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* A semiologia francesa O pensamento de Ferdinand de Saussure e seguidores (Hjelmslev e Barthes) e sua aplicação no Jornalismo * Constituição do signo para Saussure (1857-1913): * * * “O signo lingüístico é uma entidade psíquica de duas faces”. P. 80 Conceito Imagem Acústica * * * * Galho * * * Significado Significante * * * Significante Significado * Característica do signo para Saussure Arbitrariedade: não há nenhuma relação direta e lógica entre o significado e o significante. Livro, book, libro, βιβλίον. * Linearidade: ordem linear ou sucessiva na cadeia da fala. ÁRVORE ERVOÁR – Mesmas letras, mas não mesmo significante. * E as onamotopeias? Em português: miau Em inglês: mew Em francês: miaou Em japonês: nyaa Em português: piu-piu Em inglês: tweet tweet Em francês: pi-pi-pi Em japonês: piyo, piyo * Imutabilidade: língua é produto herdado. Mutabilidade: como fenômeno social, a língua está sujeita ao tempo. * * Polissemia: capacidade de um significante adquirir vários significados. * Polissemia no jornalismo Polissemia pode induzir a: Criatividade (às vezes apresentando uma nova construção para um clichê, inclusive) Humor (nas suas mais variadas funções) Popularização x vulgarização de um informação; Ambiguidade e, nesse caso, um problema de precisão. * * * * * * * Convém lembrar: Nem todo caso de ambiguidade é causado pela polissemia. Legenda: “Moradores cercam um prédio destruído em Concepción, a 320 quilômetros de Santiago, onde foi o epicentro do terremoto” * Conotação e Denotação Hjelmslev (1889-1965) * * * Significante Significado * * * Plano da Expressão Plano do Conteúdo * Uma releitura aristotélica, de acordo com Hjelmslev * * * Forma Substância * A Construção de uma Metáfora “Tempo é dinheiro.” Conceito abstrato x conceito concreto; Mapeamento cognitivo: “A censura é a mãe da metáfora.” Jorge Luis Borges * Conotação Roland Barthes (1915-1980): “É uma determinação, uma relação, uma anáfora, um traço que tem o poder de se relacionar com menções anteriores, ulteriores ou exteriores a outros lugares do texto (ou de um outro texto)”. (Elementos da Semiologia, 1980, p. 14) * “As figuras de linguagem resultam da necessidade expressiva e se devem à incapacidade de nosso espírito de abstrair, de apreender um conceito, de conceber uma idéia fora do contato com a realidade concreta.” (MARTINS, 2000, p. 92) Methàfora: meta (além) + phora (carregar) MARTINS, N. S. Introdução à estilística. 3. ed. São Paulo: T. A Queiroz, 2000. * Funções da linguagem figurada no jornalismo Forma didática – Jornalismo científico, econômico etc. Forma estética – estilo/ criatividade/ jornalismo literário. * Mosca embriagada busca parceiros do mesmo sexo Aconteceu com moscas. Seria o equivalente, em humanos, ao sujeito beber para ter coragem de cantar a moça no bar e terminar a noite dando em cima também do garçom. Machos de moscas-da-fruta submetidos a uma constante inebriação com etanol ficaram mais excitados e desinibidos sexualmente, a ponto de não só voarem atrás de fêmeas, mas também de outros machos. O efeito fica mais intenso com a idade. Machos mais velhos ficaram mais desinibidos em relação ao mesmo sexo. Foi o primeiro experimento a tratar dos efeitos na atividade sexual da exposição crônica ao álcool entre um dos animais mais pesquisados pelos cientistas. O estudo, na revista científica “Plos One”, foi liderado pela pesquisadora Han Kyung-na. (Bonalume Neto, Ricardo, Folha de S. Paulo, 4 jan. 2008) * O foco de luz passeia entre as mesas imersas na penumbra, sublinhando o desenho hipnótico dos passos milimetricamente combinados dos dois dançarinos. Cada movimento, por mais complicado que seja, começa e termina em sincronia exata com o do parceiro, os dois entrelaçados numa só coreografia. Pode parecer um show de tango, mas é, de fato, a descrição de um fenômeno muito estranho da física. (...) É chamado de entrelaçamento porque seu efeito é casar, dois a dois, átomos, elétrons ou moléculas, fazendo-os dançar com a mesma sincronia de um par de bailarinos no palco de um cabaré. (DIEGUEZ, Flávio. Superinteressante) * Metáfora/ Metonímia Vêem-se em Brasília numerosas casacas e lustrosas cartolas. Colarinhos engomados, em cujas bordas se percebe o autógrafo vermelho do planalto goiano. Mas Brasília é uma criança. Ainda recém-nascida, brincou com fogo, naturalmente de artifício. (HERZOG, W. O Estado de S. Paulo. 22 de abril de 1960
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