel na atual sociedade de consumo, de sorte que a sua ausência pode impossibilitar o indivíduo de honrar os seus compromissos básicos do cotidiano, uma vez que muitas pessoas se endividam para pagar despesas mensais correntes. Dessa forma, o endividamento gerado pela expansão e concessão irresponsável de crédito nas últimas décadas é fenômeno inerente às sociedades de massa. O crédito e o endividamento dos consumidores, portanto, devem ser tratados conjuntamente, como causa e efeito do novo modelo da atual sociedade de consumo. Os lucros das instituições financeiras são elevadíssimos todos os anos e as taxas de juros são fixadas em percentuais desproporcionais, de modo a colocar o consumidor em posição extremamente desvantajosa. A função social do crédito, que seria de promover o desenvolvimento econômico equilibrado do País e servir aos interesses da coletividade (art. 192 da CRFB), não está sendo respeitada. Assim, o endividamento dos consumidores de crédito é acentuado, de modo a evoluir para um fenômeno social crônico, conhecido como superendividamento. Apresentar a relevância de se investigar o tema escolhido. As razões que justificam a escolha desse tema. Trata-se de mostrar a pertinência do tema no aspecto jurídico e social. Daí falar-se em justificativa jurídico-social. O Trabalho de Conclusão de Curso enfoca a temática do superendividamento, pois o fenômeno do endividamento excessivo e estrutural – cada vez mais comum na sociedades de massa – atinge consumidores pessoas físicas de boa-fé, dificultando a manutenção dos bens e serviços essenciais à dignidade da pessoa humana. Além disso, o superendividamento caracteriza uma verdadeira deformação da função social do crédito. OBSERVE QUE O ARTIGO CIENTÍFICO DEVERÁ CONTER 3 CAPÍTULOS, SEM DIVISÃO! HAVERÁ, PORTANTO, 3 QUESTÕES NORTEADORAS! São perguntas que contêm certa complexidade e são formuladas a partir da questão principal. Cada questão norteará um capítulo do artigo! Questão norteadora 1: Até que ponto se pode dizer que as práticas adotadas pelos fornecedores de crédito, tanto na fase pré-contratual, quanto na fase contratual, caracterizam violação dos princípios da função social do contrato, da solidariedade, da transparência e da boa-fé objetiva? Questão norteadora 2: É possível sustentar que o aumento sem precedentes de consumidores em situação de superendividamento deixa de ser um problema individual e meramente patrimonial e passa a ser uma questão social, econômica e jurídica que evidencia a necessidade de tutela do Judiciário por meio de ações revisionais, de prestações de contas, de insolvência civil, entre outras? Questão norteadora 3: Tendo em vista uma maior efetividade dos preceitos constitucionais protetivos do consumidor, mostra-se necessária a implementação de mudanças legislativas no que se refere à criação de uma lei específica, ou as regras gerais presentes no CDC são suficientes para garantir a proteção almejada? Aquilo que se pretende com o trabalho. Deve ser retomado com clareza na conclusão. De alguma forma, confunde-se com a própria tese! Tanto no OBJETIVO GERAL quanto no OBJETIVO ESPECÍFICO, há a exigência de se usarem verbos no infinitivo no início da frase. Aquilo que se pretende com cada capítulo. Haverá, portanto, 3 objetivos específicos. OBJETIVO GERAL Objetiva-se identificar os deveres anexos que devem estar presentes nas práticas comerciais, bem como nos contratos de crédito para evitar a condição de superendividado do consumidor. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Comprovar que os fornecedores de crédito violam os princípios da função social do contrato, da solidariedade, da transparência e da boa-fé objetiva em razão de lucro. 2. Analisar a estabilidade econômica brasileira e a democratização do crédito no país como fundamento de que a questão do superendividamento do consumidor passou a ser tema urgente, necessário e de destaque mundial. 3. Defender a necessidade de um novo sistema normativo que disponha sobre a prevenção das situações de superendividamento – decorrente da análise das mais importantes regras presentes em anteprojeto de lei sobre o tema já em trâmite no Ministério da Justiça – na exata medida de sua necessidade. QUESTÃO NORTEADORA OBJETIVO ESPECÍFICO 1. Até que ponto se pode dizer que as práticas adotadas pelos fornecedores de crédito, tanto na fase pré-contratual, quanto na fase contratual, caracterizamviolação dos princípios da função social do contrato, da solidariedade, da transparência e da boa-fé objetiva? 1. Comprovar que os fornecedores de crédito violam os princípios da função social do contrato, da solidariedade, da transparência e da boa-fé objetiva em razão de lucro. QUESTÃO NORTEADORA OBJETIVO ESPECÍFICO 2. É possível sustentar que o aumento sem precedentes de consumidores em situação de superendividamento deixa de ser um problema individual e meramente patrimonial e passa a ser uma questão social, econômica e jurídica que evidencia a necessidade de tutela do Judiciário por meio de ações revisionais, de prestações de contas, de insolvência civil, entre outras? 2. Analisar a estabilidade econômica brasileira e a democratização do crédito no país como fundamento de que a questão do superendividamento do consumidor passou a ser tema urgente, necessário e de destaque mundial. QUESTÃO NORTEADORA OBJETIVO ESPECÍFICO 3. Tendo em vista uma maior efetividade dos preceitos constitucionais protetivos do consumidor, mostra-se necessária a implementação de mudanças legislativas no que se refere à criação de uma lei específica, ou as regras gerais presentes no CDC são suficientes para garantir a tutela almejada? 3. Defender a necessidade de um novo sistema normativo que disponha sobre a prevenção das situações de superendividamento – decorrente da análise das mais importantes regras presentes em anteprojeto de lei sobre o tema já em trâmite no Ministério da Justiça – na exata medida de sua necessidade. FONTE DA NOMENCLATURA UTILIZADA BITTAR, Eduardo C. B. Metodologia da Pesquisa Jurídica. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Há diversas classificações diferentes disponíveis na doutrina. Além de indicar a classificação da pesquisa, é necessário explicar / justificar essa classificação. A pesquisa que se desenvolve nesta oportunidade utilizará a metodologia do tipo bibliográfica – na medida em que recorre a publicações específicas sobre o tema, bem como à doutrina e à jurisprudência. Além disso, pode-se classificá-la como explicativa, na medida em que busca respostas práticas e efetivas para a redução do problema do superendividamento. Não se pode negar, ainda, seu caráter qualitativo, porquanto visa a resolver uma questão controvertida do direito e a fundamentar a proposta da alteração legislativa sobre a matéria em estudo. QUANTO À ABORDAGEM QUANTO AOS OBJETIVOS QUANTO AOS PROCEDIMENTOS Quantitativa Qualitativa Exploratória Descritiva Explicativa Bibliográfica Documental Pesquisa de campo Histórica Comparada Estudo de caso METODOLOGIA DA PESQUISA CLASSIFICAÇÃO PESQUISA QUANTITATIVA A pesquisa quantitativa tem como objetivo identificar a presença e medir a frequência e intensidade de comportamentos, atitudes e motivações de um determinado público-alvo. Ela gera medidas precisas, confiáveis e que podem servir de parâmetro para o universo estudado, pois se baseia em uma amostra estatisticamente determinada. É POUCO COMUM NO DIREITO. Observação: a pesquisa quantitativa não substitui, em Direito, a pesquisa qualitativa; elas devem se complementar! PESQUISA QUALITATIVA A pesquisa qualitativa visa a entender e interpretar fenômenos jurídicos que influenciam os institutos relevantes do Direito. É utilizada para resolver questões controvertidas e fundamentar a solução de lides. Realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Apresenta uma natureza de sondagem, mas é também o estudo preliminar, com a ajuda de bibliografia básica, para esclarecer dúvidas nos primeiros passos da pesquisa. PESQUISA EXPLORATÓRIA Descreve ideias, coisas, processos, com a intenção de compreender o objeto da investigação. Expõe características de determinado fenômeno ou instituto jurídico. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, nem propor solução para eles, embora sirva de base para tal explicação. PESQUISA DESCRITIVA Tem como principal objetivo apurar as causas dos fenômenos investigados, procurando encontrar as respostas para as questões ou hipóteses formuladas no início da pesquisa. Procura justificar os motivos ou os fatores que contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno. Pressupõe a pesquisa descritiva como base para suas explicações. PESQUISA EXPLICATIVA Investigação de um problema em material escrito e publicado, física ou virtualmente. Levantamento das fontes. Leitura analítica do material. Fichamento, resumo, resenha. Análise e interpretação das informações. Discussão / reflexão das leituras. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Investigação de um objeto de estudo em documentos escritos e não escritos. Fontes de dados Documentos escritos Documentos não escritos PESQUISA DOCUMENTAL Investigação de um objeto de estudo com base no direito alienígena. Fontes de dados Legislação estrangeira Doutrina estrangeira Jurisprudência estrangeira PESQUISA COMPARADA Investiga fatos de um passado próximo ou remoto e obtém conclusões sobre acontecimentos com base nessa perspectiva diacrônica. Usa procedimentos das pesquisas bibliográfica e documental. Busca a gênese da explicação em fatos pretéritos. deve ter caráter científico e de autenticidade. PESQUISA HISTÓRICA Investigação de um problema no contexto em que está inserido. Aplica-se à investigação de instituições (TJ, Defensoria, MPT, Detran, etc.), comunidades (comunidades quilombolas, etc.) ou fenômenos jurídicos (repercussão geral, p. ex.). Produz conhecimentos a partir de uma realidade concreta, investigada por meio de questionários estruturados e semi-estruturados. PESQUISA DE CAMPO Estudo aprofundado e exaustivo de um caso concreto/processo, de modo que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Enfatiza a interpretação de um contexto. Busca retratar a realidade investigada de forma completa e profunda. Discute não apenas a questão jurídica, mas a solução da lide. Tem limitações que não recomendam seu uso no caso da pós-graduação (≠ Common Law) PESQUISA DE ESTUDO DE CASOS Lista de obras, textos e documentos utilizados para a pesquisa. Podem ser utilizados livros de doutrina, textos de internet e revista, monografias, legislação, jurisprudência etc. Devem ser, todos esses itens, organizados um abaixo do outro em ordem alfabética, conforme as regras ABNT/EMERJ. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3% A7ao.htm>. Acesso em: 14 ago. 2012. ______. Lei n. 8078, de 11 de setembro de 1990. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L8078.htm>. Acesso em: 07 mai. 2012. ______. Supremo Tribunal Federal. REsp. n. 582.760/RS. Relatora Ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha. Disponível em: <http.//www.stf.jus.br/portal/jurisprudência/listarjurisprudencia.a sp?s1/Acórdãos>. Acesso em: 07 mai. 2012. CARPENA, Heloísa; CAVALLAZZI, Rosangela Lunardelli. Superendividamento: proposta para um estudo empírico e perspectiva de regulação. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. ESPINOZA, Francine da Silveira. O impacto de experiências emocionais na atitude e intenção de comportamento do consumidor. Disponível em: <http.//hdl.handle.net /10183/4275>. Acesso em: 22 ago. 2014. LISBOA, Roberto Senise. Responsabilidade civil nas relações de consumo. São Paulo: Revistados Tribunais, 2011. MARQUES, Cláudia Lima. Contratos no Código de Defesa do Consumidor. 6. ed. Rio de Janeiro: Revista dos Tribunais, 2011. MELLO, Flávio Citro Vieira de. Revista Luso-Brasileira de Direito do Consumo. v. 1. n. 2, jun. 2011.
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