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Unidade V - Aspectos Sociais e Éticos da Genética(1)

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Unidade V
ASPECTOS SOCIAIS E ÉTICOS DA GENÉTICA
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TRIAGEM POPULACIONAL
A triagem populacional constitui-se num método destinado a identificar, na população, pessoas com determinados genótipos associados ou predispostos a doenças genéticas.
 Essa triagem deve obedecer a criteriosos padrões para se evitar o confronto com questões éticas.
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1 – Triagem de neonatos tem por objetivo identificar crianças com distúrbios genéticos que apresentam melhores condições de prognósticos desde que tratados bem cedo. 
  Os programas desse tipo de triagem só podem ser executados obedecendo a vários critérios que envolvem, entre outros fatores, a existência de tratamento e a infra- estrutura social disponível. 
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2 - A triagem populacional de adultos destina-se a detectar genótipos homozigotos com risco de desenvolvimento de graves patologias, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas.
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3 – A triagem de heterozigotos (portadores) tem como principal meta identificar pessoas que, embora saudáveis, apresentam risco potencial de gerarem filhos portadores de graves doenças autossômicas recessiva ou ligada ao X.
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 4- A triagem pré-natal utiliza análise cromossômica para idade materna avançada e alfa-fetoproteína do soro materno, na tentativa de se anteciparem possíveis alterações cromossômicas. 
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DILEMAS ÉTICOS DA GENÉTICA MÉDICA
Embora o objetivo final da triagem genética seja melhorar a saúde pública, a influência do capitalismo pode gerar o mau uso das informações obtidas nos exames, em benefício de grupos privados ou de indivíduos economicamente favorecidos. 
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1 – Os princípios fundamentais a serem obedecidos durante qualquer procedimento genético devem ser: 
Gerar benefícios para o paciente, respeitar a autonomia individual do paciente e garantir tratamento justo e igualitário a todos.
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 2 – Os testes genéticos pré-natais apresentam aspectos éticos controversos relacionados à escolha do sexo e à preferência por certas características fenotípicas, à realização de abortos quando detectados anomalias, mesmo quando a mãe não corre nenhum risco, entre outros. 
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 3 – Testes genéticos para predisposição a doenças ou doenças de manifestação tardia apresentam dilemas éticos evidentes relacionados ao respeito pela autonomia individual e benefício.
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 4 – Testes genéticos em crianças podem gerar graves danos psicológicos, estigmatização e discriminação por parte de seguradoras ou empresas.
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 5 – A privacidade das informações genéticas assume enorme importância se considerarmos o valor desses dados para vários segmentos privados cujo interesse financeiro sempre sobrepõe ao bem-estar coletivo.
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FREQUÊNCIA GÊNICA DETERMINADA POR EUGENIA E DISGENIA 
A eugenia e a disgenia são realizadas através da manipulação genética e do direcionamento das heranças que podem trazer consequências benéficas ou maléficas à população, dependendo do respeito ou não aos preconceitos éticos.
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1 - A eugenia caracteriza-se pela seleção apenas dos melhores indivíduos para a reprodução.
2 - Existem registros históricos de grandes excessos cometidos por programa de eugenia.
3 - As principais dificuldades que se apresentam ao se planejar um programa de eugenia são: como determinar características verdadeiramente herdáveis ou quem decidirá que característica é mais desejável que outra.
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 Eugenia - é um termo cunhado em 1883 por Francis Galton (1822-1911), significando "bem nascido“. Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente. Em outras palavras, melhoramento genético. O tema é bastante controverso, particularmente após o surgimento da eugenia nazista, que veio a ser parte fundamental da ideologia de pureza racial, a qual culminou no Holocausto. Mesmo com a cada vez maior utilização de técnicas de melhoramento genético usadas atualmente em plantas e animais, ainda existem questionamentos éticos quanto a seu uso com seres humanos, chegando até o ponto de alguns cientistas declararem que é de fato impossível mudar a natureza humana.
 Desde seu surgimento até os dias atuais, diversos filósofos e sociólogos declaram que existem diversos problemas éticos sérios na eugenia, como a discriminação de pessoas por categorias, pois ela acaba por rotular as pessoas como aptas ou não-aptas para a reprodução. Do ponto de vista do debate científico, a eugenia foi derrotada pelo argumento da genética mendeliana. 
 
 (Wikipédia)
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 A disgenia é a degeneração genética nas populações humanas modernas, ela surge com a medicina moderna, quando diversas doenças sérias de caráter genético começaram a ser tratadas, e as vitímas de tais doenças começaram a ter uma expectativa de vida maior, possibilitando a transmissão de certas doenças para as futuras gerações, o que tem contribuído no acúmulo de doenças a cada geração. Tal fato tem sido amplamente discutido entre os eugenistas modernos, e recentemente foi publicado um livro do cientista inglês Richard Lynn tratando do assunto. 
 (Wikipédia)
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 Ética
 Observando-se do ponto de vista ético, tem-se discutido até que ponto o Estado tem o poder de interferir nas questões reprodutivas dos cidadãos. A comunidade científica sabe que a hereditariedade tem papel importante, porém nunca exclusivo sobre a inteligência de um determinado indivíduo, ou grupos de indivíduos, pois o fator inteligência não é determinado apenas por uma seqüência genética, mas também é influenciado pelo ambiente do indivíduo. Logicamente não podemos afirmar que uma pessoa é menos inteligente do que outra apenas por ela não saber ler. Por outro lado, estudos mais modernos têm mostrado que existem diferentes formas de inteligência (inteligências múltiplas) e que os testes de QI têm valor no mínimo limitado, mas que mostram muito bem a capacidade lógica de um indivíduo.
 Apesar de o assunto eugenia sempre por a tona o aspecto cruel da manipulação genética, seria esta talvez uma forma de eliminarmos de vez doenças a muito conhecidas e sem cura por serem doenças genéticas. Doenças bacterianas podem ser tratadas com antibióticos, por exemplo, mas uma doença genética não tem cura, e a única solução para essa doença seria necessariamente a eliminação de seus genes causadores. São conhecidos mecanismos fisiológicos de transmissão e expressão de caracteres hereditários. Também são conhecidos métodos que possibilitam inibir o nascimento de indivíduos com defeitos físicos ou enfermidades. De acordo com a seleção natural, indivíduos com doenças seriam naturalmente incapazes de transmitir seu código genético, no entanto isso não ocorre pois qualquer um hoje pode se reproduzir mesmo sendo incapaz e passar sua carga genética para descendentes. Especula-se que uma possível solução para doenças genéticas seria necessariamente um programa de eugenia.
 Em vários países o movimento eugênico inspirou a promulgação de leis que determinavam a esterilização compulsória de portadores de certas doenças hereditárias graves. Como lei, a eugenia nasceu nos Estados Unidos, em 1907. 
 
 (Wikipédia)

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